17/12/2025
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Abrint propõe solução para gestão de postes; empresas de energia rejeitam

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A gestão de postes e o impasse entre Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é uma pauta de muitos desdobramentos. Segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), as empresas de energia elétrica não conseguem chegar a um senso comum no assunto. 

Poste

A proposta da Abrint é contratar uma entidade nacional, sem fins lucrativos, para que pudesse gerir e fiscalizar os postes. Porém as grandes teles não aceitam a ideia.

Quem falou sobre essa questão da gestão de postes foi uma gestora da Abrint

Cristiane Sanches, líder do conselho da Abrint, avalia que as pequenas prestadoras tiveram suas propostas rejeitadas pelas empresas de energia elétrica. 

Ela propôs que uma entidade nacional sem fins lucrativos fosse contratada para gerenciar e fiscalizar os postes, mas isso não foi apoiado pelas grandes empresas de telecomunicações.

Cristiane afirmou que o assunto ainda está sendo discutido pelo grupo de trabalho da Anatel e Aneel, e que estão surgindo algumas novas alternativas. Uma delas é que as distribuidoras passem a gerir os postes, criando empresas separadas para isso.

“O tema ainda está sendo tratado no grupo de trabalho formado pela Anatel e Aneel, e algumas novas opções estão surgindo”.

Segundo a conselheira da Abrint, esse modelo apresenta duas questões problemáticas: o subsídio cruzado e a falta de padronização nos contratos. Além disso, ela destaca que as novas empresas não teriam permissão para obter lucro.

Cristiane acredita que esses problemas podem ser solucionados por meio da regulação. No entanto, a modicidade tarifária, que evita lucros extras para as empresas elétricas, depende de mudanças na legislação.

Custos

A conselheira acredita que a questão dos valores para o uso de postes está resolvida, pois a proposta é estabelecer um preço máximo e ajustar os contratos que possuem valores mais altos. 

Qualquer condição comercial mais favorável definida anteriormente ao novo regulamento ou preços mais vantajosos fixados pela Comissão de Resolução Conjunta de Conflitos serão mantidos. Segundo Cristiane, com o tempo e a regularização das redes, o mercado naturalmente chegará a um valor menor, criando um ciclo virtuoso que beneficia todos os envolvidos. 

Essa proposta é semelhante à apresentada pelo Conselho Consultivo da Anatel, presidido por ela em fevereiro deste ano, para as agências reguladoras. Espera-se que a próxima reunião do Grupo de Trabalho com a Conexis avance nesse assunto.

Mais de 8.300 escolas públicas não têm internet, segundo a Anatel

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O Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (GAPE), presidido pelo conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, atualizou o Painel de Conectividade nas Escolas, onde mostra que 8.368 escolas não têm acesso a internet. A falta de conectividade afeta 439.559 alunos e 32.558 docentes.

No total, o painel contabiliza que existem 138.355 escolas públicas no Brasil, nas esferas municipal, estadual e federal, sendo que 86.233 unidades ficam localizadas em área urbana e 52.122 unidades em area rual. Os dados também apontam que 96.192 não dispõem de laboratório de informática e 3.031 não têm energia elétrica.

O Painel de Conectividade nas Escolas foi desenvolvido pelo Subgrupo Técnico de Diagnóstico (SGT-Diagnóstico) para apoiar a tomada de decisão na definição das escolas que receberão atendimento com projetos de conectividade do Gape.

Os dados estão disponíveis no site da Anatel e constam as informações cadastrais das escolas de acordo com o Censo Escolar do Inep e informações de conectividade oriundas de diferentes fontes, como o Programa WiFi Brasil e o Programa Banda Larga nas Escolas.

No Painel de Conectividade ainda consta informações sobre o projeto piloto e conectividade de escolas, Aprender Conectado, que foi que surgiu com o Edital do 5G e foi aprovado pelo Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape) em 2022.

Atualmente, o projeto está em fase de execução em 10 municípios brasileiros, distribuídos entre as cinco regiões do país, atendendo um total de 177 escolas públicas de educação básica, sendo que 153 (86,6%) instituições educacionais já estão com conectividade com velocidades de download que variam de 50 Mbps a 200 Mbps. até então, já foram beneficiados 28.537 alunos e 1.868 docentes.

Além disso, mais de 2.300 escolhas públicas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, nos estados do Amazonas, Pará e Paraíba, já foram vistoriadas para receber o projeto.

Para o Aprender Conectado foram disponibilizados recursos na ordem de R$ 3,1 bilhões, que além de levar conectividade para as escolas, devem fornecer kits de informática (notebooks, chromebooks, telas e projetores) para alunos e professores de todo o Brasil.

Globo é acusada de plágio pela Record por comercial do ‘The Voice Kids’

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É normal haver rivalidade entre as emissoras de TV, uma vez que buscam chamar a atenção do telespectador para as suas programações e assim manter uma audiência à frente das concorrentes. Mas dessa vez, a competitividade foi além, pois a Record acusa a Rede Globo de cometer plágio em uma chamada para a nova temporada do The Voice Kids.

De acordo com a emissora de Edir Macedo, a líder de audiência usou um conceito similar a uma peça usada em 2014, para a campanha da novela Vitória, da TV Record, que segundo Notícias da TV, ainda estuda o que irá fazer sobre a situação.

Na peça exibida pela Rede Globo, que ocorre em um supermercado, uma senhora chama várias crianças para cantar a música ‘Fico Assim Sem Você’, da dupla Claudinho (1975-2022) e Buchecha. Aos poucos, outras pessoas se juntam na cantoria e por fim, aparece a data de estreia do programa ‘The Voice Kids’.

Na campanha feita pela Record, o cenário é considerado similar, uma vez que, em uma livraria, vendedores começam a cantar ‘Tente Outra Vez’, de Raul Seixas, e depois outros clientes do local também se uniram à interpretação da música.

Em ambos casos é usado o conceito de flash mod, quando um grupo de pessoas, sem nenhuma relação, se reúnem repentinamente em um ambiente público para realizar uma performance musical básica e de curto período de tempo. Depois se dispersam, como se nada tivesse acontecido.

Entre as duas peças, a diferença está no ambiente escolhido: uma em uma livraria e outra em um supermercado, e os personagens: crianças versus vendedores. Procurada pelo Notícias da TV, a Rede Globo não se pronunciou sobre o assunto.

Outros casos

Essa não é a primeira acusação da TV Record contra a Rede Globo. Há três meses, a emissora líder de audiência também foi acusada de plágio com o primeiro teaser do Big Brother Brasil 2023.

Segundo a Record, a peça era uma cópia da chamada de promoção do reality ‘A Casa’ (2017), apresentado por Marcos Mion. Entretanto, o caso não teve muitas repercussões.

Compare os vídeos:

Empresa vai instalar torres de internet em área rural do MT e MS

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As empresas Áster Máquinas e Sol Internet of People anunciaram na nesta semana durante a Parecis SuperAgro, feira de tecnologia agropecuária de Campo Novo do Parecis(MT), o projeto ConectÁster, que vai instalar torres de internet para conectar 3 milhões de hectares produtivos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, até o final de 2023.

Segundo as empresas, o investimento nas torres de internet no campo terá também impacto social, uma vez que beneficiará 700 mil famílias da área de cobertura de 11 municípios: Nova Maringá, Barra do Bugres, Tangará da Serra, Juara, Campo Novo do Parecis, Sapezal, Diamantino, em Mato Grosso, e Sidrolândia, São Gabriel do Oeste, Maracaju e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Todas contabilizam 2,8 milhões de pessoas.

“Tenho certeza de que com este projeto muitas vidas avançarão. O agricultor poderá otimizar ainda mais as tecnologias embarcadas nos equipamentos, mas os efeitos são mais amplos, porque a tecnologia chegará também às comunidades, criando mais oportunidades para educação e saúde, por exemplo”, afirma o CEO da Sol, Rodrigo Oliveira.

A conectividade é uma grande aliada da produção agropecuária dos dois estados, mas ainda é um sinal deficitário em muitas localidades. A partir da interação das torres e aumento da conectividade, a Áster Máquinas poderá intensificar as soluções que desenvolveu para seus clientes.

A empresa desenvolveu programas como Áster Data, uma plataforma de inteligência de dados, a Áster Store, de e-commerce, Áster Assist, óculos de realidade aumentada para agilizar atendimentos técnicos a campo, e a Ásterland, a filial da empresa no metaverso.

Luiz Piccinin, presidente da Áster Máquinas, explica que o objetivo do projeto é “dar condições para que o nosso cliente possa aproveitar ao máximo as informações e dados dos nossos maquinários, transformando-os em conhecimento e dando as condições ideais para que ele possa tomar a melhor decisão agronômica”.

Rodrigo Acco é um dos produtores rurais parceiros da Áster Máquinas a abrir sua propriedade para receber o ConectÁster. “Antes, as máquinas eram menores, eram manuais e demandavam mais operadores. Hoje em dia, tudo é mais eficiente, o que é importante porque significa mais produtividade no campo, mais alimento e, por consequência, preços mais interessantes para o consumidor final”, avalia.

Netflix e Disney devem receber US$ 30 milhões de site de streaming pirata

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Em 2021, uma coligação dos principais estúdios de cinema e TV abriu um processo contra os sites AllAccessTV (AATV) e Quality Restreams, nos Estados Unidos, por pirataria. Na lista desse grupo, inclui empresas como Netflix, Universal, Disney, Paramount, Warner e Columbia, sendo que Amazon e Apple entraram como parceiras.

Com a ação, as empresas processaram Dwayne Johnson (sem relação com ator ‘The Rock’), que era formalmente o administrador da VPN Safe Vault LLC e o chefe dos dois serviços de pirataria.

Os serviços de IPTV e streaming pirata ofereciam acesso a canais ao vivo e serviço de vídeo on-demand (VOD), com mais de 600 filmes e mais de 600 séries, incluindo filmes como Harry Potter e Jurassic Park , bem como The Office. Inclusive, eram categorizados pela plataforma que o título pertencia, como Netflix, Amazon Prime Video e Disney+.

O feed de canal ao vivo permitia aos usuários acessar grandes redes como HBO, Cinemax e NBC. Se camuflando como um provedor de VPN (VPN Safe Vault), os usuários pagavam entre US$ 10 e US$ 45 mensais para acessar o serviço. Os consumidores podia baixar as plataformas em seus dispositivos.

No processo, a coligação queria, inicialmente, indenização de US$ 150 mil por obra que teve os direitos autorais infringidos, alegando que Johnson sabia que sua conduta era ilegal, e que ele apontou “esforços conjuntos para ocultar a empresa ilegal”, usando um site que pretendia vender software VPN, mas na verdade vendia assinaturas de seus serviços.

A defesa de Johnson alegou que as evidências apresentadas eram enviesadas e que os detalhes da medida cautelar pedida pelos estúdios eram “sem base” e “absurdos”.

Entretanto, os estúdios e Dwayne Johnson concordaram em resolver o processo em um acordo, que além de incluir uma liminar em que Dwayne se compromete a não distribuir, transferir ou dar qualquer código fonte, código de objeto ou outras tecnologias ligadas à AATV e à Quality Restreams, ele deverá pagar US$ 30 milhões de indenização.

Anatel convida Winity e Vivo a apresentarem um novo acordo

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O conselheiro da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Alexandre Freire, convocou, nesta quinta-feira, 30, a Telefônica (Vivo) e a Winity para apresentarem um novo acordo de aluguel de espectro, que esteja aderente às premissas, a lógica essencial do edital do 5G e que sejam viáveis do ponto de vista concorrencial e regulatório.

O caso está em análise há meses na agência, que assim como outras entidades e empresa, vê problemas no acordo entre as duas companhias. Inclusive, a área técnica da Anatel já divulgou parecer não recomendando a aprovação do negócio.

“É importante considerar que a adoção de soluções de autocomposição na resolução de conflitos de interesse frente a alternativas de engajamento no conflito litigioso traduz-se em expediente não apenas salutar, mas também benéfico à resolução pacífica e não judiciosa das questões de interesse público”, escreveu o conselheiro, relator do processo sobre a anuência prévia do acordo entre as duas empresas.

A Vivo e a Winity têm o prazo de cinco dias para responder e manifestar o interesse em um novo diálogo com vistas a obtenção de uma solução, que preserve as políticas setoriais, assegure os interesses dos usuários e maximize a concretização das metas que devem ser atingidas com a execução da outorga resultante do lote arrematado na licitação 5G.

Se as empresas não se manifestarem sobre o assunto, será interpretada como ausência de interesse pela autocomposição.

Segundo a Anatel, na análise do negócio, foi estabelecido pelas Superintendências propostas de condicionamentos ou parâmetros para o caso, e servirá de base para que a Winity e a Telefônica formatem um novo acordo que estejam condizentes com as regras concorrenciais, regulatórias e aderente às normas do edital 5G.

Entenda o caso

Em agosto de 2022, a Vivo e a Winity celebram um acordo de compartilhamento da frequência de 700 MHz, cuja faixa foi comprada pela Winity no leilão do 5G. Nos termos do contrato, a operadora alugaria capacidade para atender cerca de 1.100 municípios por até 20 anos.

Acontece que a faixa em questão foi ofertada apenas para novas entrantes, uma vez que a Vivo, TIM e Claro já tem faixas nessa frequência, ficando assim de fora do lote. Com base nisso, o acordo entre as empresas vai de encontrar a regra imposta no edital.

Porto Alegre terá Wi-Fi gratuito da Claro em abrigos de ônibus

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Em parceria com a Eletromidia, empresa do mercado out of home, a Claro disponibilizará Wi-Fi gratuito em 100 abrigos de ônibus de Porto Alegre, que estarão conectados por fibra ou 5G. Com a iniciativa, as empresas esperam transformar as pessoas que utilizam o transporte público na cidade, ampliando as possibilidades de conectividade.

Ponto de ônibus localizado no Bairro Jardim Botânico – Porto Alegre. Foto: Divulgação

Inicialmente, cerca de 20 pontos de ônibus já estarão prontos com a solução e à disposição da população gaúcha em bairros como Bela Vista, no Centro Histórico, Menino Deus, Rio Branco, Floresta e Jardim Botânico. Os demais abrigos serão implantados gradativamente nos próximos meses.

Marcio Carvalho, Diretor de Marketing da Claro, afirma que “A Claro apoia a transformação urbana em curso, aportando tecnologia, conectividade e ajudando a cidade a ser mais inclusiva e oferecer soluções inteligentes para a população”.

“Importante ressaltar que essa iniciativa é para todas as pessoas, clientes Claro e para quem não é nosso cliente. Essa é mais uma entrega da Claro para os gaúchos”, completa.

Segundo Marcelo Repetto, Diretor Regional da Claro para a Região Sul, as paradas de ônibus serão transformadas para irradiar o sinal do Wi-Fi gratuito da Claro, que atenderá os pontos com a tecnologia de banda larga fixa ou com a rede móvel Claro 5G+.

“Com essa iniciativa queremos transformar a experiência do usuário e oferecer conectividade para a jornada diária da população de Porto Alegre. E nada mais importante do que contribuir levando soluções tecnológicas que ajudem na sustentabilidade do meio ambiente. A ideia é transformar a rotina das pessoas de forma inteligente e sustentável”, comenta Alexandre Guerrero, CEO da Eletromidia.

Com a concessão, a Eletromidia passa a ser responsável pela instalação e manutenção de mais de 1.500 abrigos de ônibus pelos próximos 20 anos. Hoje já são 200 novos abrigos instalados pela cidade oferecendo mais conforto e segurança mudando a experiência da população de Porto Alegre. Inicialmente, a parceria entre as empresas tem prazo de 15 meses.

De acordo com a Claro, Porto Alegre é uma cidade estratégica, uma vez que a operadora é líder de mercado nos serviços móveis, com mais de 44% de participação, assim como nos serviços residenciais, com 49% de market share em banda larga; mais de 74% na TV por assinatura; e mais de 39% de participação no segmento de telefonia fixa. Dados são do último balanço da Anatel referente ao mês de janeiro deste ano.

Cartola lança chip de celular móvel com planos a partir de R$ 25

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O Cartola, fantasy game do grupo Globo, está entrando no mercado de telefonia móvel e lança, em parceria com a Mobile Tech Dry Telecom, o Chip do Cartola. A iniciativa chega com planos pré-pagos a partir de R$ 25, incluindo até 30 GB de internet, entre outros benefícios, como ligações e acesso a aplicativos ilimitados.

A Mobile Tech Dry Telecom é a empresa pioneira no Brasil no segmento de MVNOs (Mobile Virtual Network Operator), que traz em seu currículo lançamentos já consagrados das operadoras de telefonia dos principais clubes de futebol do país.

O chip do Cartola também conta benefícios como bônus de internet, cobertura em todo o território nacional, além de vantagens exclusivas para os cartoleiros. Os usuários terão acesso a um aplicativo próprio gamificado, com todas as informações sobre o produto e novidades relacionadas a troca de pontos por benefícios exclusivos.

Dentre as vantagens está o desconto para assinar o Cartola PRO, que possibilita a participação em até 10 ligas, além de dicas do Gato Mestre com análises e uma série de informações preciosas para melhorar a pontuação e valorizar os times. Os cartoleiros PRO, terá o benefício de desconto de 50% na compra dos planos.

Os usuários do chip do Cartola que realizarem recargas mensais sem deixar que o plano vença, os gigas de internet serão acumulados para o mês seguinte. Além disso, o cartoleiro ainda terá isenção de navegação no site Cartola e também no APP, podendo jogar de forma ilimitada com o chip.

A Dry Telecom, através da plataforma da Surf Telecom, usa a infraestrutura da TIM. A operadora virtual tem parcerias com várias empresas, que oferecem chips personalizados, sua maioria de clubes de futebol, como São Paulo, Fluminense, Santos, Vasco, Cruzeiro, Grêmio e Bahia.

Anatel libera faixa de frequência de 410 MHz para redes privadas móveis

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Ao participar do UTCAL Summit 2023, encontro de Utilities & Telecom Technologies Councillatin America, realizado nesta quarta-feira, 29, no Rio de Janeiro, o superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram, informou que a agência via liberar as faixas de 410-415 MHz e 420-425 MHz para redes privadas móveis. Ainda revelou que estuda liberar também a faixa de 450MHz.

As referidas faixas são conhecidas como banda 87 do 3GPP, podendo ser usadas com redes LTE (4G). Segundo o superintendente, as especificações técnicas deverão ser conhecidas em abril e o uso das redes privadas móveis acontece por licença de Serviço Limitado Privado (SLP). Para a elaboração dos requisitos técnicos, a Anatel analisou contribuições enviadas durante consulta pública sobre a ocupação desse espectro.

Caram reforçou ainda que a Anatel disponibilizou diferentes faixas de frequência para redes privativas, com preços acessíveis. As faixas são: 250 MHz; 450 MHz; 1,5 GHz; 2,3 GHz; 2,4 GHz; 3,7 GHz, 3,8 GHz, e ondas milimétricas em 27,5 GHz. Muitas delas podem servir a empresas de energia para transmissão de dados em projetos de IoT.

Vinícius Caram afirma que “Não existe setor de telecom sem energia elétrica, e o setor elétrico precisa de comandos de telecom para ser mais eficiente”. Enquanto que o presidente da UTCAL, Dymitr Wajsman comemorou a liberação das faixas, mas pediu que a agência que dê preferência de uso das faixas para as empresas utilities.

Francisco José Anteiro, diretor de Operações e Manutenção da Eletrobrás Furnas, afirma que não é possível pensar no setor elétrico sem considerar o setor de telecomunicações. “Transformar dados em informação, em tempo real, é fundamental para a operação das empresas de energia”, avalia.

“Os sistemas especializados de proteção, para evitar as grandes perdas dependem dessa velocidade, dependem de capacidade preditiva de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial”, completa.

Anatel começa estudar regulação de plataformas digitais

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A regulação de plataformas digitais está em pauta na agenda da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel. Nesta quinta-feira, 30, a entidade iniciará uma tomada de subsídios para avaliar a necessidade de regular os deveres dos usuários dos serviços de telecomunicações, especialmente os “grandes usuários” que utilizam as redes de telecomunicações em grande escala. 

Plataformas digitais

Essa ação de pesquisa sobre regulação inclui plataformas digitais e big techs como Meta (dona do Facebook, WhatsApp e Instagram), Netflix, Google, Amazon e Apple. As contribuições podem ser enviadas exclusivamente pela plataforma Participa Anatel, a partir das 14h de hoje até 30 de junho.

A atividade em questão está contemplada na Agenda Regulatória 2023-2024 da Anatel. A Tomada de Subsídios, que faz parte da primeira fase do processo regulatório, tem como objetivo resumir o problema a ser debatido em seu relatório:

“Quais mecanismos podem ser considerados para buscar uma maior equalização dos direitos e obrigações entre prestadores de telecomunicações e provedores de SVA (plataformas digitais)?”

Além disso, o documento também faz um questionamento sobre quais os mecanismos que podem ser usados nas plataformas de modo que elas ajudem na melhoria das redes de telecomunicações. 

A Anatel quer analisar os caminhos e possibilidades sobre seu papel diante da regulação das plataformas digitais

O relatório menciona vários aspectos do debate sobre assimetria regulatória, incluindo a disparidade na receita das plataformas digitais em relação às empresas de telecomunicações, que estão sujeitas a regulamentação. 

O documento destaca que as empresas que mantêm e expandem a infraestrutura de comunicação estão exigindo cada vez mais que outros agentes do ecossistema digital, especialmente as chamadas “big techs”, que são responsáveis pela maior parte do tráfego, contribuam financeiramente para a rede.

O questionário que acompanha a tomada de subsídio aborda temas como modelo de negócio, papel do órgão regulador e identificação dos problemas mais urgentes.

Ao anunciar a tomada de subsídios, a Anatel deixou claro que é responsabilidade da agência regulamentar os requisitos para garantir que os provedores de Serviços de Valor Adicionado (SVA) tenham acesso aos meios de telecomunicações necessários para realizar suas atividades. 

Isso inclui o relacionamento entre os provedores de SVA e as prestadoras de serviços de telecomunicações, pois, perante a Anatel, os provedores de SVA são usuários dos serviços de telecomunicações.

Além disso, a agência busca promover investimentos sólidos e duradouros para garantir uma conectividade significativa que permita à população brasileira uma experiência online segura, satisfatória, enriquecedora e produtiva, com preços acessíveis.

Veja aqui mais detalhes do que está propondo a Anatel sobre esse debate da regulação das plataformas digitais no Brasil e a relação desse assunto com as telecomunicações no país.