05/04/2024

Anatel libera faixa de frequência de 410 MHz para redes privadas móveis

Superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram, afirmou que estuda liberar também a faixa de 450 MHz.

Ao participar do UTCAL Summit 2023, encontro de Utilities & Telecom Technologies Councillatin America, realizado nesta quarta-feira, 29, no Rio de Janeiro, o superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram, informou que a agência via liberar as faixas de 410-415 MHz e 420-425 MHz para redes privadas móveis. Ainda revelou que estuda liberar também a faixa de 450MHz.

As referidas faixas são conhecidas como banda 87 do 3GPP, podendo ser usadas com redes LTE (4G). Segundo o superintendente, as especificações técnicas deverão ser conhecidas em abril e o uso das redes privadas móveis acontece por licença de Serviço Limitado Privado (SLP). Para a elaboração dos requisitos técnicos, a Anatel analisou contribuições enviadas durante consulta pública sobre a ocupação desse espectro.

Caram reforçou ainda que a Anatel disponibilizou diferentes faixas de frequência para redes privativas, com preços acessíveis. As faixas são: 250 MHz; 450 MHz; 1,5 GHz; 2,3 GHz; 2,4 GHz; 3,7 GHz, 3,8 GHz, e ondas milimétricas em 27,5 GHz. Muitas delas podem servir a empresas de energia para transmissão de dados em projetos de IoT.

Vinícius Caram afirma que “Não existe setor de telecom sem energia elétrica, e o setor elétrico precisa de comandos de telecom para ser mais eficiente”. Enquanto que o presidente da UTCAL, Dymitr Wajsman comemorou a liberação das faixas, mas pediu que a agência que dê preferência de uso das faixas para as empresas utilities.

Francisco José Anteiro, diretor de Operações e Manutenção da Eletrobrás Furnas, afirma que não é possível pensar no setor elétrico sem considerar o setor de telecomunicações. “Transformar dados em informação, em tempo real, é fundamental para a operação das empresas de energia”, avalia.

“Os sistemas especializados de proteção, para evitar as grandes perdas dependem dessa velocidade, dependem de capacidade preditiva de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial”, completa.

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