17/12/2025
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EUA x China: países brigam para ser o primeiro a ter telefonia móvel via satélite

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A rixa entre EUA – Estados Unidos, e China está presente na busca pela telefonia móvel via satélite. Desde o início da telefonia móvel, o desejo de construir um serviço acessível em qualquer parte do mundo tem sido perseguido. Nos dias atuais, empresas americanas e chinesas estão próximas de realizar esse objetivo por meio da tecnologia de satélite. Contudo, há um impasse: ambas as superpotências desejam dominar a tecnologia, e cada uma tem a capacidade de sabotar o plano da outra. Cada país pode impor regulamentações que proíbam o uso do serviço de satélite do outro dentro de suas próprias fronteiras.

satélite

A promessa de Elon Musk de “eliminar as áreas sem cobertura em todo o mundo” pode levar muito tempo para ser cumprida. Embora a SpaceX, empresa de foguetes e satélites de Musk, esteja expandindo seus serviços para clientes em todo o mundo, a empresa ainda não opera na China. 

Enquanto isso, a startup americana Lynk, sediada em Falls Church, Virgínia, obteve a primeira licença da FCC no ano passado para oferecer um serviço que conecta satélites comerciais diretamente a telefones celulares padrão, sem a necessidade de hardware ou software especializado.

Segundo o seu fundador, Charles Miller, a Lynk possui acordos comerciais em mais de 40 países e está realizando testes do seu serviço em outras localidades. Entretanto, quando questionado sobre a China, Miller afirma que a empresa não se inscreveu para testes no país, presumindo que a resposta seria negativa.

Já imaginou conexão de telefonia móvel no meio do oceano ou desertos?

Os novos serviços oferecidos pela Lynk utilizam redes de satélites que orbitam a Terra, possibilitando que telefones se conectem a esses satélites mesmo em regiões remotas, como desertos ou oceanos, onde não existem torres de celular ou estações-base próximas.

Apesar da existência de telefones por satélite especializados há décadas, empresas como a Apple têm oferecido recentemente serviços que incorporam a tecnologia de satélite aos smartphones convencionais.

Com a versão mais atual do iOS, usuários de iPhone agora podem enviar mensagens curtas de socorro mesmo em locais sem cobertura de rede celular.

A regulação é um ponto determinante nessa questão

A regulamentação da tecnologia varia de país para país e pode ser um desafio obter permissão para a transmissão de sinais de satélite em territórios estrangeiros, de acordo com Brady Wang, analista da Counterpoint Research. 

Enquanto os usuários de celular podem obter o serviço de roaming internacional depois de anos de negociações das empresas de telecomunicações, o serviço de satélite ainda está em seus estágios iniciais de negociação. 

A Apple lançou recentemente seu serviço nos EUA, Canadá e algumas partes da Europa, enquanto a Huawei, banida pelo governo dos EUA, lançou um serviço semelhante para uso exclusivo na China em caso de emergência. Larry Press, professor de sistemas de informação na California State University, Dominguez Hills, afirma que os serviços chineses provavelmente não serão permitidos nos EUA ou em países aliados próximos.

A empresa SpaceX, do empresário Elon Musk, disponibiliza seu serviço de internet via satélite, chamado Starlink, em partes dos Estados Unidos, Europa, Japão, Austrália e outras regiões. Um mapa online mostra os planos de expansão da cobertura global, exceto para a China e Rússia. A SpaceX fez parceria com a operadora T-Mobile para permitir que usuários comuns de smartphones acessem a rede de satélites da SpaceX para serviços básicos em áreas onde não há cobertura celular. Esse serviço estará disponível na maior parte dos EUA.

EUA x China

As empresas americanas e chinesas estão seguindo caminhos separados na construção dos sistemas de satélite para os novos serviços, o que pode levar a um mundo dividido em zonas pró-China e pró-EUA. Analistas do setor acreditam que os EUA têm uma vantagem significativa nessa competição, já que as principais empresas de tecnologia e startups dos EUA estão participando da corrida. A SpaceX, por exemplo, já lançou mais de quatro mil satélites.

A maioria dos satélites que se comunicam com dispositivos móveis no solo está em órbita baixa da Terra, o que oferece uma melhor transmissão e um custo menor para serem lançados.

 A Huawei, por sua vez, usa a rede de satélites Beidou, desenvolvida pela própria China, cujos satélites estão a mais de 160 mil km da Terra. Isso impede que os usuários da Huawei recebam mensagens de texto.

A China também tem seus próprios planos de banda larga satelital com financiamento estatal, que pretende implantar na China e em países em desenvolvimento que Pequim gostaria de fazer parte de sua esfera de influência. 

Em 2020, a China apresentou planos para lançar quase 13 mil satélites de internet de banda larga em órbita terrestre baixa, mas ainda não tem capacidade para lançar todos esses satélites. Recentemente, uma autoridade chinesa anunciou que uma empresa aeroespacial estatal planejava construir uma constelação de satélites que ficaria a apenas 144 a 290 km da Terra, com o primeiro lançamento marcado para setembro.

MCom e Anatel garantem união pela conectividade do Brasil

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O MCom e a Anatel falam sobre o compromisso de trabalhar juntas pela conectividade. Nesta terça-feira (25), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, participou da cerimônia de abertura do seminário intitulado “Conectividade Significativa: um novo desafio para o Brasil”, organizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O evento tem como objetivo promover o debate e o compartilhamento de experiências para a promoção da conectividade significativa para todos os brasileiros.

Anatel

De acordo com Juscelino Filho, à medida que o acesso à Internet se torna amplamente disponível no Brasil, a conectividade significativa torna-se o principal foco das políticas públicas do Ministério das Comunicações (MCom). O ministro afirmou que o governo está comprometido em fornecer conectividade universal para todos os brasileiros nos próximos anos e está investindo significativamente para atingir essa meta.

 “Estamos comprometidos em prover conectividade universal para todos, dentro dos próximos anos, e estamos fazendo investimentos expressivos com enorme progresso em relação a essa meta”, disse o ministro.

Ele ainda destacou a importância da implementação dos compromissos de cobertura assumidos pelas empresas de telecomunicações na Licitação de Radiofrequências 5G, bem como dos investimentos nos programas Norte Conectado e Nordeste Conectado, dos projetos financiados pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e do Programa Internet Brasil para alcançar as metas estabelecidas pelo Governo Federal.

A Anatel e o MCom estão trabalhando juntos, disse o presidente da agência 

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, afirmou que a agência está alinhada com os objetivos do Ministério das Comunicações (MCom) e trabalhando para alcançá-los. Ele enfatizou que o desafio atual é garantir que as pessoas que têm acesso à internet possam utilizá-la de maneira plena e segura. Baigorri alertou que 67% dos brasileiros conectados não sabem como utilizar a internet e destacou a importância de pensar em como ensinar as pessoas a utilizarem as redes onde elas estão disponíveis.

O ministro das Comunicações também está preocupado com a falta de habilidade digital de uma parcela significativa da população. Ele destacou que essa realidade exigirá um conjunto de iniciativas, incluindo a introdução de elementos específicos de letramento digital no processo de ensino das escolas públicas brasileiras.

Investimentos e parcerias 

Durante um evento, Morgan Doyle, representante do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), destacou que a instituição aprovou uma linha de crédito chamada Brasil Mais Digital, no valor de US$1 bilhão, com o objetivo de financiar políticas públicas federais, estaduais e municipais em três eixos principais: infraestrutura digital, soluções financeiras e reforma de políticas e regulamentação, com baixo custo.

Os recursos serão direcionados para projetos que promovam a transformação digital por meio de maior e melhor conectividade, adoção de novas tecnologias, formação de talentos digitais e modernização dos serviços públicos.

Marlova Noleto, diretora e representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, destacou a desigualdade de conectividade entre estudantes brasileiros, que ficou evidente durante a pandemia da Covid-19.

Ela ressaltou que os estudantes não tiveram acesso igualitário à educação, não só por conta dos pacotes de dados desiguais, mas também pela falta de equipamentos necessários para assistir às aulas remotamente. Noleto afirmou que há muitos desafios a enfrentar, mas a parceria com o Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) será fundamental para ampliar a inclusão digital e garantir o pleno acesso à cidadania.

WhatsApp permite uso de uma mesma conta em até quatro celulares

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O WhatsApp agora permite que os usuários utilizem uma mesma conta em até quatro smartphones diferentes, mesmo que estes possuam sistemas operacionais distintos, como iOS e Android. Anteriormente, a conta só podia ser utilizada em um único smartphone, além de dispositivos complementares, como a versão web/desktop.

WhatsApp

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou a novidade em sua página no Facebook. O WhatsApp afirmou que o recurso já começou a ser implementado globalmente e estará disponível para todos nas próximas semanas.

Há algum tempo que a Meta, dona do WhatsApp, tem testado atualizações referentes a essas

Desde 2021, um novo recurso está em testes no WhatsApp que permite que cada telefone vinculado possa se conectar independentemente à plataforma, garantindo que as mensagens, mídias e chamadas pessoais sejam criptografadas de ponta a ponta.

Com essa novidade, agora é possível alternar entre telefones sem se desconectar e retomar a conversa de onde parou. Além disso, para as pequenas empresas, mais funcionários podem responder aos clientes diretamente do celular deles na mesma conta do WhatsApp Business.

A empresa afirma que se o dispositivo principal ficar inativo por um longo período, a conta será desconectada automaticamente de todos os aparelhos complementares que realizaram o login. 

Também foi divulgado pelo The Verge que até um ano de mensagens serão sincronizadas entre os dispositivos, o que significa que os conteúdos mais antigos não serão carregados nos dispositivos complementares.

O WhatsApp está introduzindo uma nova forma de conectar dispositivos através de um código exclusivo. Ao inserir o número de telefone no WhatsApp Web, o usuário receberá um código que deverá ser escaneado pelo smartphone para permitir a conexão do dispositivo. Dessa forma, não será mais necessário ler um código QR. De acordo com informações do WhatsApp, é esperado que essa funcionalidade seja disponibilizada para mais dispositivos complementares no futuro.

Anatel seguirá combatendo as fake News, garante Baigorri

O combate a fake news segue sendo uma pauta em alta no setor de telecomunicações. Na segunda-feira, dia 24, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, compareceu ao plenário da Câmara dos Deputados para participar de uma sessão solene em homenagem aos 25 anos da TV Câmara. Durante seu discurso na tribuna, Baigorri abordou a possível inclusão do Projeto de Lei 2.630/2020 na pauta do Plenário da Câmara e mencionou que a Anatel tem sido solicitada a combater a disseminação de fake news, desinformação e discursos de ódio.

Presidente da Anatel, Carlos Baigorri.
Presidente da Anatel, Carlos Baigorri.

A Anatel tem recebido solicitações da sociedade, bem como do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, para combater as notícias falsas desde as últimas eleições. É importante destacar que todas as medidas de bloqueio de sites e aplicativos que propagam informações falsas foram realizadas pela Anatel em cumprimento a decisões judiciais.

“Desde as últimas eleições, a Anatel tem sido demandada pela sociedade, pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Tribunal Superior Eleitoral, a combater as fake news”.

Baigorri disse que a agência continuará a combater as fake news 

Baigorri afirmou que a Anatel continuará exercendo sua autoridade para evitar a disseminação de notícias falsas no Brasil. Ele ressaltou que o Projeto de Lei 2.630, que trata especificamente das fake news, será discutido em breve no Plenário. A Anatel é um dos órgãos que está engajado na luta contra esse tipo de desinformação, ao lado da radiodifusão pública brasileira.

O porta-voz também destacou que a Anatel e a emissora pública comemoraram recentemente seus aniversários de 25 anos, e citou o sucesso da parceria no projeto “Digitaliza Brasil”. 

Esse projeto, que visou digitalizar as transmissões de TV aberta no país, permitiu que o sinal da TV Câmara chegasse a mais de 1.200 municípios. A intenção é levar a radiodifusão pública e informações diretamente da fonte para todos os 5.570 municípios brasileiros. Essa ação é crucial para combater as fake news, a desinformação e o discurso de ódio. 

Segundo Baigorri, a informação direta, sem intermediários, é a chave para combater as mazelas que afetam a sociedade atualmente, incluindo os atos terroristas de 8 de janeiro e o discurso de ódio presente nas redes sociais.

“Juntos, vamos chegar aos 5.570 municípios brasileiros. Levar a radiodifusão pública e a informação direto da fonte para o cidadão é fundamental neste momento em que combatemos as fake news, a desinformação e o discurso de ódio. É com informação, sem intermediários, direto da fonte para o consumidor, para o cidadão, que vamos conseguir combater todas essas mazelas que nossa sociedade vive hoje em dia e que teve como reflexo os atos terroristas do 8 de janeiro e todo o discurso de ódio que temos visto nas redes sociais”, disse.  

Anatel e TV Câmera

Durante a sessão solene, Baigorri explicou que a parceria entre a Anatel e a TV Câmara vai além da atribuição de canais à rede legislativa no Plano Básico de Distribuição. Ele afirmou que a agência é responsável por coletar e supervisionar a Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP), que foi instituída em 2008, e por fiscalizar o cumprimento das obrigações de carregamento da TV Câmara pelas prestadoras do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC).

Em uma mensagem para a organização da sessão solene, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, lembrou que a TV Câmara começou a ser transmitida pela TV a cabo, garantindo-lhe espaço na televisão paga, mas que atualmente é transmitida em formato aberto. Ele destacou o papel da TV Câmara como uma janela aberta para que a população possa ver o que acontece dentro do Legislativo.

Lira ressaltou que a TV Câmara desempenha uma função importante na educação cívica, explicando conceitos democráticos, a importância da política e o impacto dos processos legislativos na vida dos cidadãos brasileiros. 

Em um mundo de informações rápidas e muitas vezes duvidosas, ele enfatizou a responsabilidade da TV Câmara em manter-se como uma referência confiável de qualidade de conteúdo, adaptando-se a novos formatos e tecnologias, mas sem deixar de oferecer espaço para grandes debates e reflexões, com importante contraditório, algo tão raro nos dias de hoje.

Aeroporto de Palmas recebe infraestrutura preparada para o 5G

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O Aeroporto Internacional de Palmas já está preparado para receber a rede 5G, pois a CCR Aeroportos concluiu a instalação da infraestrutura, possibilitando que as operadoras móveis ativem o serviço na área. A IHS Brasil, subsidiária da IHS Towers, que é uma das maiores proprietárias, operadoras e desenvolvedoras de infraestrutura compartilhada de comunicações do mundo, foi a empresa responsável pela execução do serviço.

A ideia de implementar a estrutura no aeródromo tem o objetivo de ampliar a conexão e a qualidade dos serviços de internet, promovendo mais conforto e melhores experiências aos passageiros.

De acordo com a CCR Aeroportos, a proposta é levar a tecnologia 5G para todos os seus 16 aeroportos, para que as operadoras de rede móvel possam utilizá-la. A instalação da infraestrutura será implementada nos demais aeroportos, como Curitiba, Bacacheri e Londrina (Paraná), Navegante e Joinville (santa Catarina), Pelotas, Bagé e Uruguaiana (Rio Grande do Sul), Pampulha-Belo Horizonte (Minas Gerais), Imperatriz (Maranhão), Petrolina (Pernambuco) e Teresina (Piauí).

Monique Henriques, Gerente executiva de Varejo da CCR Aeroportos, explica que desde março de 2022, quando a empresa assumiu os aeroportos, ampliar a velocidade é um dos primeiros passos.

“Um dos primeiros passos da CCR Aeroportos, ao assumir a administração dos seus aeroportos, em março de 2022, foi ampliar em 10 vezes a velocidade de acesso à internet gratuita por meio de Wi-Fi. Melhorar ainda mais a infraestrutura de telecomunicações é uma inovação essencial para aumentar a conectividade e a qualidade desse serviço, promovendo mais conforto e as melhores experiências aos nossos passageiros”, afirma.

Cassio Futuro, diretor comercial e de operações (COO), da IHS Brasil, comemora a oportunidade de levar melhor conectividade para os aeroportos. “Estamos muito felizes em contribuir para melhor conectividade nos aeroportos, oferecendo as operadoras de telefonia celular uma infraestrutura de alta qualidade que irá beneficiar o grande público, empresas e prestadores de serviços que circulam a cada dia nesses terminais, contribuindo para uma melhor experiência do usuário e aumentando a eficiência de operação de cada aeroporto”.

Sistemas de Antenas Distribuídas

Os DAS (Sistemas de Antenas Distribuídas) são a alternativa ideal de conectividade para grande ambientes internos e algumas áreas externas de aeroportos, estações e túneis de metrô, shopping centers, indústrias, centro hospitalares e prédios corporativos, devido às barreiras existente que impede a propagação do sinal, como parede de concreto e estruturas metálicas.

Ao usar um conjunto de antenas internas, de forma estratégica, bem posicionadas e conectadas por fibra óptica ajuda na ampliação e cobertura do sinal em todos os espaços, incluindo os pontos de sombra, como túneis e subsolos, consumindo menos energia.

Além disso, os sistemas permitem a configuração de sistemas sem fio internos de alta disponibilidade e segurança, que podem ser usados para o funcionamento de ferramentas de IoT e M2M, como automação de equipamentos, dispositivos de segurança, vending machines e maquininha de cartão.

Rede 5G já alcança 47 das maiores economias do mundo, segundo estudo

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De acordo com o estudo anual “The State of 5G”, promovido pela Viavi Solutions, as redes 5G implantadas no mundo atingiram um total de 2.497 cidades em 92 países até abril de 2023, tendo os EUA liderando a cobertura, superando a China pela primeira vez. Outros 23 países têm testes pré-comerciais de 5G em andamento, e 32 países anunciaram ter intenções no 5G, deixando apenas 48 países ainda sem planos para 5G.

Nos Estados Unidos, o número de cidades com redes 5G cresceu significativamente para 503, um aumento de 69% em relação às 297 cidades listadas em maio de 2022. Já na China, o número ficou parado em 356 cidades desde a atualização de junho de 2021. Entretanto, o número de cidades é apenas um aspecto relativo referente a evolução do 5G nas duas nações, pois a China ainda fica a frente em outras métricas, como velocidade de dados, número de assinantes e estações base implantadas.

Além disso, o estudo ainda aponta que a tecnologia está ativa em 47 das 70 maiores economias do mundo (com base no PIB). No ano passado, 18 países anunciaram as primeiras implantações de 5G, incluindo duas das maiores economias em desenvolvimento, Índia e México, além de outras economias emergentes, como Angola, Etiópia e Guatemala.

Um dos pontos mais chamativos da pesquisa trata do crescimento das redes 5G standalone (SA), que são aquelas que operam independentemente da infraestrutura 4G existente, que no caso do Brasil, usam a faixa de frequência 3,5 GHz de forma exclusiva. Para comparação, em janeiro de 2022, havia apenas 24 redes non-standalone (NSA) globalmente, enquanto que no mesmo mês deste ano, já havia 45 redes no padrão SA em operação, em 23 países.

Outros aspectos 5G

Nas redes 5G privadas, o setor industrial emergiu como líder global, tendo 44% das implantações anunciadas publicamente, seguido pelos setores de logística, educação, transporte, esportes, serviços públicos e mineração. As aplicações IoT também têm evoluído, liderando discussões a respeito de fábricas inteligentes, cidades inteligentes e assim por diante.

No caso do espectro para 5G na banda de ondas milimétricas (mmWave), geralmente considerado 24 GHz e acima, atraiu muito interesse de diversos países. Muitos dos maiores mercados móveis do mundo, incluindo China, Índia e Estados Unidos, disponibilizaram o mmWave, bem como aqueles com populações pequenas, como Seychelles e Guam. O mesmo padrão de diversidade é válido em mercados desenvolvidos, como Alemanha e Japão, e em economias emergentes, como Indonésia e Vietnã.

Vale ressaltar que a faixa em específico oferece benefícios significativos com mais velocidade, menos latência e mais capacidade, mas possui desvantagens, como cobertura mais baixa, custos de equipamentos mais altos e necessidade de implantações densas.

Operadoras não estavam diferenciando os padrões 5G no mapa de cobertura

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Nesta segunda-feira (24), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou o Relatório Anual de Gestão, onde mostra a velocidade média que a banda larga fixa brasileira atingiu no final de 2022. Com a intenção de dar maior transparência ao consumidor, o documento também apontou que a agência precisou corrigir mapa de cobertura 5G das operadoras.

No primeiro caso, a Anatel constatou que o serviço de internet fixa no país registrou uma velocidade média de 245,95 Mbps, superando a meta do Plano Plurianual para o triênio de 2020-2023, que era de 150 Mbps ao final deste ano. Entretanto, ainda está longe da meta da agência para 2017, que é de 1 Gpbs.

No relatório também foi constatado um avanço no adensamento da cobertura da Internet fixa, que já está próximo da meta prevista pela Anatel que é chegar a 91%, segundo o gerente da área de planejamento da agência, Marcelo Monteiro. Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD TIC), do IBGE, em 2021 a penetração de banda larga fixa no Brasil chegou a 90%.

Marcelo Monteiro ainda afirma que o Brasil caiu duas posições no ranking da União Internacional de Telecomunicações (UIT) naquele ano, chegando à 71ª colocação. “Isso se deve em razão da [queda da] renda“, justificou Monteiro.

Segundo a Anatel, no indicador de desempenho estratégico, em julho de 2021, 4.677 municípios contavam com backhaul de fibra óptica, sendo que a meta para o final deste ano é de às operadoras atinjam 4.883 municípios. No entanto, é possível que este compromisso já tenha sido cumprido.

Mapa da cobertura 5G no país

Quanto ao mapa de cobertura 5G, a Anatel precisou agir com fiscalização para corrigir informações divulgadas pelas empresas. Segundo o superintendente de fiscalização da agência, Hermano Tercius, havia inexistência de diferenciação entre 5G DSS e os padrões standalone (SA) e não standalone (NSA) no mapa de cobertura.

“Os sites tinham mancha que era visivelmente maior do que era visto na prática. Então, teve fiscalização que ultrapassava o edital, pois era uma obrigação consumerista”, destacou Tercius.

Com a fiscalização realizada pela Anatel houve uma queda significativa entre o que era exibido e a área efetivamente coberta pela tecnologia em Brasília, exemplifica o órgão. Após a fiscalização, as operadoras corrigiram os índices, com algumas caindo pela metade na cobertura que era mostrada.

Hermano Tercius ainda afirma que a Anatel tem fiscalizado a instalação de antenas ativas desde que a TIM, Vivo e Claro iniciaram as ofertas do 5G nas capitais. Detalhando que todas cumpriram as obrigações previstas no edital, mas com diferentes intensidades.

No caso, segundo o executivo, a TIM foi a operadora que mais proporcionou o adensamento de antenas, chegando a triplicar a quantidade de estações que a meta previa. Enquanto que a Vivo, chegou a quase o dobro e a Claro se manteve mais próxima das metas.

O superintendente da Anatel e secretário executivo do Gaispi, Vinícius Caram, ainda completa afirmando que metade da população brasileira já está em municípios onde há cobertura 5G, ou 86 milhões de habitantes. Ele diz que, nas cidades onde o 5G está funcionando, em média 15% das áreas urbanas estão com a rede de quinta geração.

Grupo agrícola fecha parceria para experimento 5G e IA em usina de cana-de-açúcar

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O grupo agrícola São Martinho fecha parceria com a fornecedora de chipset Qualcomm Brasil, que visa avaliar o uso de tecnologias como 5G e Inteligência Artificial na borda para aumentar a produtividade no setor agrícola, na usina São Martinho, localizada na cidade de Padrópolis (SP) e onde já utiliza cobertura 4G e 5G para solução de “smart farming” (agricultura inteligente).

A usina é considerada a maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, com capacidade de moer até 10 milhões de toneladas por safra.

A empresa está colaborando com a Qualcomm Brasil para explorar sistemas de inteligência artificial (IA) e outras inovações com 5G para aprimorar os processos de agroindustriais, com expectativa de entrega do projeto ainda em 2023. A ideia é que a fornecedora de chipset, em conjunto com a IA, produza avanços para o setor, especialmente visando a produtividade.

Para as aplicações, módulos e chipsets da Qualcomm em câmeras, drones, rovers, sensores e outros equipamentos, já estão sendo planejados, que segundo a empresa, deverão coletar dados, aprender padrões e fornecer informações para o aprimoramento dos diversos processos.

Inclusive, já foram mapeados alguns desafios da São Martinho, como a necessidade de monitorar e estimar o crescimento e a produtividade das plantas, detectar sinais preliminares de ameaça à lavoura, melhorar as análises de solo e clima, otimizar aspectos logísticos e industriais, entre outras.

A São Martinho também poderá disponibilizar a parceiros do projeto acesso ao ambiente operacional da Usina São Martinho, aos profissionais capacitados da companhia e aos dados históricos e em tempo real de suas operações para facilitar, por exemplo, o desenvolvimento de algoritmos de inteligência artificial.

A expectativa é que os primeiros projetos da usina se iniciem ainda este ano no Centro de Inovação São Martinho, um ambiente baseado no modelo de inovação aberta e focado no desenvolvimento de soluções digitais, localizado na usina paulista.

Brisanet adota uso de energia renovável oriunda do mercado livre

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Nesta segunda-feira (24), a Brisanet, anunciou que agora passa a consumir energia renovável oriunda do mercado livre de energia com as companhias do setor elétrico, proporcionando economias consideráveis. Com isso, a demanda de energia requerida pelas unidades da empresa no Ceará e Rio Grande do Norte, serão oriundas de fontes renováveis, como a geração solar fotovoltaica e eólica.

De acordo com a empresa nordestina, a iniciativa faz parte de seu plano de sustentabilidade e estratégias de crescimento. Com o negócio, onde fornecedores e compradores podem negociar livremente o preço do insumo, o grupo Brisanet espera que o custo mensal da empresa com eletricidade nesses estados diminua em torno de 40%.

A empresa anunciou também que aderiu à Geração Distribuída, segmento em que a energia é gerada pelos consumidores, próxima ou no próprio local de consumo.

É o segmento oposto à tradicional Geração Centralizada (GC), na qual a energia é gerada em grandes usinas e enviada aos consumidores pelas linhas de transmissão. Nesse segmento, que é o à tradicional GC, a energia é gerada em grandes usinas e enviada aos consumidores pelas linhas de transmissão.

Inicialmente, o plano plano de geração distribuída na modalidade compartilhada da operadora entrará em vigor em Pernambuco, que segundo a Brisanet, irá proporcionar uma economia anual aproximada de mais de R$ 200 mil, denotando uma economia de cerca de 10% em relação ao consumo energético mensal que a companhia tem em todo o estado.

Até o fim do primeiro semestre de 2024, todas as unidades consumidoras da Brisanet em outros estados (CE, PB, PI, AL, SE, MA e BA) também serão contempladas.

João Paulo Estevam, diretor de operações do Grupo Brisanet, mais do que economizar no custo dos serviços, a energia de fontes renováveis irá oferecer benefícios de grande impacto socioambiental.

“As empresas precisam colocar o ESG no centro do seu negócio. Ao aderir à energia renovável, tomamos a decisão de impactar positivamente todo o ecossistema que envolve o nosso negócio. Com o 5G, vamos aumentar consideravelmente o consumo de energia. Portanto, ao consumir energia renovável, estaremos contribuindo para o desenvolvimento social, ambiental e sustentável da região”, afirma.

Oi dá prévia de possível plano de recuperação e projeção de resultados

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Na última sexta-feira (21), por meio de comunicado, a Oi anunciou que assinou contrato com parte de seus credores financeiros para o empréstimo de US$ 275 milhões. O empréstimo foi fechado com 40% dos credores da empresa e independe de outras negociações a respeito da reestruturação da dívida do grupo.

“A Companhia continua negociando a documentação definitiva do acordo de apoio à reestruturação e lock-up acordado com a maioria dos Credores Financeiros. (…) A Companhia acredita que a Reestruturação Proposta reforçará de forma abrangente o seu balanço patrimonial e gerará valor a longo prazo a todos os acionistas”.

Durante as negociações, a empresa revelou detalhes do seu possível plano de recuperação, onde os representantes da Oi apresentaram sua visão de longo prazo aos financiadores novos, com previsão de venda das subsidiárias Tahto, Serede e V.tal. Vale ressaltar que alguns dados da projeção já podem ter mudado, mas ainda faz uma imagem da percepção do futuro que os executivos projetam para o grupo.

Segundo a empresa, é esperado um fluxo de caixa operacional de R$ 1,6 bilhão até 2026, com a receita atingindo R$ 13 bilhões até lá. A margem da empresa vai subir de 19% para 25%. Os investimentos vão cair para 6% da receita. Em 2022, foram 36% (R$ 3,84 bilhões).

Os planos da Oi é dobrar sua base de assinantes de banda larga em fibra até 2031, atingindo naquele ano 8 milhões de clientes. A Oi Soluções vai ganhar mais importância e crescer “dois dígitos” em receita nos próximos três anos.

Com a possível venda e sua participação na V.tal, na Serede (operações de campo de rede) e na Tahto (call center), a empresa fala em “destravar valor”. Explica ainda que as estimativas futuras não consideram os recursos que “potenciais/ planejadas” vendas de subsidiárias podem trazer.

Além disso, ainda fala sobre o fim da concessão para beneficiar os resultados futuros, através de migração de regime e “eliminação gradual do consumo do legado a partir de 2025”. Além de falar que baixar custos com cabos submarinos, satélites DTH e torres.

No momento, a Oi possui em caixa R$ 1,44 bilhão, que chegará a R$ 2,85 bilhões em junho com o empréstimo. A empresa pretende ter R$ 2,93 bilhões daqui a 15 meses, com a aprovação do novo plano de recuperação judicial e novas medidas em execução.