19/12/2025
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Aparelhos de telecom são usados para ferir: 37 mortes registradas

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Nesta semana, o Líbano foi palco de uma série de explosões que resultaram em dezenas de mortos e milhares de feridos. As explosões afetaram dispositivos de comunicação usados por membros do Hezbollah, grupo armado que atua politicamente e militarmente no país.

Aparelhos de telecomunicação explodem no Líbano. Reprodução/Telegram

O Ministério da Saúde do Líbano confirmou a morte de 32 pessoas e mais de 3.200 feridos, desencadeando temores de uma escalada no conflito entre o grupo libanês e Israel. O Hezbollah responsabilizou Israel pelas explosões, afirmando que se tratam de ataques cibernéticos orquestrados contra seus meios de comunicação.

Entre os dispositivos atingidos estão pagers, usados como alternativa a celulares, e walkie-talkies, ambos preferidos pelo grupo para evitar a interceptação de suas comunicações por Israel. As explosões, aparentemente coordenadas, ocorreram em várias regiões dominadas pelo Hezbollah, incluindo o sul de Beirute e o Vale do Beca, áreas que são redutos do grupo.

Primeira onda de explosões: pagers sob ataque

Momento em que pagers explodem em um mercado de Beirute, no Líbano. Reprodução/Reuters.

O primeiro incidente ocorreu na terça-feira (17), quando centenas de pagers usados por membros do Hezbollah explodiram quase simultaneamente em várias partes do Líbano. De acordo com as autoridades locais, 12 pessoas morreram e mais de 2.800 ficaram feridas, muitos deles com lesões graves.

Entre as vítimas fatais estava uma menina de 10 anos, filha de um integrante do grupo, que foi morta pela explosão do dispositivo de seu pai. O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, também ficou ferido durante uma dessas explosões.

Segundo a televisão iraniana, o diplomata não corre risco de vida. A mídia estatal iraniana relatou que o incidente foi um ataque cibernético executado por Israel, utilizando uma tecnologia avançada para hackear os dispositivos e detonar os explosivos remotamente.

Segunda onda: explosões de walkie-talkies e mais mortes

Menos de 24 horas após o primeiro ataque, o país foi novamente atingido por uma série de explosões, desta vez envolvendo walkie-talkies usados pelos membros do Hezbollah. Na quarta-feira, as explosões deixaram mais 20 mortos e centenas de feridos, com cenas de caos em várias cidades, incluindo Beirute e Sidon.

Testemunhas relataram incêndios em veículos e apartamentos após as explosões, o que agravou ainda mais a situação. A Cruz Vermelha Libanesa declarou “alerta máximo” para lidar com o grande número de vítimas.

O governo libanês, por sua vez, pediu que todos os cidadãos que possuam dispositivos de comunicação semelhantes descartem os aparelhos imediatamente, na tentativa de evitar mais tragédias.

Walkie talkers danificados no chão após serem detonados por explosivos embutidos. Foto: Reprodução/Telegram.

Investigação inicial: um ataque coordenado

As investigações preliminares apontam que os dispositivos de comunicação usados pelo Hezbollah haviam sido alterados antes de chegarem ao Líbano. Autoridades libanesas afirmam que explosivos foram implantados nos dispositivos durante o processo de fabricação ou importação.

A mídia internacional, incluindo o jornal The New York Times, divulgou que os pagers foram encomendados de uma empresa de Taiwan, mas foram manipulados por Israel antes de serem entregues ao Hezbollah. O sistema de detonação funcionou através de mensagens enviadas diretamente aos dispositivos, que aparentemente vinham de fontes de confiança dentro do grupo.

Quando os usuários manusearam os aparelhos, os explosivos foram ativados. A magnitude e a sofisticação do ataque sugerem que os explosivos estavam bem ocultos, possivelmente próximos às baterias dos pagers e walkie-talkies.

Reações e possíveis consequências

O Hezbollah, que já enfrenta confrontos quase diários com Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, prometeu vingança pelas explosões. O grupo anunciou que considera os ataques uma “declaração de guerra” por parte de Israel e prometeu uma resposta proporcional.

O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, deve fazer um pronunciamento oficial sobre o caso nos próximos dias. O governo libanês, por sua vez, condenou as explosões como uma violação grave da soberania do país e solicitou uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU.

A resposta internacional também está se intensificando. A ONU e várias organizações de direitos humanos expressaram preocupação com a escalada da violência na região, pedindo moderação de ambas as partes para evitar uma guerra de maiores proporções.

Fator Israel e a dinâmica regional

Até o momento, o governo israelense não fez qualquer declaração oficial sobre o caso, mas fontes de inteligência confirmaram ao The New York Times que o Mossad, serviço secreto de Israel, esteve envolvido no ataque. Segundo essas fontes, a operação foi planejada durante meses, utilizando empresas de fachada para fornecer dispositivos sabotados ao Hezbollah.

A tensão entre Hezbollah e Israel já vinha crescendo nos últimos meses, especialmente após o Hezbollah intensificar ataques contra o norte de Israel em solidariedade ao Hamas. O assassinato de Fuad Shukr, um dos principais comandantes do Hezbollah, em um ataque israelense em julho de 2024, acirrou ainda mais os ânimos, com o grupo jurando vingança.

Especialistas em relações internacionais alertam que esse episódio pode provocar uma escalada significativa no conflito, transformando-o em um confronto direto entre Israel e Hezbollah, o que poderia ter consequências devastadoras para o Líbano e toda a região do Oriente Médio.

Enquanto o Hezbollah promete retaliar, Israel reforçou suas tropas na fronteira com o Líbano, em preparação para possíveis ataques. O mundo assiste com apreensão, temendo que o conflito atinja níveis ainda mais alarmantes, com um potencial envolvimento de outros atores regionais, como o Irã, e um agravamento da já frágil estabilidade no Oriente Médio.

* Sugestão de vídeo relacionado ao assunto:

Atenção provedores de Recife: Neoenergia dá 30 dias para organizar fios de internet

A Neoenergia Pernambuco notificou 127 empresas de telecomunicações para que regularizem suas redes no Recife Antigo. Elas têm um prazo de 30 dias para ajustar seus fios e equipamentos. A ação faz parte do “Programa de Prevenção de Acidentes para o Carnaval 2025” e visa melhorar a segurança e a estética da região. A partir de 21 de outubro, será iniciado o ordenamento das 15 principais vias do bairro.

Foto: Divulgação/Neoenergia

A Neoenergia informou que vai remover todos os cabos e equipamentos instalados de forma irregular nos postes. Além disso, serão eliminados fios desnivelados, não identificados ou fora dos padrões exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O objetivo principal da ação é evitar acidentes causados pela má organização dos fios de telecomunicações. Problemas como incêndios e choques elétricos estão entre os riscos que a concessionária quer eliminar.

O gerente operacional da Neoenergia Pernambuco, Fábio Barros, destacou a importância da ação em Recife. Segundo ele, “as operadoras estão tendo 30 dias para regularizar a situação junto à Neoenergia, tanto do ponto de vista contratual quanto operacional. A partir de outubro, intensificaremos o trabalho de ordenamento, visando a segurança de todos.”

Impacto na infraestrutura das principais vias

A expectativa é que o ordenamento dure até a primeira quinzena de dezembro de 2024. Nesse período, as 15 principais vias do Recife Antigo passarão pela vistoria e reorganização das redes de telecomunicações. Serão inspecionados e ordenados cerca de 170 postes.

Além de promover a segurança, a ação busca melhorar o aspecto visual do bairro histórico, um importante cartão-postal da cidade. A poluição visual gerada pelo excesso de fios é uma reclamação frequente de moradores e visitantes da área. No começo do ano, noticiamos aqui no Minha Operadora que alguns fios chegaram a pegar fogo por lá.

Nos últimos três anos, a Neoenergia já removeu mais de 200 toneladas de fios e equipamentos irregulares em todo o Estado de Pernambuco. Só neste ano, foram eliminadas cerca de 70 toneladas de materiais fora de conformidade. Essas ações contribuem diretamente para a prevenção de acidentes e para a preservação do patrimônio urbano.

Ação voltada para o Carnaval 2025

O ordenamento dos postes faz parte de uma série de intervenções preventivas da Neoenergia Pernambuco, com foco no Carnaval do Recife de 2025. A concessionária quer garantir que a cidade esteja segura e organizada para o evento, que atrai milhares de turistas.

Mapa de ordenamento de fios de internet no Recife Antigo. Divulgação/Neoenergia.
Mapa de ordenamento de fios de internet no Recife Antigo. Divulgação/Neoenergia.

Fábio Barros ressaltou que essa é apenas a primeira de várias intervenções que a Neoenergia pretende realizar. “Nosso objetivo é monitorar a rede trimestralmente para evitar que os postes voltem a ser ocupados de forma desordenada”, explicou ele.

Até o início das ações em outubro, a empresa promoverá reuniões de alinhamento com as principais operadoras de telecomunicações autorizadas a utilizar os postes. O intuito é fornecer orientações detalhadas sobre os itens de adequação exigidos pelas normas técnicas. Também serão realizados encontros com grandes empresas públicas e privadas que operam no Recife Antigo, com o objetivo de evitar conflitos de informações e garantir o sucesso da operação.

Regularização e normas técnicas

O uso dos postes de energia pelas empresas de telecomunicações, como as que fornecem serviços de telefonia, internet e TV a cabo, é regulamentado pelas resoluções conjuntas da Aneel, Anatel e da Agência Nacional do Petróleo (ANP). As principais regras estão nas resoluções 001/1999, 004/2014 e 1.044/2022 da Aneel.

Essas normas estabelecem que as empresas que utilizam os postes devem estar devidamente regularizadas e cumprir requisitos técnicos e comerciais. A falta de cumprimento dessas normas pode levar à remoção de equipamentos instalados de forma irregular, como está sendo previsto pela Neoenergia.

Encontros com as empresas de telecomunicações

A Neoenergia informou que já iniciou contatos com as empresas que operam no Recife Antigo para garantir que todas estejam cientes das medidas a serem adotadas. Essas reuniões são fundamentais para que as empresas tenham tempo hábil para se ajustar às exigências.

Os encontros também buscam coordenar as ações de ordenamento de forma a evitar interrupções ou transtornos aos serviços prestados. Para os consumidores, a expectativa é de que os serviços de telecomunicação no Recife Antigo se tornem mais seguros e visualmente organizados.

Amazon vai interromper uso de tecnologia de vídeo 4K após derrota judicial no Brasil

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A Amazon está no centro de uma disputa judicial envolvendo a tecnologia HEVC, essencial para compressão de vídeos em HD e 4K. Em resposta a uma liminar da 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro, a empresa americana solicitou 50 dias úteis para cessar o uso dessa tecnologia no Brasil. O prazo anterior, de 30 dias, foi considerado insuficiente para realizar as adaptações necessárias em dispositivos e serviços.

Tecnologia HEVC é usada pela Amazon para comprimir vídeos em alta-definição (4K e HD).

A DivX, uma empresa de tecnologia com sede na Califórnia, moveu o processo. Ela alega que a Amazon vem utilizando o codec HEVC, patenteado pela empresa, sem o pagamento adequado de licenças. Esse codec é amplamente usado para compressão de vídeos em ultra HD e 4K, sendo essencial para a transmissão de conteúdo em alta definição.

A DivX afirma que produtos da Amazon, como o Echo Show, Fire Stick e o Prime Video, utilizam o HEVC sem compensação financeira. Além da Amazon, a DivX já entrou com processos semelhantes contra outras gigantes do streaming, como Netflix. A batalha judicial entre as empresas se arrasta há anos e ocorre em várias jurisdições, inclusive no Brasil.

Inicialmente, a decisão judicial exigia que a Amazon interrompesse o uso da tecnologia em um prazo de cinco dias. Após recorrerem, estenderam o prazo para 30 dias. No entanto, em 26 de agosto, a Amazon pediu mais 50 dias úteis, afirmando que precisa de mais tempo para realizar as mudanças técnicas necessárias.

A empresa justificou o novo pedido citando a complexidade das modificações exigidas. Os dispositivos Echo Show e Fire Stick precisariam de atualizações, e todo o acervo de vídeos em 4K do Prime Video teria que ser recodificado, o que, segundo a Amazon, demanda uma ampla adaptação tecnológica.

Acusações de protelação e impacto no mercado

Carlos Aboim, sócio-fundador do escritório Licks, que representa a DivX no Brasil, acusou a Amazon de utilizar táticas protelatórias. Segundo ele, a empresa estaria apenas ganhando tempo para buscar uma solução que lhe fosse mais favorável, enquanto continua a lucrar com o uso da tecnologia. A Amazon, por outro lado, não fez comentários públicos sobre essas acusações.

Se a decisão for mantida, a interrupção do uso da tecnologia HEVC pode impactar diretamente a experiência de milhões de usuários do Prime Video no Brasil. O codec, que mantém a qualidade de vídeo e minimiza o consumo de dados, afetaria a transmissão de conteúdo em ultra HD e 4K.

Consequências para o mercado de streaming

A decisão de suspender o uso da tecnologia HEVC no Brasil pode gerar um efeito cascata no mercado de streaming. A Amazon é uma das principais provedoras de conteúdo de vídeo sob demanda (VOD), e uma interrupção na sua capacidade de transmitir vídeos em 4K poderia causar prejuízos e abalar sua competitividade no mercado local.

Caso a Amazon não consiga implementar uma solução alternativa a tempo, poderá enfrentar uma queda na qualidade dos serviços oferecidos no Brasil, afetando sua base de assinantes, que conta com milhões de usuários no país.

Além disso, esse cenário abre precedentes para outras disputas jurídicas envolvendo patentes de tecnologia audiovisual no país, afetando também plataformas concorrentes. O mercado de streaming no Brasil é altamente competitivo, com empresas como Netflix, Disney+ e HBO Max disputando a preferência dos consumidores, e todas elas utilizam tecnologias avançadas de compressão de vídeo.

A relevância da MPA na disputa global

Paralelamente à batalha judicial com a DivX, a Amazon anunciou que Prime Video e MGM, seus estúdios recém-adquiridos, se juntarão à Motion Pictures Association (MPA) a partir de outubro. Aliás, a MPA já conta com membros como Disney, Netflix, Sony e Warner Bros., representando os maiores estúdios de cinema e streaming do mundo.

A adesão à MPA pode fortalecer a posição da Amazon em disputas legais globais, já que a associação tem forte influência política e jurídica na defesa dos interesses da indústria audiovisual. A MPA, inclusive, tem atuado no Brasil em debates sobre regulamentação e tributação do streaming, como o PL 2331/22, conhecido como PL do Streaming.

O futuro da Amazon no Brasil

Com o mercado brasileiro sendo estratégico para as grandes plataformas de streaming, a Amazon terá que se adequar rapidamente à nova realidade imposta pela Justiça. Se não conseguir implementar uma solução tecnológica viável, o impacto para seus serviços pode ser profundo, prejudicando sua presença no país.

A resposta da Justiça ao pedido de 50 dias úteis será crucial para o futuro da operação da Amazon no Brasil. Mas caso mantenham a liminar e não estendam o prazo, pressionarão a empresa a adaptar seu sistema ou enfrentar possíveis sanções.

Essa disputa é mais um capítulo da crescente batalha entre gigantes de tecnologia e detentores de patentes em um mercado que, cada vez mais, depende de inovações e direitos de propriedade intelectual. Enquanto a tecnologia avança, os litígios tendem a se intensificar, com repercussões globais e locais.

Operação contra pirataria derruba 675 sites e 14 streamings ilegais

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Em uma ação robusta, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) deflagrou, nesta quinta-feira (19), a sétima fase da “Operação 404”, focada no combate à pirataria digital. Durante a megaoperação, 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegais foram retirados do ar, além do cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão em nove estados brasileiros. A ação resultou em cinco prisões no Brasil, com outros três detidos na Argentina.

Imagem: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública

Ação Internacional de Combate à Pirataria

A “Operação 404”, batizada em referência ao erro de protocolo que surge quando uma página da internet não é encontrada, tem sido uma das maiores ofensivas do governo brasileiro contra a pirataria digital. Nesta sétima fase, a operação envolveu uma colaboração internacional inédita, mobilizando autoridades e órgãos de defesa dos direitos autorais de países como Argentina, Estados Unidos, Reino Unido, Peru e Paraguai.

Entre os alvos da megaoperação estão sites e aplicativos que ofereciam, de forma ilegal, conteúdos como filmes, músicas, séries, eventos esportivos e jogos. O Ministério da Justiça destacou que o principal objetivo é coibir a disseminação de conteúdos que violam os direitos de propriedade intelectual, prejudicando não apenas a economia, mas também a indústria criativa global.

Cooperação Internacional e Parcerias

A operação envolveu a participação de diversas entidades internacionais, como a Unidade Fiscal Especializada em Ciberdelitos da Argentina, a Polícia da Cidade de Londres (Reino Unido), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o Instituto Nacional de Defesa da Propriedade Intelectual do Peru. Também participaram instituições da União Europeia, Premier League e organizações do setor criativo, como a Motion Picture Association (MPA) e a Aliança Contra a Pirataria de Televisão Paga (ALIANZA).

Prejuízos Econômicos e Riscos à Segurança

A pirataria digital gera um impacto econômico significativo, não apenas para o setor de entretenimento, mas também para a economia como um todo. Estimativas indicam que a prática de pirataria de conteúdo causa prejuízos milionários, atingindo diretamente os criadores de conteúdo, músicos, produtores e distribuidores.

Além dos danos econômicos, a pirataria representa um risco real para os consumidores. A operação recente “Redirect”, também coordenada pelo Ciberlab, identificou que muitos dos sites piratas não apenas distribuíam conteúdos sem autorização, mas também espalhavam vírus e malwares nos dispositivos dos usuários. Esse cenário expõe dados pessoais e financeiros a roubos e fraudes cibernéticas.

Foto: Divulgação/MJSP

    Mandados e Prisões

    A ação policial foi conduzida por agentes de nove estados brasileiros, incluindo Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Além dos cinco presos no Brasil, três pessoas foram detidas na Argentina, elevando o número total de prisões para oito.

    Os envolvidos poderão ser indiciados por crimes de violação de direitos autorais, associação criminosa e lavagem de capitais. As penas para esses crimes no Brasil variam de dois a quatro anos de reclusão, além de multas. A prática de pirataria digital é tipificada no Artigo 184 do Código Penal Brasileiro, que prevê punições severas para os responsáveis.

    Etapas da Operação 404

    Desde o seu início, em 2019, a “Operação 404” tem alcançado resultados expressivos no combate à pirataria digital no Brasil e no exterior. Ao longo de suas sete fases, milhares de sites e aplicativos ilegais foram desativados. Confira um resumo das etapas anteriores:

    * Sugestão de vídeo relacionado ao assunto:

    Anatel manda e Cloudflare tira X do ar novamente; rede é multada

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    “Tira casaco, põe casaco”. A Anatel notificou a Cloudflare para derrubar o X (Twitter) no Brasil, em mais um episódio polêmico envolvendo a rede social. Nesta quinta-feira (19), as autoridades tomaram a ação após o X, plataforma comandada por Elon Musk, voltar a operar no país utilizando os serviços da Cloudflare, o que permitiu contornar o bloqueio anterior determinado pelo STF.

    Celular com a logomarca do X com a bandeira do Brasil desfocada ao fundo.

    Anatel notifica Cloudflare e X sai do ar

    A Anatel emitiu uma notificação urgente à Cloudflare, ordenando que a empresa bloqueasse o acesso ao X em território nacional. A medida foi tomada após a rede social ter sido reativada no Brasil na quarta-feira (18), devido a uma mudança técnica que permitiu que a plataforma utilizasse servidores intermediários da Cloudflare, dificultando o bloqueio anterior implementado pelas operadoras de internet brasileiras.

    O X usou a Cloudflare, conhecida por oferecer serviços de segurança cibernética e otimização de desempenho para sites e plataformas digitais, para redirecionar o tráfego por meio de seus servidores distribuídos, tornando o bloqueio quase ineficaz. Então a Anatel considerou essa estratégia uma ‘tentativa deliberada de burlar a decisão judicial’ que exigia a suspensão do serviço.

    Nas redes sociais, algumas pessoas – que se definem como defensoras da “liberdade de expressão” – comemoraram a “estratégia” de Elon Musk para descumprir a ordem judicial, dizendo que agora seria impossível bloquear o Twitter. A Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) chegou a emitir comunicado dizendo que a atitude da empresa “dificulta significativamente qualquer tentativa de bloqueio por parte dos provedores de acesso à internet”.

    Porém, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, declarou que a Cloudflare tem colaborado com as autoridades brasileiras para garantir o cumprimento da ordem do STF e que a plataforma X foi isolada do restante do tráfego mundial e deve permanecer fora do ar até que a situação seja regularizada.

    Rede social leva multa de R$ 5 milhões por descumprimento do bloqueio

    A manobra que permitiu que o X voltasse ao ar não passou despercebida pelas autoridades brasileiras. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, aplicou uma multa de R$ 5 milhões à plataforma, por cada dia que a rede social permanecer ativa em desacordo com as ordens judiciais.

    A penalidade foi estendida à Starlink, outra empresa de Elon Musk, com o objetivo de garantir que as multas sejam pagas, caso o X não cumpra a decisão. Moraes classificou a reativação do X como um “truque” para evitar o bloqueio, violando diretamente a decisão anterior que determinava a suspensão da rede social no Brasil até o cumprimento de todas as exigências legais, incluindo o pagamento de multas e a nomeação de um representante legal no país.

    O STF tem monitorado de perto o comportamento da plataforma. Portanto, as autoridades já impuseram a multa, e a Anatel notificou a Cloudflare, tornando o X inacessível novamente em todo o Brasil.

    Moraes manda PF notificar usuários que continuam usando o X

    Além da multa imposta ao X, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) identifique e notifique os usuários que têm utilizado a rede social no Brasil após o bloqueio. A decisão estabelece que desrespeitar a Justiça ao usar a plataforma em território nacional pode resultar em multas de R$ 50 mil para os infratores.

    A decisão visa coibir o chamado “uso extremado” da rede social, que, mesmo após o bloqueio oficial, continuava sendo acessada por alguns usuários, principalmente por meio de VPNs (redes privadas virtuais) ou, como identificado posteriormente, via servidores intermediários, como os da Cloudflare. Moraes deixou claro que punirá rigorosamente qualquer nova tentativa de burlar o bloqueio, e a Anatel reafirmou que está monitorando essas movimentações de perto.

    Políticos e personalidades públicas que desafiaram abertamente a decisão, como os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, têm usado o X para criticar a decisão e convocar atos políticos, o que reforça a importância da nova ação da Polícia Federal.

    
Comunicado do X sobre o desbloqueio relâmpago da rede social. Rede social diz que está trabalhando para retornar "o mais breve possível" para o Brasil.
    Comunicado do X sobre o desbloqueio relâmpago da rede social. Rede social diz que está trabalhando para retornar “o mais breve possível” para o Brasil.

    Elon Musk cede e diz que vai indicar representantes no Brasil

    Em meio ao cerco das autoridades brasileiras, o X afirmou que está em negociações para regularizar sua situação no país. Depois de meses de impasse, Elon Musk sinalizou que vai nomear um representante legal para atuar no Brasil, o que poderá, eventualmente, desbloquear a plataforma para os usuários brasileiros.

    A decisão de Musk vem após a plataforma ter sido multada em cerca de R$ 18,3 milhões por não cumprir as ordens judiciais, além das novas multas de R$ 5 milhões diários. Segundo o X, a recente reativação da rede social no Brasil foi “involuntária”, resultado de uma mudança na infraestrutura da plataforma, mas a empresa expressou interesse em resolver a questão de forma colaborativa.

    A indicação de um representante legal no Brasil é o último requisito necessário para que o X possa voltar a operar no país, sem restrições. A plataforma tem 24 horas, prazo dado por Alexandre de Moraes, para formalizar essa representação; ou o Brasil não reconhecerá legalmente os advogados da empresa.

    Caras TV está chegando! Canal sobre famosos terá Ilha e Castelo

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    Prepare-se, porque a Caras vai invadir a telinha! Isso mesmo, o Grupo Perfil anunciou que, até o final deste ano, o público poderá acompanhar de perto a vida das celebridades com o lançamento da Caras TV. E não é só isso: além da novidade na TV a cabo, a famosa Ilha de Caras e o Castelo de Caras estão de volta, revivendo os tempos áureos das páginas da revista que fizeram história.

    Diretoria responsável pela Caras TV. Em pé, da esquerda para a direita: Ademir Correa, diretor de conteúdo; Lana Bitu, diretora de marketing publicitário; Fernando Leomil, diretor comercial; Luciana Romano, diretora de marketing operacional; e Filipe Medeiros, diretor financeiro. Sentados, também da esquerda para a direita: Wardi Awada, vice-presidente do Grupo Perfil Brasil; Fabrício Pellegrino, editor-chefe da Caras; e Luis Maluf, CEO do Grupo Perfil Brasil. Imagem: Divulgação/Grupo Perfil.
    Diretoria responsável pela Caras TV. Em pé, da esquerda para a direita: Ademir Correa, diretor de conteúdo; Lana Bitu, diretora de marketing publicitário; Fernando Leomil, diretor comercial; Luciana Romano, diretora de marketing operacional; e Filipe Medeiros, diretor financeiro. Sentados, também da esquerda para a direita: Wardi Awada, vice-presidente do Grupo Perfil Brasil; Fabrício Pellegrino, editor-chefe da Caras; e Luis Maluf, CEO do Grupo Perfil Brasil. Imagem: Divulgação/Grupo Perfil.

    Se você acha que a vida de famoso já está superexposta nas redes sociais, a Caras TV promete trazer uma abordagem diferente. Segundo o CEO do Grupo Perfil, Luis Maluf, o objetivo é “diversificar as fontes de receita e potencializar o impacto das produções”. E como o mercado está sempre ávido por novidades, a revista quer apostar forte no audiovisual.

    Mas o que isso quer dizer na prática? Basicamente, a Caras TV será um canal dedicado a revelar tudo sobre o glamour e a intimidade dos artistas, com programação variada que vai de entretenimento a saúde. E, claro, tudo com aquela vibe sofisticada que a marca Caras sempre teve.

    A volta da Ilha e do Castelo

    Quem se lembra da famosa Ilha de Caras em Angra dos Reis? Por lá passaram inúmeros artistas, que além de curtirem uma estadia com tudo pago, ainda saíam cheios de presentes e até com carro 0km no bolso! Figuras como Juliana Paiva, Nívea Stelmann e Maurício Mattar foram alguns dos sortudos que já voltaram para casa com uma chave novinha em folha.

    E não para por aí! O Castelo de Caras, em Nova York, também retorna com força total. As duas locações, que já foram símbolos do auge do status de celebridade, prometem reacender o interesse do público que ama ver o lado glamouroso da vida dos famosos.

    Caras TV: um novo fôlego para o glamour

    Na era das redes sociais, onde qualquer influenciador consegue milhões de seguidores e o glamour parece mais acessível, o desafio de se manter relevante é grande. A superexposição nas plataformas digitais tornou a vida das celebridades mais pública do que nunca, e isso tirou um pouco do brilho de ser capa da revista. Mas a Caras quer mudar esse cenário.

    Com a Caras TV, o Grupo Perfil quer resgatar o glamour que ficou perdido no meio de tanta selfie e story. A ideia é dar à fama um toque mais exclusivo e mostrar que, mesmo com tantas formas de consumo de conteúdo, ainda há espaço para um canal totalmente focado nas celebridades.

    O Grupo Perfil em expansão

    O lançamento da Caras TV não é o único movimento ousado do Grupo Perfil. A empresa está investindo pesado em novos estúdios de ponta em São Paulo, com tecnologia avançada para produzir conteúdos de alta qualidade. Além disso, com 17 marcas no portfólio, entre elas a própria Caras, Rolling Stone e Contigo!, o grupo já atinge milhões de pessoas por mês na internet.

    E se engana quem pensa que a aposta é só no Brasil. A Caras TV já deu as caras (literalmente) na Argentina e promete repetir o sucesso por aqui. Com um evento de lançamento no badalado Teatro Colón, em Buenos Aires, o canal já conquistou corações e mentes por lá, e agora é só esperar a estreia por aqui, marcada para novembro.

    Milicianos que cortam cabos para forçar internet clandestina se espalham pelo Rio

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    Nos últimos anos, uma prática que já era conhecida em áreas controladas por facções criminosas, como favelas e zonas periféricas do Rio de Janeiro, começou a se expandir para bairros formais da cidade, causando grande prejuízo aos moradores e à infraestrutura urbana. Milicianos estão cortando cabos de telefonia e internet para obrigar a população a contratar serviços clandestinos de internet, operados pelo próprio crime organizado. O esquema tem se tornado uma das principais formas de controle social e financeiro em regiões como Guadalupe e Olaria, afetando milhares de pessoas.

    Cabos de internet cortados pela milícia
    Imagem: Reprodução/TV Bandeirantes

    Segundo as denúncias, os criminosos danificam deliberadamente os cabos de telecomunicações de grandes operadoras e, no lugar, instalam suas próprias redes de internet clandestina, conectadas a centrais controladas por facções ou grupos milicianos. Este tipo de ação impede que as operadoras legítimas possam fornecer serviços de internet ou telefonia, deixando os moradores sem escolha a não ser recorrer aos criminosos para se reconectar. A instalação do serviço clandestino geralmente custa cerca de R$ 100, além de uma mensalidade de R$ 120.

    Expansão para bairros formais e aumento das ameaças

    Se antes a prática era restrita a áreas sob forte influência do tráfico, como favelas, agora os relatos indicam que bairros considerados formais e de classe média também estão sendo afetados. O morador de uma dessas áreas, que pediu para não ser identificado, relata a pressão sofrida: “Eles cortaram todos os cabos da minha rua e apareceram cobrando R$ 100 para instalar um serviço que ninguém sabe de onde vem. Preferi gastar mais e contratar uma internet via satélite, mas nem todos aqui têm essa opção.”

    O crescimento dessa prática tem gerado um alerta sobre a deterioração da segurança pública no Rio de Janeiro. Em várias regiões, as operadoras de telefonia têm recusado enviar técnicos para reparos, alegando ameaças físicas e falta de segurança. Ao ligar para o atendimento, os moradores ouvem mensagens automáticas avisando que as equipes estão impossibilitadas de entrar na região devido às condições perigosas.

    Lavagem de dinheiro e controle social

    A polícia investiga se essa expansão dos serviços clandestinos de internet faz parte de uma estratégia maior de lavagem de dinheiro das facções criminosas e milícias. Com o controle de redes de internet e telefonia, os grupos conseguem não apenas lucrar com a prestação ilegal de serviços, mas também fortalecer sua influência sobre os moradores. A prática de instalar centrais clandestinas é vista como um novo braço da economia do crime, complementando atividades como extorsão e venda de serviços de “segurança”.

    De acordo com dados do setor, mais de 7 milhões de consumidores em todo o Brasil foram afetados por esse tipo de interferência criminosa no último ano, com o Rio de Janeiro sendo uma das cidades mais impactadas.

    Alternativas: internet via satélite

    Com a imposição da internet clandestina, alguns moradores começaram a buscar soluções alternativas. O serviço de banda larga via satélite da empresa Starlink, de Elon Musk, tem sido uma das opções mais procuradas por quem deseja escapar da influência do crime. A tecnologia, antes usada apenas em áreas rurais ou de difícil acesso, está ganhando espaço em zonas urbanas controladas pelo crime.

    “Estou gastando mais de mil reais para instalar a antena e, ainda assim, pago R$ 180 de mensalidade. Mas prefiro isso a ficar refém dos bandidos”, diz um morador de Olaria, que viu sua rua ser dominada pela milícia. Em algumas áreas, o uso da Starlink já é notável, com o Rio de Janeiro se tornando a terceira cidade no Brasil com mais usuários do serviço, atrás apenas de Boa Vista e Manaus.

    O futuro da conectividade no Rio

    Enquanto a polícia e as operadoras de telecomunicações tentam encontrar soluções para combater essa forma de dominação territorial, os moradores do Rio de Janeiro seguem sem respostas claras. A falta de ação efetiva e de segurança pública agrava a situação, deixando a população à mercê do crime. Enquanto isso, o acesso à internet, algo essencial para o trabalho, estudo e comunicação, se torna mais um ponto de disputa em uma cidade cada vez mais fragmentada pela violência.

    Essa nova estratégia criminosa não só reflete a força do crime organizado, mas também expõe a vulnerabilidade das instituições públicas em garantir serviços básicos à população. A investigação das autoridades sobre o envolvimento dos milicianos nesse esquema de lavagem de dinheiro será crucial para tentar frear o avanço dessa prática que ameaça a segurança e a economia digital do Rio de Janeiro.

    * Sugestão de vídeo relacionado ao assunto:

    Nota oficial da ABRINT sobre o desbloqueio do aplicativo X

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    A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT) se posicionou sobre a recente atualização no X, que complicou o bloqueio judicial da plataforma no Brasil. O X passou a utilizar IPs dinâmicos fornecidos pelo serviço Cloudflare, que compartilha endereços com outros serviços importantes, como bancos e grandes plataformas de internet. Essa atitude acabou causando o desbloqueio do X.

    Abrint - Associação de Provedores fala sobre desbloqueio do X

    A ABRINT destaca que qualquer tentativa de bloqueio do Cloudflare pode impactar esses serviços essenciais, afetando negativamente milhares de usuários. Segundo a nota, o novo sistema adotado pela plataforma torna difícil o bloqueio isolado do X, pois os provedores de internet regional enfrentam o dilema de prejudicar outras operações cruciais ao tentarem cumprir as ordens judiciais, complicando ainda mais o desbloqueio do X.

    Para garantir que as sanções impostas ao X não provoquem danos colaterais, a associação diz estar em diálogo constante com a Anatel, que já realiza análises técnicas sobre a questão do desbloqueio do X. A ABRINT também recomenda que os provedores de internet aguardem instruções oficiais antes de tomar medidas individuais.

    Leia a seguir o posicionamento completo:

    A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT) se posiciona em relação às recentes mudanças no aplicativo X e às implicações que essas modificações trazem para os provedores de internet regionais em todo o Brasil.

    O aplicativo X foi atualizado durante a última noite, resultando em uma alteração significativa em sua estrutura de operação. Essa atualização, que já está em funcionamento, passou a utilizar endereços de IP dinâmicos fornecidos pela plataforma Cloudflare, o que dificulta significativamente qualquer tentativa de bloqueio por parte dos provedores de acesso à internet.

    Diferente do sistema anterior, que utilizava IPs específicos e passíveis de bloqueio, a nova estrutura baseada no Cloudflare compartilha IPs com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet. Isso significa que o bloqueio de um único IP poderia comprometer o funcionamento de outros serviços cruciais para o ecossistema digital, o que exige uma análise técnica mais aprofundada e orientações claras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

    A ABRINT reforça que os provedores regionais, que representam mais de 53% do mercado de banda larga no Brasil, estão em uma posição delicada e, por isso, orienta que as empresas não tomem medidas individuais até que haja uma orientação oficial da Anatel. Um bloqueio inadequado poderia impactar negativamente empresas e serviços essenciais, prejudicando milhares de usuários.

    Neste momento, a ABRINT permanece em contato com a Anatel e aguarda as análises técnicas que estão sendo realizadas. A associação continuará informando seus associados e o público sobre qualquer atualização relevante que venha a ser divulgada.

    Elon Musk manipula servidores e X volta a funcionar no Brasil

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    Nesta quarta-feira, 18 de setembro de 2024, os usuários brasileiros do aplicativo X (antigo Twitter) foram surpreendidos: a rede social voltou a funcionar.

    Twitter X volta a funcionar no Brasil após manipulação de servidores no Cloudflare

    Após semanas de bloqueio judicial, o X/Twitter voltou a funcionar para muitos usuários no Brasil, embora a reabertura seja limitada à versão móvel, disponível nas lojas de aplicativos para Android e iOS. Usuários que tentaram acessar a plataforma via navegadores como Google Chrome e Safari continuam a enfrentar problemas de acesso, o que levanta mais perguntas do que respostas.

    O retorno repentino ocorre sem qualquer anúncio oficial por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) ou do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo bloqueio da plataforma em agosto deste ano. Até o momento, não há uma explicação clara sobre o que motivou o desbloqueio parcial, embora algumas especulações liguem a reativação ao pagamento de uma multa pendente.

    O que motivou a volta do aplicativo X?

    Recentemente, o governo brasileiro confiscou cerca de R$ 18,35 milhões da Starlink, empresa também pertencente a Elon Musk, para quitar uma multa imposta ao X. O pagamento dessa multa pode ter facilitado a reativação do aplicativo. No entanto, essa medida não resolve completamente as pendências judiciais, já que o bloqueio inicial estava vinculado à falta de representação legal do X no Brasil, exigida pelo ministro Alexandre de Moraes.

    Embora o pagamento tenha sido feito, não houve anúncio oficial de que o X tenha designado um representante legal no país, o que ainda mantém em vigor a decisão judicial que exige essa nomeação para o pleno funcionamento da plataforma.

    Manobra técnica pode ter causado o retorno

    Enquanto a reativação parcial do aplicativo X tem animado alguns usuários, uma investigação inicial sugere que o retorno pode estar ligado a uma manobra técnica realizada pela empresa de Elon Musk.

    O bloqueio original do X foi direcionado aos endereços IP vinculados à infraestrutura antiga da rede social. Recentemente, a plataforma migrou para a rede de servidores da Cloudflare, uma gigante global de hospedagem de sites, o que tornou o bloqueio tecnicamente mais difícil para as operadoras de internet no Brasil.

    A Cloudflare, responsável por cerca de 20% do tráfego global de internet, hospeda uma ampla gama de plataformas, incluindo muitas empresas brasileiras. Qualquer tentativa de bloquear a Cloudflare como um todo afetaria uma grande quantidade de outros serviços, tornando inviável um bloqueio completo da rede.

    Anatel e STF estão cientes do retorno?

    A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmou estar investigando o retorno da plataforma, e o Supremo Tribunal Federal ainda não emitiu qualquer decisão que tenha revertido o bloqueio anterior. A mudança de IP pode ser interpretada como uma tentativa de Elon Musk de contornar as restrições impostas, mas o fato de a versão web continuar inacessível indica que o bloqueio não foi completamente removido.

    Especialistas em redes acreditam que a decisão agora cabe às autoridades brasileiras. Uma nova ação judicial pode ser emitida contra a Cloudflare para garantir que o bloqueio seja restabelecido de forma mais eficaz. “Uma simples intimação à Cloudflare no Brasil pode garantir que o X seja novamente bloqueado, sob pena de multas diárias”, afirmou uma fonte jurídica que acompanha o caso.

    Assuntos Mais Comentados do Twitter/X na tarde desta quarta-feira (18).
    Assuntos Mais Comentados do Twitter/X na tarde desta quarta-feira (18).

    O que os usuários podem esperar?

    O retorno do aplicativo X ainda é incerto. Embora muitos brasileiros tenham comemorado a reabertura parcial, as restrições ao uso via navegadores e a falta de uma solução judicial definitiva indicam que essa reativação pode ser temporária. A hashtag “O Twitter voltou” rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados na rede social, mostrando o entusiasmo e a expectativa dos usuários brasileiros.

    Lembrando que, por enquanto, a única maneira de acessar a plataforma é por meio do aplicativo móvel.

    Suposta nova afronta de Musk pode acelerar regulação das redes sociais

    O fato de o X ter voltado a funcionar no Brasil, embora inesperado, traz à tona questões sobre as estratégias técnicas e legais utilizadas por grandes empresas de tecnologia para contornar restrições governamentais. Ainda que a rede social tenha voltado a funcionar para muitos usuários, a situação continua indefinida, e as autoridades podem agir a qualquer momento para garantir o cumprimento das decisões judiciais.

    O que o futuro reserva para o X no Brasil ainda é incerto, mas a reativação já está impulsionando novas discussões sobre os limites da regulação digital no país.

    * Sugestão de vídeo relacionado ao assunto:

    Galaxy Ring chega ao Brasil; veja o preço do anel da Samsung

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    O aguardado “Galaxy Ring”, primeiro anel inteligente da Samsung, já está disponível no Brasil a partir desta quarta-feira, dia 18. Com foco em saúde e bem-estar, o anel da Samsung chega como uma opção poderosa e discreta para quem deseja monitorar atividades físicas e dados corporais.

    Galaxy Ring, anel inteligente da Samsung

    Apesar do lançamento recente nos Estados Unidos, onde custa US$ 399 (cerca de R$ 2.240), no Brasil o dispositivo chega com preços mais salgados: R$ 3.149,10 à vista ou R$ 3.499 em até 12 vezes no cartão.

    Para quem possui o cartão Samsung Itaú, é possível parcelar o Galaxy Ring em até 24 vezes sem juros, tornando-o mais acessível para aqueles que preferem dividir a compra.

    Sem concorrência no Brasil

    Diferente de mercados como o dos Estados Unidos e Europa, onde outras marcas como “Oura Ring” e “Evie Ring” já estão bem estabelecidas, o Galaxy Ring da Samsung chega ao Brasil sem concorrentes diretos. Isso coloca a Samsung em uma posição privilegiada para conquistar o público brasileiro interessado em dispositivos vestíveis mais discretos do que smartwatches tradicionais.

    Porém, há uma limitação importante: o Galaxy Ring só é compatível com smartphones Samsung, especialmente os modelos mais recentes que suportam o Galaxy AI. Isso significa que o uso do anel está restrito a usuários da própria linha de smartphones da empresa.

    Funcionalidades e Design

    Com um design elegante e minimalista, o Galaxy Ring mede apenas 7 mm de largura e 2,6 mm de espessura, disponível em três cores: titânio preto, titânio prata e titânio dourado. Ele conta com três sensores embutidos que ficam em contato com a pele do usuário, monitorando diversos aspectos de saúde, como frequência cardíaca, qualidade do sono e ciclo menstrual. Além disso, o anel também é capaz de detectar automaticamente atividades físicas, como caminhadas e corridas.

    A resistência à água é outro ponto forte, permitindo que o anel seja submerso em até 100 metros de profundidade por até 30 minutos, ideal para atividades aquáticas como natação.

    As três opções de cores do Galaxy Ring: titânio prata, titânio preto e titânio dourado. Imagem: Divulgação/Samsung.
    As três opções de cores do Galaxy Ring: titânio prata, titânio preto e titânio dourado. Imagem: Divulgação/Samsung.

    Ajuste perfeito e duração da bateria

    A Samsung oferece uma solução inovadora para garantir que o Galaxy Ring se ajuste perfeitamente: um kit de medição enviado diretamente para a casa dos compradores. Assim, os usuários podem testar diferentes tamanhos, que vão do número 5 ao 13, antes de receberem o produto final.

    A bateria do anel promete até sete dias de uso com uma única carga, dependendo da intensidade das atividades monitoradas. O carregamento é feito por indução, com o anel acomodado em um estojo similar ao de fones de ouvido.

    Tecnologia avançada e IA

    Entre os destaques tecnológicos do Galaxy Ring está a “Pontuação de Energia”, um recurso de inteligência artificial que combina dados de sono, atividade e frequência cardíaca para avaliar o nível de energia do usuário em tempo real. Essa funcionalidade, presente também nos smartwatches da marca, oferece insights personalizados para uma rotina mais saudável.

    * Sugestão de vídeo relacionado ao assunto: