17/12/2025
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Cade aprova parceria entre Winity e Vivo; falta parecer da Anatel

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O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou sua decisão de aprovar a parceria entre as empresas Winity e Telefônica Vivo sem restrições durante uma reunião realizada em 13 de setembro. A votação resultou em 5 votos a favor e 2 votos contra, sendo que o relator Sergio Ravagnani propôs a aprovação sem a necessidade de qualquer medida corretiva. Os conselheiros Lenisa Prado e Luiz Braido apresentaram opiniões divergentes.

Winity Vivo

Durante a análise das votações, ficou claro que o caso trouxe à tona questões relacionadas ao papel das agências reguladoras e seu relacionamento com o Cade. Todos os conselheiros destacaram que o foco da análise era avaliar os impactos da parceria em dois aspectos específicos: a concentração de espectro e a construção de infraestrutura passiva.

Eles também enfatizaram que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é a entidade responsável por julgar o caso e determinar quaisquer medidas corretivas, caso julgue necessário. Isso ocorre porque eles acreditam que a situação resulta de uma combinação de requisitos regulatórios – desde as regras para o uso secundário do espectro até as exigências do edital do leilão 5G. Portanto, a Anatel terá a autoridade para tomar as medidas apropriadas, se necessário.

O voto do relator, Ravagnani, surpreendeu ao parecer inicialmente apontar para a rejeição de um acordo, mas na realidade, defendeu o oposto. Ele apresentou uma série de argumentos contrários ao acordo em questão, mas acabou apoiando-o.

Uma das principais preocupações do relator foi a concentração do espectro pela empresa Vivo, que, na sua visão, poderia ameaçar a concorrência no mercado, devido à escassez das faixas sub-1 GHz.

Ele concordou com a posição das entidades Abrintel, NEO e Telcomp, que também viam essa concentração como um problema. Além disso, Ravagnani contestou um estudo da Winity que alegava ser impossível a entrada de novos competidores em cidades com mais de 100 mil habitantes. Ele argumentou que em algumas dessas cidades, empresas recém-chegadas já eram importantes fornecedoras de serviços de banda larga fixa.

O relator destacou que a operação poderia restringir o acesso à capacidade abaixo de 1 GHz, o que levantava preocupações sobre o aumento dos custos para novas empresas que quisessem entrar no mercado de serviços de telecomunicações no varejo. Isso aconteceria devido à alocação exclusiva do espectro à Telefônica e à exclusão do acesso a esse recurso por parte das Parcerias Público-Privadas (PPPs) nos municípios afetados.

No entanto, Ravagnani sugeriu que a questão da alocação do espectro em caráter secundário com exclusividade deveria ser tratada pela Anatel durante a revisão regulatória do acordo. Ele acreditava que a agência setorial seria mais adequada para estabelecer um precedente nesse sentido.

“Em prol da harmonia estatal, não seria conveniente haver uma regulação técnica e uma regulação antitruste sobre essa exclusividade, regulações essas que possam vir a ser dissonantes”, observou.

O relator do caso expressou sua opinião sobre a importância do acesso à faixa de frequência de 700 MHz no contexto da competição no mercado móvel. Ele argumentou que essa faixa é relevante para reduzir os custos das operadoras entrantes, incentivando assim a competição no setor de varejo de serviços móveis. Além disso, ele criticou a longa duração do acordo em questão.

Ele explicou que, sem o acesso a essa faixa de frequência, as Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) têm menos opções para competir com as operadoras incumbentes. Isso se torna mais problemático devido à concessão de espectro de longo prazo para a Telefônica. Mesmo que as PPPs comecem a operar em áreas periféricas, no futuro elas não terão acesso a esse espectro para expandir seus serviços.

O relator também questionou a afirmação da Telefônica Vivo de que sua rede móvel estava saturada. Ele argumentou que o aumento da capacidade espectral não é essencial para resolver os supostos problemas de saturação de rede da Telefônica. Além disso, ele enfatizou que a disponibilidade dessa faixa de frequência é um recurso importante para outros concorrentes no mercado.

Em relação aos remédios impostos pelo CADE no caso da venda da Oi Móvel, o conselheiro concordou com as alegações da NEO e da Telcomp de que esses remédios não seriam suficientes para abordar as preocupações concorrenciais no caso do acordo entre Winity e Vivo. Ele argumentou que não se pode afirmar que as soluções aplicadas em um cenário sejam adequadas para resolver os problemas concorrenciais em outro cenário, e que, no caso da venda da Oi Móvel, os remédios por si só não seriam suficientes para garantir a concorrência adequada.

O autor rebateu os argumentos da Abrintel sobre a concentração no mercado de infraestrutura passiva, destacando que o acordo entre Winity e Vivo representaria uma parcela pequena do mercado, não gerando riscos significativos de concorrência. Ele também enfatizou que a Winity não possui poder de mercado para abusar na oferta conjunta de torres e espectro.

Além disso, mencionou que a questão da venda casada está sendo abordada pela Anatel, com a possibilidade de a Winity oferecer espectro sem a obrigação de contratar torres em todo o país. Qualquer acordo semelhante deverá ser notificado ao Cade.

Quanto à preocupação de colusão tácita entre Winity e Vivo devido ao acordo de RAN Sharing, ele argumentou que a Winity tem mais incentivos para competir no mercado atacadista e que as regras do edital obrigam o roaming. Ele também descartou riscos de acordo com outras grandes operadoras nacionais.

O relator destacou que o modelo de negócios da Winity depende de um cliente âncora no leilão 5G, refletido no contrato com obrigações específicas. Ele ressaltou a importância do cumprimento dessas obrigações para a viabilidade da operação e enfatizou que o caso deve ser decidido pela Anatel.

“Em termos concorrenciais, a operação apresenta preocupações que poderiam exigir intervenção da autoridade concorrencial caso não houvesse uma agência reguladora que nesse momento analisa questões de regulação econômica e técnica que conversam com elementos deste ato de concentração. Em todos os casos de interseção entre regulatório e concorrencial, o regulatório deve prevalecer. A decisão sobre a operação será sinalização importante da Anatel para quem deseja operar no mercado regulado”, concluiu Ravagnani.


Fechadura eletrônica barata para abandonar de vez as chaves físicas

Pagando apenas $55.00 (R$ 270 na conversão direta, utilizando o cupom 2KMRILY3LHC6), é possível modernizar a fechadura de entrada da sua casa ou loja e abandonar as chaves físicas. O modelo que encontramos por este valor é o da fabricante YRHAND e está disponível para compra no AliExpress com frete grátis. A convite da fabricante, nós testamos esse modelo na prática por algumas semanas.

Contratamos um chaveiro para instalar o aparelho na porta, mas em menos de 30 minutos a fechadura estava instalada e operante. A maçaneta da porta pode ser programada para abrir para a esquerda ou para a direita.

Infelizmente o idioma da voz do assistente da fechadura está no idioma inglês ou chinês, o que pode dificultar o entendimento das instruções para cadastrar a biometria ou senha de acesso do administrador e demais usuários. Mas é só seguir o vídeo tutorial de instalação e programação do dispositivo.

Formas de destravar a porta

Este modelo de fechadura permite que o usuário destrave a porta através de impressão digital, senha numérica, cartão de acesso, pulseira, aplicativo para celular ou por chave física. Sim, essa forma arcaica de abrir a porta continua disponível para o caso de acontecer qualquer coisa que o impeça de utilizar as funções mais modernas. Vai que a bateria acabe, não é?

Por falar em bateria, a fechadura funciona alimentada por 4 pilhas AAA, e a duração é de aproximadamente 8 meses com uma média de 10 aberturas de porta por dia. Caso a pilha acabe e você esteja do lado de fora e sem a chave física, é possível conectar um carregador portátil com saída USB-C para carregar o equipamento.

Controle total pelo aplicativo

A fechadura da YRHAND é controlada pelo aplicativo Tuya Smart. Ele é um app bem completo, que se conecta com a fechadura por Bluetooth e apresenta um histórico de aberturas, por exemplo. Também é possível cadastrar pessoas diferentes dentro da sua “família” com autorização para abrir a porta.

Uma função que achamos bem útil foi a do “gerador de senha temporária”. A fechadura possui várias senhas temporárias gravadas na memória interna, e ao sincronizá-la com o aplicativo Tuya, ele mostra uma dessas senhas na tela e deixa válida por até 5 minutos. Após esse tempo, a senha temporária, que possui 8 dígitos, é substituída. Esse recurso é ideal para o caso de precisar abrir a porta para alguém sem estar em casa e evitar divulgar a senha definitiva da sua casa ou estabelecimento.

O aplicativo também mostra o nível de carga das pilhas instaladas na fechadura.

Outros modelos da YRHAND

A fabricante YRHAND disponibiliza vários outros modelos de fechadura eletrônica com preços bem acessíveis. Tem dispositivo que fala em português, outro que é compatível com WiFi e com os assistentes Alexa e Google Home; também alguns transmitem a visão de fora da porta direto no app, para você saber quem está tocando a campainha antes de abrir a porta; e tem até modelo à prova d’água, para ser instalada em ambientes externos.

Você pode conhecer todos os modelos disponíveis aqui.

Christian Gebara destaca importância do telecom na inclusão digital e desenvolvimento do Brasil

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No seu discurso inaugural como presidente da Conexis, uma organização que representa 60 institutos de pesquisa e empresas, incluindo as operadoras de telecomunicações, Christian Gebara destacou a relevância do setor de telecomunicações na promoção da inclusão e digitalização da sociedade. Ele acredita que é crucial aproveitar os recursos provenientes da adaptação das concessões de telefonia fixa como uma oportunidade para expandir o acesso à internet.

inclusão digital

Gebara enfatizou a necessidade de avançar na transição do regime de concessão para autorização devido à diminuição da importância dos serviços de telefonia fixa. Ele também salientou a importância de estabelecer condições que incentivem uma solução justa e equilibrada, aproveitando os investimentos como catalisadores para a digitalização. Além disso, como presidente da Telefônica Vivo, ele ressaltou repetidamente a necessidade de os governos reconhecerem os serviços de telecomunicações como fundamentais para a sociedade do futuro e instou a adoção de uma estratégia de longo prazo nesse sentido.

“Em face da perda de relevância do serviço fixo, é necessário avançar com o processo de adaptação do regime de concessão para autorização. E que as condições trazidas busquem estimular uma solução justa e equilibrada, que aproveite os investimentos como alavanca de digitalização”.

TELECOMUNICAÇÕES COMO SERVIÇOS ESSENCIAIS

Em várias ocasiões, Gebara reafirmou a importância de os governos reconhecerem os serviços de telecomunicações como essenciais para a sociedade futura. Ele destacou a necessidade de uma estratégia de longo prazo que promova a governança abrangente em todo o governo, coordenando programas existentes e delineando uma visão de longo prazo que aproveite as vastas oportunidades de desenvolvimento que o Brasil oferece, seguindo o exemplo de outras nações de destaque.

Gebara também ressaltou a existência de diversos programas e recursos disponíveis para impulsionar a digitalização, incluindo o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e os fundos gerados a partir do leilão do espectro 5G. Ele argumentou que a revisão da regulamentação do Fust poderia ser uma opção viável para subsidiar o acesso à internet, promover a digitalização de serviços essenciais como educação e saúde, e, assim, contribuir para a expansão dos serviços de telecomunicações no país.

“A nova regulamentação do Fust é uma alternativa para subsidiar o consumo ou mesmo para levar educação e saúde de forma digital. A simples aplicação de parte destes recursos poderia contribuir para a expansão dos serviços no país”.

Ele acrescentou que esse montante, somado aos R$ 3,1 bilhões entregues à EACE pelas empresas que adquiriram a faixa de 26 GHz no mais recente leilão da Anatel, poderiam ser utilizados para fornecer acesso à internet a inúmeras famílias e várias escolas.

Na sua opinião, as telecomunicações desempenham um papel fundamental na transformação digital do Brasil, sendo essenciais para o progresso de todos os setores. A pandemia ampliou essa compreensão, destacando que a inclusão digital é um dos principais impulsionadores da inclusão social.

Ministério da Fazenda não deseja diminuir tributos no setor de telecom 

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O setor de telecomunicações está fazendo um grande esforço para persuadir o governo e os parlamentares a reconhecerem a importância vital desse setor para a vida social, econômica e produtiva do país. Eles argumentam que esse reconhecimento deve ser especialmente refletido na reforma tributária.

No entanto, apesar dos números e preocupações apresentados durante o Painel Telebrasil 2023, o Ministério da Fazenda deixou bem claro para as empresas de telecomunicações que não têm a intenção de incluir esse setor na lista de segmentos que receberão uma alíquota tributária reduzida, mesmo sendo considerados essenciais.

O QUE DIZ O MINISTÉRIO DA FAZENDA

A diretora da secretaria de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Camilla Cavalcanti, mencionou que, na Câmara, foram aprovadas mais exceções fiscais do que o desejado, resultando em uma maior quantidade de regimes tributários favorecidos do que o ideal. No entanto, ela ressaltou que a estrutura e os princípios fundamentais do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) foram mantidos. 

O objetivo atual é manter essas premissas, reduzir as exceções sempre que possível e evitar a adição de novas exceções ao texto da reforma. O objetivo final é trabalhar para que a reforma seja aprovada e promulgada até o final do ano.

“Na Câmara foram aprovadas mais exceções do que gostaríamos, mais regimes favorecidos que o ideal, mas a estrutura e os pilares do IVA foram mantidos. Nosso trabalho é manter as premissas, se possível reduzir as exceções, evitar que novas exceções sejam acrescidas ao texto e trabalhar para que a reforma seja aprovada e promulgada até o fim do ano”, disse a diretora na secretaria de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Camilla Cavalcanti.

A POSIÇÃO DAS EMPRESAS DE TELECOM

Para as empresas de telecomunicações, a situação atual representa uma preocupação adicional devido ao possível aumento de tributos no setor. Essas empresas enfrentam desafios decorrentes do complexo sistema tributário brasileiro e, portanto, apoiam a ideia de simplificação. 

No entanto, elas não foram incluídas nas exceções tributárias e carecem da influência política necessária para garantir isso, como ficou evidente na Câmara dos Deputados. Portanto, estão diante de um período prolongado de ajustes, o que implica que as atuais demandas tributárias permanecerão inalteradas, como observou o presidente da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa.

O diretor-presidente da Neo, Rodrigo Schuch, enfatizou que a diferenciação com base na essencialidade do serviço é fundamental para evitar um aumento significativo na carga tributária. Ele expressou preocupação com a possibilidade de aumento de tributos caso a reforma tributária permaneça como está. Schuch também destacou a importância de aplicar a essencialidade não apenas ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), mas também a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), considerando a natureza dual do sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no Brasil.

Schuch ressaltou que é inevitável que um aumento na carga tributária tenha um impacto inflacionário no país, uma vez que todas as empresas dependem dos serviços de telecomunicações. Ele enfatizou a importância de abordar essa questão com atenção, especialmente porque o momento atual exige uma conectividade significativa, especialmente em áreas mais remotas e desafiadoras.

“É impossível não ter o reflexo de que uma carga tributária mais alta vai causar impacto inflacionário no país. Não há nenhuma empresa que não contrate serviço de telecom. Isso precisa ficar bem claro. E na hora que queremos fazer conectividade significativa. Por isso, é preciso que essa situação seja olhada com carinho, porque o momento é de conectar as áreas mais difíceis”, disse Schuch.

OS MOTIVOS PARA NÃO HAVER MUDANÇA

A diretora Camilla Cavalcanti argumentou que, de acordo com as informações disponíveis até o momento, a carga tributária para o setor de telecomunicações provavelmente permanecerá quase a mesma que a atual. 

Ela explicou que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) já estabelece um limite para a carga tributária, especificamente a arrecadação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), e esse limite será monitorado anualmente. Com base nas estimativas feitas pelo Ministério da Fazenda, no cenário realista, a alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) será de 8,5%, enquanto a Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) será de 17%.

Ela enfatizou que esses números já estão muito próximos da realidade. Segundo ela, ao analisar as premissas, os valores finais serão muito semelhantes. O setor apresentou uma alíquota de 7,8%, mas isso se baseia em dados de 2022, e já no início deste ano houve estados que aumentaram suas alíquotas modais.

O IMPACTO NO MERCADO

No entanto, novos desenvolvimentos relacionados à reforma da tributação da renda estão impactando o mercado de telecomunicações. Especificamente, as empresas estão preocupadas com os efeitos negativos da tributação sobre os juros sobre capital próprio (JCP). O presidente da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, destacou que o JCP é um mecanismo utilizado por algumas empresas para reduzir seu endividamento.

Ele argumentou que, se o JCP for tributado de forma significativa, as grandes empresas buscarão empréstimos bancários como alternativa. Isso poderia resultar em falta de recursos para as pequenas e médias empresas. Ele alertou que, se o governo seguir adiante com essa abordagem, o país poderá enfrentar problemas mais graves em meio a uma crise de crédito, sem benefícios substanciais para a arrecadação do governo.

“Trata-se de um mecanismo usado por algumas empresas e o resultado é que elas têm endividamento muito menor”, disse o representante da Conexis.

Em resumo, a ideia é vista como prejudicial, com consequências graves, especialmente considerando o contexto econômico atual, de acordo com o diretor presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas, Pablo Cesário.

“Se não tiver JCP, as grandes empresas vão buscar os bancos. O que vai acontecer? Não vai ter dinheiro pra todo mundo e não vai sobrar nada para pequenas e médias. Portanto, se o governo for bem sucedido, nós, como país, estaremos piores. Estamos no meio de uma crise de crédito. E o resultado é que o governo não vai arrecadar nenhum centavo a mais. A ideia é ruim, a consequência é grave e o momento ainda pior”.

Cerca de 2,6 bilhões de pessoas no planeta não tem acesso à internet

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A União Internacional de Telecomunicações (UIT) divulgou seus dados anuais sobre conectividade global nesta terça, 12. De acordo com a agência da ONU, houve uma diminuição na quantidade de pessoas que não têm acesso à internet em todo o mundo, mas ainda há muito trabalho a ser feito nesse sentido. Por essa razão, a UIT está instando os governos a tomarem medidas para acelerar a inclusão digital daqueles que permanecem desconectados.

internet

Os números apresentados indicam que atualmente existem cerca de 2,6 bilhões de pessoas no planeta que não estão conectadas à internet. Isso representa aproximadamente 33% da população global. Em comparação com os dados de 2022, quando havia 2,7 bilhões de pessoas sem acesso à internet, houve uma ligeira redução no número de desconectados. 

No entanto, é importante destacar que ainda existe um longo caminho a percorrer. Atualmente, aproximadamente 5,4 bilhões de pessoas em todo o mundo estão conectadas à internet, o que ressalta a necessidade de esforços contínuos para garantir que mais pessoas tenham acesso à rede global de comunicação.

A secretária-geral da UIT, Doreen Bogdan-Martin afirmou que esta melhora no acesso à internet é um passo na direção correta, e mais um passo no sentido de não deixar ninguém para trás. 

“Esta melhora na conectividade é um passo na direção correta, e mais um passo no sentido de não deixar ninguém para trás, como preconizam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Não descansaremos enquanto uma conectividade significativas não for a realidade de todos, em todo lugar”. 

Os dados revelam que o aumento da conectividade está ocorrendo principalmente em países de baixa renda, onde o número de usuários cresceu 17% em comparação com o ano anterior. No entanto, é importante observar que menos de um terço da população desses países tem acesso à internet, conforme destacado no relatório.

Além disso, o relatório aponta que o rápido crescimento da conectividade experimentado em 2020, devido à pandemia de Covid-19, foi de curta duração. As tendências atuais sugerem que a meta de universalizar o acesso significativo à internet até 2030 pode ser desafiadora, de acordo com a UIT.

Para alcançar essa meta, a UIT recomenda não apenas investimentos em infraestrutura de rede, mas também o aprimoramento da capacidade das pessoas de utilizar os serviços online e o desenvolvimento de habilidades digitais. Portanto, a UIT incentiva seus membros a elaborarem planos que incluam não apenas a expansão das redes, mas também políticas de estímulo ao uso da internet e promoção da literacia digital.

A UIT também menciona que os dados detalhados por país serão divulgados nas próximas semanas, fornecendo uma visão mais específica da situação da conectividade em cada nação.

iPhone 15 tem entrada USB-C; confira as novidades da nova linha da Apple

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A Apple revelou sua mais recente geração de smartphones, a linha iPhone 15, durante uma conferência realizada nos Estados Unidos, apresentada pelo CEO da empresa, Tim Cook, nesta terça-feira, 12 . Esta nova geração inclui quatro modelos distintos: o iPhone 15, iPhone 15 Plus, iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max.

iPhone 15

Comparado com a linha de 2022, esses novos modelos apresentam diferenças significativas em várias áreas, enquanto algumas características permanecem inalteradas ou com mudanças menos drásticas em relação aos smartphones anteriores.

Os aparelhos da linha iPhone 15 tem entrada USB-C

Uma das mudanças mais notáveis nos celulares é a substituição do conector de cabo de energia e transferência de arquivos Lightning, que era uma tecnologia proprietária da Apple usada desde 2012, pelo USB-C. Essa transição representa uma mudança importante na conectividade dos dispositivos da Apple.

Esta decisão foi tomada como resultado de uma exigência da União Europeia, que implementou regulamentações relacionadas à criação de um conector comum para dispositivos móveis. Essa iniciativa tem como objetivos promover a sustentabilidade e combater o problema do acúmulo de lixo eletrônico.

Além disso, é importante destacar que a empresa ainda continuará oferecendo os acessórios MagSafe, que são compatíveis com seus dispositivos.

Sem versão ‘mini’

A nova geração de iPhones da Apple inclui o iPhone 15 e o iPhone 15 Plus, que são modelos convencionais destinados a consumidores interessados nas mais recentes inovações da Apple, mas que não necessitam dos recursos premium oferecidos pelos modelos Pro. É importante notar que, ao contrário dos lançamentos anteriores, não há uma versão “mini” nesta nova linha.

No campo do design, as atualizações incluem a incorporação de bordas mais suavemente arredondadas, resultando em um visual mais elegante e refinado para o modelo. Além disso, uma atenção meticulosa foi dedicada à pintura de cada componente, garantindo um acabamento preciso que confere sofisticação. Vale destacar que o dispositivo agora apresenta uma paleta de cores mais variada, proporcionando aos usuários a opção de escolher entre uma gama mais diversificada de tonalidades.

Quanto à sustentabilidade, uma iniciativa notável é a utilização de cobalto e cobre 100% reciclados na produção dos dispositivos. Isso não apenas reduz o impacto ambiental, mas também demonstra um compromisso com práticas eco-friendly.

Os quatro modelos de smartphones introduzem uma inovação importante na forma de um novo chip de banda ultralarga denominado U2. Esse chip foi projetado para aprimorar a conectividade e facilitar a integração com o futuro headset de Realidade Aumentada (AR) da empresa, conhecido como Apple Vision Pro. Isso promete proporcionar aos usuários uma experiência AR mais imersiva e envolvente.

A conectividade móvel continua sendo uma prioridade, com a manutenção do modem 5G da Qualcomm, que já era utilizado no modelo de iPhone anterior. Essa colaboração de longa data assegura que os usuários tenham acesso a uma conectividade de alta velocidade e confiável.

Tem novidades para fotos

No domínio da fotografia, o destaque vai para a adoção de um sensor traseiro principal de 48 MP, anteriormente reservado aos modelos Pro. Este sensor oferece uma qualidade excepcional, permitindo zoom telefoto de 2x e apresentando características como uma distância focal de 26 mm, uma abertura f/1.6 e um estabilizador óptico de imagem. Além disso, ele combina quatro pixels em um, resultando em imagens de alta resolução repletas de detalhes, proporcionando uma experiência fotográfica de alto nível aos usuários.

Uma das mudanças mais significativas é a adoção de um chassi de titânio em substituição às laterais de aço inoxidável. Essa escolha não apenas contribui para a redução do peso do aparelho, mas também confere uma aparência mais elegante, visto que o titânio é um material de qualidade premium. Além disso, essa alteração possibilita a diminuição das bordas ao redor da tela, proporcionando uma experiência de visualização mais imersiva e espaço adicional para a reprodução de conteúdo.

O iPhone 15 Pro Max traz melhorias notáveis. Ele está equipado com uma lente teleobjetiva periscópica de 12 MP, que permite um zoom óptico de 5x com qualidade e detalhes impressionantes. Além disso, a capacidade de alternar rapidamente entre distâncias focais de 24 mm a 35 mm é uma característica útil para fotógrafos profissionais, economizando tempo na configuração de retratos antes de capturar a imagem desejada.

A câmera ultra-wide, que possui uma resolução de 12 megapixels, oferece uma funcionalidade adicional interessante: ela pode ser usada como uma câmera macro.

Além disso, o design da câmera incorpora um componente chamado “tetraprisma,” que contribui para a qualidade das imagens de várias maneiras. Primeiro, há um estabilizador óptico de imagem, que ajuda a evitar a tremulação das mãos durante a captura de fotos, resultando em imagens mais nítidas. Em segundo lugar, o sistema de autofoco garante que as imagens fiquem sempre bem focalizadas, independentemente do que você esteja fotografando.

Uma característica adicional das câmeras é o Modo Noturno aprimorado. Quando você tira fotos à noite ou em condições de pouca luz, esse modo é especialmente útil. Ele se destaca por preservar as cores naturais e o aspecto original das imagens, mesmo em situações de iluminação desafiadoras. Isso significa que suas fotos noturnas continuarão a parecer vibrantes e realistas, sem serem afetadas pela escuridão ao seu redor.

O iPhone 15 Pro oferece a capacidade de gravar vídeos espaciais, também conhecidos como “Spacial Video”. Esses vídeos proporcionam uma experiência audiovisual em três dimensões que pode ser apreciada de forma imersiva no Apple Vision Pro.

Botão de ação e valores

Outro destaque é a introdução do “botão de Ação” localizado na lateral esquerda do dispositivo. Este botão desempenha diversas funções, incluindo a capacidade de silenciar chamadas. Além disso, ele oferece uma variedade de personalizações, permitindo aos usuários configurá-lo para realizar ações como gravar mensagens de voz, ativar a câmera ou acessar recursos de acessibilidade de maneira conveniente e personalizada.

O iPhone 15 Pro está disponível em quatro cores distintas, algumas com tons mais azulados e outras derivadas do titânio, oferecendo opções de estilo para os consumidores.

Em relação à disponibilidade e preços, a pré-venda da geração iPhone 15 da Apple começará em 15 de setembro, enquanto o envio dos dispositivos reservados e a venda nas lojas Apple e revendedoras autorizadas começará em 22 de setembro de 2023.

Os preços nos Estados Unidos para os diferentes modelos são os seguintes:

– iPhone 15 a partir de US$ 799

– iPhone 15 Plus a partir de US$ 899

– iPhone 15 Pro a partir de US$ 999

– iPhone 15 Pro Max a partir de US$ 1.199

Portaria sobre compartilhamento de postes será publicada até setembro

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Na abertura do Painel Telebrasil Summit 2023, que ocorreu nesta terça-feira, 12 de setembro, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, anunciou que a portaria conjunta entre o Ministério das Comunicações e o Ministério de Minas e Energia (MME) referente à política de compartilhamento de postes está concluída e será oficialmente publicada até o final do mês de setembro.

Postes

O motivo da demora na assinatura e publicação da portaria conjunta, explicou o ministro, deve-se ao fato de que municípios e suas associações solicitaram a oportunidade de participar do processo de discussão e formulação dessa política.

Ele enfatizou a importância de ouvir as associações municipais, o que contribuiu para o atraso no processo. No entanto, o ministro assegurou que a portaria agora está pronta para ser implementada, e existe uma pré-agenda marcada para a última semana de setembro no auditório do Ministério de Minas e Energia, onde as entidades municipais se reunirão com o ministro para formalizar a assinatura da portaria.

Um dos aspectos-chave da portaria será a definição de diretrizes relacionadas aos preços. O ministro das Comunicações destacou que o objetivo é estabelecer um modelo de preços justo e equitativo para todas as partes envolvidas. Ele reconheceu que a questão da precificação tem sido um problema crônico e enfatizou que não será resolvido de forma imediata, mas a abordagem visa a criar um ambiente equitativo que promova o crescimento da banda larga no país.

“A questão da precificação será tratada de forma a criar um ambiente isonômico. Este problema é crônico e sabemos que não será resolvido da noite para o dia. Isso facilitará o crescimento da banda larga no país”, disse Juscelino.

Juscelino Filho destacou também que após a publicação de uma portaria com diretrizes específicas, a Anatel e a Aneel colaborarão na elaboração de regulamentações conjuntas abrangendo vários aspectos mencionados na portaria. Ele enfatizou que o objetivo é que todas essas regulamentações sejam aprovadas até o final do ano. É importante notar que essas duas agências têm trabalhado em conjunto por algum tempo para criar uma nova resolução que aborde essas questões.

Durante o evento, Juscelino Filho também destacou o papel do presidente Lula no contexto internacional, especificamente em relação à inclusão digital. Ele mencionou que no próximo ano, durante a presidência do Brasil no G20, haverá reuniões setoriais para discutir temas relacionados às prioridades do Brasil nesse fórum, com a inclusão digital sendo um dos tópicos em destaque.

Quando questionado sobre a ausência do Ministério das Comunicações na lista de ministérios que compõem o Grupo de Trabalho do governo encarregado de dialogar com organizações internacionais, o ministro minimizou a questão. Ele explicou que tem participado de várias instâncias internacionais em conjunto com o presidente Lula para promover discussões sobre conectividade. Além disso, enfatizou que a importância do Ministério das Comunicações será levada em consideração em todos os lugares em que não estiver presente, a fim de demonstrar a relevância do Brasil nos debates sobre o assunto.

Na ocasião da abertura do evento, o ministro expressou sua gratidão às empresas de telecomunicações pelo pronto atendimento prestado durante as ações emergenciais no Rio Grande do Sul. Ele enfatizou a importância dessas empresas no contexto da inclusão digital e social.

O ministro reconheceu que as empresas de telecomunicações desempenham um papel fundamental na promoção da inclusão digital, pois levam conectividade a diversas regiões do Brasil. Além disso, ele ressaltou que essa conectividade contribui para o desenvolvimento econômico e social do país.

Ele assegurou que o Ministério das Comunicações está atento às necessidades do setor e está disposto a oferecer seu apoio para o crescimento das empresas de telecomunicações e a expansão da conectividade no Brasil.

Projeto prevê mapeamento de escolas ‘invisíveis’ para poder público

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O Brasil está prestes a se tornar o décimo país no mundo a aproveitar o potencial das imagens de satélite e da inteligência artificial para identificar escolas públicas que estão fora do radar público. Essa iniciativa visa determinar a localização exata de cada escola em funcionamento no país, preenchendo uma lacuna de informações que atualmente afeta de 3 mil a 5 mil estabelecimentos de ensino cujo endereço é incerto ou que simplesmente não estão registrados nas bases de dados governamentais devido à descentralização das informações.

Escolas

A implementação dessa inovadora abordagem depende da concretização do Projeto Giga, uma iniciativa concebida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em colaboração com a União Internacional de Telecomunicações (UIT). O Projeto Giga se propõe a utilizar tecnologias avançadas para identificar e mapear escolas que estão espalhadas por todo o território brasileiro.

Até o momento, nove países já participaram dessa iniciativa pioneira, que inclui o uso de imagens de satélite e inteligência artificial. Esses países são a Colômbia, Quênia, Ruanda, Serra Leoa, Níger, Honduras, Gana, Cazaquistão e Uzbequistão. O Projeto Giga teve seu início em 2019 com o objetivo principal de mapear e conectar todas as escolas do mundo, empregando diversas ferramentas, incluindo a participação da comunidade por meio do crowdsourcing, onde professores e alunos podem autoidentificar as escolas no OpenStreetMaps.

Assim, a implementação do Projeto Giga no Brasil representa um passo significativo na busca por uma educação mais acessível e eficaz, fornecendo informações precisas sobre a localização de escolas que anteriormente estavam “invisíveis” nas bases de dados governamentais. Isso pode contribuir para melhorar o planejamento educacional e garantir que todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade.

“É um esforço, não só do Brasil, ter inteligência de escolas para planejamento de políticas públicas. Saber exatamente onde está a escola resulta em condições melhores para planejamento de políticas públicas. Entre outras coisas, saber exatamente onde está a escola ajuda na contratação da conexão de internet”, ressalta Jardiel Nogueira, oficial de programas do Giga no Unicef Brasil.

Atualmente, o Grupo de Acompanhamento e Planejamento Estratégico (GAPE) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está encarregado de supervisionar o programa chamado “Aprender Conectado”. Este programa tem como objetivo fornecer acesso à banda larga em escolas que não possuem conexão à internet, utilizando recursos provenientes do Edital do 5G.

O GAPE está realizando vistorias em um total de 7.661 escolas públicas, das 183 mil escolas públicas conhecidas no país. Até o momento, 2.316 escolas foram vistoriadas, e destas, 177 foram conectadas como parte de um projeto piloto que utiliza os recursos do leilão 5G. Essas vistorias são fundamentais para o planejamento e execução do plano de conexão das escolas.

Uma fonte ligada às operadoras, que são responsáveis pelo financiamento da Entidade Executora do Aprender Conectado (EACE), relata que há casos de escolas que constam na lista, mas não foram encontradas durante as vistorias, embora esse seja um problema em uma proporção relativamente baixa. Estima-se que mais de 3 mil unidades escolares, das 138 mil conhecidas, não estejam localizadas nos endereços atualmente registrados.

O Projeto Giga, que propõe a utilização da geolocalização, tem como objetivo evitar que escolas sejam erroneamente classificadas como inexistentes. Com endereços atualizados e precisos, torna-se possível efetivamente conectar essas escolas à internet. No entanto, a magnitude do problema ainda é incerta devido à falta de informações detalhadas e centralização de dados. Estima-se que as bases de dados atuais não contenham informações precisas sobre a localização de até 3 mil a 5 mil escolas.

No âmbito local, em abril, o Ministério das Comunicações estabeleceu um Memorando de Entendimento com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com validade de dois anos. Este acordo tem como objetivo principal colaborar em iniciativas de conectividade destinadas a beneficiar crianças e jovens. O projeto mais destacado nesta parceria é a adesão ao Projeto Giga.

Atualmente, está sendo desenvolvido um plano de trabalho detalhado que determinará as atribuições e responsabilidades de ambas as partes, estabelecerá um cronograma e definirá a maneira como o projeto será executado.

Até o momento, foi acordado que o Ministério das Comunicações será responsável por contratar um profissional especializado para treinar o sistema de inteligência artificial fornecido pelo Projeto Giga. Esta ação está pendente de definição de um prazo específico, e este será o único recurso financeiro necessário para a implementação do projeto. Importante destacar que não haverá nenhum outro gasto por parte do governo ou do Unicef nesta colaboração.

Uma vez que o profissional seja selecionado para esta tarefa, ele receberá acesso através de uma API à plataforma de inteligência artificial (IA) e ao vasto banco de dados fornecido pelo Giga, que contém milhões de imagens capturadas por satélites. O seu principal objetivo será treinar a IA para reconhecer e identificar as edificações que representam escolas brasileiras comuns.

É importante destacar que o Brasil é um país de dimensões continentais e apresenta uma grande diversidade geográfica. Isso significa que as escolas podem variar consideravelmente em termos de aparência e localização. Por exemplo, escolas indígenas podem possuir características arquitetônicas distintas das escolas urbanas tradicionais, enquanto áreas geográficas como o Sudão podem apresentar paisagens desérticas que influenciam a aparência das escolas. Portanto, o profissional encarregado desse treinamento deve adaptar o algoritmo utilizado para garantir que todas as escolas sejam identificadas com precisão.

Além disso, o profissional terá a responsabilidade de treinar a plataforma para distinguir entre os diferentes tipos de escolas públicas brasileiras, levando em consideração tanto os ambientes rurais quanto os urbanos. A ferramenta desenvolvida determinará as coordenadas de latitude e longitude de cada escola identificada, o que é crucial para a posterior localização geográfica precisa.

Outra tarefa importante atribuída a este profissional é a verificação cruzada dos dados obtidos com informações de fontes como o Ministério da Educação (MEC), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e outras bases de dados públicas. Isso é feito para garantir que apenas escolas públicas sejam contabilizadas, excluindo escolas privadas, e para identificar quaisquer falhas nos endereços registrados ou escolas que, até então, permaneciam desconhecidas ou “invisíveis”. Esse processo é essencial para obter um retrato preciso e completo das escolas públicas brasileiras e para auxiliar em iniciativas educacionais e de desenvolvimento no país.

Brasil vive uma terceira revolução de conectividade, diz CEO da Oi

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O CEO da Oi, Rodrigo Abreu, aifrmou em Brasília nesta terça-feira (12/09) que o Brasil está passando por uma importante transformação na área de conectividade, que ele chamou de “terceira grande revolução de conectividade”. Essa revolução resulta da combinação do 5G com a expansão da infraestrutura de rede fixa para incluir a fibra ótica.

Oi

Abreu destacou que o Brasil já possui uma das maiores redes de banda larga por fibra ótica do mundo. Além disso, ele enfatizou que essa tecnologia não se restringe apenas às grandes cidades, mas foi democratizada, tornando-se acessível em várias regiões do país. A Oi, por exemplo, conta com mais de 4 milhões de clientes que utilizam a fibra ótica.

Essa transformação foi possível graças à separação estrutural da Oi e à criação da V.tal, que hoje é uma das maiores empresas de rede neutra do mundo. O objetivo é promover a expansão e a melhoria da infraestrutura de telecomunicações no Brasil.

“Hoje o Brasil tem uma das maiores redes de banda larga por fibra ótica do mundo. E a fibra não está só disponível para as grandes cidades. Ela foi democratizada, disse, acrescentando que a Oi tem hoje mais de 4 milhões de clientes de fibra, e essa transformação veio com a separação estrutural com a criação da V.tal hoje uma das maiores empresas de rede neutra do mundo”.

Rodrigo Abreu compartilhou essas informações durante sua participação no Painel Telebrasil, um importante evento que reúne representantes das operadoras de telecomunicações, indústria, governo, parlamentares e a agência reguladora do setor. O evento é crucial para discutir questões relacionadas à conectividade e inovação no país.

No painel que abordou o tema do 5G, o executivo Abreu apresentou e detalhou o modelo de negócios adotado pela empresa, enfatizando o seu foco na melhoria da experiência do usuário. Ele destacou que a Oi concentra seus esforços em serviços digitais baseados em fibra óptica.

A principal prioridade da empresa é garantir uma experiência de rede de alta qualidade, oferecendo serviços personalizados que atendam às necessidades tanto de clientes individuais como de empresas. Esses serviços são oferecidos por meio da Oi Soluções, que se tornou uma provedora de soluções digitais abrangendo áreas como mensageria, construção e manutenção de redes privadas e serviços de segurança pública, entre outros.

Abreu também ressaltou a importância da sustentabilidade no ecossistema de telecomunicações, enfatizando que ele desempenha um papel essencial na oferta de soluções e serviços digitais para a sociedade. Ele expressou a necessidade de lidar com questões legadas relacionadas ao antigo regime de telefonia fixa, resolver desafios tributários e, acima de tudo, adaptar a regulação existente de forma ágil para enfrentar os desafios que o mercado de telecomunicações enfrentará nos próximos anos.

Ele observou que o Brasil é um país de enormes dimensões geográficas e destacou que o país está desempenhando um papel positivo no cenário global de telecomunicações. Abreu concluiu afirmando que é imperativo iniciar rapidamente uma nova fase de regulação e modelo de negócios, enfatizando a importância do tempo, um recurso finito que não pode ser recuperado. Ele também mencionou que o modelo de negócios da empresa começou como um agente de transformação, mas muitas mudanças ocorreram desde então.

“Precisamos inaugurar rápido uma nova fase de regulação e modelo. O tempo é o único bem que não vamos recuperar nunca. Nosso modelo começou como transformador, mas de lá para cá muita coisa aconteceu”.

MCom, Anatel e Cenad se reúnem para aprimorar sistema para alertas de desastres

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Na tarde desta segunda-feira, 11 ocorreu uma importante reunião entre o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e o Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, com o objetivo de discutir estratégias para aprimorar o sistema de alertas visando a prevenção de desastres naturais no Brasil. A reunião contou com a participação de técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad).

Reunião

O motivo central dessa reunião reside na crescente ocorrência de eventos climáticos em todo o país, o que tem sobrecarregado a agenda do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. O Ministro Juscelino Filho enfatizou a importância da colaboração mútua entre os ministérios e a disponibilização de recursos de conectividade para apoiar as equipes de defesa civil em regiões afetadas, como é o caso do Rio Grande do Sul e outras áreas necessitadas.

Juscelino Filho também destacou a relevância de restabelecer a comunicação nessas áreas afetadas, pois isso é essencial para proteger aqueles que estão envolvidos em operações de salvamento. Ele ressaltou que a melhoria do sistema de alertas de desastres é uma prioridade em sua agenda, que já estava planejada anteriormente, e que esse serviço desempenhará um papel crucial no trabalho de prevenção de desastres.

“Eventos climáticos estão ocorrendo em todo país e a agenda do ministério de Integração e do Desenvolvimento Regional é intensa. Estamos aqui para trabalhar em parceria e apoiar essas ações em todas as localidades que foram atingidas, provendo conectividade para as equipes da defesa civil que estão lá no Rio Grande do Sul e onde mais for necessário”.

O Ministro Waldez Góes complementou a discussão ao enfatizar o compromisso com o desenvolvimento de novas tecnologias que ampliem o alcance dos alertas para atingir um número cada vez maior de pessoas. A disseminação eficaz de alertas é considerada fundamental para prevenir e minimizar os impactos dos desastres naturais no Brasil, e essa parceria entre os ministérios visa justamente aprimorar essa capacidade de resposta em situações de emergência climática.

Atualmente, os alertas são enviados por meio de SMS para os celulares dos residentes. No entanto, as mudanças em andamento visam aumentar a visibilidade desses alertas, tornando-os mais eficazes e acessíveis. Durante uma reunião ministerial, discutiu-se o cronograma para a implementação desse novo serviço, que se tornou uma prioridade cada vez maior em um cenário de mudanças climáticas cada vez mais impactantes.

No estado do Rio Grande do Sul, o governo federal anunciou uma medida importante para auxiliar as cidades afetadas pela passagem de um ciclone extratropical. Um total de R$ 741 milhões em recursos foi alocado para essas áreas. Além disso, a Telebras e o MCom colaboraram na instalação de 14 antenas satelitais, permitindo a conexão de banda larga para atender às necessidades das comunidades mais afetadas.

As agências dos Correios na região também se mobilizaram para prestar apoio às operações humanitárias em curso. Essas ações visam minimizar os impactos do desastre e fornecer assistência essencial às pessoas afetadas.