17/12/2025
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PL 2338/23 prevê regulação de Inteligência Artificial no Brasil

Nesta terça-feira, 3 de maio, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, apresentou o Projeto de Lei (PL) 2.338/23, que busca regulamentar a inteligência artificial no Brasil. A proposta é resultado de um anteprojeto elaborado por uma comissão de juristas ao longo de 2022.

Inteligência Artificial

O projeto tem dois objetivos principais: estabelecer direitos para a proteção das pessoas e criar ferramentas de governança, fiscalização e supervisão. De acordo com Pacheco, com um “arranjo institucional de fiscalização e supervisão”, é possível ter previsibilidade na interpretação da lei, trazendo segurança jurídica para quem inova e desenvolve tecnologia.

O texto proposto dedica um capítulo inteiro à proteção dos direitos das pessoas afetadas por sistemas de inteligência artificial. Entre os direitos estabelecidos, toda pessoa afetada terá garantia de acesso a explicações sobre como são tomadas as decisões desses sistemas, além de poder contestar decisões automatizadas e solicitar intervenção humana. Também será garantido o direito à correção de vieses discriminatórios.

O projeto define direitos para qualquer contexto em que haja interação entre máquina e ser humano. Por exemplo, em ambientes com reconhecimento facial, as pessoas deverão ser informadas. A regulação será baseada nos riscos dentro do contexto da aplicação.

Outra medida importante é que toda tecnologia de IA deverá passar por testes antes de se tornar comercial e precisará ter um registro oficial para fins de responsabilização. A autoridade competente poderá fazer análises algorítmicas para classificar o grau de risco oferecido.

Risco excessivo na utilização de Inteligência Artificial

A legislação proíbe a utilização de Inteligência Artificial considerada de risco excessivo, isto é, aquelas que podem provocar comportamentos prejudiciais à saúde ou à segurança. Além disso, também é proibido o uso de IA que explore vulnerabilidades de grupos específicos, como crianças e idosos.

O Poder Público está impedido de utilizar a IA para classificar o comportamento social ou a personalidade individual. Da mesma forma, não é permitido o uso da IA para estabelecer pontuações e definir o acesso de pessoas a bens, serviços e políticas públicas.

No caso da segurança pública, a utilização da biometria à distância em espaços públicos só é permitida mediante lei específica, que ainda precisa ser elaborada, ou com autorização judicial.

Alto risco em sistemas de IA

Sistemas de inteligência artificial (IA) são amplamente utilizados para gerenciar infraestruturas críticas, como transporte, redes de energia e água, educação, recrutamento, avaliação de elegibilidade para cargos, avaliação de capacidade de endividamento, veículos autônomos, controle de fronteiras, entre outros. No entanto, a natureza crítica desses sistemas também traz um alto risco.

Para mitigar esse risco, o projeto de lei propõe medidas específicas, como garantir transparência e reduzir vieses nos sistemas de IA, estabelecer medidas adicionais para sistemas de alto risco e para sistemas governamentais de IA, e normatizar a avaliação de impacto algorítmico.

O projeto também determina que uma autoridade competente seja designada pelo poder executivo para fiscalizar a aplicação da tecnologia, especificando suas competências e estabelecendo sanções administrativas. No entanto, há uma previsão de sandbox regulatório para experimentação.

As multas por descumprimento da lei podem ser de R$ 50 milhões a 2% do faturamento do grupo econômico, e podem resultar na suspensão parcial, total, temporária ou definitiva da empresa no segmento de IA. Além disso, em casos de infrações relacionadas à coleta e tratamento de dados, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é aplicável.

O projeto também destaca que não há proteção à propriedade intelectual no uso de dados para treinamento de sistemas de IA. Os direitos dos consumidores em relação ao uso de IA em relações de consumo são definidos pelo Código de Defesa do Consumidor. 

Warner Bros. Discovery fecha contrato e TNT Sports volta a transmitir o Brasileirão

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Nesta quinta-feira (04), a Warner Bros Discovery anunciou que irá transmitir todas as 18 partidas restantes do Athletico Paranaense em casa na Série A do Campeonato Brasileiro de 2023. A empresa fechou contrato com o clube para poder exibir os jogos ao vivo em casa pelo canal TNT Pay TV (através de sua marca TNT Sports) do Brasileirão.

O contrato foi possível por causa da Lei 14.205/21, conhecida como “Lei do Mandante”, sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021, onde permite que os clubes passaram a ter garantidos os direitos sobre a transmissão e a reprodução de seus jogos no futebol nacional.

No próximo domingo (07), acontece a estreia, no duelo contra o Flamengo, às 16h, na Arena da Baixada. A partir das 15h40, a TNT Sports fará um pré-jogo, sendo que após a partida, transmitirá o programa “Último Lance” para repercutir a partida.

Vale ressaltar que, de acordo com a Warner Bros Discovery, os direitos de transmissão contemplam apenas a TV por assinatura e não são exclusivos, com exibição de todos os 18 jogos restantes do Athletico-PR em casa para todo o país. Entretanto, a licença contempla o bloqueio do mercado, ou seja, que a TNT não poderá transmitir para o estado do Paraná, terra do clube.

Com o acerto, o Brasileirão entra na grade esportiva da TNT Sports. Atualmente, o canal também exibe partidas do Campeonato Paulista, da Uefa Champions League e da NBA.

As partidas do Athletico Paranaense também foram transmitidas ao vivo nas plataformas, como CazéTV (canal do YouTube e Twitch do streamer Casimiro), que também via “Lei do Mandante”, está transmitindo os jogos do time paranaense como mandante desde a primeira rodada, na vitória sobre o Goiás por 2 a 0.

Além da transmissão da Rede Furacão (OTT do próprio clube, que já teve duas mudanças de nome, era Furacão Play e era Furacão Live), a Globo possui os direitos de transmissão exclusivos na TV aberta.

Google trava mais uma briga com a regulação de mídia; confira

O Google está travando mais uma briga com a regulação, mas dessa vez não é sobre a PL das Fake News. Um executivo da plataforma informou a parlamentares que, caso o governo canadense aprove uma legislação que obrigue empresas de internet a remunerar veículos de imprensa, o site poderá ser forçado a remover links para artigos de notícias em resultados de busca no Canadá. 

google

Essa medida faz parte de uma tendência mundial em que empresas de tecnologia são exigidas a pagar por conteúdo de notícias. A proposta de lei canadense inclui a obrigatoriedade da negociação de acordos comerciais entre plataformas como a Alphabet Inc, controladora do Google, e a Meta Platforms Inc, controladora do Facebook, e veículos de notícias canadenses.

O que disse o Google ao parlamento do Google 

O vice-presidente de notícias do Google, Richard Gingras, em depoimento a um comitê do Senado, disse que o nível extremo de incerteza comercial e responsabilidade financeira ilimitada que a plataforma está sendo solicitada a aceitar não é razoável. 

“Se tivermos que pagar aos editores simplesmente para criar links para seus sites, fazendo-nos perder dinheiro com cada clique, seria razoável para nós, ou qualquer empresa, reconsiderar por que continuaríamos a fazê-lo”, acrescentou.

A ideia que está sendo apresentada em Ottawa tem semelhanças com uma lei inovadora que foi aprovada na Austrália em 2021. Essa medida tomada pelo país austral também provocou ameaças vindas das empresas Google e Facebook, que cogitaram diminuir a oferta de seus serviços. 

Entretanto, ambas as empresas acabaram fechando acordos com companhias de mídia australianas, após a proposta de emendas na legislação. Desde que essa lei entrou em vigor na Austrália, mais de 30 acordos foram aprovados pelas empresas de tecnologia com veículos de comunicação, que foram devidamente compensados pelo tráfego de geração de conteúdo, facilitando assim toda essa nova situação gerada pelas medidas regulação.

Vivo e Helexia Brasil inauguram três usinas solares no Paraná

A Vivo anunciou o recebimento da Halexia, player internacional em transição energética, de três usinas solares como parte do projeto de geração distribuída e consumo de energia 100% renovável. Juntas, as instalações somam 18,4 megawatts-pico (MWp) de capacidade instalada e devem abastecer mais de 1,7 mil pontos de consumo da operadora.

Usina no Alto Paraná. Crédito: Divulgação

As usinas solares estão localizadas nas cidades do Alto Paraná, Cidade Gaúcha e Loanda, no Paraná. As obras, pioneiras na região, duraram cerca de 12 meses e geraram cerca de 120 empregos diretos e indiretos na região.

De acordo com Caio Guimarães, Diretor de Patrimônio, Logística e Compras da Vivo, “A inauguração das usinas a serviço da Vivo no Paraná é mais um importante passo em nosso projeto de geração distribuída, que prevê a instalação de unidades de fontes solar, hídrica e de biogás, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e diversificação da matriz energética em diferentes regiões do país”.

Além de contribuir com o meio ambiente por ser renovável e de baixo impacto, a geração distribuída de energia, contribui para aliviar o sistema de distribuição, reduz ineficiências e perdas na transmissão e gera redução de custos. Com as novas unidades, a Vivo chega a 55 usinas em GD em todo o Brasil.

Para Aurélien Maudonnet, CEO da Helexia Brasil, a empresa visa buscar outras frentes de negócios sinérgeticos no estado paranaense.

“O Paraná é um estado com potencial incrível para transição energética e com boas perspectivas para um consumo de energia consciente, pois oferece boas oportunidades para usinas fotovoltaicas. Por isso, além do contrato com a Vivo, estamos visualizando outras frentes, para prestação de serviços de eficiência energética, por exemplo, reforçando o modelo de negócios sinergético da Helexia no país”.

Inclusive, em março, a Helexia ainda finalizou as obras no município de Paranaíba, no Mato Grosso do Sul. Com isso, a empresa atinge a marca de 23,3 MWp em operação comercial no Brasil.

A empresa afirma que a energia produzida em cada usina será injetada no Sistema Nacional Integrado (SIN), especificamente na rede da Distribuidora Local e se transformará em crédito para a Vivo, resultando em importante economia em suas faturas de energia elétrica. Serão, ao todo, oito mil pontos de consumo da operadora distribuídos entre os estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Sul e Tocantins.  

Anatel pode ser órgão regulador do PL das Fake News, diz relator

O deputado Orlando Silva (PC do B-SP), relator do projeto de lei das Fake News, propõe que a supervisão das redes sociais seja atribuída à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) como solução para o impasse atual. Recentemente ele falou sobre a função da entidade reguladora e de outros pontos polêmicos sobre o Projeto de Lei.

PL das Fake News

A votação do projeto de lei das Fake News, que estava agendada para terça-feira (2), foi adiada para evitar uma derrota do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que o texto enfrenta resistência de diferentes setores na Câmara. O relator falou sobre o assunto em entrevista a Folha S. de Paulo.

De acordo com o deputado, os membros da oposição estão se opondo ao projeto de lei das Fake News porque temem que a regulamentação das redes sociais resulte em mudanças na política que se baseiam em mentiras.

O relator menciona que há deputados que afirmaram que o projeto baniria versículos da Bíblia como exemplo desse medo infundado. Ele argumenta que esses indivíduos se beneficiam da polarização da sociedade, que é altamente funcional para as redes sociais, já que o modelo de negócio dessas empresas se baseia no extremismo.

“Essa gente se nutre da polarização da sociedade e ela é bem funcional para as redes sociais, porque o modelo de negócio das redes sociais se baseia no extremismo”, diz.

A existência de uma agência reguladora que pode ser a Anatel 

O texto propõe a criação de uma entidade autônoma de supervisão para regular a proteção de dados pessoais. Essa entidade seria uma autarquia, com diretores que teriam mandato, e se assemelharia a uma agência reguladora. No entanto, a proposta não obteve apoio suficiente no plenário e foi retirada para não interromper o debate.

Algumas sugestões foram apresentadas, como a possibilidade de mecanismos de autorregulação, mas isso parece insuficiente. Outra sugestão foi a autoridade nacional de proteção de dados pessoais, mas está em fase de construção e teria poucos recursos no curto prazo.

Uma terceira opção seria atribuir a responsabilidade de regulamentar a proteção de dados pessoais à Anatel. Isso exigiria mudanças em suas atribuições e uma reorganização interna para lidar com essa nova responsabilidade. Embora essa não fosse a opção preferida, parece ser a mais viável no momento, segundo as afirmações do relator do projeto à Folha.

As plataformas digitais 

O deputado afirmou que as grandes empresas de tecnologia estão exercendo um poder sobre o Congresso Nacional, decidindo o que pode ou não ser votado. Além disso acrescentou que é preocupante “quando elas ultrapassam os limites estabelecidos pela Constituição”.

Ele argumentou também que o Google domina 96% do mercado de busca no Brasil e utiliza sua posição de monopólio para favorecer críticos de um projeto, inclusive políticos. Um deputado do partido PL foi recomendado pelo Google. Algumas pessoas argumentam que o Google tem o direito de participar do debate público, o que é verdade. No entanto, não é legítimo que a empresa utilize sua neutralidade para conduzir os usuários a um debate enviesado.

Para o deputado, o Google abusou de seu poder econômico e disseminou desinformação, indo contra seus próprios termos de uso. Por exemplo, o Spotify proíbe anúncios políticos, mas o Google pagou por um anúncio com conteúdo político veiculado no Spotify. O Twitter também reduziu o alcance de quem apoiava o projeto e ampliou o alcance dos críticos.

“Essas grandes empresas de tecnologia jogaram sujo para impor sua posição ao Congresso Nacional, o que não é democrático”.

Ministro da Justiça condiciona segurança nas escolas à regulação da internet

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, trouxe novamente para o Congresso Nacional a importância da aprovação de uma lei que regulamente o funcionamento das plataformas digitais no Brasil, condicionando a segurança nas escolas à regulação da internet.

Só teremos escolas seguras com a regulação da internet. Este é um tema fundamental”, afirmou o ministro em reunião ocorrida nesta quarta-feira (03), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Para ele, estabelecer os direitos e deveres dos internautas e das grandes empresas de tecnologia é de fundamental importância para o combate à violência nas escolas e ao crescimento do extremismo no país. “Todos os deputados e deputadas que querem crianças e adolescentes protegidas têm que cuidar da internet. Sem isso, teremos grupos neonazistas atacando escolas; criminosos cooptando crianças e adolescentes e ameaçando as famílias brasileiras”.

O ministro informou que a Operação Escola Segura continuará por tempo indeterminado, com ações preventivas e repressivas contra ataques nas escolas de todo o país. A iniciativa, coordenada pelo ministério, foi anunciada após a tragédia ocorrida em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, que resultou no assassinato de quatro crianças.

PL das Fake News

Flávio Dino também teceu comentários sobre o Projeto de Lei 2630, rebatendo as críticas de parlamentares que são contra o PL, que teve sua votação adiada na terça-feira (2) na Câmara dos Deputados. Se for aprovado, o texto dará origem à lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

Entre os contrários ao texto, o que inclui empresas como Google e Meta, o projeto ameaça a liberdade dos internautas e qualidade dos serviços acessíveis na rede mundial de computadores, tese da qual o ministro da Justiça discorda.

“É imprescindível que haja uma lei sobre comunicação digital-cibernética [no Brasil]. Não podemos ter um faroeste digital que mate. Fake news mata. E por isso é necessária uma regulação sobre isso”, disse o ministro.

Flávio Dino citou a decisão da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon) determinado que a Google cumprisse uma série de medidas cautelares para corrigir o que o governo federal classificou de indícios de que a empresa estava censurando o debate público sobre o Projeto de Lei 2.630/2020, além de determinar a exclusão do texto “O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil” da pagina inicial do buscador.

“O que vimos foram empresas querendo censurar o Parlamento, o processo legislativo, em uma violência raras vezes vista no Brasil. Nenhuma empresa foi advertida ou punida pela Senacon por suas posições políticas. Tratou-se da aplicação do Código de Defesa do Consumidor por publicidade enganosa, abusiva e/ou cifrada. Inclusive, a empresa [Google] retirou um link [de sua página inicial] enquanto eu dava entrevistas sem que nós tivéssemos determinado – o que determinamos é que ela divulgue a contrapropaganda à propaganda cifrada que vinha divulgando contra o PL das Fake News. Não houve nenhum tipo de cerceamento à liberdade de expressão”, disse Dino.

SKY Brasil anuncia Gustavo Fonseca como novo presidente da empresa

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Nesta quinta-feira (04), a SKY Brasil, empresa de TV por assinatura via satélite do país, anunciou Gustavo Fonseca, que atuava como Chief Marketing Officer (CMO) da Vrio Corp, como o novo presidente da companhia, sucedendo Raphael Denadai Sanchez.

O executivo foi escolhido pela SKY Brasil e enfrentará uma nova fase de crescimento da empresa com o intuito de promover o desenvolvimento dos serviços de TV via satélite e dos novos negócios da empresa, como a SKY FIBRA, para levar conectividade a milhões de brasileiros.

Gustavo Fonseca entrou na companhia em 2015 como Diretor de Inteligência Comercial. Ele foi nomeado vice-presidente de marketing e estratégia em janeiro de 2018 e ficou responsável por todas as iniciativas de marketing relacionadas a branding/publicidade, planejamento estratégico, precificação e embalagem, crescimento das margens e inteligência empresarial.

De acordo com a SKY Brasil, o novo presidente teve um papel fundamental na implementação do programa de transformação de negócios #SKY100limites, incluindo a rápida adoção da metodologia Agile.

Fonseca é Engenheiro Mecânico-Aeronáutico pelo ITA e MBA pelo INSEAD, e ante de ingressar na Vrio Corp, trabalhado por 11 anos na Telefônica Brasil (Vivo) em no segmento de negócios fixos B2C e B2B, no setor de Operações de Campo e Inteligência de Negócios.

Anteriormente, passou como consultor da Oliver Wyman, com sede em Barcelona, onde teve a oportunidade de se envolver com startups de telecomunicações na Índia, Portugal, Bahrein e Colômbia. Ele também atuou como consultor da Roland Berger no Brasil e na França, e começou sua carreira como assistente de gerente de marca na Procter & Gamble.

Sobre a SKY Brasil

A SKY é uma empresa da Vrio Corp, pertencente ao Grupo Werthein, holding internacional que também opera a DIRECTV Latin America e a plataforma de streaming DGO na região, com mais de 10 milhões de clientes. Além de atuar como operadora de TV paga via satélite, oferece streaming, serviços de banda larga em fibra óptica, seguros, entre outros.

A Vrio Corp é uma empresa que atua com serviços de entretenimento digital com mais de 10 milhões de assinantes em 11 países da América Latina e do Caribe. Oferece conteúdo ao vivo e sob demanda da DIRECTV Latin America, SKY Brasil e DIRECTV GO, com eventos esportivos, eventos internacionais e programação exclusiva no Brasil através da marca SKY e na Argentina, Barbados, Chile, Colômbia, Curaçao, Equador, Peru, Trindade e Tobago e Uruguai através da marca DIRECTV.

Anatel publica Relatório Anual de Gestão com dados do setor de telecom de 2022

Nesta quarta-feira (03), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou o Relatório Anual de Gestão. O documento traz informações sobre a gestão e o setor referente ao ano de 2022, como aplicações de multas, o desempenho estratégico e o panorama dos serviços, como banda larga e telefonia móvel, além de colocar no radar a discussão sobre a regulação das plataformas digitais.

Segundo a agência, houve 338,1 milhões de acessos nos principais serviços de telecomunicações em 2022, um crescimento de 0,9% em relação ao ano anterior, que registrou 341,2 milhões de acessos. Na telefonia móvel, foram 252 milhões de acessos ativos (-1,1%). Telefonia fixa, com 271 milhões (+5,6%), Banda larga fixa , com 44,9 milhões (+7,8) e TV por assinatura, com 14,1 milhões (-12,6%). Dentre as categorias, somente a internet fixa apresentou crescimento.

Dentre os acessos referente a telefonia móvel, ao final de 2022, o país contava com 226,1618 milhões de acessos de banda larga móvel, significando uma redução de 0,5% em relação ao ano anterior. Esses acessos estavam distribuídos nas seguintes tecnologias:

  • 4G (86,6%)
  • 3G (10,8%)
  • 5G Non Stand Alone (1,2%)
  • 5G Stand Alone (1,4%)

Metas de desempenho estratégico

Em relação às metas para desempenho estratégico, a agência diz estar atendo cinco das dez. Na banda larga fixa, a agência ainda destaca a velocidade medida, em 2022 foi de 245,95 Mbps, ultrapassando a meta para 2023, que era de 150 Mbps. A cobertura de internet móvel também superou a meta de 91,46% ao final deste ano, mas já passou com 92,08%. O índice de concentração (HHI) do mercado móvel continua dentro do parâmetro da agência (0,3594), com 0,3222.

Em 2022, o Relatório Anual de Gestão aponta que o 5G chegou a 101 municípios, enquanto que o 4G conta com cobertura a 98,4% dos municípios brasileiros em “cobertura de banda larga móvel urbana”. Foram 2.515 novas localidades com cobertura de banda larga móvel. A agência afirma que há 54.786 km de malha rodoviária federal cobertos com tecnologia 4G e 58.450 km de malha rodoviária federal cobertos com tecnologia 3G.

A agência ainda demonstra a posição do Brasil no mercado internacional ao final de 2021 (últimos dados disponíveis) dos serviços de telefonia fixa, telefonia móvel, banda larga fixa e banda larga móvel, por grupo de cem habitantes.

Regulação das plataformas digitais

No relatório, a Anatel também coloca no horizonte da agência a regulação de plataformas, afirmando ter competência para regular as Over-the-Top (OTTs) e a atuação das empresas fornecedoras de serviços. “Esse ambiente gera desafios à Agência que, no curto prazo, pode ser chamada a intervir em disputas e divergências entre OTTs e operadoras de telecomunicações, como já ocorreu no passado”, diz em documento.

Além disso, a Anatel fala dos desafios, citando o crescimento dos serviços over-the-top (OTTs).

“No longo prazo, o desafio para a Anatel é elaborar regulamentações baseadas em evidências e desenvolvidas de forma participativa que sejam efetivas para a ampliação dos investimentos em infraestrutura de telecomunicações. Outro desafio de longo prazo está associado à possível necessidade de atuação da Anatel em casos relacionados à produção e distribuição de fake news em plataformas digitais”.

O órgão regulador também fala em “considerar a possibilidade e a necessidade de ampliar ou ajustar as competências” em decorrência das mudanças que impactam o setor. Para isso, continuará acompanhando as discussões sobre a plataformas e relação com o mercado de infraestrutura de telecomunicações.

Ao mesmo tempo, afirma que é “importante acompanhar a evolução e participar dos debates sobre a necessidade de regulação dos ecossistemas digitais”, com temas como abertura de APIs; transparência de algoritmos e manipulação de dado; identidade eletrônica dos usuários; controle, acesso e armazenamento de dados; e portabilidade de dados.

Vale ressaltar que o PL das Fake News é um dos assuntos do momento envolvendo as plataformas digitais, onde a agência se manifestou a favor de ser o órgão regulador, mas há opiniões contrárias, declarando que a Anatel não tem competência para tal.

Além disso, ainda há as manifestações das donas das plataformas, como Google e Meta (antiga Facebook), que apresentaram preocupações no ambiente digital, se o texto do projeto de lei for aprovado.

Metas táticas para 2022

Dentre as 14 metas táticas que a agência determinou para 2022, 10 foram alcançadas. Dentre as que ainda não foram cumpridas, estão

  • Ampliar propostas de substituição de multas por obrigação de fazer, que chegou a 36,98% (a meta era de 40%) do valor total das sanções em primeira instância;
  • Ampliação de consolidação da regulamentação por temática, com 82% (meta era de 100%);
  • Atingir, no mínimo, em 95% o nível de execução do plano de aquisições e contratos anualmente;
  • Execução de, no mínimo, 95% do Plano Orçamentário Anual, até o final do 4º Trimestre. (imagem)

Aplicação de multas

Segundo o Relatório Anual de Gestão 2022, ao longo do ano em questão, a agência emitiu 932 multas às operadoras, correspondendo a um total de R$ 2,29 bilhões. Entretanto, menos de 2,7% dessas sanções aplicadas às teles foram realmente pagas ano passado. Ou seja, do montante de R$ 2,29 bilhões, foi arrecadado somente R$ 62,2 milhões. O que significa que 97,3% das multas não foram pagas até o final de 2022 – isto é, R$ 2,23 bilhões pendentes. Ainda assim, a agência ressalta que houve um crescimento de R$ 40 milhões em relação a 2021.

No documento, a Anatel explica que tem adotado as medidas de cobranças necessárias para o efetivo recebimento dos valores multados. Enquanto que 18 sanções foram suspensas por força de determinação judicial.

“Em relação às 698 multas ainda não arrecadadas, têm sido adotadas as medidas de cobrança necessárias para o efetivo recebimento: no que tange às multas não quitadas, a Agência já inscreveu 9,22% no Cadin [o Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal] e/ou em Dívida Ativa e 38,09% estavam parceladas no final de 2022”, diz a Anatel no relatório.

Principais atividades e resultados com impacto na sociedade

No documento, a Anatel lista as atividades realizadas durante o ano de 2022, como medidas de combate ao telemarketing abusivo, registro de reclamações de consumidores, combate a disseminação de conteúdo pirata (TV box pirata), diminuição das chamadas realizadas por robôs e realização da oitava Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida dos consumidores dos serviços de telecomunicações.

A lista completa das atividades, assim como todo o conteúdo do Relatório Anual de Gestão 2022.

Operação da PF mira empresa de internet associada a traficantes no RJ

Nesta quinta-feira (04), a Polícia Federal (PF) deu início a Operação Sem Mega, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa voltada à prática dos crimes de tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina na cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Foto: Polícia Federal-RJ

Na operação, cerca de 60 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Angra dos Reis, em endereços localizados nos municípios de Angra dos Reis, Nilópolis e Rio de Janeiro/RJ.

De acordo com as investigações que foram iniciadas em setembro do ano passado, uma fornecedora de internet teria se associado a traficantes locais com o intuito de impedir que outras empresas instalassem serviços de telecomunicação e internet nas comunidades de Angra dos Reis. O nome da empresa investigada não foi revelado.

Além disso, a fornecedora de internet ainda instala câmeras para os integrantes da associação criminosa, cujos equipamentos serviriam para monitoramento de ações policiais.

De acordo com a PF, os integrantes do tráfico retiravam e danificavam os equipamentos de outras fornecedoras de internet para favorecer a instalação de aparelhos da fornecedora investigada. Configurando assim, um monopólio na prestação dos serviços de telecomunicação nestas comunidades.

Diante disto, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina. As penalidades máximas dos crimes podem chegar a mais de 30 de reclusão, se forem somadas.

Para nomear a operação, “Sem Mega”, foi feito um trocadilho entre o pacote básico oferecido pela empresa investigada (uma internet com 100 megabits por segundo de velocidade) e o fato dos moradores ficam sem internet por causa da retirada dos equipamentos de outras empresas que fornecem o serviço.

Google lança recurso que dispensa o uso de senhas tradicionais; veja como

Nesta quarta-feira (03), o Google anunciou em seu blog de segurança a liberação de um recurso em que os usuários poderão acessar suas contas usando as chamadas chaves-senha (passkeys), enfatizando que agora não será mais necessário utilizar as tradicionais senhas ou os códigos de autenticação de dois fatores.

A proposta é permitir que os usuários acessem suas contas usando os sistemas de biometria dos dispositivos, reconhecimento facial ou um PIN Local.

“As chave-senha são uma alternativa mais conveniente e segura. Eles funcionam em todas as principais plataformas e navegadores e permitem que os usuários façam login desbloqueando seu computador ou dispositivo móvel com sua impressão digital, reconhecimento facial ou um PIN local”, explica no blog.

Para entender melhor, as “passkeys” se tratam de um padrão criptografado de autenticação criado pela FIDO Alliance — a qual, por sua vez, é composta não só pelo Google, mas por outras gigantes da tecnologia como a Microsoft e a Apple.

Dessa forma, o usuário evitar ter que criar senhas longas e cheia de símbolos, o que é difícil lembrar quando há várias contas. Além disso, as chaves-senha são mais resistentes a ataque de phishing, pois para obter acesso a uma conta, o invasor precisaria ter o dispositivo cadastrado pelo usuário em sua posse.

Como criar chaves-senha

De acordo com a empresa, o usuário pode criar uma chave de acesso na conta do Google acessando essa página. É possível cadastrar vários dispositivos, mas a companhia recomenda que não sejam adicionados aqueles que são compartilhados com terceiros, pois a própria chave de acesso é armazenada no aparelho.

Ao contrário das senhas, as chaves de acesso só podem existir em seus dispositivos”, explica, afirmando que os dados biométricos nunca são compartilhados com o Google ou qualquer outro terceiro – o bloqueio de tela apenas desbloqueia a senha localmente.

O método novo de autenticação ainda está nos seus primeiros passos, além de que nem todos os dispositivos contam com o sistema de biometria. o Google explica que as senhas tradicionais e códigos de autenticação de dois fatores continuarão funcionando normalmente.

Mas a empresa chama a atenção para a segurança ao aderir ao sistema de chaves-senha.

“As senhas ainda são novas e levará algum tempo até que funcionem em todos os lugares. No entanto, criar uma chave de acesso hoje ainda traz benefícios de segurança, pois nos permite prestar mais atenção aos logins que dependem de senhas. Com o tempo, iremos examiná-los cada vez mais à medida que as chaves de acesso ganham suporte e familiaridade mais amplos”.