Nesta quarta-feira (08), durante o evento da Associação NEO, que comemora 25 anos, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, falou sobre a revisão do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) e tranquilizou os pequenos operadores (PPPs) sobre as alterações deverão ser feitas em relação aos serviços de banda larga.
Presidente da Anatel, Carlos Baigorri. Foto: Associação Neo
O executivo revelou que a agência poderá deixar de regular o mercado de banda larga fixa no novo PGMC. Segundo ele, “o remédio perdeu sua eficácia, pois o mercado conseguiu superar a barreira de entrada”, pois o avanço dos provedores regionais no país anulou o risco do “abuso do poder de mercado” pelas grandes operadoras. Dessa forma, entende que não faz mais sentido manter regulação assimétrica nesse setor.
No atual PGMC ocorre a identificação dos mercados relevantes que tem falhas de mercado e precisam de regulação da Anatel, que corrige barreiras de entrada de competidores e estabelece regras assimétricas para que as grandes empresas que possuem Poder de Mercado façam ofertas públicas a preços competitivos.
“Essa realidade sem a regulação assimétrica não vai fazer, por exemplo, a Vivo virar PPP, mas sim que ela vai deixar de ser enquadrada como detentora de Poder de Mercado Significativo (PMS) e deixe de precisar fazer ofertas públicas para sua redes de trânsito no sistema da Anatel, o SNOA”, explicou Baigorri.
O presidente chamou a atenção para o fato de que faz muito tempo que “um provedor pediu uma EILD para uma grande operadora. Isso significa que esse segmento deixou de ter problemas”. Para nível de entendimento, a EILD é oferecida pela Anatel como uma forma de aumentar a concorrência no mercado de fornecimento de internet. Com isso, Baigorri diz que chegou a hora de discutir assimetrias estabelecidas pela agência em diferentes regulamentos.
Baigorri também disse que os PPPs não precisam ficar preocupados com a revisão do PGMC, pois não pretende mudar o seu desenho institucional, pró-competição. “A regulação de mercado significativo, das empresas com poder de mercado com assimetria regulatória e proteção das PPPs se mostrou vitoriosa, basta ver os números da banda larga fixa. O modelo não deve ser abandonado, mas sim devemos buscar melhorias“, afirmou.
Segundo Aníbal Diniz, atual consultor da Associação NEO e ex-conselheiro da Anatel, 53% de todas as conexões fixas no país são entregues por pequenos provedores, sendo que 90% das conexões dos provedores regionais de internet é feita com fibra óptica, enquanto que a grandes empresa só entregam a tecnologia para 57% da sua base de clientes.
Para Diniz, as grandes empresas estão concentradas em municípios com população com mais 500 mil habitantes, enquanto que os PPPs lideram nos municípios menores. “Ou seja, os grandes optaram por estar nas grandes cidades e os pequenos não podem ser penalizados por ter levado a conectividade para as localidades mais distantes”, completa.
Por meio de uma postagem em sua conta no X (ex-Twitter), ao qual é dono, o bilionário Elon Musk anunciou uma doação da Starlink, empresa de serviço de internet via satélite, para auxiliar as equipes que trabalham no socorro e resgate das pessoas que foram afetadas com as chuvas no Rio Grande do Sul.
(Doc.Istimewa/pojoksatu)
Ao lamentar a situação da região, Elon Musk afirmou que será feita a doação de 1 mil terminais de satélites para as equipes no estado. “Dada as terríveis enchentes no Rio Grande do Sul, a Starlink doará 1.000 terminais para as equipes de emergência e disponibilizará gratuitamente o uso de todos os terminais da região até que a região se recupere”, escreveu Musk na publicação.
Assim como ele afirma, o acesso ao serviço será totalmente gratuito até que a situação na região esteja completamente estabilizada. “Espero o melhor para o povo do Brasil”, concluiu o bilionário.
O anúncio do também dono da Starlink vem acompanhado de um vídeo gravado pela modelo Gisele Bündchen pedindo ajuda para seu estado natal. “Meu estado natal, no Rio Grande do Sul, no Brasil, teve a pior tragédia de sua história. Fortes chuvas inundaram cidades inteiras. Na maior parte do estado, não é uma ou duas cidades, são mais de 350”, afirmou Gisele.
No vídeo, Gisele discorre que “As pessoas não estão apenas perdendo suas casas, seus empregos, estão perdendo tudo. E há muitos ainda a serem resgatados”, continuou. “Ninguém estava pronto para essa devastação. Cidades estão isoladas, estradas e pontes destruídas”.
“As pessoas não têm eletricidade, [estão] sem água limpa para beber. E muitos foram separados de seus entes queridos. E o mais triste é que muitas vidas foram perdidas. É doloroso, é de partir o coração. Então, por favor, junte-se a mim na tentativa de ajudar. Faça doações e ajude da maneira que puder”, concluiu.
Confira a postagem:
Given the terrible flooding in Rio Grande do Sul, @Starlink will donate 1000 terminals to emergency responders and make usage for all terminals in the region free until the region has recovered.
A Walt Disney Company e a Warner Bros. Discovery são rivais no mercado do entretenimento há muito tempo, mas as empresas estão preparando uma união para se ajudarem nos Estados Unidos. O objetivo é o lançamento de um plano de assinatura de serviços de streaming Disney+, Hulu e Max (HBO Max) para os clientes norte-americanos.
Crédito da imagem: Ideograma / Registro pop
De acordo com comunicado, as empresas afirmaram que o produto deverá ser lançado durante o verão estadunidense. Ainda não divulgaram qual será o preço, mas que a venda estará nos sites das três plataformas e os clientes poderão se inscrever para pacotes em todas as três plataformas individuais em formato sem anúncios ou com suporte de anúncios.
Pelas informações, a união se trata apenas da oferta de um plano de assinatura único que oferecerá acesso aos três serviços de streaming. Ou seja, os aplicativos e conteúdos permanecerão separados. Não existirá uma aba da Max dentro do Disney+ e vice-versa, por exemplo.
Jabe Perrett, CEO da Warner Bros. Discovery e presidente da Global Streaming and Games declarou: “Esta nova oferta fornecerá aos consumidores a melhor coleção de entretenimento com o melhor valor de streaming e ajudará a impulsionar o aumento do crescimento de assinantes e uma retenção mais forte”.
No comunicado, a Walt Disney Company e a Warner Bros. Discovery garantem que irão oferecer “o melhor valor em entretenimento e uma seleção sem precedentes de conteúdo das maiores e mais queridas marcas de entretenimento, incluindo ABC, CNN, DC, Discovery, Disney, Food Network, FX, HBO, HGTV, Hulu, Marvel, Pixar, Searchlight, Warner Bros. e muitos mais”.
As empresas ainda planejam lançar um pacote de streaming envolvendo esportes, com previsão de estreia entre setembro e dezembro, nos EUA. Essa semana, a Disney anunciou que está adicionando um bloco ESPN à sua plataforma antes do lançamento completo do serviço de streaming independente para a gigante da transmissão esportiva. O CEO Bob Iger falou que o bloco dá acesso a “jogos ao vivo selecionados” e programação subsequente no Disney+.
O plano de streaming em conjunto será disponibilizado apenas nos Estados Unidos. Ainda não há informações se será expandido para outros países e territórios.
O Grupo Multi, antigamente conhecido Multilaser, anunciou nesta quarta-feira (08) uma parceria com a Oppo, uma fabricante chinesa de smartphones, para fabricar e distribuir com exclusividade os aparelhos celulares da marca. “Nessa parceria, a responsabilidade pelo marketing, trade marketing e posicionamento do produto no mercado é atribuição do parceiro”, afirma a empresa em comunicado aos acionistas.
De acordo com a empresa, seus smartphones são comercializados em 60 países e chegaram ao Brasil em meados de 2022, mas são modelos importados da China. O primeiro aparelho da marca foi lançado em 2008.
Dados de abril da consultoria IDC apontou que a Oppo vendeu 25,2 milhões smartphones no mundo no primeiro trimestre do ano, representando 8,7% de participação no mercado. Houve uma queda no market share, uma vez que um ano antes, tinha 10,3% de participação global.
Chegada de novos smartphones OPPO
No mesmo dia do anúncio da parceria, a Oppo anunciou a chegada de três novos smartphones no Brasil: Oppo A58, Oppo A79 e Oppo Reno 11F. O modelo A58 está sendo comercializado por R$ 1.439,20, enquanto o A79 é vendido a R$ 1.870.
O modelo OPPO Reno 11F 5G foi apresentado nesta semana durante um evento em São Paulo. A expectativa é que ele comece a ser vendido no final de maio, mas ainda não teve o valor divulgado.
Os smartphones começam a ser vendidos pela varejista Malagu a partir de hoje (09), em mais de 140 lojas em cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em comunicado, Bernardo Pontes, diretor comercial do Magalu, aposta no sucesso de vendas dos aparelhos celulares Oppo. “Os aparelhos têm todas as características que o brasileiro mais procura, na hora de comprar um celular: tela grande, câmera de qualidade. Com certeza, chegam para competir seriamente no mercado”, afirma.
As fortes chuvas que tem acometido o Rio Grande do Sul na última semana tem deixado milhares de pessoas ilhadas e sem comunicação. De acordo com entidades que representam pequenos provedores de internet, estima-se que as chuvas causaram a destruição de 600 mil conexões de banda fixa no RS, o que representa 30% dos acessos fornecidos por prestadores de pequeno porte no estado.
Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil
O presidente da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa, durante seminário em comemoração aos 25 anos da Associação Neo, afirma que “A estimativa é que são mais de 140 pontos de rompimentos no estado do Rio Grande do Sul. Lá, são cerca de 3,5 milhões de acessos em banda larga fixa, dos quais 1,5 milhão nas empresas grandes e 2 milhões em PPPs. E existe uma primeira estimativa de que mais de 600 mil acessos, portanto 30%, foram destruídos. Vai ter um enorme trabalho para reconstrução”.
No início da semana, a Unifique informou que as chuvas no RS deixaram cerca de 23 mil clientes da sua base sem conexão ao serviço de internet por fibra óptica, o que representa 3% do total de acessos da companhia e 15% do total de acessos da empresa no estado gaúcho, segundo o comunicado divulgado ao mercado.
Desde então, a empresa revelou que desde os eventos climáticos em setembro do ano passado vem removendo Pontos de Presença (PoPs) de áreas suscetíveis a ocorrências, o que resultou em um minimização das perdas no caso atual.
Telefonia móvel
Nesta quarta-feira (08), a Agência Nacional de Telecomunicações divulgou um boletim sobre a disponibilidade dos serviços nos municípios dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em Santa Catarina, 278 dos 295 municípios no total estão sem afetação no serviço, enquanto que 17 estão com afetação parcial, onde há ao menos uma prestadora com sinal.
Vale ressaltar que todos os dias a Anatel solta um boletim atualizado sobre a disponibilidade do serviço móvel. Essa última foi um boletim de 07 de maio, às 17hs.
A iez! telecom (antiga Cloud2U) firmou uma parceria com a Algar Telecom, empresa de TI e telecom do Grupo Algar, que passará a compartilhar seus serviços de Core as a service, e possibilitará a ampliação da cobertura de 5G das duas empresas.
Imagem: Canva
Com o acordo que foi formalizado em março, a empresa do Grupo Greatek poderá usar a infraestrutura da Algar Telecom, o que também contribuirá para a instalação da sua infraestrutura 5G em três estados da região Sudeste.
A iez! telecom foi uma das vencedoras da licença regional do 5G para operar nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo (exceto setor 3) com a frequência de 3,5 GHz em uma faixa de 80 MHz. O setor 3 do Plano Geral de Outorgas foi adquirido pela Algar no mesmo certame.
Conforme o contrato entre as empresas, a operadora regional utilizará a infraestrutura do Core de Rede da Algar Telecom como fornecedora de serviços de tarifação, provisionamento, NOC (Network Operations Center) e data center.
Esse modelo de serviço é novo na Algar Telecom. Em comunicado, a empresa conta que a parceria foi viabilizada em razão de investimentos em uma nova plataforma de core de rede, que funciona na modalidade “As a Service” (como um serviço, em tradução livre). Isso permite que o sistema, antes restrito para os seus clientes, seja oferecido para parceiros de negócios.
“A modalidade As a Service traz um custo menor aos parceiros, uma vez que eles não precisam contratar todas as plataformas, possibilitando que eles foquem seus investimentos no plano de negócio e na captação de clientes”, ressalta Leovaldo Martins, diretor da InfraCO da Algar Telecom.
Segundo o CEO da iez! telecom, Rafael Gmach, a telecom vai se dedicar a levar o serviço a consumidores, empresas, hospitais e escolas de áreas menos urbanizadas. “A parceria com a Algar Telecom nos permite levar a revolução do 5G para os interiores de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo”, destacou o executivo,
“Acreditamos que a tecnologia deve ser uma ferramenta de igualdade, e estamos dedicados a transformar esse acesso em realidade tanto para as famílias quanto para empresas, hospitais e escolas das áreas menos urbanizadas destes três Estados para que, desta maneira, todos possam alcançar e usufruir das tecnologias avançadas e impulsionar suas atividades pessoais e profissionais”, afirma Gmach.
Nesta quarta-feira (08), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, anunciou que vai disponibilizar uma linha de crédito específica com os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para a reconstrução da infraestrutura de rede nos locais afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Foto: Kayo Sousa
A medida foi aprovada pelo Conselho Gestor do Fust e será feita a partir de uma atualização no caderno de projetos, não reembolsáveis. Inicialmente não há restrição de quais empresas poderão fazer uso do recurso. O ministro afirma que o benefício é destinado a todas áreas que estão em estado de calamidade pública.
“Nosso objetivo é garantir que as empresas, sejam elas grandes ou pequenas, possam restabelecer os serviços de comunicação. Temos confiança na resiliência do povo gaúcho e em sua capacidade de superação e nos comprometemos a apoiá-los na retomada da conectividade e na normalização das comunicações”, disse Juscelino.
O projeto será formalizado nos próximos dias, admitida a possibilidade das prestadoras formarem grupos para solicitação coletiva. Os recursos serão operacionalizados por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com juros abaixo do mercado.
A linha de crédito disponibilizada pelo Fust é uma resposta à solicitação das próprias empresas, em especial aos provedores que atuam no Rio Grande do Sul. A demanda foi apresentada pela InternetSul em reunião com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na última semana. O Fust é um fundo direcionado para as iniciativas que buscam universalizar a conectividade, e atualmente está à disposição R$ 1,07 bilhão para novos projetos.
Junto com a Telebras, a pasta disponibilizou 34 antenas de emergências para apoiar as equipes de resgate, centros de Comando de Crise, hospitais de campanha e abrigos com internet de banda larga nas regiões atingidas pelas enchentes.
Entre outras ações está a parceria com os Correios para tornar as agências ponto de recolhimento de doações. A ação começou na segunda-feira (6) e já arrecadou 600 toneladas. Além disso, a estatal vai transportar gratuitamente mais de 50 toneladas de roupas e calçados apreendidos pela Receita Federal para a Defesa Civil gaúcha.
As receitas essenciais compuseram 72% desse montante, evidenciando sua robustez e vitalidade. As residências conectadas com FTTH retomaram seu crescimento, demonstrando uma promissora resiliência.
Houve uma redução conjunta de 13,9% nos gastos totais, fruto de medidas eficazes e diligentes. O investimento em novos projetos diminuiu expressivamente em 36,4%, revelando uma gestão prudente e criteriosa.
A operadora destaca também que a aprovação do Plano de Recuperação Judicial, após intensas negociações, traz uma sensação de estabilidade e confiança renovada, solidificando a viabilidade e sustentabilidade da empresa.
Destaques das operações no Brasil no 1T24 da Oi
A Nova Oi teve uma receita líquida de R$2,2 bilhões, o que foi uma queda de 12,9% em relação ao mesmo período do ano passado e de 4,2% em relação ao trimestre anterior. Isso aconteceu principalmente devido à diminuição rápida dos serviços menos importantes, como os antigos serviços de cobre, TV via satélite e outros serviços não essenciais.
Por outro lado, os serviços principais, como Oi Fibra e Oi Soluções, representaram mais de 72% da receita total. Os gastos operacionais e de investimento também diminuíram, graças a esforços contínuos para reduzir custos e investir de forma mais eficiente, especialmente na expansão da fibra ótica.
Excluindo os custos de aluguel e seguros relacionados ao crescimento da fibra, a redução nos custos foi de 13,9% em comparação com o ano anterior.
Receita líquida da Oi Fibra
No primeiro trimestre de 2024, a Oi Fibra teve uma receita líquida de R$1,1 bilhão, mantendo-se estável em comparação com o mesmo período do ano passado. Isso foi possível devido à sua grande base de clientes, com 4 milhões de casas conectadas. Embora a concorrência tenha aumentado devido ao cenário econômico desafiador em 2023, a Oi Fibra conseguiu manter sua liderança no mercado de fibra, com 26,8% de participação e uma forte presença em 300 cidades, oferecendo um serviço bem avaliado pelos clientes.
Durante este período, o número de casas conectadas aumentou ligeiramente, com 16 mil novas adições, graças à estratégia de expansão comercial implementada no ano anterior. Além disso, a Oi Fibra foi patrocinadora oficial do programa Big Brother Brasil 2024, usando isso para aumentar sua visibilidade e atingir mais clientes.
Oi Soluções
A Oi Soluções teve uma receita líquida de R$475 milhões, o que é 18,9% menor do que no ano anterior e 12,1% menor do que no trimestre anterior. Isso aconteceu porque o setor está mudando, e menos pessoas estão usando os serviços tradicionais de tecnologia de cobre.
Para ganhar mais dinheiro, a empresa está sendo mais seletiva ao negociar e focando em serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que representaram 29,3% da receita no trimestre.
Mesmo assim, as receitas de TIC também diminuíram, principalmente porque a empresa está sendo mais seletiva nas vendas e vendendo menos equipamentos, concentrando-se em áreas com maior potencial de crescimento.
O outro lado: custo e despesas
No primeiro trimestre de 2024, os custos e despesas totalizaram R$2,4 bilhões, com aumento anual de 3,1%, mas sem variação trimestral significativa. Despesas com pessoal caíram 12,8% em relação ao ano anterior, mas subiram 1,0% em relação ao trimestre anterior, devido a uma reestruturação.
Custos de interconexão aumentaram 12,3% em relação ao ano anterior, mas caíram 9,6% em relação ao trimestre anterior.
Já os gastos com serviços de terceiros diminuíram 15,6% em relação ao ano anterior e 10,5% em relação ao trimestre anterior. E os custos de manutenção da rede caíram drasticamente, enquanto os gastos com publicidade e aluguel aumentaram.
No geral, os custos e despesas da companhia tiveram uma pequena redução em comparação com o ano anterior e o trimestre anterior, devido a iniciativas de eficiência.
EBITDA – Lucro Líquido
No primeiro trimestre de 2024, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) das operações brasileiras da Oi foi de R$201 milhões, o que foi pior do que no mesmo período do ano passado e também em comparação com o trimestre anterior.
Segundo a companhia, isso aconteceu principalmente devido à queda nas receitas de serviços não essenciais, especialmente aqueles que usam tecnologia de cobre, por causa das regras que limitam sua lucratividade, e ao crescimento mais lento dos serviços de fibra óptica em 2023, afetado pelo cenário econômico e pela competição, além dos custos crescentes com a infraestrutura de fibra.
Os gastos com depreciação e amortização foram de R$238 milhões no primeiro trimestre de 2024, o que foi uma redução de 25,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior e de 57,5% em relação ao trimestre anterior.
A redução em comparação com o ano anterior foi devido à perda de valor de alguns ativos não essenciais no final de 2022 e 2023, apesar do início de um novo contrato de arrendamento para torres de telecomunicações no terceiro trimestre de 2023, após a venda desses ativos.
E em relação resultado financeiro líquido, as despesas financeiras totalizaram R$2,4 bilhões, aumentando em comparação com o ano anterior e com o trimestre anterior. Esse aumento foi causado principalmente pela variação do câmbio, com o Real se desvalorizando em relação ao Dólar, e pela obtenção de parte do financiamento DIP, o que gerou mais despesas com juros.
Investimentos e endividamento: qual o atual cenário da Oi?
O dinheiro que a empresa recebeu das suas operações foi R$341 milhões menor do que o que ela gastou. A eficiência nos investimentos compensou um pouco, mas o lucro operacional foi afetado principalmente pelos custos de manter as operações antigas e pelos gastos com a expansão da rede de fibra.
Investimentos
A Oi relata que investiu R$139 milhões. A maior parte desse dinheiro (84%) foi destinada às operações principais da empresa. Houve uma redução significativa nos investimentos, tanto em comparação com o ano anterior (36,4% menos) quanto em relação ao trimestre anterior (25% menos).
Isso aconteceu porque a empresa conseguiu ser mais eficiente ao usar seus recursos, especialmente em suas operações principais. Graças a isso, o valor dos investimentos em relação à receita foi o mais baixo já registrado pela empresa, representando apenas 6,4% da receita no primeiro trimestre de 2024.
Endividamento
No começo de 2024, a dívida total da empresa chegou a R$27,5 bilhões, aumentando em relação ao ano passado e ao trimestre anterior. Isso aconteceu principalmente porque a empresa pegou um empréstimo chamado DIP e acumulou juros das dívidas que são pagas com mais dívida, chamadas de PIK. A maior parte dessa dívida está em moeda estrangeira.
A quantidade de dinheiro que a empresa tinha em caixa diminuiu um pouco no primeiro trimestre de 2024, ficando em R$2,1 bilhões. Mas ela teve um saldo positivo de R$93 milhões em dinheiro disponível, em parte devido a prazos maiores para pagar fornecedores durante as negociações para reestruturar a empresa.
Os aluguéis das torres usadas nos serviços da empresa e os contratos de satélite para a TV DTH ficaram estáveis em relação ao trimestre anterior. A empresa também usou menos dinheiro reservado para despesas legais e taxas, principalmente porque houve menos pedidos de devolução de dinheiro no período.
A empresa teve um saldo positivo de R$22 milhões em operações que não são consideradas centrais para o seu negócio, principalmente devido à venda de ativos como o UPI Data Center. E suas operações financeiras geraram um saldo positivo de R$544 milhões, em parte devido ao empréstimo DIP, mesmo tendo que pagar juros desse empréstimo.
O Bob Iger, CEO da Disney, anunciou que alguns conteúdos esportivos ao vivo e programas de estúdio da ESPN serão disponibilizados no Disney+ ainda este ano. Assinantes do ESPN+ também terão acesso a esse conteúdo por meio de um novo bloco no streaming, unificando tudo em um único aplicativo.
Este é o primeiro passo para integrar a ESPN ao Disney+, preparando o lançamento do serviço de streaming ESPN autônomo para 2025. Veja a fala de Iger:
“Até o final deste ano, adicionaremos um bloco ESPN ao Disney+, dando a todos os assinantes dos EUA acesso a jogos ao vivo selecionados e programação de estúdio dentro do aplicativo Disney+. Vemos isso como um primeiro passo para levar a ESPN aos telespectadores do Disney+, à medida que preparamos o lançamento de nosso serviço de streaming ESPN autônomo aprimorado para o outono de 2025.”
Embora tenha sido anunciado por Iger, ainda não foram revelados detalhes específicos sobre os jogos que serão oferecidos no serviço de streaming, nem foi estabelecida uma data exata para o lançamento desses conteúdos. No entanto, foi mencionado que uma seleção “modesta” de programação da ESPN estará disponível.
A Disney está fazendo investimentos significativos no mercado de esportes, e é importante destacar que ela está colaborando com a Fox Sports e a Warner Bros. Discovery para lançar um novo serviço de streaming focado nesse setor.
Este serviço tem previsão de lançamento ainda este ano. Ele oferecerá uma ampla gama de conteúdo, incluindo jogos das principais ligas esportivas dos Estados Unidos, como a NFL (futebol americano), MLB (beisebol), NHL (hóquei no gelo) e NBA (basquete).
Esta iniciativa visa atender à crescente demanda por acesso a eventos esportivos ao vivo e conteúdo relacionado através de plataformas de streaming, proporcionando aos fãs uma maneira conveniente de acompanhar seus esportes favoritos em qualquer lugar e a qualquer momento.
Durante a reunião de divulgação dos resultados financeiros, a Disney anunciou uma conquista significativa: seus serviços de streaming finalmente entraram em território lucrativo nos mercados dos Estados Unidos e Canadá.
O relatório de ganhos da empresa, abrangendo tanto o Disney+ quanto o Hulu, revelou que ambos os serviços juntos geraram uma receita combinada de US$ 47 milhões no último trimestre. Esse marco é particularmente notável, pois marca a primeira vez em quatro anos e meio desde o lançamento desses serviços que a Disney atinge um nível de lucratividade.
Os recursos não reembolsáveis serão destinados a conectar 1.396 escolas públicas nas regiões Norte e Nordeste, visando proporcionar internet de alta velocidade e qualidade. Este projeto está alinhado com as metas do Novo PAC, que busca conectar todas as escolas públicas até 2026. O número de escolas beneficiadas pode aumentar para mais de 1700, dependendo do ágio do edital.
“Esses recursos estão sendo direcionados para levar internet de alta velocidade e qualidade para escolas públicas, conectar pequenas propriedades rurais e muitas outras iniciativas importantes. Aprovamos o uso de fundos não reembolsáveis para conectar 1.396 escolas públicas, um movimento que está em sintonia com as metas do Novo PAC de conectar todas as escolas públicas até 2026”.
Camilo Santana afirmou queo objetivo é promover a conectividade nas escolas como parte da inclusão digital, especialmente em regiões desfavorecidas, visando atrair os jovens para a educação em um mundo cada vez mais conectado. O presidente Lula lidera essa iniciativa, que visa equipar as escolas com Wi-Fi e banda larga para fins pedagógicos, contribuindo para a construção da cidadania digital.
“Para a gente atrair o jovem para a escola, no mundo conectado hoje, nós precisamos garantir a conectividade nas escolas. O Brasil é um país muito desigual. O Norte brasileiro tem a metade da conectividade das escolas do Sul do Brasil. Então, o presidente Lula procurou unir vários ministérios, liderado pelo Ministério das Comunicações, responsável por levar conectividade. Para que até o final de 2026, todas as escolas públicas desse país estejam conectadas, com fins pedagógicos, com banda larga. É todo um processo para fazer e construir cidadania digital na escolas”.
Recursos do Fust foram repassados ao BNDES para projetos de conexão em escolas sem acesso à internet ou com acesso inadequado para fins educacionais.
O presidente do BNDES ressaltou a importância da conectividade na inclusão digital para a educação, especialmente evidenciada durante a pandemia, onde muitas crianças e jovens ficaram sem estímulo educacional devido à falta de acesso à internet. Isso impulsionou a utilização dos recursos do Fust, que estavam parados por anos, para promover avanços significativos nessa direção.
Quando aprovada a lista de instituições e as diretrizes técnicas para a conexão digital nas escolas, o próximo passo é lançar um edital para selecionar empresas de telecomunicações que instalarão e operarão a infraestrutura digital.
Este edital faz parte do Fust, com recursos de R$ 63 milhões, para conectar todas as escolas públicas até 2026, conforme o Novo PAC. O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Tercius, destacou a importância desse passo para a conectividade nacional.
“Este edital das escolas é uma nova modalidade do Fust de recursos não reembolsáveis. Esta é primeira leva com este edital de R$ 63 milhões de recursos para atender as diretrizes do Novo PAC, que tem como objetivo a conexão de todas as escolas públicas do Brasi. até o fim de 2026. Vamos celebrar o lançamento dessa operacionalização inédita para a conectividade dos brasileiros”.
Confira o número de escolas contempladas por estado:
NORTE
Acre: 76 Amazonas: 450 Amapá: 2 Pará: 527
NORDESTE
Bahia: 59 Maranhão: 99 Paraíba: 183
O Ministério das Comunicações também propôs uma alteração no decreto do Fust para permitir que as operadoras de telecomunicações usem até 50% do que devem ao fundo para investir na conectividade de escolas públicas. Isso pode resultar em um investimento de até R$ 1,1 bilhão até 2026, proporcionando internet de banda larga e wi-fi em 25 mil escolas públicas de ensino básico.