Turbulento processo de recuperação judicial da operadora, vista como ‘supertele’, deu início ao fenômeno das competitivas.
Ilustração Fibra Óptica. Imagem: Piqsels
Com 40% de participação no mercado de banda larga fixa, as competitivas, também chamadas de operadoras regionais, não param de crescer. O recente encolhimento da Oi é visto como um dos motivos.
Se antes a “supertele” abocanhou milhares de clientes com o serviço de cobre, a chegada da fibra óptica e o turbulento processo de recuperação judicial diminuíram o poderio da prestadora carioca.
O recente processo de venda de ativos, que já ofertou torres e data center, representa um encolhimento da empresa.
A estratégia utilizada pelas regionais, para crescer de forma mais ágil, são fusões, aquisições e até mesmo abertura de capital na Bolsa de Valores.
E engana-se quem pensa que as capitais são almejadas. As “meninas dos olhos” são as cidades pequenas, onde atuam e oferecem um serviço de atendimento mais concentrado.
Entre os exemplos, podemos citar a Brisanet, que agora explora o modelo de franquias para crescer e colocar conexão de fibra por todo o Nordeste.
A demanda motivada pela pandemia do novo coronavírus, por exemplo, fez várias companhias irem às compras. Uma delas é a Vero, que já cobre 94 cidades.
Tudo isso foi possível graças a compra de oito provedores. A marca, do grupo Vinci Partners, ainda pretende gastar mais.
Bancos como Pátria e BTG Pactual também estão interessados no mercado de internet fixa. É como se as regionais estivessem em uma consolidação para ganhar cada vez mais força no mercado.
Novo produto da Claro ainda é bastante limitado para competir com outros equipamentos nos mesmos moldes; veja o nosso teste.
Imagem: Menu do Claro Box TV
Recém-lançado no mercado, o Claro Box TV chegou após muita especulação e marca uma nova abordagem da operadora para “renovar” seu serviço de TV por assinatura.
A ideia é interessante, tem potencial para abocanhar o nicho de mercado das “Streaming Box” e ainda por cima oferecer um serviço de TV paga mais flexível e adaptado aos novos hábitos de consumo.
Mas, ao menos até o momento, a prática pode ser decepcionante e culminar em um produto excessivamente embrionário.
Abaixo, confira os prós e contras da análise feita pelo Minha Operadora:
Pró: Contratação barata e flexível para clientes
Apps do Claro Box TV
Quem ainda não dispõe de um televisor com acesso à internet em casa, tem aqui uma boa opção. Afinal, basta ter um aparelho com conectividade HDMI para utilizar.
Por apenas R$ 20 mensais, o Claro Box TV traz um menu “smart” e com acesso a aplicativos como Netflix e outros (que exigem com contratação vinculada).
Para embutir canais, é necessário pagar mais R$ 29,90 e totalizar R$ 49,90 pelo serviço.
A contratação tem flexibilidade, já que o aparelho pode ser transportado para qualquer lugar e não possui fidelidade.
Pró: Operação eficiente
Em pouco tempo de uso, uma interessante observação a ser feita é a eficiência da plataforma montada pela Claro.
A utilização é rápida, sem “engasgos” e intuitiva, apesar de alguns comandos confusos.
Os aplicativos também funcionam bem quando acessados, especialmente a Netflix. Há reprodução em 4K para televisores com suporte.
Pró: Acervo Claro Vídeo
Sem custo extra, qualquer assinante pode ter acesso ao catálogo do Claro Vídeo, que conta com muitas opções de filmes e séries.
Mas, há poucos títulos com dublagem disponível na reprodução. Prática que pode irritar alguns brasileiros.
Quem contratar o Claro Box TV para ter uma opção barata e flexível de acesso aos canais TV paga ou abertos, terá uma decepção.
Na região que testamos (Rio de Janeiro), o recurso ainda é excessivamente embrionário. Dos mais famosos, apenas a Band está disponível entre os abertos.
Nada de Globo, Record, SBT ou outras, que normalmente são as mais requisitadas pelos usuários.
Os canais fechados também são poucos, mas há variedade entre filmes, esporte e documentários.
Interface Claro Box TV
Contra: Alto custo para quem não é cliente da operadora
Quem não estiver na cartela de clientes da Claro precisa desembolsar R$ 250 para ter o produto. Um valor fora da realidade, se levarmos as limitações em consideração.
Por esse valor, foi possível adquirir um Fire TV Stick Lite, da Amazon, na Black Friday 2020. O dispositivo também transforma qualquer televisor com entrada HDMI em smart e traz uma gama maior de aplicativos.
Por mais R$ 50 nesse valor, há a possibilidade também de comprar uma Xiaomi Mi TV Stick, aparelho com a mesma função e sistema Android TV.
Já o serviço de TV paga semelhante, via aplicativo, pode ser contratado pelo Oi Play, que possui um aplicativo com mais facilidade de acesso, inclusive por uma streaming box com Android.
Contra: Ausência de aplicativos
Quem adquirir o Claro Box TV para aumentar a gama de apps da televisão, também vai se decepcionar. Para isso, há apenas a Netflix.
Os outros precisam de uma contratação vinculada ao serviço oferecido pela operadora. Ter o aparelho para acessar vários aplicativos, inclusive os que não estão disponíveis em alguns modelos de Smart TV, é inviável.
Análise final
Canais do Claro Box TV
O novo produto da Claro transita entre uma IPTV convencional e Streaming Box, mas não se firma em nenhum dos lados, já que ambos são excessivamente embrionários no serviço.
É um detalhe que dificulta a proposta de ter uma “identidade”, apesar de a ideia ser promissora para o mercado.
No mais, a tecnologia oferecida pela Claro e toda a usabilidade, fácil gestão, são também interessantes.
Canais disponíveis (Rio de Janeiro):Canal da Claro, Band, TV Cultura, G, MegaTV, Gospel, Polishop, Shoptime, L!KE, E!, FashionTV, Discovery TLC, arte1, Food Network, Discovery Home & Health, curta!, ESPN Extra, WooHoo, HGTV, DOG TV, Fish TV, Travel Box Brazil, ESPN Brasil, ESPN HD, ESPN 2, FOX Sports, FOX Sports 2, BAND Sports, CNN Brasil, RN, Band News, National Geographic, Discovery, Animal Planet, History, Discovery Turbo, Discovery Science, Smithsonian, NAT GEO Wild, Discovery Theather, Cartoon Network, NICK HD, Disney Channel, Discovery Kids, History 2, Discovery World, Disney XD, Disney Junior, NICK Jr., Boomerang, TV Rá Tim Bum, Tooncast, Baby TV, NAT GEO Kids, MTV, TV WA, Music Box Brazil, Trace Brazuca, FX, Sony Channel, Warner Channel, FOX Channel, MTV Live, VH1, AXN, TBS, Comedy Central, A&E, Discovery ID, Lifetime, TNT Series, FOX Life, AMC, Euro Channel, Film & Arts, TNT, Space, Cinemax, Prime Box Brazil, Paramount+, TCM, HBO, HBO 2, HBO +, HBO Family, HBO Signature, HBO Pop, HBO Mundi, HBO Xtreme, FOX Premium 1, FOX Premium 2, Terra Viva, Novo Tempo, Canal Rural, Agro+, Rede Vida, Canção Nova, Aparecida, BOA TV, TVe, TV5Monde, RaiItalia, BBC World News, Bloomberg Television, CNN, DW, Conmebol TV, Clima Tempo, TV Alerj, TV Justiça, TV Câmara, TV Brasil, TV Brasil 2, TV Senado, TV Escola, RIT e 21.
Clássica novela Kubanacan e documentário sobre o auge da pandemia do coronavírus são destaques entre os lançamentos de dezembro no Globoplay.
Adriana Esteves em Kubanacan, lançamento do Globoplay. Imagem: João Miguel Júnior/Globo Imprensa
Os lançamentos de dezembro no Globoplay já estão entre nós. Como de costume, o streaming equilibra produções originais, novelas e séries internacionais.
Um dos primeiros destaques do comunicado da empresa é a série “Hospital New Amsterdam”, que já faz parte do catálogo e ganhará uma segunda temporada.
No entanto, as apostas se concentram também na produção original da vez, que será o documentário “Cercados”.
Gravado nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Manaus e Fortaleza, o longa mostra o auge da pandemia do coronavírus e todos os desafios enfrentados pela imprensa na cobertura.
Na parte de novelas, dois clássicos estão garantidos. O primeiro é Kubanacan, trama do autor Carlos Lombardi muito lembrada pela irreverência humorística.
A segunda será Felicidade, história elogiada do autor Manoel Carlos que emocionou o país no início dos anos 90.
Outra produção nacional que também merece destaque é “Me Chama de Bruna”. A série, inspirada na história de Raquel Pacheco, conhecida como Bruna Surfistinha, ganha sua quarta temporada.
Há ainda mais produções agendadas para o último mês do ano no streaming Grupo Globo. Confira abaixo todos os títulos e suas respectivas datas de lançamento:
01/12 – Me Chama de Bruna
Sinopse: A jovem Raquel Pacheco passa por traumas na adolescência e sai de casa para viver no mundo da prostituição, onde ficará famosa sob o codinome Bruna Surfistinha.
Série – Temporada 4 – 8 episódios
03/12 – Cercados
Sinopse: Um mergulho nos bastidores da imprensa durante os meses de pandemia mostrando a luta diuturna de jornalistas para levar informação apurada para milhões de pessoas mesmo num ambiente intoxicado politicamente.
Filme – Documentário
07/12 – Kubanacan
Sinopse: Kubanacan era uma “república de bananas”, caracterizada por problemas econômicos, políticos e sociais, como corrupção, empreguismo, coronelismo e inchaço da máquina pública.
Novela
21/12 – Felicidade
Sinopse: Tati, a Garota e outros contos de Aníbal Machado inspiraram a criação de Felicidade, uma novela que conta a história de Helena (Maitê Proença).
Novela
Sem data – Hospital New Amsterdam
Sinopse: Novo na direção do hospital mais antigo dos EUA, Max promete mudar o burocrático sistema. Enquanto aposta no lado humano da medicina, ele lida com seu diagnóstico e sua família.
Série – Temporada 2 – 18 episódios
Sem data – O Clube das Divorciadas
Sinopse: Três amigas de longa data se reaproximam após o divórcio de uma delas. Unido, o trio de mulheres segue se apoiando na carreira, no amor… e nas pequenas vinganças.
Série – Temporada 1 – 9 episódios
Sem data – FBI: O Mais Procurado
Sinopse: A equipe altamente treinada do agente Jess LaCroix do FBI é capaz de rastrear e capturar os criminosos mais procurados pela justiça dos Estados Unidos.
Série – Temporada 1 – 14 episódios
Sem data – Diário de um Confinado – Episódio Especial
Sinopse: Murillo enfrenta agora a realidade das festas de fim de ano em meio ao confinamento.
Episódio especial
Sem data – Dance Academy
Sinopse: A jovem Tara Webster é uma bailarina sonhadora que vai aprimorar suas técnicas na Academia Nacional de Dança. Além dos desafios constantes, ela aprende a cultivar fortes amizades. Série – Temporada 1 a 3 – 65 episódios
Informação foi destacada pelo Conexis, sindicato que representa todas as operadoras de telefonia; entenda os resultados da operação.
Imagem: Mapa de calor das operadoras
A mega operação que envolveu as operadoras de telefonia no combate ao novo coronavírus obteve o registro de 1,3 milhão de índices.
Na prática, a iniciativa consistia em fazer pequenos registros das antenas de smartphones para medir diagnósticos de aglomeração e alertar entidades governamentais.
E como afirmamos na época, todo o trabalho era meramente quantitativo, de acordo com a explicação do Conexis, sindicato das operadoras que na época se chamava “Sinditelebrasil”.
Foram oito meses de operação com uma plataforma que funcionou por meio de “mapas de calor”. Os registros foram feitos pelas 106 mil antenas das empresas de telefonia.
Na parceria, empresas como Hugtak, Imagem/Esri e Microsoft se destacam. São elas que oferecem a ferramenta de forma gratuita para os governos e prefeituras que aderiram ao projeto. A operação fica a cargo das teles.
É importante destacar também que nenhum valor foi cobrado para o fornecimento do serviço. Tudo foi feito de forma gratuita.
A coordenação do projeto segue com o Conexis e desenvolvimento da Claro, Oi, Vivo, TIM e ABR Telecom.
Como condição única para ter acesso ao serviço, os governos assinaram um acordo de cooperação técnica.
A plataforma segue as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados, ou seja, usa dados estatísticos, agregados e anônimos, com base na quantidade de smartphones que estão conectados a uma mesma antena.
Empresa perde apenas para Vivo e Claro em aquisição de usuários. TIM e Oi perderam mais de 110 mil linhas cada.
De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em outubro passado a empresa Surf Telecom adquiriu 132.783 novos clientes de telefonia móvel na categoria pré-pago, alta de 30% em relação ao mês anterior.
O número é inferior apenas aos 374,9 mil novos usuários do pré da Claro (o que inclui os clientes da Nextel) e os 323,3 mil da Vivo.
Por outro lado, a pequena empresa está performando melhor que a TIM e Oi, que perderam 118,2 mil e 116,0 mil linhas no pré-pago, respectivamente.
A Surf Telecom é conhecida por administrar várias operadoras móveis virtuais (MVNOs), como a Correios Celular, Intercel, entre outras.
Atualmente, a empresa conta com 579.379 usuários, aumento de 96,34% em relação a outubro do ano passado, que era de 295.087 linhas.
Desde março, operadora mantém cerca de dois mil colaboradores trabalhando em casa.
A operadora TIM (TIMS3) anunciou que pretende manter o seu call center próprio trabalhando em home office de forma definitiva, mesmo após o fim da pandemia da Covid-19.
Desde março passado, quando foram decretadas as medidas de isolamento social, a operadora transferiu sua equipe de atendimento para o regime de trabalho remoto.
De acordo com a TIM, após avaliar todos os cenários, pensando na saúde dos colaboradores e no atendimento ao consumidor, a empresa decidiu manter permanentemente o call center em home office.
A medida afeta cerca de 2 mil pessoas que trabalhavam presencialmente nas cidades do Rio de Janeiro e Santo André.
A decisão da operadora também é acompanhada dos bons números registrados durante a pandemia, como o aumento de 37% na satisfação dos consumidores após o atendimento.
A empresa afirma ainda que a produtividade dos trabalhadores em casa aumentou 8% e que os pedidos de demissão registrou uma queda superior a um terço.
Para o novo regime, a operadora diz que firmou um novo acordo coletivo com as regras para o teletrabalho, incluindo o direito de desconexão, intervalo de refeições, além de incentivar a interação entre os colaboradores.
A empresa também forneceu os equipamentos e mobiliários necessários ao trabalho, bem como conexão à internet e ajuda de custo mensal de R$ 80.
“Já havíamos desenhado o ambiente de trabalho mais digital e flexível para o call center antes da pandemia, com execução gradual. A Covid-19 acelerou esse processo, que foi completado sem perda de qualidade para o cliente. Descobrimos uma incrível coragem digital e que o serviço continuou sendo entregue com excelência mesmo com a mudança quase imediata para o home office. Continuamos a inovar e a oferecer totais condições e liberdade para que o nosso cliente tenha na TIM uma aliada para a sua vida e para que supere este momento com mais tranquilidade e confiança”, explica Paulo Henrique Campos, diretor de operação de atendimento ao consumidor da TIM.
Operadoras britânicas não poderão mais comprar equipamentos da fabricante chinesa a partir de janeiro de 2021.
Apesar de ter decidido eliminar equipamentos da Huawei em suas redes 5G até 2027, o governo do Reino Unido está disposto a antecipar esse banimento.
Em julho passado, o governo local já havia anunciado que as operadoras não poderiam mais adquirir produtos 5G da Huawei a partir de janeiro do ano que vem.
Agora, as empresas ficam proibidas de instalar os equipamentos a partir de setembro 2021.
A proibição vale até mesmo para aquelas empresas que ainda tem produtos guardados em estoque, comprados antes de janeiro.
De acordo com a lei local de segurança das telecomunicações, as empresas podem ser multadas em até 10% do faturamento ou 100 mil euros (R$ 637,2 mil, na cotação atual) por dia se não cumprirem as novas regras.
A nova determinação ainda será alvo de debate no Parlamento britânico ao longo desta semana.
O banimento da Huawei no Reino Unido segue a tese norte-americana que a empresa promove espionagem industrial para o governo chinês. Além disso, diante das sanções americanas, há dúvidas se a fabricante poderia se manter como uma fornecedora confiável no longo prazo.
Supremo entendeu que legislação do Piauí não fere a competência da União de legislar no setor de telecomunicações.
Após várias decisões favoráveis às operadoras, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por maioria como constitucional uma lei de Piauí que impõe regras para as operadoras.
A legislação em questão é a de nº 6886, de 2016, que obriga as empresas de telefonia móvel a apresentar, na internet, aos consumidores piauienses o extrato detalhado de linhas pré-pagas, incluindo chamadas telefônicas e outros serviços utilizados, da mesma forma que é feito com usuários pós-pagos.
As operadoras têm contestado a constitucionalidade desses tipos de legislações estaduais com o argumento que apenas a União pode legislar sobre o setor. Por sua vez, o STF tem dado parecer favorável às operadoras, inclusive em uma recente decisão sobre outra lei do Piauí.
Entretanto, na mais recente decisão, o Supremo entendeu que a disponibilização do extrato para consumidores do pré-pago não se enquadra em nenhuma atividade de telecomunicações definidas pelas leis 4.117/1962 e 9.472/1997.
Para os ministros, a lei do Piauí não tem função de legislar sobre as telecomunicações, mas sim de garantir um direito do consumidor.
Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a legislação busca igualar o mesmo acesso às informações de consumo entre clientes pré e pós.
“Trata-se, portanto, de norma sobre direito do consumidor que admite regulamentação concorrente pelos Estados-Membros, nos termos do artigo 24, V, da Constituição Federal, sendo, portanto, formalmente constitucional”, concluiu Moraes.
O voto foi seguido pelos ministros Nunes Marques, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Rosa Weber, Luiz Edson Fachin e Marco Aurélio.
Já Luís Roberto Barroso, vencido, votou a lei como inconstitucional, defendendo a tese que apenas a União pode legislar sobre os serviços de telecomunicações.
“No caso concreto, é indiscutível que falece ao estado competência para legislar sobre extratos telefônicos de planos pré-pagos, notadamente ao se considerar que isto implica na indevida criação de obrigações para as prestadoras de serviços de telefonia e na fixação de sanções em caso de seu descumprimento”, afirmou Barroso.
Teve o mesmo entendimento Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
Entretanto, operadora pode conseguir condições de pagamento ainda melhores se nova lei for sancionada por Jair Bolsonaro.
Na noite desta sexta-feira, 27, a Oi (OIBR3/OIBR4) informou ao mercado que conseguiu fechar um acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para reduzir pela metade a sua dívida com a agência de R$ 14,3 bilhões.
Por meio da Procuradoria-Geral Federal (PGF), a Anatel seguiu o que determina a Lei nº 13.988/2020, que prevê 50% de desconto e a possibilidade de pagamento em até 84 meses de dívidas contraídas com a União.
Com a transação, as multas que somam R$ 14,3 bilhões (já incluídas encargos e juros de mora aplicáveis) que a Oi tem com a Anatel serão reduzidas para cerca de R$ 7,2 bilhões.
A empresa terá 7 anos para pagar a dívida, sendo que em torno de R$ 1,8 bilhão (as primeiras 32 parcelas) será pago já nos próximos meses, proveniente de depósitos judiciais de processos da operadora em trâmite.
A transação também prevê a possibilidade de a Oi aderir a novas e melhores condições de pagamento, caso a legislação atual venha a ser atualizada. Isto já pode ocorrer nos próximos dias.
“O Instrumento de Transação, representa, assim, o cumprimento de mais uma importante etapa do Plano de Recuperação Judicial da Oi, viabilizando o encerramento de um grande número de processos judiciais, bem como eliminando a insegurança jurídica que estes litígios representavam para a Companhia”, afirmou a Oi em fato relevante.
“A celebração da transação representa um marco na história do poder de polícia da Anatel, na medida em que, do universo de valores de multas constituídas pela Agência nos últimos vinte anos, grande parte desses valores será arrecadada em decorrência da transação, o que certamente confere concretude às sanções aplicadas pela agência reguladora”, afirmou Leonardo Euler, presidente da Anatel.
Com informações de Relações Com Investidores Oi e Assessoria de Imprensa Anatel.
Além de estar em acordo com o compromisso firmado, a operadora vê a região Nordeste como estratégica e segue com investimentos em curso na localidade.
Na primeira fase de implantação, os municípios contemplados serão: Amparo de São Francisco, Canhoba, Cumbe, Feira Nova, Gracho Cardoso, Ilha das Flores, Indiaroba, Itabi, Macambira, Malhada dos Bois, Pedra Mole, Santa Luzia do Itanhy, Santa Rosa de Lima, Santana do São Francisco, São Francisco, São Miguel do Aleixo.
O tempo de instalação ainda é incerto, já que depende da liberação das licenças para instalar antenas.
O TAC da TIM foi celebrado pela Anatel, em conjunto com a operadora, em julho de 2020. A aprovação final pela agência surgiu no mês anterior.
No documento, ficou acordado que a tele vai trocar mais de R$ 600 milhões em multas por compromissos de investimento e melhorias na qualidade do serviço prestado aos brasileiros.
Além do 4G, a marca também levará banda larga móvel para 350 cidades, com população inferior a 30 mil habitantes.
Outros estados contemplados serão Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará, Bahia, Pernambuco, Piauí, Alagoas, Pará, Goiás e Tocantins.