26/04/2024

5G tem avançado mais rápido do que foi o 4G no Brasil, diz Conexis

Segundo representante do Conexis, o avanço do 5G no Brasil tem sido muito mais rápido que foi o crescimento do 4G durante sua implantação.

A implantação da tecnologia 5G no Brasil está acontecendo de forma surpreendentemente rápida em comparação com o processo de adoção do 4G, de acordo com Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis Brasil Digital.

Brasil

Em14 meses desde o lançamento do serviço, já existem 13 milhões de clientes no Brasil utilizando a nova geração de redes móveis. Para contextualizar a magnitude desse progresso, Ferrari comparou com a implementação do 4G, que, no mesmo período de tempo, teve apenas 2,5 milhões de brasileiros adotando a tecnologia.

”Com o 4G, em 14 meses de serviço, existam apenas 2,5 milhões de brasileiros com a tecnologia”, exemplificou.

Além disso, o Brasil já conquistou o terceiro lugar em termos de velocidade de download no contexto global do 5G, ficando atrás apenas de Singapura e Coreia do Sul, conforme destacado pelo executivo. No entanto, ele observou que um dos principais desafios enfrentados pelas empresas de telecomunicações é a estagnação das receitas, apesar da adoção acelerada do 5G. Ferrari enfatizou que simplesmente expandir a tecnologia e a cobertura não se traduz necessariamente em aumento de receita para as operadoras.

Ferrari também previu um aumento significativo no tráfego de dados nas redes das operadoras nos próximos cinco anos, estimando um crescimento de 400%.

Ele ressaltou que as seis maiores plataformas digitais são responsáveis por 50% do tráfego nas redes fixas e 80% do tráfego nas redes móveis, apresentando um dilema para as empresas: investir em maior capacidade de rede sem uma solução clara para o desafio, o que pode comprometer a expansão da cobertura. O objetivo, segundo ele, não deve ser simplesmente fornecer mais internet, mas também garantir que mais pessoas tenham acesso a ela.

A implantação de antenas e infraestrutura para oferecer cobertura com a nova tecnologia 5G nas cidades enfrenta desafios significativos, conforme destacado por uma entidade não especificada.

Um dos principais preocupações é a dificuldade em realizar essas instalações. Diogo Della Torres, coordenador de Infraestrutura da Conexis Brasil Digital, exemplificou a situação em Belém, onde as operadoras de celular enfrentam obstáculos na expansão da infraestrutura, apesar de o município ter aprovado uma legislação favorável a esse processo. No entanto, a prefeitura ainda não regulamentou a lei, o que atrasa o progresso nesse sentido.

Embora existam desafios com a infraestrutura, Rodrigo de Lima, gerente do escritório da Regional Norte da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), ressaltou que recursos para a expansão das redes na Região Amazônica estão disponíveis. Cerca de R$ 10 bilhões, provenientes de fundos setoriais, estão prontos para serem liberados com taxas de juros muito favoráveis para incentivar os operadores a investirem na região.

A empresa Ligga, que tem sede no Paraná e adquiriu a frequência do 5G para atender o estado de São Paulo e a Região Norte do Brasil, é considerada uma possível candidata para obter parte desses recursos, de acordo com Vitor Menezes, diretor de Relações Institucionais e Regulatórias.

A operadora tem o compromisso de, até o final deste ano, fornecer conectividade de alta capacidade em 19 municípios da região por meio de backhaul, e até 2026, atender a 64 cidades com menos de 30 mil habitantes. Essa expansão da Ligga Telecom permitirá que a empresa atue em uma região que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e abriga 43% da população do país.

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