20/12/2025
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Telecomunicações temem mais a regulação do que a cibersegurança

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Um estudo abrangente realizado pela empresa de auditoria BDO revela que o setor de Telecomunicações está enfrentando novos desafios. Comparando com o estudo anterior, conduzido em 2022, as empresas identificaram sete pontos críticos adicionais que demandam atenção especial. No entanto, há uma perspectiva positiva para o crescimento do setor, estimado em US$ 1,5 trilhão, representando um aumento de 2,8% em relação a 2022.

Telecomunicações

O estudo consultou 63 empresas globalmente, incluindo 29 da Europa, Oriente Médio e África, 22 das Américas (com 4 do Brasil) e 12 da Ásia/Pacífico. Utilizando os relatórios anuais das empresas como base, o estudo buscou garantir a confiabilidade dos dados através da coleta e análise de 46 fatores de risco na edição de 2022. No atual ano, foram identificados sete novos fatores de risco, totalizando 53.

Esses fatores de risco podem ser genericamente relevantes para toda a economia ou para uma parte significativa dela, impactando negócios em diversas indústrias. Além disso, há riscos específicos da indústria de telecomunicações que também foram destacados, ampliando a compreensão dos desafios enfrentados por esse setor em particular.

As empresas do setor enfrentam diversos desafios, sendo o maior risco identificado relacionado a mudanças em leis e regulamentos fiscais, apontado por 77,8% das empresas. Em segundo lugar, destacam-se preocupações com legislação governamental extensa e em constante crescimento (76,2%), seguidas por questões de cibersegurança (71,4%) e mudanças climáticas.

No âmbito macroeconômico, os dois principais riscos mencionados são a volatilidade cambial e a instabilidade política, ambos com uma taxa de 57,1%. Logo em seguida, as taxas de juros também são destacadas, com 52,4%.

Além desses riscos tradicionais, foram identificados sete novos fatores de preocupação. Estes incluem desafios relacionados à conformidade com confidencialidade e privacidade de dados, paralisações não planejadas que podem causar interrupções nos negócios, ameaças à segurança física e infraestrutura, interrupções devido a condições instáveis na cadeia de suprimentos, complicações decorrentes de fusões, aquisições e integrações, mudanças nas expectativas dos clientes devido à transformação digital, e preocupações com a sucessão de liderança e as normas éticas.

Estes fatores emergentes adicionam uma camada adicional de complexidade aos desafios enfrentados pelas empresas do setor, exigindo uma abordagem estratégica para mitigar esses riscos.

Dario Lima, sócio da BDO especialista no setor, afirma que transformações na regulação, maior concorrência, instabilidade política e volatilidade cambial são alguns dos motivos que se mostram como maiores riscos para as telecoms nas Américas.

“Importante destacar as particularidades da região, uma vez que três dos cinco fatores de maior risco identificados para as Américas não aparecem no Top 5 global: judicialização, concorrência e instabilidade política”, complementou.

O documento também apresenta as medidas adotadas pelas empresas para reduzir os riscos. As organizações concentram seus esforços preventivos principalmente nos desafios regulatórios, na segurança cibernética e nas ameaças relacionadas a alterações climáticas.

Google lança AI com mais recursos que a versão avançada do ChatGPT

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Esta semana, o Google lançou seu mais recente modelo de inteligência artificial chamado Gemini. Este modelo não apenas é capaz de interpretar texto, mas também possui a capacidade de compreender vídeos e fotos. O destaque dessa tecnologia está na promessa de oferecer recursos mais avançados de raciocínio e compreensão em comparação com outros modelos, incluindo o ChatGPT-4 da OpenAI.

Gemini

Conforme relatado pelo New Atlas, o desempenho do Gemini foi testado por meio do teste de compreensão massiva de linguagem multitarefa (MMLU). Nesse teste, o Gemini alcançou uma impressionante pontuação de 90%. O MMLU envolve a resolução de problemas em diversas disciplinas, como matemática, física, história, direito, medicina e outras, demonstrando a capacidade abrangente do Gemini em lidar com uma ampla gama de tarefas e informações. Esse resultado posiciona o Gemini como um modelo altamente competente e eficiente em contextos diversos.

Com este desenvolvimento, a inteligência artificial (IA) desenvolvida pela Google superou o GPT-4, que é um modelo de linguagem amplamente utilizado pelo ChatGPT. O GPT-4 obteve uma pontuação de 86,4%, enquanto especialistas humanos alcançaram 89,8%.

O novo modelo, conhecido como Gemini, destaca-se por ser uma IA multimodal. Isso significa que ele é capaz de compreender não apenas texto, mas também informações visuais e auditivas.

Em um vídeo demonstrativo fornecido pela Google, é evidenciado que o Gemini tem a capacidade de interpretar o conteúdo visual das imagens, oferecendo informações e sugestões com base no que é apresentado. Essa habilidade de compreensão multimodal representa um avanço significativo, permitindo que a IA processe e analise informações de maneira mais abrangente, comparando-se não apenas a modelos de linguagem, mas também à capacidade humana de compreensão.

Em um outro vídeo recente, os cientistas da DeepMind, o laboratório de inteligência artificial do Google, apresentaram uma demonstração notável do seu modelo, chamado Gemini. Nessa demonstração, foi evidenciado que o modelo é capaz de criar autonomamente seu próprio código para ler e interpretar uma extensa quantidade de 200.000 estudos científicos. Esse processo envolve a capacidade do modelo de agrupar e filtrar dados de maneira eficiente.

A equipe de pesquisa expressa sua confiança de que essa ferramenta terá relevância significativa em diversas áreas, destacando especialmente sua utilidade no campo do direito, onde a análise de grandes conjuntos de dados é uma necessidade comum.

Além disso, o Google relata que o Gemini possui habilidades para programação e é fluente em várias linguagens, incluindo Python, Java, C++ e Go. Em um projeto específico chamado AlphaCode2, o modelo foi empregado para gerar um impressionante número de um milhão de trechos de código. Subsequentemente, ele analisou o desempenho desses códigos, identificando possíveis “correções” ou melhorias. Esse aspecto do projeto destaca a versatilidade e o potencial do Gemini não apenas na interpretação de dados científicos, mas também no auxílio à programação e otimização de códigos.

Ministério das Comunicações libera sinal da EBC para 11 cidades

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O Ministério das Comunicações (MCom) concedeu autorização à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para realizar o serviço de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada (FM) em 11 municípios brasileiros. Essa autorização foi formalizada por meio da publicação de portarias no Diário Oficial da União (DOU). Essa liberação do ministério aconteceu nesra sexta-feira, dia 8 de dezembro.

Rádio

Os estados mais beneficiados com essas autorizações foram de duas distindas regiões do Brasil: Mato Grosso do Sul e Alagoas. No Mato Grosso do Sul, os municípios contemplados foram Dourados, Corumbá e Andradina. Já em Alagoas, as cidades beneficiadas foram Batalha, Marechal Deodoro e Penedo.

Isso significa que os moradores dessas localidades agora terão acesso ao serviço de Radiodifusão Sonora em FM, proporcionando uma ampliação da oferta de conteúdo radiofônico nesses locais. Essa medida contribui para o fortalecimento da comunicação e acesso à informação nessas regiões específicas.

A relação de beneficiados abrange também os residentes de Palotina (PR), Brasília (DF) e Niterói (RJ), assim como os cidadãos dos municípios de Januária (MG) e Poço Redondo (SE). Nesse contexto, um contingente populacional de aproximadamente 4 milhões de habitantes passa a ter a oportunidade de desfrutar de acesso facilitado a informações, atividades culturais e opções de lazer.

É crucial ressaltar que o desempenho operacional de cada estação está estritamente vinculado à obtenção de autorização para a utilização da radiofrequência, bem como à emissão da licença de funcionamento correspondente. Essas medidas são essenciais para garantir a conformidade legal e a regularidade das operações, promovendo um ambiente de transmissão seguro e eficaz.

UFMunicípio Canal 
-AL Batalha 260
ALMarechal Deodoro 236
AL Penedo 244
DFBrasília 194
MG Januária 217
MS Corumbá 231
MSDourados 219
MSNova Andradina 196
RJ Niterói 194
SEPoço Redondo 207
PR Palotina 237

Mais de 800 cidades tem antenas apenas para 2G e 3G, diz Abinee

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A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou recentemente que 817 cidades no Brasil possuem antenas para as tecnologias 2G e 3G. Segundo a Abinee, essas cidades têm uma infraestrutura mais voltada para o 2G e 3G em comparação com a internet 4G, o que está gerando preocupações.

2g e 3g

A Abinee participou de uma consulta pública da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a implementação do 5G e o desligamento das antenas 2G e 3G. A preocupação da Abinee é compartilhada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo a Anfavea, 19,81% da frota nacional de veículos utiliza as redes 3G e 2G para se conectar à internet. Este cenário levanta questões sobre a transição para o 5G e o desafio de desativar as redes mais antigas.

O encerramento das operações das antenas 2G e 3G está gerando preocupações, especialmente em cidades que dependem fortemente desses sinais, já que muitos dispositivos eletrônicos foram projetados para funcionar com essas tecnologias. Desligar as redes antes de atualizar completamente a infraestrutura pode acarretar problemas significativos.

A Abinee ressaltou a importância de continuar a homologação de dispositivos compatíveis com 2G e 3G até 2026, para evitar impactos negativos nos fabricantes. Paralelamente, o processo de desativação progressiva das antenas 2G e 3G está planejado para ocorrer gradualmente nos anos de 2028 e 2029. Essas medidas visam minimizar transtornos e assegurar uma transição suave para tecnologias mais recentes.

A Abinee ressalta a importância de uma transição gradual das redes de comunicação. O objetivo é evitar problemas em várias cidades em todo o Brasil. Destaca-se a necessidade de um plano que incentive as operadoras a aprimorar a cobertura.

Durante uma audiência pública, a Abinee enfatizou a importância da colaboração com as operadoras de telefonia. Segundo a instituição, é crucial incentivar a substituição das antenas 2G e 3G para equiparar a cobertura com outras cidades do país.

A Anatel deve analisar as sugestões de entidades como a Abinee e a Anfavea para elaborar o melhor plano de transição para a rede 5G em todo o território nacional. É evidente a preocupação, pois não basta apenas substituir as redes; os dispositivos eletrônicos dos brasileiros também precisam ser atualizados.

Governos vigiam usuários da Apple e do Google através de notificações push

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Em carta ao Departamento de Justiça do senador dos Estados Unidos, Ron Wyden, veio a público informações de que autoridades estrangeiras exigiam dados do Google e da Apple. O documento afirma que os governos, não identificados, estão vigiando usuários de smartphones por meio de notificações push de aplicativos.

Exemplo de notificação push.

Segundo o senador, o Google e a Apple compartilham notificações “push” com autoridades. Em carta, ele quer que o Departamento de Justiça atualize ou remova políticas que proíbem que empresas informem o público sobre pedidos secretos de governos.

As autoridades podem solicitar acesso às notificações enviadas para os celulares por meio de ordem judicial, no caso do Google, ou intimação, no caso da Apple. Wyden questionou as empresas, que alegaram não poder falar sobre isso, devido a uma proibição do governo federal dos EUA. Entretanto, a carta do senador deu às empresas a abertura que necessariamente precisam para compartilhar mais detalhes com o público sobre como os governos monitoram as notificações push, segundo declaração da dona do iPhone.

Ambas companhias soltaram nota sobre o assunto, embora não tenha conversado com a equipe do senador. A Apple confirmou a proibição dos Estados Unidos em compartilhar informações sobre essas solicitações. No entanto, como o método se tornou público, ela vai passar a detalhar estes pedidos em seus relatórios de transparência futuros.

“Nesse caso, o governo federal nos proíbe de compartilhar qualquer informação”, disse a empresa em um comunicado. “Agora que esse método se tornou público, estamos atualizando nossos relatórios de transparência para detalhar esses tipos de transações”.

O Google também confirmou o recebimento de solicitações para acesso a registros de notificações push, mas que elas precisam de ordens judiciais, e compartilhou o “compromisso de Wyden de manter os usuários informados sobre essas violações”.

A companhia afirmou que inclui este tipo de informação em seus relatórios de transparência. Segundo uma reportagem da Wired, os relatórios divulgados entre dezembro de 2019 e dezembro de 2022 não especificam quantas solicitações eram direcionadas a notificações. O Washington Post analisou alguns processos que envolveram acesso a notificações de suspeitos. Entre eles, estão casos de lavagem de dinheiro e pornografia infantil, bem como envolvimento na invasão do Capitólio, em 2021.

Como as notificações push funcionam

Os aplicativos de todos os tipos dependem de notificações push para alertar os usuários sobre mensagens recebidas, notícias de última hora e outras atualizações. Esses são os sons audíveis ou indicadores visuais que os usuários recebem quando chega um e-mail ou recebe uma mensagem. O que os usuários geralmente não sabem é que quase todas essas notificações trafegam pelos servidores do Google e da Apple.

Acontece que essas notificações push não vão diretamente do app para a tela do celular, pois elas passam por serviços dos sistemas operacionais, como o Push Notification Service, do iOS e o Firebase Cloud Messaging, do Android.

Cada usuário de um app recebe um token de push, que é compartilhado entre o app e o sistema de notificações do sistema operacional. Esses tokens não são ligados permanentemente a um usuário, e podem mudar caso ele desinstale e reinstale um app ou troque de aparelho. Para descobrir o token, as autoridades precisam procurar o desenvolvedor do aplicativo de interesse, o que resulta na procura pelas empresas e solicitam informações.

Brasil é o 4º país com mais viciados em smartphones, segundo pesquisa

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Os smartphones já tomam conta de uma parte substancial das atividades realizadas pelas pessoas, seja no profissional ou no pessoal. Atualmente, ter um aparelho celular se tornou uma das coisas mais banais, sendo que mais da metade de toda população do planeta já possui um dispositivo, mesmo que seja modelos antigos sem muita tecnologia.

Entretanto, quando trazemos o assunto para países desenvolvidos, o número é ainda mais marcante, com mais de 80% da população possuindo um smartphone. Embora agilize e torne mais confortável a vida das pessoas, o uso excessivo dos smartphones pode trazer problemas, como deficiências cognitivas, dificuldade no estudo, piora na qualidade do sono, e em alguns casos até na depressão.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela plataforma de descontos online Cupom Válido com dados da Universidade McGill, essa disponibilidade de aparelhos fez crescer também um problema na sociedade, o vício em smartphones.

O levantamento aponta que o Brasil ocupa a quarta posição entre os países mais viciados em smartphones, ficando atrás apenas da Malásia, Arábia Saudita e China. Já os países com menos viciados, são a França e a Alemanha.

Segundo os pesquisadores, esse vício em smartphones está relacionado a normas sociais variadas e expectativas culturais que podem influenciar na importância que os indivíduos atribuem a permanecer em contato constante por meio de smartphones.

Em países como o Brasil, que possui uma cultura mais coletivista, onde as conexões interpessoais são altamente valorizadas, é provável que apresentem taxas mais elevadas de vício em smartphones. Principalmente por passar mais tempo em redes sociais com os amigos e familiares. Diferente de países individualistas, como a Alemanha, que priorizam a autonomia pessoal, e cons quente, pode demonstrar taxas mais baixas de dependência.

Como tratar o vício de smartphone?

O estudo ainda traz algumas medidas para tratar o vício:

  • Definição de limites de tempo máximo gasto no uso do smartphone por dia
  • Controle de notificações, desativando todas as notificações desnecessárias, e reduzindo a tentação de verificar o dispositivo a todo momento
  • Distância física do aparelho, seja deixando em outro cômodo ou fora do alcance das mãos, principalmente na hora do estudo, do trabalho ou de dormir
  • Por fim, caso o vício esteja afetando negativamente a saúde física ou mental, é interessante considerar a ajuda profissional de saúde ou terapeuta

Stremio lança aplicativo para Smart TVs da Samsung

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Nesta semana, o Stremio anunciou o lançamento do seu aplicativo para Smart TV da Samsung. O serviço é uma espécie de hub de streamings com suporte a transmissão de arquivos torrent. A novidade já pode ser baixada por meio da loja de apps de cada televisor da fabricante sul-coreana.

Com a chegada nas TVs da Samsung, o Stremio expande seu alcance para um número ainda maior de usuários no Brasil, uma vez que já possui aplicativo para celulares, computadores e funciona também direto da web. Até então, só era possível na televisão por meio do Android TV (via dongle ou sistema operacional do aparelho), já que o app está disponível na Play Store.

O aplicativo de streaming de filmes e séries é bem popular e teve seu lançamento inicial em 2019. A equipe por trás do app celebra a novidade. “Hoje, uma das principais solicitações dos usuários se torna realidade: nós fomos aceitos na loja de apps das TVs Samsung”.

Entretanto, a plataforma só está disponível para televisores Samsung com data de fabricação de 2019 em diante, e destacam que não há planos de oferecer o app em tvs com datas anteriores a essa.

Como instalar o Stremio na TV Samsung

Primeiro passo é acessar o menu da sua TV Samsung, ir na loja de aplicativos, na seção Pesquisar digitar o nome “Stremio”, depois basta clicar no resultado da pesquisa e instalar o app.

Vale ressaltar que para acessar o aplicativo é necessário realizar o login, ou fazer o cadastro caso ainda não tenha uma conta. Outro ponto importante de lembrar é que o Stremio é um aplicativo legal, que oferece acesso à filmes, séries, canais de televisão aberta e até YouTube para você consumir conteúdo legalmente.

Para melhor entendimento, o Stremio é uma plataforma categorizada como uma central de mídia, permitindo acesso a serviços de streaming, podcasts, canais da web ou TV ao vivo, em um só lugar. Ele também permite acessar arquivos de torrent, se o usuário assim desejar. Em uma definição geral, não há problemas em usar o serviço e ser automaticamente enquadrado como algo ilegal, já que a plataforma em si não hospeda conteúdo de terceiros.

Brasil perdeu 1,2 mil provedores de internet, segundo pesquisa do CGI.br

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Nesta quinta-feira (07), o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou a pesquisa TIC Provedores 2022, onde registrou um total de 11.630 provedores de acesso à Internet no final do ano passado, representando uma queda de 9,32% em relação a 2020, quando contava com 12.826 empresas do tipo.

Conforme os dados, o Brasil perdeu 1,2 mil provedores de acesso à Internet, considerando que o país passou pelo período de pandemia do covid-19. O objetivo da pesquisa é mapear a infraestrutura de provimento de acesso e serviços de internet no país.

O segmento vêm passando nos últimos anos por um processo de consolidação, mas o coordenador da TIC Provedores, Leonardo Melo, destaca também um segundo fator por detrás da retração: o fechamento de ISPs, principalmente os de menor porte. “Há tanto um aspecto de fusão e aquisição como também de redução de empresas, sobretudo porque temos uma diminuição na proporção de microempresas”, explicou.

“Pode ser que microempresas tenham ficado pelo caminho. Ao mesmo tempo, surgiu um número de empresas maiores, porque houve um aumento da proporção de médias empresas”, complementa.

Alexandre Barbosa, gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), diz que “Nos últimos anos, tem-se observado uma tendência de fusões e aquisições e maior interesse de fundos de investimento no setor, o que pode ser uma das explicações para o crescimento na participação das médias empresas. Isso demonstra que a consolidação é um movimento em curso no mercado brasileiro”.

Embora tenha tido uma redução no número de provedores desde 2020, o mercado brasileiro continua altamente pulverizado, quando comparado a outros países, como os Estados Unidos. Lá, o total de ISPs é de 2.924, segundo dados compilados pelo portal BroadbandNow junto à Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês).

A nova edição do relatório também indica que houve aumento na quantidade de médias empresas que oferecem o serviço de internet. O percentual passou de 13% para 17% no período. Já a participação das microempresas (com até nove pessoas ocupadas) diminuiu no setor, caindo de 56% para 46%.

Vale lembrar que essa queda no número de pequenos provedores já foi apontada pelo CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira, quando afirmou que a quantidade de empresas do tipo iria cair drasticamente nos próximos anos, caindo pela metade, ou até mesmo um terço.

A concorrência é um dos fatores para essa queda, assim como a mudança no mercado e falta de capacidade de investimento de muitas dessas companhias, que já enfrentam forte concorrência nos mercados mais periféricos, não atendidos pelas grandes operadoras.

O executivo ainda disse que a situação é ruim também até para os provedores irregulares, que não recolhem impostos e ocupam postes à revelia.

Quanto a tecnologia usada

Quando se trata da tecnologia usada nos serviços de internet, o levantamento indica que a fibra óptica continua a ampliar sua predominância no Brasil. Em 2022, 95% dos provedores ofereciam serviço de acesso à web por meio dessa tecnologia, contra 89% em 2020.

O acesso sem fio (wireless) via frequência livre é a segunda tecnologia mais usada. Em 2022, 60% dos provedores reportaram prestar esse tipo de serviço. O percentual é menor que o registrado dois anos antes, quando esse tipo de acesso era parte do portfólio de 71% das empresas.

A tecnologia ADSL, que permite o acesso à internet por meio de linha telefônica fixa convencional, está em desuso, mas ainda era oferecida por 8% dos provedores em 2022, mais que a conexão via satélite (3%), que triplicou sua participação em reação ao 1% registrado em 2020. A expansão se deu por conta da entrada no país de novos competidores neste segmento.

Quanto a proteção de dados

A pesquisa também revelou que quatro em cada dez provedores de internet no Brasil contaram neste ano com um departamento ou uma equipe de funcionários atuando exclusivamente para proteger dados pessoais dos clientes.

Em relação a outros setores, o resultado é superior, uma vez que 23% das empresas como um todo do país dispõem de iniciativas semelhantes. No ano passado, o número chegou a 40%. As empresas adotaram medidas para seguir a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sendo que a mais utilizada foi a realização de testes de segurança contra vazamento de dados (58%).

Já 57% dos provedores desenvolveram uma política de privacidade que deixou mais claro como irão usar os dados pessoais dos consumidores. Uma parcela de 30% das empresas optou por atribuir a um empregado a função de zelar pela proteção de dados pessoais, proporção que é somente de 17% entre o total das empresas brasileiras, segundo a TIC Empresas 2021.

Quando se trata dos ataques, 23% dos provedores de internet afirmaram terem sofrido ataques de negação de serviços (DDoS) em 2022, mesmo patamar registrado no levantamento anterior, de 2020. Ao todo, 34% das empresas com mais de 6 mil clientes foram alvo desse tipo de ataque, contra 24% das que fornecem o serviço para menor número de clientes.

Aprimoramento do mercado

O levantamento da TIC também aponta que houve um crescimento na participação de provedores em Pontos de Troca de Tráfego (PTT) ou no IX.br (Brasil Internet Exchange) – este último uma inciativa do NIC.br, responsável por implantar e promover a infraestrutura necessária para a interconexão metropolitana direta entre as redes que compõem a Internet no Brasil.

Atualmente este é o maior conjunto de PTT do mundo, com 36 Pontos distribuídos pelas cinco regiões brasileiras. Segundo o estudo, a proporção subiu de 30% para 37%.

Em relação às regiões, houve um aumento de provedores do Nordeste e do Centro-Oeste em pontos de troca de tráfego durante o período. Na primeira região, a porcentagem passou de 24% para 38%. A mesma elevação de 14 pontos percentuais foi observada no Centro-Oeste (de 20% para 34%).

“A presença dos provedores em PPT melhora, de forma efetiva, a troca de tráfego entre provedores, o que, na prática, pode significar um incremento substancial na qualidade da Internet que chega aos usuários do serviço”, avalia Fabio Senne, coordenador de pesquisas TIC do Cetic.br.

World Archery vai lançar seu próprio serviço de streaming em 2024

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Nesta quinta-feira (07), a World Archery, Federação Mundial de Tiro com Arco, anunciou que pretende lançar seu serviço de streaming ano que vem para a transmissão de eventos da entidade, como Copa do Mundo de Tiro com Arco Hyundai, eliminatórias para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e outros grandes eventos internacionais.

Na plataforma Archery+, os consumidores poderão escolher entre assinar a plataforma ou comprar apenas as transmissões de um determinado evento. No caso da assinatura, os espectadores terão que pagar 49.99 euros anuais (cerca de R$ 264 na conversão atual), mas agora no início da oferta, o valor será de 29,99 euros anualmente, o equivalente a aproximadamente R$ 160.

No caso de eventos separados, por exemplo, o espectador poderá comprar apenas a etapa final da Copa do Mundo de tiro. Nos primeiros 12 meses da plataforma, eventos que valem para o ranking mundial, conteúdos educacionais e de atletas ficarão disponíveis sem custo.

A criação do streaming próprio não tira os direitos dos atuais parceiros da World Archery, apenas centraliza numa plataforma para evitar que o fã da modalidade fique procurando onde estão sendo transmitidos os eventos.

De acordo com a World Archery, a nova oferta de assinatura e plataforma, desenvolvida pela Joymo , também terá o lançamento de uma câmera de treinador para eventos da Hyundai Archery World Cup, apresentando comentários em estilo podcast dos melhores arqueiros do mundo e uma perspectiva exclusiva sobre os competidores enquanto eles iniciam o tiro.

A Joymo ​​também ira alimentar a archery.tv, que transmitirá exclusivamente eventos, incluindo a Hyundai Archery World Cup, o Hyundai World Archery Championships e os principais torneios regionais. A Archery+ também hospedará recursos, documentários, recursos educacionais e outros conteúdos exclusivos desenvolvidos pela World Archery.

O secretário-geral do Tiro com Arco Mundial, Tom Dielen, fala que “Essa parceria não apenas facilitará o acesso ao esporte, mas também nos permitirá investir recursos adicionais em produção ao vivo, séries envolventes e novos formatos de cobertura emocionantes”.

Hannah Griffiths, vice-presidente de aquisição de conteúdo e parcerias da Joymo, acrescentou:

“Estamos muito satisfeitos que nosso conhecimento técnico e experiência no desenvolvimento de soluções personalizadas de streaming digital tenham sido reconhecidos pela World Archery. Este é exatamente o tipo de relacionamento de ciclo completo em que Joymo ​​prospera; criando e gerenciando o produto, mas também adquirindo direitos de alto nível para que estejamos melhor posicionados para apoiar nossos parceiros no crescimento de longo prazo de suas plataformas

MCom faz doação de computadores recondicionados no Mato Grosso do Sul

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Nesta última quarta-feira (06), o Ministério das Comunicações (MCom), por meio do programa Computadores para Inclusão, realizou a entrega de 238 computadores recondicionados pelo Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) do Campus Dourados do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) para a criação de Pontos de Inclusão Digital (PID) no estado. A maioria dos novos PIDs atenderá comunidades indígenas.

O diretor do Departamento de Projetos de Infraestrutura e de Inclusão Digital, Rômulo Barbosa, esteve presente na cerimônia de entrega em Campo Grande (MS), onde falou sobre o programa.

“É a inclusão digital propiciando a inclusão social, como determinou o ministro Juscelino Filho. Possibilitar, a cada entrega, que centenas de excluídos tenham acesso às tecnologias da informação e da comunicação, é um trabalho que nos enche de orgulho”, disse.

No mesmo dia também foi assinado o Aditivo de Prazo ao Termo de Execução Descentralizada (TED), celebrado entre MCom e CRC IFMS, prorrogando a vigência da parceria por mais 6 meses, com início em 08 de dezembro de 2023 e término em 07 de junho de 2024. Com isso, o IFMS continua com as atividades do CRC e a meta de recondicionamento e doação de computadores.

A intenção era recondicionar 1.250 computadores, mas por conta dos dois anos de pandemia, não foi possível cumprir o objetivo. Desse total, 666 foram recondicionados e doados, e outros 584 serão recondicionados e doados até junho de 2024.

O CRC/Campus Dourados do IFMS formou 1249 alunos e prevê a formação de mais 1565 até o término do contrato. O CRC IFMS oferece os cursos de Informática Básica, Montagem e Manutenção de Computadores (recondicionamento), Robótica Móvel e Marketing Digital, todos com carga horária de 60h para jovens e adultos.

Sobre o Programa Computadores para Inclusão

Executada pelo MCom, o programa é uma ação do Governo Federal que apoia e viabiliza iniciativas de promoção da inclusão digital por meio dos CRCs e PIDs. Até o momento, já foram doados mais de 33,3 mil computadores recondicionados para a criação de cerca de 2.425 PIDs em 723 municípios de todas as regiões do país.

Ao todo, mais de 25,4 mil alunos já foram plenamente capacitados para o mercado de trabalho formados nos 152 cursos presenciais oferecidos gratuitamente em 21 CRC’s, localizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Rio Grande do Sul, Ceará, Amazonas, Goiás, Pernambuco, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Mato Grosso do Sul, Amapá, Maranhão e Sergipe. Até o final de 2024, o MCom pretende inaugurar ao menos um CRC em cada estado do país.