16/12/2025
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Decisão do STF invalida lei municipal de Belo Horizonte sobre antenas

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O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão na sexta-feira, 15 de setembro, através de uma maioria de votos, invalidando uma lei municipal em Belo Horizonte, Minas Gerais, que abordava a instalação de torres e antenas de telecomunicações na cidade.

Belo Horizonte
Belo Horizonte.

O caso foi relatado pelo ministro Nunes Marques e teve origem a partir de uma ação movida pela Acel, a Associação Nacional das Operadoras Celulares, em novembro de 2022. A lei em questão, denominada Lei 11.382, foi promulgada em agosto do mesmo ano e estipulava que apenas torres de telecomunicações poderiam ser implantadas mediante aprovação da prefeitura, sujeitas ao pagamento de taxas.

A Acel argumentou que a regulação das telecomunicações é uma competência federal e que a Lei 5.070/66, conhecida como a Lei do Fistel, já confere ao governo federal, por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o poder de exigir taxas pela análise, licenciamento e fiscalização de infraestruturas.

A associação também criticou a inclusão na lei municipal de regras técnicas, como exigências de distanciamento entre estações, que interferem na topologia das redes de telecomunicações. Além disso, a Acel questionou o prazo de 180 dias, a partir de 1º de janeiro de 2023, dado às empresas do setor para se adaptarem às novas regulamentações.

Ou seja, o STF decidiu que a lei municipal de Belo Horizonte referente à instalação de torres e antenas de telecomunicações era incompatível com a legislação federal que regula o setor de telecomunicações no país. Isso significa que as regras e exigências estabelecidas pela lei municipal foram anuladas e não podem mais ser aplicadas.

A prefeitura de Belo Horizonte defendeu seu direito de regular as instalações de infraestrutura de telecomunicações na cidade, alegando que isso é necessário para preservar a paisagem urbana e citou supostos impactos à saúde como justificativa.

No entanto, esses impactos à saúde foram repetidamente negados por operadoras de telecomunicações, a Anatel e a União Internacional de Telecomunicações (UIT) em nível global. Além disso, a prefeitura argumentou que a cobrança de uma taxa de fiscalização é necessária para exercer seu poder de polícia sobre as instalações irregulares, diferenciando essa taxa da taxa de licenciamento cobrada pela Anatel.

O Advogado-Geral da União concordou com a posição da Acel e enfatizou que é responsabilidade do governo federal legislar sobre as questões abordadas na lei de Belo Horizonte. O Procurador-Geral da República também concordou que a legislação municipal violou a competência exclusiva da União neste assunto.

O Ministro Nunes Marques, em seu voto, argumentou que Belo Horizonte extrapolou sua autoridade ao promulgar uma lei ambiental para regular as telecomunicações, infringindo a separação de competências entre os diferentes níveis de governo no país.

Ele afirmou que “o Município de Belo Horizonte, sob a justificativa de proteção ao meio ambiente e combate à poluição, estabeleceu critérios para a implantação e compartilhamento de infraestrutura de telecomunicações, o que vai contra a competência exclusiva da União nessa matéria”.

 “O Município de Belo Horizonte, a pretexto de proteção ao meio ambiente e combate à poluição, define critérios para a implantação e o compartilhamento de infraestrutura de telecomunicações, usurpando a competência privativa da União”.

No voto proferido por Marques, ele se posicionou contrário à constitucionalidade da lei em questão. Esse posicionamento foi compartilhado pelos outros ministros, com exceção de Edson Fachin e Rosa Weber, que discordaram dessa análise.

No voto divergente de Fachin, ele expressou sua discordância com relação ao instrumento jurídico que a Acel (possivelmente uma parte envolvida no caso) utilizou para contestar a validade da lei. Esse instrumento era uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que, na opinião de Fachin, não deveria ter sido aceita para abordar a questão em questão.

MCom avalia a possibilidade de conectar escolas públicas 5G FWA

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O Ministério das Comunicações (MCom) e o Governo do Distrito Federal (GDF) realizaram uma reunião na última semana para discutir um projeto inovador envolvendo o uso da tecnologia 5G FWA (Fixed Wireless Access) em escolas do Distrito Federal. Esse projeto piloto está atualmente em fase de análise e tem como objetivo avaliar a viabilidade dessa tecnologia como uma alternativa à fibra óptica para conectar as escolas.

5G

Este projeto piloto pretende tornar as escolas do Distrito Federal as primeiras do Brasil a serem conectadas com a tecnologia 5G para fins pedagógicos, que serão utilizados diretamente nas salas de aula.

O Secretário de Telecomunicações do MCom, Maximiliano Martinhão, explicou que a intenção é testar na prática como essa tecnologia funcionará em um ambiente escolar e se ela pode ser uma opção viável para conectar as 138 mil instituições de ensino básico do Brasil. Ele também enfatizou a importância de introduzir a internet nas escolas por meio de tecnologias que se adaptem às suas necessidades específicas.

O 5G FWA é uma versão fixa da tecnologia 5G, na qual um roteador se conecta à internet por meio do sinal 5G de uma operadora e distribui essa conexão localmente por meio de uma rede Wi-Fi. Uma das vantagens dessa tecnologia é a facilidade de instalação e manutenção, o que pode torná-la uma opção mais econômica em comparação com as soluções de fibra óptica tradicionais.

Leonardo Reisman, secretário executivo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, destacou que a melhoria da infraestrutura nas escolas é fundamental quando se trata do uso da tecnologia em sala de aula.

Ele enfatizou que a qualidade do acesso à internet desempenha um papel crucial na experiência pedagógica e que um ambiente escolar conectado permite o uso de diversas ferramentas digitais, enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem. O 5G FWA é visto como uma das possíveis soluções complementares à fibra óptica para melhorar o acesso à internet nas escolas.

“Umas das questões mais importantes quando tratamos do uso da tecnologia em sala de aula é justamente a qualidade do acesso à internet. A experiência pedagógica em um ambiente conectado permite o uso de ferramentas digitais diversas, enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem. O 5G FWA pode ser uma das soluções complementares à fibra ótica”.

As instituições de ensino selecionadas serão determinadas pelo MCom e GDF, com base em critérios a serem definidos para facilitar a execução do estudo. Além disso, o plano receberá suporte do Centro de Pesquisa e Inovação em Comunicações (CPQD), da Intelbras, e das empresas TIM e Claro. Membros da Secretaria de Educação do Distrito Federal também estiveram presentes na reunião.

5G tem avançado mais rápido do que foi o 4G no Brasil, diz Conexis

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A implantação da tecnologia 5G no Brasil está acontecendo de forma surpreendentemente rápida em comparação com o processo de adoção do 4G, de acordo com Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis Brasil Digital.

Brasil

Em14 meses desde o lançamento do serviço, já existem 13 milhões de clientes no Brasil utilizando a nova geração de redes móveis. Para contextualizar a magnitude desse progresso, Ferrari comparou com a implementação do 4G, que, no mesmo período de tempo, teve apenas 2,5 milhões de brasileiros adotando a tecnologia.

”Com o 4G, em 14 meses de serviço, existam apenas 2,5 milhões de brasileiros com a tecnologia”, exemplificou.

Além disso, o Brasil já conquistou o terceiro lugar em termos de velocidade de download no contexto global do 5G, ficando atrás apenas de Singapura e Coreia do Sul, conforme destacado pelo executivo. No entanto, ele observou que um dos principais desafios enfrentados pelas empresas de telecomunicações é a estagnação das receitas, apesar da adoção acelerada do 5G. Ferrari enfatizou que simplesmente expandir a tecnologia e a cobertura não se traduz necessariamente em aumento de receita para as operadoras.

Ferrari também previu um aumento significativo no tráfego de dados nas redes das operadoras nos próximos cinco anos, estimando um crescimento de 400%.

Ele ressaltou que as seis maiores plataformas digitais são responsáveis por 50% do tráfego nas redes fixas e 80% do tráfego nas redes móveis, apresentando um dilema para as empresas: investir em maior capacidade de rede sem uma solução clara para o desafio, o que pode comprometer a expansão da cobertura. O objetivo, segundo ele, não deve ser simplesmente fornecer mais internet, mas também garantir que mais pessoas tenham acesso a ela.

A implantação de antenas e infraestrutura para oferecer cobertura com a nova tecnologia 5G nas cidades enfrenta desafios significativos, conforme destacado por uma entidade não especificada.

Um dos principais preocupações é a dificuldade em realizar essas instalações. Diogo Della Torres, coordenador de Infraestrutura da Conexis Brasil Digital, exemplificou a situação em Belém, onde as operadoras de celular enfrentam obstáculos na expansão da infraestrutura, apesar de o município ter aprovado uma legislação favorável a esse processo. No entanto, a prefeitura ainda não regulamentou a lei, o que atrasa o progresso nesse sentido.

Embora existam desafios com a infraestrutura, Rodrigo de Lima, gerente do escritório da Regional Norte da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), ressaltou que recursos para a expansão das redes na Região Amazônica estão disponíveis. Cerca de R$ 10 bilhões, provenientes de fundos setoriais, estão prontos para serem liberados com taxas de juros muito favoráveis para incentivar os operadores a investirem na região.

A empresa Ligga, que tem sede no Paraná e adquiriu a frequência do 5G para atender o estado de São Paulo e a Região Norte do Brasil, é considerada uma possível candidata para obter parte desses recursos, de acordo com Vitor Menezes, diretor de Relações Institucionais e Regulatórias.

A operadora tem o compromisso de, até o final deste ano, fornecer conectividade de alta capacidade em 19 municípios da região por meio de backhaul, e até 2026, atender a 64 cidades com menos de 30 mil habitantes. Essa expansão da Ligga Telecom permitirá que a empresa atue em uma região que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e abriga 43% da população do país.

Anatel aprova pedido da Vivo para reduzir Capital Social

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu sua aprovação ao pedido da Vivo para reduzir o capital social da operadora. Esse pedido havia sido submetido à agência em fevereiro e passou pela avaliação do conselho diretor da Anatel na sexta-feira, dia 15.

Capital

O procedimento estabelece que a Vivo tem permissão para realizar uma ou várias reduções em seu capital social atual, que é de R$ 63.571.415.865,09, desde que esse valor não caia abaixo de R$ 5 bilhões. No entanto, antes de efetivar essa operação, ela precisa ser aprovada tanto pela mesa diretora da empresa quanto pelos acionistas.

A Vivo, que é uma marca pertencente ao Grupo Telefónica no Brasil, formalizou o pedido de anuência prévia à Anatel no dia 15 de fevereiro deste ano. A avaliação ocorreu durante a 925ª reunião do Conselho Diretor da agência, realizada na sexta-feira passada. A operadora comunicou o mercado sobre a aprovação do pedido por meio de um comunicado relevante no domingo, dia 17. A votação resultou em aprovação unânime.

Quando a Vivo enviou o seu pedido de anuência prévia, comunicou a sua intenção de proceder a uma ou mais reduções de capital, se aprovadas. Este processo pode ser realizado no presente exercício financeiro ou em exercícios futuros.

A empresa esclareceu, por meio de um comunicado relevante emitido em 15 de fevereiro, que as reduções de capital seriam implementadas através da devolução de recursos aos acionistas, proporcionalmente à sua participação acionária nas datas de referência a serem determinadas, sem o cancelamento das suas ações.

É importante ressaltar que o pedido de anuência prévia tem a finalidade de obter a autorização para efetuar ou não a redução de capital, mas a sua aprovação não obriga automaticamente a Vivo a executá-la. A decisão final permanece a critério da empresa.

“O Pedido de Anuência, caso autorizado pela ANATEL, não implica a obrigatoriedade da efetivação das Reduções, mas tão somente faculdade para que a Companhia possa realizá-las ou não”, disse a Vivo em comunicado.

Embratel cria solução com AI para segurança de ambientes

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A Embratel lançou a Embratel Smart View, uma solução de Inteligência Artificial (IA) destinada a empresas de diversos setores interessadas em realizar monitoramento ativo de ambientes para melhorar a segurança e identificar potenciais riscos.

Embratel

A solução de análise de vídeo utiliza um sistema avançado de IA, operando de forma autônoma com tecnologias de aprendizado como Deep Learning, Reinforced Learning, Machine Learning e Processamento de Linguagem Natural.

Ela identifica automaticamente os padrões de comportamento em locais monitorados, sem a necessidade de configurações prévias ou integrações com outras bases de dados. Consequentemente, a solução é capaz de identificar com precisão situações anômalas e emitir alertas em tempo real, permitindo que as equipes de segurança respondam imediatamente a possíveis riscos.

Mário Rachid, Diretor-Executivo de Soluções Digitais da Embratel, enfatiza que a solução Embratel Smart View é notável por sua capacidade de detectar situações de risco com inteligência e rapidez, tornando-a adequada para o monitoramento de grandes áreas, bem como ambientes como fábricas, bancos, armazéns de mercadorias, casas lotéricas, condomínios, ruas e lojas de todos os tipos.

“A solução Embratel Smart View destaca-se por ter condições de detectar situações de risco com inteligência e rapidez, sendo perfeita para monitoramento de grandes locais e, também, de ambientes como fábricas, bancos, galpões de mercadoria, casas lotéricas, condomínios, ruas e lojas de todos os tipos”.

De acordo com o executivo, a solução é de fácil instalação e se integra a diferentes modelos e marcas de câmeras (de alta resolução ou não), o que possibilita que as empresas utilizem os dispositivos que já têm instalados em seus ambientes, reduzindo custos e obtendo mais rentabilidade com suas estruturas.

“Com a novidade, ajudamos companhias e varejistas a terem maior eficiência nas operações de segurança ao automatizarem análises de movimentos e os avisos de anormalidades em tempo real”, diz.

O funcionamento da aplicação Embratel Smart View é simples. Uma câmera do próprio ambiente do cliente, que possui integração com o Smart View, capta imagens e envia as informações, que serão analisadas em tempo real, para uma interface web ou mobile.

A tecnologia é um sistema inteligente que atua com técnicas de autoaprendizado e, por isso, aperfeiçoa o acompanhamento de técnicos, direcionando com eficiência o foco e atenção desses operadores. Tem a capacidade de prever incidentes e até correlacionar eventos de diversas câmeras do mesmo ambiente. Com isso, a Embratel entrega maior confiabilidade nos dados obtidos, apoiando os clientes no processo de decisões diante de invasões ou de riscos aos locais monitorados.

Devido à capacidade de aprendizado contínuo incorporada, a Embratel Smart View pode ser adestrada para reconhecer ações ou comportamentos suspeitos, adaptando-se às demandas individuais de cada cliente.

Em uma agência bancária ou em um ambiente de varejo, como exemplo, a Embratel Smart View é apta a identificar prontamente situações e padrões não usuais, assim como comportamentos incomuns de indivíduos. Consequentemente, emite alertas imediatos em caso de potenciais incidentes de roubo e aciona de maneira preventiva a equipe de segurança para tomar medidas necessárias.

No âmbito logístico, essa tecnologia previne furtos e até mesmo pode ser implementada em cabinas de meios de transporte de carga, como caminhões e trens, para prevenir eventuais acidentes. Os benefícios dessa solução transcenderem o simples gerenciamento de entradas, pois é capaz de identificar sinais de alerta, como movimentos estacionários, notificando coordenadores sobre a necessidade de substituir funcionários antes que ocorra um acidente.

Na indústria, essa solução pode ser empregada para apoiar várias funcionalidades, especialmente na área de segurança ocupacional. Por exemplo, a Embratel Smart View pode detectar colaboradores que estejam em elevações consideradas arriscadas.

Já nas cidades, a tecnologia tem capacidade para auxiliar no processo de avanço de digitalização para torná-las Smart Cities, apoiando na segurança e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Integrando a solução às câmeras espalhadas pelos municípios, torna-se possível, por exemplo, identificar locais e horários propensos a terem uma grande concentração de veículos. A partir disso, é possível organizar e programar semáforos para evitar pontos de trânsito intenso e acidentes pelas cidades.

“A Embratel fornece uma infraestrutura robusta para entregar a solução com maior eficiência, além de realizar toda a integração de tecnologias necessárias para o uso da aplicação”, diz Rachid. 

A tecnologia entrega ainda relatórios gerenciais aos gestores com indicadores e registro de ocorrências para melhoria contínua da segurança física dos ambientes gerenciados. Segundo ele, além de todos os benefícios gerados pela Embratel Smart View para as empresas, a solução diferencia-se por ser comercializada no modelo Software as a Service (SaaS), ou seja, o cliente paga conforme o uso graças à uma arquitetura segura e escalável que pode ser em Nuvem, On-Premise ou em ambiente híbrido.

“Estamos muito felizes em proporcionar essa tecnologia inovadora ao mercado, apoiando na transformação e digitalização das empresas e da sociedade como um todo”, diz, ressaltando que a Embratel Smart View atende plenamente a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Anatel anuncia reajuste no valor das ligações de fixo para móvel

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O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tomou uma decisão sobre o reajuste das tarifas do Plano Básico de Serviço oferecido pelas Concessionárias de telefonia fixa, como Oi, Telefônica, Algar e Sercomtel. Esse reajuste diz respeito às chamadas que são feitas a partir dessas linhas fixas para telefones móveis (Serviço Móvel Pessoal – SMP) e para terminais do Serviço Móvel Especializado (SME).

telefonia fixa

É importante notar que este reajuste se aplica especificamente às tarifas de um serviço denominado “Valor de Comunicação 1 (VC-1)”, que são usadas em ligações entre localidades que compartilham o mesmo código de área, também conhecido como “DDD” (Discagem Direta a Distância). Essa mudança ocorre em resposta à Resolução nº 724/2020, que transferiu as chamadas de Longa Distância Nacional para um regime de liberdade tarifária.

Vale mencionar que as tarifas denominadas “Valor de Comunicação 2 (VC-2)”, usadas em ligações entre localidades com os mesmos primeiros dígitos do código de área (por exemplo, 21, 23 ou 27), e o “Valor de Comunicação 3 (VC-3)”, utilizado em ligações entre localidades com os primeiros dígitos do código de área diferentes (por exemplo, 21, 52 ou 71), não sofreram alterações de tarifas.

Mais detalhes sobre o reajuste da Anatel

Para calcular esses reajustes, a Anatel considerou dois principais fatores. Primeiramente, a agência levou em conta a variação do Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), que é um indicador econômico usado para medir a evolução dos preços e serviços no setor de telecomunicações. Além disso, foi aplicado um fator de transferência conhecido como “Fator X”.

É importante mencionar que, de acordo com as regulamentações, se o valor acumulado do IST tivesse ultrapassado 10%, teria sido aplicado um “Fator de Amortecimento” para controlar o aumento excessivo das tarifas. No entanto, neste caso, não foi necessário aplicar o Fator de Amortecimento.

A Anatel divulgou detalhes específicos sobre os reajustes tarifários autorizados nas tabelas a seguir.

Reajuste Tarifário do STFC com destino ao SMP

ConcessionáriaISTFator de AmortecimentoFator XÍndice de Reajuste
OI S.A. – Regiões I e II4,94%0,0013,422%-9,14%
Sercomtel Telecomunicações6,03%0,003,986%1,81%
Algar Telecom6,03%0,003,262%2,57%
Telefônica Brasil S.A.4,94%0,001,049%3,84%

Reajuste Tarifário do STFC com destino ao SME

ConcessionáriaISTFator de AmortecimentoFator XÍndice de Reajuste
OI S.A. – Regiões I e II4,94%0,0013,422%-9,14%
Sercomtel Telecomunicações6,03%0,003,986%1,81%
Algar Telecom6,03%0,003,262%2,57%
Telefônica Brasil S.A.4,94%0,001,049%3,84%

Globo entra na Justiça para retirar site pirata do ar

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A Globo tomou medidas legais para combater a página online chamada “Carol Novelas“, a qual comercializa cerca de 500 novelas brasileiras completas para os entusiastas desse gênero. Os advogados da emissora afirmam que Leandro da Silva Evangelista, o proprietário do site que está no centro desta ação judicial, é considerado o principal responsável pela pirataria de novelas no país, devido à extensa quantidade de conteúdo que ele disponibiliza. O conteúdo oferecido inclui até mesmo tramas raras que não estão disponíveis em serviços de streaming.

Novelas

Documentos relacionados à ação judicial estão disponíveis para a imprensa e estão atualmente em tramitação tanto na 8ª Vara Cível quanto na 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Como funciona do “Carol Novelas”

O site de Evangelista promove a disponibilidade de diversas novelas de todas as emissoras de televisão brasileiras, além de algumas produções estrangeiras e de outras redes, como SBT, Record, Band e até mesmo da extinta Rede Manchete (que operou de 1983 a 1999).

Surpreendentemente, o catálogo inclui até mesmo novelas da TV Tupi, a primeira emissora de televisão do Brasil, com destaque para a novela “Gaivotas” (1979), uma de suas últimas produções antes de encerrar suas operações em 1980.

A amplitude e a quantidade de conteúdo disponível no acervo impressionaram os advogados da Globo, que estão empenhados em remover o conteúdo disponibilizado na internet, uma prática que viola as leis de direitos autorais. Para que os usuários tenham acesso ao acervo, Leandro cobra uma taxa única de R$ 220. Esta ação judicial visa proteger os direitos autorais e a propriedade intelectual das novelas produzidas pelas emissoras brasileiras e estrangeiras.

Assim que o pagamento é efetuado, a equipe do site “Carol Novelas”, composta por três pessoas, disponibiliza um arquivo no Google Drive para o interessado. Esse arquivo concede ao usuário o direito de acessar qualquer produção televisiva que ele deseje assistir.

“Carol Novelas” disponibilizava produções que não estão nem no Globoplay

GloboPlay é um serviço de streaming da Rede Globo, que normalmente oferece um vasto catálogo de programas da emissora. No entanto, algumas produções só podem ser encontradas em arquivos da própria emissora.

Um exemplo é a novela “Olho no Olho”, que foi lançada em 1993 e tinha Tony Ramos como protagonista. Esta novela abordava a temática de seres paranormais dotados de poderes especiais, de maneira semelhante ao que foi explorado posteriormente em “Os Mutantes” (2008), uma produção da Record. “Olho no Olho” acabou ganhando uma reputação negativa na época, sendo associada a elementos satanistas, o que resultou na sua ausência de reprises ou disponibilização para o público.

Outro exemplo mencionado é “O Amor Está no Ar” (1996), que foi a primeira novela a ter Rodrigo Santoro como protagonista em sua carreira. Infelizmente, a produção foi considerada um grande fracasso no horário das seis da Globo. A trama explorava temas relacionados a extraterrestres e à possibilidade de vida fora da Terra. O desempenho da novela foi tão ruim que sua exibição teve seu final antecipado devido à baixa audiência. Como resultado, essa produção também não está disponível na plataforma GloboPlay.

O catálogo da Globo conta com uma variedade de novelas que abrangem desde sucessos esquecidos até tramas marcantes da televisão brasileira. Um exemplo notável é “De Corpo e Alma” (1992), que marcou a estreia de Gloria Perez no horário nobre da emissora. No entanto, essa novela ficou marcada pela tragédia do assassinato de sua filha, a atriz Daniella Perez (1970-1992), pelo colega de elenco Guilherme de Pádua (1969-2022). Essa história tumultuada está disponível para os espectadores revisitarem em sua totalidade.

Além disso, o catálogo também resgata sucessos que caíram no esquecimento ao longo dos anos, como a primeira versão de “Ti Ti Ti”, produzida em 1985 e escrita por Cassiano Gabus Mendes. Na época de sua exibição, a novela conquistou um grande público, mas não foi mais transmitida desde 1988. No entanto, o Globoplay disponibiliza apenas o remake da produção, que foi ao ar em 2010.

Outro exemplo interessante é “Hipertensão”, uma novela de 1987 que nunca mais foi reexibida pela Globo. Escrita por Ivani Ribeiro (1922-1995), a mesma autora de “A Viagem” (1994), a trama chama a atenção por ter Cesar Filho, atualmente jornalista e apresentador da Record, em um dos papéis principais. Essa obra perdida na história da televisão brasileira também encontra-se disponível no catálogo da emissora.

Para completar, o catálogo abriga tanto novelas atualmente em exibição, como “Terra e Paixão”, quanto aquelas que foram recentemente concluídas, como “Vai na Fé” (2023).

A Globo tomou medidas legais para responsabilizar Evangelista por suas ações, que a emissora considera como concorrência desleal. A empresa solicitou a remoção imediata de seu conteúdo do ar e busca impedir que ele venda seu catálogo. Além disso, a Globo está buscando uma indenização de R$ 100 mil por danos morais causados.

A Globo optou por não comentar sobre o andamento do caso judicial, assim como o site pirata também não se pronunciou sobre o assunto.

Três novas infovias serão feitas pelo programa Norte Conectado

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O Gaispi (Grupo de Articulação para Investimentos em Pesquisa e Inovação) anunciou hoje, 15 de setembro, durante o evento INOVAtic Pará, que aprovou a construção de três novas infovias de banda larga na Região Norte do país.

Infovia

Essas infovias se somarão às seis estradas subfluviais que já estavam previstas. A notícia foi divulgada por Sidney Azeredo, assessora da superintendência de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, durante o evento que foi promovido pelo Tele.Síntese, com a curadoria de Juarez Quadros.

De acordo com Azeredo, essa proposta de construção das novas infovias ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Diretor da Anatel. A decisão foi tomada após a constatação de que há recursos financeiros disponíveis para ampliar o programa Norte Conectado, usando os recursos provenientes do leilão do 5G alocados para essa iniciativa.

As três novas infovias planejadas serão construídas nos rios Tapajós, Xingu e Tocantins, e terão uma extensão de aproximadamente mil quilômetros.

Elas irão atender a outros 16 municípios da região. Segundo Leandro Guerra, da EAF- Seja Digital, o cronograma de construção das primeiras seis infovias já existentes está seguindo conforme o planejado.

Neste ano, a empresa entregará as infovias dois, três e quatro, que ligam as cidades de Tefé (AM) a Atalaia do Norte (AM), conectando um total de 13 municípios e cobrindo uma distância de 1,1 mil quilômetros.

Além disso, a rota 03 liga as capitais de Belém a Macapá, passando por seis municípios e 858 quilômetros, enquanto a rota 04 conecta as cidades de Vila Moura, no Amazonas, à capital de Roraima, Boa Vista, com 610 quilômetros e uma população de 430 mil habitantes.

De acordo com informações do executivo, a construção da Rota 05, prevista para o próximo ano, que conectará as cidades de Autazes (AM) e Porto Velho (RO), apresentará desafios significativos devido à sua localização em um dos rios mais volumosos da Amazônia.

Um dos aspectos importantes a serem destacados é a mitigação das interferências. Segundo Guerra, a Empresa Amazônica de Fibra Óptica (EAF) está prestes a concluir o projeto de desocupação e mitigação das antenas profissionais de TV, conhecidas como FSS, adiantando-se em mais de dois anos em relação ao cronograma inicialmente previsto. Ele enfatiza que até o final do ano, a EAF terá cumprido essa obrigação, tendo mitigado 87% das 19 mil estações afetadas.

Vale ressaltar que essa abordagem inovadora de parceria público-privada, na qual empresas privadas assumem responsabilidades que seriam do setor público, tem despertado o interesse de outros governos na América Latina, de acordo com Guerra.

SES e Starlink fecham parceria para ofertar banda larga em cruzeiros

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A operadora de satélites SES anunciou uma colaboração estratégica com a Starlink, uma empresa associada à SpaceX de Elon Musk, com o objetivo de oferecer serviços de conectividade em cruzeiros marítimos. Essa parceria permitirá que as duas empresas forneçam planos de banda larga de alta velocidade usando satélites posicionados em órbitas baixas e médias, com capacidades de transmissão que variam de 1,5 a 3 Gbps por navio de cruzeiro.

Cruzeiro

Esta iniciativa conjunta entre a SES e a Starlink, que é parte da empresa de foguetes SpaceX liderada pelo bilionário Elon Musk, foi nomeada como “SES Cruise mPOWERED + Starlink”.

Os clientes a bordo dos cruzeiros terão a opção de adquirir pacotes de banda larga que utilizam satélites em órbita baixa da Terra (LEO), pertencentes à SpaceX, ou satélites em órbita média (MEO), da SES. As empresas de cruzeiros poderão escolher entre as ofertas de 1,5 Gbps ou 3 Gbps, dependendo de suas necessidades específicas de conectividade de alta velocidade para atender às demandas dos passageiros e tripulação.

De acordo com um comunicado da SES, os investimentos no setor de cruzeiros aumentaram após o impacto da pandemia de Covid-19. Como resultado, as embarcações de cruzeiro estão buscando melhorar suas infraestruturas de serviços a bordo, incluindo conectividade confiável para atender às crescentes demandas dos passageiros.

A parceria entre a SES e as empresas de cruzeiros é projetada para atender a essa necessidade. Juntas, as duas empresas planejam aproveitar um total de 11 satélites para aprimorar suas capacidades tecnológicas e de negociação, bem como expandir sua presença no mercado.

Na prática, essa colaboração trará benefícios para ambas as partes envolvidas. As empresas de cruzeiros poderão contar com conectividade de banda larga de alta qualidade, o que é essencial para melhorar a experiência dos passageiros a bordo. Isso também permitirá que as empresas de cruzeiros ampliem sua infraestrutura de serviços, tornando-as mais atraentes para clientes e turistas em busca de uma experiência de cruzeiro mais conectada e conveniente.

Em resumo, a parceria entre a SES e as empresas de cruzeiros é uma estratégia que visa atender às crescentes demandas tecnológicas dos cruzeiros pós-pandemia, proporcionando conectividade confiável e melhorando a oferta de serviços a bordo para os passageiros. Essa colaboração beneficia ambas as partes, permitindo-lhes fortalecer suas posições no mercado e atender às expectativas dos clientes.

Apple TV+ é o streaming favorito do público, segundo pesquisa

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O Apple TV+ conquistou a posição de plataforma de streaming favorita do público para assistir a programas originais de TV, superando o Netflix, de acordo com dados fornecidos pela Parrot Analytics. Esse dado refere-se ao período de 1º de janeiro a 26 de agosto do ano atual e demonstra que os programas originais disponíveis na plataforma da Apple foram os mais desejados nos Estados Unidos durante esse período.

Apple Tv+

Os números revelam que impressionantes 50,8% das séries oferecidas pelo Apple TV+ receberam classificações como “boas”, “marcantes” ou “excepcionais”. Por outro lado, a Netflix teve apenas 19,7% de seus programas originais posicionados na mesma categoria. A Netflix, apesar de ser uma das líderes do mercado de streaming, ficou à frente apenas do Amazon Prime Video, que obteve uma porcentagem de 14% nessa categoria.

Esses dados apontam para um desempenho excepcional do Apple TV+ em termos de qualidade de conteúdo original, com a maioria de suas séries sendo bem avaliadas pelo público. Isso representa uma mudança significativa na preferência do público em relação aos serviços de streaming e indica que a Apple está conseguindo atrair espectadores com produções originais de alta qualidade.

Entre as duas opções, a Paramount+ obteve a maior participação de mercado com 41,1%. Logo atrás, o Hulu teve uma participação de mercado de 40%, o Max ficou em terceiro lugar com uma parcela de 24,9%, e o Disney+, que atualmente está oferecendo uma promoção de assinatura, teve uma participação de mercado ligeiramente menor, atingindo 24,4%. Isso significa que a Paramount+ lidera, seguida de perto pelo Hulu, enquanto o Max e o Disney+ estão competindo por uma fatia menor do mercado de streaming.

De acordo com um relatório do TechRadar, os programas originais disponíveis no serviço de streaming Apple TV+ estão atraindo mais interesse do público do que os originais de outras plataformas, incluindo a Netflix e o Paramount+.

É importante ressaltar que, embora essa análise tenha destacado a popularidade dos originais da Apple TV+, ela não fornece informações sobre a audiência real desses programas, como o número de espectadores ou a duração média da visualização. Além disso, é importante considerar que séries muito populares, como “Ted Lasso”, podem ter um impacto significativo no aumento das buscas online e nas avaliações positivas do serviço de streaming.

Outro aspecto relevante é a estratégia diferenciada adotada pelas plataformas de streaming. Enquanto a Netflix concentra seus esforços na produção em massa de programas, o Apple TV+ prioriza a qualidade. Essa abordagem pode resultar em uma recepção mais positiva por parte do público. De acordo com a Parrot Analytics, as séries originais da Netflix superam as da Apple em termos de quantidade, com uma proporção de cerca de 15 para 1. No entanto, a preferência por qualidade sobre quantidade pode ser um fator importante na escolha dos espectadores quando decidem qual plataforma de streaming usar.