27/04/2024

Oi dá prévia de possível plano de recuperação e projeção de resultados

Segundo comunicado, a visão de longo prazo apresentada aos financiadores novos, prevê a venda das subsidiárias Tahto, Serede e V.tal.

Na última sexta-feira (21), por meio de comunicado, a Oi anunciou que assinou contrato com parte de seus credores financeiros para o empréstimo de US$ 275 milhões. O empréstimo foi fechado com 40% dos credores da empresa e independe de outras negociações a respeito da reestruturação da dívida do grupo.

“A Companhia continua negociando a documentação definitiva do acordo de apoio à reestruturação e lock-up acordado com a maioria dos Credores Financeiros. (…) A Companhia acredita que a Reestruturação Proposta reforçará de forma abrangente o seu balanço patrimonial e gerará valor a longo prazo a todos os acionistas”.

Durante as negociações, a empresa revelou detalhes do seu possível plano de recuperação, onde os representantes da Oi apresentaram sua visão de longo prazo aos financiadores novos, com previsão de venda das subsidiárias Tahto, Serede e V.tal. Vale ressaltar que alguns dados da projeção já podem ter mudado, mas ainda faz uma imagem da percepção do futuro que os executivos projetam para o grupo.

Segundo a empresa, é esperado um fluxo de caixa operacional de R$ 1,6 bilhão até 2026, com a receita atingindo R$ 13 bilhões até lá. A margem da empresa vai subir de 19% para 25%. Os investimentos vão cair para 6% da receita. Em 2022, foram 36% (R$ 3,84 bilhões).

Os planos da Oi é dobrar sua base de assinantes de banda larga em fibra até 2031, atingindo naquele ano 8 milhões de clientes. A Oi Soluções vai ganhar mais importância e crescer “dois dígitos” em receita nos próximos três anos.

Com a possível venda e sua participação na V.tal, na Serede (operações de campo de rede) e na Tahto (call center), a empresa fala em “destravar valor”. Explica ainda que as estimativas futuras não consideram os recursos que “potenciais/ planejadas” vendas de subsidiárias podem trazer.

Além disso, ainda fala sobre o fim da concessão para beneficiar os resultados futuros, através de migração de regime e “eliminação gradual do consumo do legado a partir de 2025”. Além de falar que baixar custos com cabos submarinos, satélites DTH e torres.

No momento, a Oi possui em caixa R$ 1,44 bilhão, que chegará a R$ 2,85 bilhões em junho com o empréstimo. A empresa pretende ter R$ 2,93 bilhões daqui a 15 meses, com a aprovação do novo plano de recuperação judicial e novas medidas em execução.

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