Medida também é válida para serviços como o Amazon Prime Vídeo e NOW, da Claro net tv.
Sintonia, produção nacional da Netflix – Imagem: Divulgação Netflix
Plataformas
com o Amazon e a
Netflix já
investem em conteúdo nacional, mas o governo pode começar a impor limites e
diretrizes nesse campo. A Comissão de Cultura da Câmara
dos Deputados aprovou a proposta que obriga os serviços de streaming a
investirem pelo menos 10% do faturamento bruto em produções brasileiras.
A
medida também será válida para o NOW, da Claro net tv,
mas exclui o YouTube,
por exemplo, pois a plataforma é exclusivamente remunerada por publicidade. Já
o serviço premium do site, com assinaturas, não deve escapar da obrigação.
Do
percentual, ao menos 50% deve ser dedicado para conteúdos de produtoras brasileiras
independentes. Já 30% terá que ser dedicado a produções oriundas das regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Séries,
filmes, documentários e qualquer outra atração que seja identitária também terá
que ser priorizada pelas companhias, em pelo menos 10% do total dedicado para
as produções brasileiras.
Ou
seja, para melhor entendimento, são temas relacionados aos direitos das
mulheres, negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, grupos em
situação de vulnerabilidade social ou comunidades tradicionais.
Se
a medida for descumprida, a multa pode valer o dobro da quantia que não foi
investida. O texto aprovado é o substitutivo ao Projeto de Lei 8889/17, do
deputado Paulo Teixeira, do PT. A autoria é de Benedita da Silva, do mesmo partido.
A
ideia original era estabelecer cotas para o streaming, assim como é feito na TV
por assinatura pela Lei do SeAC.
Essa medida, inclusive, ganhou uma ampliação para mais oito anos.
Agora, o PL 8889/17 vai para análise em caráter conclusivo pelas Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Oferta está disponível para novos e antigos clientes. Confira os aparelhos participantes da promoção.
Em mais uma ação de Black Friday, a Claro está dando de presente uma Smart TV de 32″ para o cliente pós-pago que comprar um smartphone em suas lojas. O período promocional começa às 21h do dia 24 de novembro e se estende até 1º de dezembro. A campanha é válida para todo território nacional.
Para participar, o cliente precisa adquirir um smartphone participante, contratar no mesmo ato um plano pós-pago “Combo Multi” elegível e fazer um cadastro até 23 de dezembro para ter direito a Smart TV.
Por exemplo, o cliente de São Paulo que contratar o plano Claro Pós 30GB + 30GB e adquirir o celular Motorola Moto One Zoom 128 GB, pagará pelo smartphone apenas R$ 1.199, podendo ser parcelado até 12X sem juros, e ainda levar na faixa uma Smart TV LED 32″ HD LG ThinQ AI.
O cliente pode realizar a compra em qualquer loja da Claro, parceiros autorizados ou no site. Cada participante pode comprar até 5 smartphones. As TVs serão entregues em até 90 dias após a data da compra.
Confira os preços dos smartphones elegíveis da promoção de Black Friday de acordo com o plano pós elegível na oferta Combo Multi. O valor do plano não está incluso nos preços abaixo. Os preços informados são para o estado de São Paulo, portanto, em outras regiões os valores informados podem variar.
Smartphone Motorola Moto One Zoom 128GB XT2010-1
Claro Pós 30GB + 30GB – R$ 1.199 ou 12x de R$ 99,99
Claro Pós 100GB + 100GB – R$ 1.099 ou 12x de R$ 91,99
Claro Pós 200GB + 200GB – R$ 999 ou 12x de R$ 83,99
Benefício: Smart TV LED 32″ HD LG 32LM625BPSB ThinQ AI
Smartphone LG LM1810 AW G8S 128GB DS
Claro Pós 100GB + 100GB – R$ 599 ou 12x de R$ 49,99
Claro Pós 200GB + 200GB – R$ 579 ou 12x de R$ 48,99
Benefício: Smart TV LED 32″ HD LG 32LM625BPSB ThinQ AI
Smartphone Samsung N970F Galaxy Note 10 256 GB DS
Claro Pós 100GB + 100GB – R$ 1.079 ou 12x de R$ 89,99
Claro Pós 200GB + 200GB – R$ 1.049 ou 12x de R$ 87,99
Frequência tem percepção de melhoria imediata pelo usuário e garante um maior alcance da conexão para ambientes fechados.
Imagem: Divulgação TIM
Mais
de 1600 municípios já desfrutam de um 4G pela frequência de 700 MHz nos
serviços da operadora TIM.
O Minha Operadora teve acesso a listagem com todos as cidades que já
desfrutam da conexão de alto alcance e baixa latência com a nova faixa.
O
700 MHz possui uma maior penetração de sinal e facilita o alcance do 4G em ambientes
fechados, como restaurantes, shoppings e diversos outros. Operadoras como Claro, TIM e Vivo já podem fazer a
ativação no Brasil inteiro.
Na
lista da TIM, há 1.688 municípios que já contam com uma conexão 4G de mais
qualidade. Todas as 27 capitais brasileiras estão inclusas.
A
percepção de melhora com o 4G de 700 MHz é imediata. Os últimos dados da OpenSignal,
inclusive, comprovaram que o Brasil tirou um bom proveito da liberação e está
próximo de se tornar um dos líderes na América Latina na disponibilização da conexão
móvel.
A frequência só não é recomendada para atender locais com grandes concentrações de pessoas, pois sua capacidade é menor. Confira a lista de cidades com o 4G de 700 MHz da TIM:
Empresa atual tem dificuldades para oferecer internet sem fio nas linhas azul, verde e vermelha.
Foto: Metrô CPTM
O Metrô de São Paulo abriu chamamento público para encontrar empresas interessadas em disponibilizar o serviço de internet gratuita em suas estações, para os passageiros das linhas 1 (azul), 2 (verde), 3 (vermelha) e 5 (lilás). As propostas podem ser enviadas até 6 de dezembro.
Desde 2017, a partir de uma parceria com a N1 Telecom, o Metrô oferece Wi-Fi gratuito em 40 estações. O serviço permite acessar sites, redes sociais, WhatsApp e até assistir vídeos.
No entanto, existem vários relatos de usuários que o serviço não funciona como deveria desde o início do ano. Em muitas estações, o sinal aparece nos smartphones como “conectado sem internet”.
A falta da internet é um problema no Metrô, pois devido à profundidade de algumas estações, o sinal de 4G é irregular ou mesmo inexistente. O Wi-Fi livre seria a única opção que os usuários teriam para se comunicar.
O Metrô de SP espera implementar a internet gratuita em suas 86 estações até 2022. A princípio, a companhia não terá qualquer custo com o projeto. O prestador terá retorno financeiro por meio da exploração publicitária do serviço.
Desde junho, o Google disponibiliza internet gratuita sem fio em 20 estações da CPTM, a maioria na Linha 9-Esmeralda, como parte do projeto “Google Station”. A iniciativa pretende oferecer acesso Wi-Fi de alta qualidade em países emergentes.
“A missão do Google de organizar as informações do mundo e torná-las universalmente acessíveis e úteis têm nos incentivado a criar uma internet mais inclusiva. Mesmo que estejamos mais conectados do que nunca no Brasil, as pessoas querem estar na internet sem consumir os seus dados móveis e, para muitos, o acesso à informação ainda é um grande desafio”, disse Fabio Coelho, presidente do Google Brasil.
Bairro é um dos maiores da cidade de São Paulo e possui em torno de 100 mil habitantes.
Foto: Vilar Rodrigo
A Surf Telecom acaba de lançar dois serviços exclusivos em Paraisópolis, um dos maiores bairros favelizados do município de São Paulo. O primeiro é um chip dedicado para a área e o segundo é uma rede FWA (Fixed Wireless Access), a primeira do país.
O “Chip de Paraisópolis”, é uma MVNO (Operador Virtual de Rede) exclusiva para o bairro, a partir de um contrato com a operadora TIM. Estima-se que o chip vá atingir mais de 50 mil assinantes.
Já a rede FWA é um sistema de banda larga sem fio operando na faixa de 2,5 GHz. A tecnologia utiliza as redes móveis 4G existentes para fornecer internet rápida para os moradores sem a necessidade de cabos.
Batizada de “Gatofy”, ela fornecerá acesso 100 Mpbs pelo preço de R$ 80. A ideia é oferecer um serviço barato e com a qualidade comparável a de uma rede de fibra óptica.
“E não vamos entrar nessa disputa de preços promocionais que, no final, se mostram um embuste para o consumidor”, alegou Yon Moreira da Silva, CEO da empresa.
A Surf Telecom também planeja criar uma rede Wi-Fi em Paraisópolis, oferecendo conexão gratuita para o bairro. A ideia é fazer um acordo com a prefeitura para que a infraestrutura possa ser utilizada no do programa Wi-Fi gratuito da cidade.
Até o final do ano, a Surf Telecom pretende atingir mais de 1 milhão e meio de assinantes. A empresa conta em sua rede as operações dos Correios, Magazine Luiza, Century Link, Algar Telecom Celular, times de futebol, entre outras.
Iniciativa surgiu após reclamações de consumidores do Claro TV Livre, entenda o ocorrido.
Imagem: Luz Fuertes (Unsplash)
Mais
um município venceu a batalha contra a Claro TV Livre.
Dessa vez, os moradores de Manhuaçu, em Minas Gerais, serão os beneficiados. De
acordo com a determinação do Procon local, a operadora
tem até dez dias para reestabelecer o sinal das emissoras abertas para todos os
seus assinantes.
No
modelo de negócio pré-pago
das TVs
por assinatura, o cliente compra o equipamento e pode realizar recargas
para ter acesso aos canais da prestadora escolhida. Nos moldes de como funciona
na telefonia móvel.
Entretanto,
no ato de venda da Claro
TV Livre, houve a promessa de que o acesso aos canais abertos seria
vitalício, sem a necessidade de uma recarga para assisti-los. A empresa não cumpriu.
Diversos
consumidores tiveram o sinal cortado assim que deixaram de fazer recargas em
seus aparelhos. A ocorrência no município em questão foi registrada nos meses
de maio e julho de 2019. Com isso, um assinante procurou pelo Procon.
Há meses que a Claro deixou de vender equipamentos com a promessa de ter os canais abertos com acesso vitalício para os clientes. Entretanto, desde que a mudança foi aplicada, os consumidores antigos foram compelidos a realizarem recargas mínimas para terem acesso.
A
prática da operadora esbarra também na Lei Federal 12.485, de 2011. Nela, há a
garantia que os canais abertos devem ser disponibilizados de forma gratuita,
sem integrar o valor de planos comercializados pelas empresas.
Ao
final do processo, a conclusão do Procon Manhuaçu é de que as cobranças por recarga
da operadora soam abusivas, especialmente para quem adquiriu quando o produto
era divulgado sem esse tipo de exigência.
No prazo de dez dias, a Claro terá que habilitar o sinal das emissoras abertas para assinantes, sem qualquer ônus.
Operadora já tem plano com dados móveis ilimitados em seu catálogo de pacotes.
Imagem: Divulgação Algar Telecom
A
Algar não parece
querer ficar para trás na Black Friday
2019. Para conquistar os consumidores, a operadora lançou um combo com 100
Mega de internet via fibra ótica
para a residência, com inclusão de um plano móvel com 6 GB de dados móveis.
O
pacote inclui ainda telefonia fixa ilimitada e a contratação é exclusiva pelo
site ou WhatsApp da marca. O valor cobrado por todos os serviços oferecidos é
de R$ 99,90 mensais.
Atualmente,
a companhia acumula mais de 1,4 milhão de clientes nos estados de Alagoas,
Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
A
oferta da Black Friday está disponível em Goiás para cidades como Abadia, Águas
Lindas, Bom Jardim, Cachoeira e Santa Helena. Já em Minas Gerais, poderá ser
contratada por moradores de Uberlândia, Brasília de Minas, Brasilândia, Cachoeira,
Carmo e Icaraí.
Outras cidades com cobertura móvel
da Algar também podem disponibilizar a oferta. A consulta deve ser realizada
pelo site da operadora.
Também chama atenção o fato de a
Algar ser uma das primeiras marcas a oferecer um plano móvel com dados
ilimitados pelo custo de R$ 119,90 e fidelidade de 12 meses para os assinantes.
O roaming para o
Brasil inteiro também está incluso na oferta.
Há
uma oferta igualmente atrativa a da Black Friday. Por apenas R$ 154,41 mensais,
o consumidor pode contratar 300 Mega de internet banda larga via fibra, mais 10 GB de dados móveis
para a linha móvel.
Confira os títulos disponíveis e promoções para os clientes pré e pós-pago.
Ao que parece, a Black Friday caiu de vez no gosto dos brasileiros e as operadoras têm aproveitado para lançar várias ações promocionais. No caso da SKY, ela preparou ofertas especiais para os clientes pré e pós-pago.
No SKY Play, o serviço de streaming da operadora disponível para os clientes pós-pago, o assinante pode assistir gratuitamente entre 21 de novembro e 4 dezembro, séries e filmes de sucesso dos canais Telecine e FOX Premium.
Entre os filmes disponíveis estão De Pernas para o Ar 3, Os Incríveis 2, Jurrasic World, entre outros. Para os fãs de séries, é possível assistir as temporadas de Impuros, Me Chama de Bruna, Britannia, Mayans e El General Colombiano.
Além disso, vários filmes estão em promoção no SKY Play, com preços entre R$ 1,90 e R$ 9,90. As ofertas para locação começam em 28 de novembro.
O conteúdo do SKY Play pode ser assistido pelo canal 1, no app Minha SKY ou por meio do site.
Já no SKY Pré-Pago, entre 19 de novembro e 3 de dezembro, o cliente que recarregar o pacote de 30 dias (Smart, Master ou Advanced – avulso ou combo) ganha acesso aos oito canais HBO e os seis canais Telecine durante o mesmo período. A oferta é válida para quem fizer a recarga pelo app Minha SKY, site, Messenger ou pelo telefone 10611.
Para aqueles que aderirem à recarga programada, pelo site ou no aplicativo Minha Sky, ou fizerem um upgrade de pacote, também ganham 30 dias de acesso aos canais Telecine e HBO.
Os canais Playboy + SexyHot também estão em promoção. Ao fazer a recarga de três, sete ou quinze dias, o valor tem desconto de 50%. A promoção tem validade para recargas no site ou pelos telefones 10611 e 3004-3990.
Revista Você S/A reconheceu as companhias que se destacam na gestão de pessoas e apresentam bom clima organizacional.
A revista Você S/A acaba de divulgar o seu ranking anual das 150 melhores empresas para trabalhar. A pesquisa que contou com a participação de 250 mil funcionários de todo o país apontou que a Vivo, única operadora da lista, é uma das premiadas.
Na cerimônia ocorrida na última terça-feira, 19, a Kordsa, multinacional que produz filamentos para pneus, foi agraciada com o prêmio de empresa do ano. Ela foi a líder na categoria “indústrias diversas”, atingindo a pontuação 87,5 no Índice de Felicidade no Trabalho (IFT), criado pela revista.
A Vivo ficou em 9º lugar na categoria “serviços diversos”, com a pontuação 74,6 no IFT. Ela ficou atrás das empresas Meirelles e Freitas Cobrança Digital, Águas Guariroba, Aviva, Cobmax Sales Center, Cataratas do Iguaçu, Inec, Gol Linhas Aéreas e PwC.
No ano passado, a operadora também entrou no ranking e estava na 14ª posição, com a pontuação 73,8.
A pesquisa foi realizada a partir de uma parceria entre a Você S/A e a Fundação Instituto de Administração (FIA). A edição de 2019 teve a participação de 500 empresas, que se inscreveram de forma voluntária.
Durante o estudo, jornalistas entrevistaram mais de 4 mil funcionários, percorreram 87 cidades e conheceram 202 companhias.
A nota final IFT avalia a qualidade do ambiente de trabalho e a de gestão de pessoas.
“Esse prêmio reconhece uma maturidade e uma capacidade de inovação institucional extremamente importante que é esse de fomentar, de um lado, o bem-estar e, de outro, a produtividade de todos os colaboradores”, disse Fábio Carvalho, presidente do Grupo Abril, durante a premiação.
Em mais uma reportagem especial, analisamos preços, índice de reclamações e cobertura da operadora norte-americana AT&T. A grama do vizinho é mais verde?
Imagem: Divulgação Instagram AT&T
Desde que foi apontada como possível compradora da Oi, os brasileiros parecem ter se animado com a possibilidade da AT&T começar uma atuação em terras brasileiras. Entre os leitores do Minha Operadora, muitos torciam pela chegada da gigante a fim de ter uma concorrência de peso como ameaça ao consolidado espaço da TIM, Claro e Vivo, as maiores do país.
Afinal,
todos querem um maior leque de opções e ainda podem se sentirem reféns de uma
ou de outra devido a cobertura. Entretanto, um dos comentários se destacou. Na
ocasião, o usuário torceu pela vinda da operadora americana, mas questionou: “Será
que a AT&T é realmente tudo o que dizem?”.
Com
essa questão, iniciamos uma matéria especial para conhecer as operações da
marca no mundo afora, a reputação entre consumidores, preços, serviços e todas as
informações necessárias para entender se uma possível vinda da operadora
agregaria ao mercado brasileiro e, o principal de tudo, ao consumidor.
Obviamente,
a compra da Oi pela AT&T já foi possivelmente descartada. Além da tele
carioca não ter fomentado qualquer especulação ou interesse de venda, o Valor
Econômico oficializou o desinteresse da operadora americana e citou fontes do governo
federal para comprovar.
Mas
nada foi confirmado por representantes das próprias empresas. A AT&T,
inclusive, possui atuação por meio de licenciamentos e marcas que são de sua propriedade,
fatos que vamos entender melhor mais à frente.
Nos
anos 90 e no início dos 2000, muitos conheciam a DirecTV e SKY como as principais
prestadoras de TV por
assinatura do Brasil. A segunda surgiu de uma aliança entre Grupo Globo, British Sky
Broadcasting, News Corporation e Liberty Media International.
A
DirecTV, por exemplo, tinha exclusividade na transmissão dos canais HBO. Ambas empresas detinham
mais de 97% de toda a operação de TV paga via satélite no Brasil.
A
fusão entre as duas ocorreu logo após uma reestruturação de ambas marcas na
América Latina e a aprovação no Brasil. Temporariamente, utilizaram SKY+DirecTV
para que os consumidores brasileiros pudessem associar, depois, sobreviveu a
marca que tinha mais força em cada país. Por aqui, reinou a SKY.
Em
2014, surge a AT&T no cenário. A operadora americana comprou o grupo
DirecTV e assumiu todas as operações da marca no continente americano e nos
outros países, o que inclui a SKY no Brasil. Portanto, oficialmente, a atuação
da companhia no Brasil é no segmento de TV por assinatura, mas ela poderá ser
ampliada em breve.
O
imbróglio com a legislação brasileira
Em
2016, a americana comprou a Time Warner em uma
operação de US$ 85,4 bilhões. Com a dívida do grupo, a operação pode ter
chegado em US$ 108,7 bilhões. Entretanto, o único país que ainda não aprovou a
compra é o Brasil. O motivo? A legislação.
A
Lei do Serviço
de Acesso Condicionado em 2011, também conhecida como Lei da TV Paga,
fez modificações consideráveis no mercado. Uma delas é o impedimento da
propriedade cruzada, ou seja, uma companhia não pode controlar empresas de
distribuição e produção de conteúdo ao mesmo tempo.
Com
a nova aquisição, a AT&T esbarra justamente nessa questão, já que passaria
a controlar os canais da Warner e a SKY no Brasil. A lei tenta evitar que uma
companhia, por exemplo, tenha exclusividade na transmissão de determinados canais,
assim como a DirecTV tinha com a HBO no passado.
Isso
configura uma discriminação da concorrência. Entretanto, a companhia americana firmou
um compromisso com o CADE para tratar as duas como empresas diferentes e não
fazer esse tipo de prática com as emissoras que ficarem sob seu controle.
No
Brasil, a Time Warner é dona dos canais HBO, Cartoon Network, TNT, Warner
Channel, entre outros.
Entidades
do governo e do mercado de telecomunicações seguem com tentativas de aprovar a
compra com a Anatel ou modificar a Lei da TV paga.
Um gigante conglomerado em mãos de uma única operadora
Imagem: Logotipo da AT&T
Para
melhor compreensão, a AT&T é uma empresa de telecomunicações.
Sua oferta de serviços inclui internet banda larga, telefonia, TV por
assinatura e outros produtos, além de um catálogo próprio para os clientes
corporativos.
Nos
Estados Unidos, a companhia existe desde 1883 e já passou por diversas fases. Nos
tempos de mais sucesso, cobriu 94% da área americana e constituiu um verdadeiro
monopólio.
Hoje,
a atuação da marca é dividida e abriu um maior espaço para a concorrência. As
unidades de negócio são quatro:
AT&T
Communications: Fornecedora
de serviços móveis, telefonia, banda larga, vídeo e outros como soluções de
segurança. A entrega é para consumidores norte-americanos e quase três milhões
de empresas em todo o mundo. A receita totalizou US$ 144 bilhões só em 2018.
WarnerMedia: Um dos mais tradicionais estúdios de Hollywood, responsável pelas
divisões WarnerMedia Entertainment, WarnerMedia News & Sports e Warner
Bros. Receita estimada em mais de US$ 33 bilhões só em 2018.
AT&T
Latin America: Fornecedora
de serviços móveis para o México e o serviço de TV por assinatura da Vrio (antiga
DirecTV), com atuação na América Sul e Caribe. É a unidade que se encaixa a SKY
no Brasil. O faturamento foi acima de US$ 7 bilhões em 2019.
XANDR: Divisão de publicidade e análise da AT&T. Uma plataforma online para comprar e vender anúncios digitais focado no consumidor. Também com receita acima de US$ 7 bilhões só em 2018.
A
aquisição da Warner fez com que a empresa ampliasse a proposta e seguisse o
caminho de se tornar umas das líderes de comunicação, mídia e entretenimento do
mundo.
Atuação mundial
Imagem: Divulgação da AT&T
Na
telefonia e outros serviços de telecomunicações, a AT&T atua massivamente
nos Estados Unidos e México.
No
segundo, por exemplo, a companhia destaca que contribui para a inclusão digital
do país. A rede 4G/LTE da operadora está disponível para 100 milhões de pessoas
e o investimento, desde a chegada, foi de US$ 8,5 bilhões.
Com
os serviços de TV por assinatura e entretenimento digital, a Vrio entra em
ação. No grupo, estão inclusas as operações da DirecTV em países como Argentina,
Barbados, Chile, Colômbia, Curaçao, Equador, Peru, Trinidad e Tobago, Uruguai e
Venezuela.
Já
a SKY tem presença no Brasil. No México, a AT&T tem uma participação minoritária
de 41% na mesma.
O streaming DirecTV Go, uma TV paga online, está em países como Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai.
Primeiramente, em análise pelo lado do consumidor, consultamos o Better Business Bureau, portal com função equivalente à do Reclame Aqui. Na busca pelos serviços da AT&T, o site classifica a empresa como “não acreditada”.
A
avaliação própria do site coloca a prestadora com um A-, já a dos
consumidores é de uma única estrela entre cinco para os serviços de
telecomunicações.
Em
uma breve olhada nos relatos, encontramos problemas semelhantes aos das
operadoras no Brasil. Alguns usuários reclamam do monopólio, outros sobre
cobranças errôneas ou abusivas, problemas com Wi-Fi, entre outros.
Os
números mostram mais de 30 mil reclamações recebidas nos últimos três anos e mais
de 11 mil encerradas nos últimos 12 meses.
Imagem: Better Business Bureau
Já
no DownDetector,
que também mapeia operações dos Estados Unidos, a empresa é classificada com
duas estrelas pela atuação nos últimos três meses. Os problemas mais relatados
estão relacionados a internet e telefone.
Imagem: DownDetector
O
Consumer Affairs, outro portal para reclamações, avalia a AT&T com três
estrelas baseadas em 3.710 avaliações recebidas nos últimos meses. No site, há
elogios para as lojas da operadora e o atendimento prestado pelos funcionários.
Imagem: Consumer Affairs
No
México, um relatório estatístico do sistema “Sou Usuário”, preparado
pelo Instituto Federal de Telecomunicações do país (Ifetel) mostrou que a
empresa foi líder no número de reclamações no primeiro semestre de 2019. O
aumento em relação a 2018 foi de 127%.
A
marca, inclusive, tem o maior tempo de espera para as solicitações de usuários.
O tempo médio é de 6,8 dias, mas a AT&T demora cerca de 13,6 dias úteis.
Abaixo,
um comparativo que mostra o cenário da AT&T com seus concorrentes no país
nos serviços de telefonia móvel:
Gráfico
Na
banda larga e TV por assinatura, a empresa ficou abaixo das suas concorrentes
no número de reclamações.
No atual cenário econômico, a AT&T (BVMF: ATTB34) busca fortalecer sua atuação com telecomunicações e entretenimento, mas ações performam abaixo da média por inúmeros motivos, a serem pontuados mais à frente.
Foi
possível ter conhecimento sobre a atual situação da operadora pela entrada do
Grupo Elliot, do bilionário Paul Singer. O fundo adquiriu cerca de US$ 3,2 bilhões
em ações da marca. Não é suficiente para assumir o controle, mas tamanho
investimento garante um assento no conselho de administração.
O
grupo, conhecido por suas investidas agressivas, quer acelerar o retorno dos
acionistas e focar a atuação de mercado da empresa em negócios que realmente
dão retorno.
Em
defesa, argumentam que os novos negócios da operadora a desviam do verdadeiro
foco, que deveria ser o mercado de telecomunicações e o 5G.
Para
ter uma melhor compreensão do que o grupo defende, é só conectar os fatos. A
aquisição da TimeWarner gerou uma dívida de US$ 153,5 bilhões de dólares para a
AT&T e os benefícios do investimento ainda não ficaram claros para os
acionistas.
O
grupo Elliott defende, inclusive, a venda do Vrio, grupo que controla a SKY no
Brasil e todas as operações mencionadas da DirecTV. Entretanto, o plano da
AT&T para se recuperar do lucro abaixo das expectativas, além das dívidas,
é vender até US$ 10 bilhões de ativos em 2020.
5G
Para
os Estados Unidos, a operadora já possui rede 5G nas cidades de Atlanta,
Austin, Charlotte, Dallas, Houston, Indianápolis, Jacksonville, Las Vegas, Los
Angeles, Louisville, Nashville, Nova Orleans, Nova York, Oklahoma City, Orlando,
Raleigh, San Antonio, San Diego, São Francisco, São José e Waco.
A
previsão é que a oferta esteja disponível em todo país no primeiro semestre de
2020. Em testes, a velocidade máxima atingida foi de aproximadamente 1,2 Gbps
em um canal de 400 MHz.
Para os americanos, um plano pré-pago com dados móveis ilimitados, por exemplo, sai a US$ 65 por mês. Na conversão, o valor fica acima de R$ 272. Se o cliente optar por um plano com menor custo, poderá pagar US$ 50 por 8 GB de internet, que custa mais de R$ 200 na conversão.
Um plano pós-pago para compartilhamento entre quatro linhas pode chegar a US$ 120 mensais (R$ 503) no total, com 3 GB de dados móveis, streaming liberado na qualidade de 480p e outros benefícios.
Planos da AT&T
Se o cliente optar por dados móveis ilimitados no pós-pago, pode adquirir um de US$ 40 mensais (R$ 167,67) com streaming liberado na mesma qualidade que o anterior. Entretanto, a empresa destaca que pode diminuir a velocidade de conexão após o consumidor ultrapassar o limite de 50 GB, mas somente em momento de congestionamento da rede.
No pré-pago, a prática pode ocorrer a qualquer momento, sem um limite de dados a ser atingido.
Há também uma opção ilimitada, mas com velocidade baixa após atingir 100 GB no custo de US$ 50 mensais, R$ 209 na conversão. A fins comparativos, é um plano equivalente a oferta que a Oi disponibiliza atualmente por R$ 99, na promoção de Black Friday.
Já nas opções para planos de compartilhamento, também conhecidos como “família”, o Brasil tem um leque de opções mais interessantes. O TIM Black cobra R$ 269,99 mensais para oferecer 20 GB entre três linhas dependentes, assinatura Netflix e outras vantagens.
Um plano com três linhas da Vivo e um total de 80 GB sai a R$ 319,99 mensais. A Claro oferece pacotes de até 100 GB, mas cobra R$ 39,99 por cada linha, mais o valor do plano.
Oferta no México
No México, a AT&T mostra uma outra realidade de valores e ofertas. No pré-pago, o máximo de dados móveis oferecido são 3 GB mais 7 GB exclusivos para YouTube, com redes sociais ilimitadas. O valor cobrado é de MXN$ 200, R$ 40 na conversão.
Há um pacote com funcionamento semelhante ao do Vivo Easy também. Se o consumidor adquirir serviços com pagamento antecipado, pode ganhar 12 meses de serviços como redes sociais gratuitas. Mas, os preços podem ser elevados. Na compra de 8 GB de dados, o cliente leva o dobro e paga MXN$ 899 (R$ 194,29).
Um
pacote com 25 GB de internet tem o custo de MXN$ 2064, R$ 446 em moeda
brasileira.
Todas
as fichas para o HBO Max
Atualmente,
é importante mencionar a grande aposta da AT&T, por meio da Time Warner: o HBO Max. Trata-se
de uma plataforma de streaming que vai reunir todas as produções do estúdio.
O
anúncio já promoveu grande repercussão, especialmente na concorrência. A Netflix, por
exemplo, perdeu uma das séries mais assistidas do seu catálogo: Friends,
comédia de sucesso e aclamação mundial de propriedade da Warner Bros.
Entretanto,
o mercado de vídeo sob demanda se encontra em verdadeira saturação. Os estúdios
sabem do desafio que terão para desbancar a presença mundial da Netflix, além
da forte concorrência do Disney+ e outros que vão surgir.
Os
últimos movimentos em prol do novo streaming da Warner, como o anúncio do
valor, por exemplo, geram quedas nas ações da companhia.
No
Brasil, não há planos de lançamento para plataforma devido a incerteza com a
legislação. Enquanto a propriedade cruzada não for derrubada pela Lei da TV
paga, a AT&T terá uma atuação incerta e frágil no entretenimento, já que seria
obrigada a escolher entre Warner e SKY para seguir com as operações.
A
companhia já deixou bem claro que não pretende se desfazer de nenhuma e seguirá
no aguardo pela aprovação da compra ou mudança na legislação.
Sobre
a atuação da AT&T no Brasil, há uma única certeza: a marca seguirá no segmento
de TV por assinatura e, se tudo correr bem com a aquisição da TimeWarner,
entrará de cabeça no mercado de entretenimento audiovisual com o lançamento do HBO
Max.
Na
parte de telecomunicações, a operadora já flertou
com uma vinda para o Brasil diversas vezes, mas desistiu quando se deparou
com as regras setoriais como concessão, licitação de frequência, controle de
preço e ofertas, entre outras.
Obviamente,
adquirir a Oi e toda a sua infraestrutura facilitaria o caminho da AT&T,
mas a julgar pelo seu atual momento, fazer um novo investimento pode ser
arriscado, especialmente um sem previsão para começar a dar retorno e com
dívidas.
No
México, a empresa precisou de pouco mais de três anos para começar a ter
retorno de capital. No Brasil, foi ainda mais demorado.
Os
usuários que sonham com uma chegada impactante da empresa nos serviços de
telecomunicações devem considerar que a oferta e os preços vão depender da realidade
econômica do país.
O atual interesse da gigante no Brasil é mesmo no glamouroso mercado do entretenimento audiovisual. Ambiente da Rede Globo e outras. A vinda do HBO Max para o país, apesar de não ter previsão, é estratégica. Assim como a continuidade das operações da SKY, que é a segunda maior prestadora de TV por assinatura do país.