17/12/2025
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Setor de telecomunicações impulsiona geração de empregos e reforça papel estratégico no país

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Imagem: Freepik/reprodução

O setor de telecomunicações voltou a registrar aumento no número de empregos formais no Brasil. De acordo com dados oficiais do Novo Caged, analisados pelo Ministério das Comunicações, foram 26.100 vagas com carteira assinada entre janeiro e outubro de 2025, o que representa uma alta de 2,15% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ao todo, o segmento de Informação e Comunicação, que engloba áreas como radiodifusão, serviços de internet e telefonia, chegou a 417,3 mil vínculos empregatícios ativos no país. 

Esses números reforçam a importância do setor no atual cenário de digitalização e apontam uma tendência de expansão contínua.

Demanda cada vez mais alta por conectividade impulsiona contratações

O avanço das telecomunicações tem sido acompanhado por uma maior procura por serviços digitais, especialmente em regiões que passaram a ser atendidas por novas infraestruturas. 

Esse movimento favorece o surgimento de novas oportunidades de trabalho, com impacto direto na economia local e no acesso da população a serviços essenciais.

Para o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, cada contratação representa mais do que um número. Segundo ele, trata-se de uma ponte para inclusão digital, renda e maior circulação de informação entre os brasileiros. 

A avaliação é que o crescimento está relacionado, em grande parte, ao esforço do governo em ampliar a conectividade em todo o território nacional.

Política pública e tecnologia andam juntas

Além da demanda do mercado, programas públicos de incentivo e investimentos em infraestrutura têm colaborado para o desempenho positivo. 

A implantação da tecnologia 5G e a ampliação de redes de fibra óptica são alguns dos fatores que exigem mão de obra técnica e têm gerado vagas em diferentes frentes do setor.

Especialistas observam que o ambiente regulatório mais estável e os estímulos à inovação contribuem para manter o setor aquecido. 

Ainda assim, apontam que a continuidade dos resultados dependerá de investimentos constantes e formação de profissionais aptos a acompanhar a evolução tecnológica.

Ambiente favorável e expectativa de continuidade

A perspectiva é de que o ritmo de crescimento continue nos próximos anos, à medida que aumentam as exigências por soluções digitais em áreas como educação, saúde e serviços públicos. 

A digitalização da vida cotidiana tende a manter a cadeia de telecomunicações como uma das principais empregadoras entre os setores ligados à tecnologia.

O saldo de 2025 reforça esse papel. Mais do que números positivos, os dados mostram um setor em transformação, que gera empregos, movimenta a economia e conecta o país.

* Com informações do MCom

Anatel abre participação do público na Pesquisa de Satisfação sobre serviços de telecom

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pesquisa de satisfação anatel
Reprodução/ChatGPT

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está realizando a Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida sobre os Serviços de Telecomunicações 2025, que começou em julho deste ano e segue até 31 de janeiro de 2026. O objetivo é avaliar a experiência dos consumidores brasileiros com telefonia fixa e móvel, internet fixa e TV por assinatura, por meio de entrevistas telefônicas conduzidas por empresa especializada contratada pela agência reguladora.

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Segurança e privacidade garantidas

Mais de 60 mil consumidores de todo o país estão sendo contatados para participar da pesquisa. As entrevistas são realizadas exclusivamente por telefone e incluem perguntas sobre idade, renda e escolaridade apenas para traçar o perfil sociodemográfico dos participantes. É importante destacar que a Anatel não solicita informações sensíveis como número de documentos pessoais, e-mail, endereço residencial, dados bancários ou senhas durante a coleta.

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Operadoras avaliadas em 2025

Nesta edição de 2025, a pesquisa abrange os serviços prestados por 16 operadoras que atuam no território nacional:

  • Algar
  • BRSuper
  • Brisanet
  • Claro
  • DTel
  • Gb Online
  • Ligga
  • Nio
  • Oi
  • Proxxima
  • Tely
  • Tim
  • Unifique
  • Valenet
  • Vero
  • Vivo

A seleção representa as principais empresas do setor de telecomunicações, garantindo uma avaliação ampla e representativa do mercado brasileiro.

Operadoras móvel, internet, tv a cabo
Reprodução/chatGPT

O que é avaliado na pesquisa

O questionário aplicado busca compreender diversos aspectos da experiência do consumidor. Entre os pontos avaliados estão a satisfação geral com a prestação dos serviços, a qualidade dos diferentes canais de atendimento (telefônico, digital e presencial), a clareza das informações sobre os planos contratados, o funcionamento técnico dos serviços e questões relacionadas à cobrança ou sistema de recarga.

Impacto no Selo de Qualidade

Os resultados obtidos pela pesquisa têm aplicação prática na regulação do setor. A Anatel utiliza os dados coletados como um dos componentes para compor o Selo de Qualidade das operadoras, que classifica as empresas em categorias que vão de A (melhor desempenho) até E (pior desempenho). Esse selo auxilia os consumidores na escolha de prestadoras ao contratar ou trocar de serviço.

Transparência e acesso aos resultados

A transparência é uma característica importante desta iniciativa da agência reguladora. Os consumidores interessados podem acessar informações detalhadas sobre a metodologia da pesquisa e consultar os resultados das edições anteriores no Portal do Consumidor da Anatel, disponível no site oficial da agência. Esse histórico permite acompanhar a evolução da qualidade dos serviços ao longo dos anos.

Para esclarecer dúvidas sobre o processo de coleta e reforçar a segurança da participação, a Anatel também disponibilizou um vídeo explicativo em seu canal oficial no YouTube. O material orienta os consumidores sobre como identificar uma ligação legítima da pesquisa e quais informações são realmente solicitadas durante a entrevista, protegendo-os contra possíveis tentativas de golpe.

Vivo e Samsung vencem prêmio Profissionais do Ano 2025

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Campanha "Tempo de Mudar", da Vivo, conquista a categoria Filme 30"+ para a agência Africa Creative DDB. (Globo/Bob Paulino)
Campanha “Tempo de Mudar”, da Vivo, conquista a categoria Filme 30″+ para a agência Africa Creative DDB. (Globo/Bob Paulino)

A Vivo e a Samsung Brasil conquistaram o prêmio Profissionais do Ano 2025 durante a 47ª edição da premiação realizada pela Globo nesta quinta-feira (27), em São Paulo. A Vivo venceu na categoria Filme 30″+ com a campanha “Tempo de Mudar”, enquanto a Samsung levou o troféu de Campanha com “Fácil Assim”, em evento que celebrou o melhor da publicidade brasileira com apresentação de William Bonner e Maju Coutinho.

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Campanha “Tempo de Mudar” conquista júri

A campanha vencedora da Vivo teve direção criativa de Sergio Gordilho, Mariana Sá e Rod Barbosa, além de contar com uma equipe de criação formada por Bruno Valença, Diogo Dutra, Thiago Monteiro, Carlos Schleder, Fabiano Pinel, Julia Miranda, Mayara Sayuri, André Almeida, Bruno Ferreira, Felipe Racca, Tomaz Saavedra, Mateus Martins e Adriano Nuevo. A direção do filme ficou a cargo de Felipe Mansur.

Confira a campanha:

Samsung Brasil leva troféu de Campanha

A Samsung Brasil conquistou o prêmio na categoria Campanha com “Fácil Assim”, trabalho desenvolvido pela agência Suno United Creators. A campanha teve direção de criação de Guga Ketzer, Rynaldo Gondim, Gabrielle Henriques, Pedro Utzeri e Pedro Guerra, que também assinaram a criação do projeto. A direção ficou por conta da Dois, consolidando mais uma vitória da marca sul-coreana no mercado publicitário brasileiro.

Veja a campanha:

47ª edição celebra a publicidade brasileira

O Prêmio Profissionais do Ano é uma das principais premiações da publicidade brasileira, reconhecendo anualmente a criatividade e o talento dos profissionais do setor. A edição de 2025 reuniu 58 projetos finalistas, selecionados após análise criteriosa de mais de 850 trabalhos publicitários inscritos por 269 agências, 129 produtoras e 481 anunciantes de todo o país.

Mais do que uma premiação, o PPA é uma celebração da riqueza de olhares que colocam a publicidade brasileira entre as mais admiradas do mundo“, afirmou Manzar Feres, diretora de Negócios da Globo, durante a cerimônia. Ao todo, 16 campanhas foram premiadas em categorias nacionais e regionais, destacando trabalhos que se sobressaíram pela qualidade criativa e impacto mercadológico.

Diversidade em destaque na premiação

A noite de premiação também destacou iniciativas de diversidade no mercado publicitário. O júri do PPA reconheceu as campanhas que contaram com maior número de mulheres e profissionais negros em suas equipes. O troféu Força Criativa Feminina foi para a agência Droga5 São Paulo, enquanto o troféu Negritudes premiou a Wieden+Kennedy SP, reforçando o compromisso da premiação com a inclusão e representatividade no setor.

Durante o evento, os apresentadores compartilharam suas reflexões sobre a importância da publicidade. A jornalista Maju Coutinho destacou que a propaganda “é essencial para nós, é o que garante a liberdade editorial, permitindo que possamos falar sobre o que importa, sobre o que é verdadeiro, o que não é fake”. William Bonner revelou sua admiração pela área e contou que chegou a criar anúncios fictícios na infância.

Outros destaques da noite

Além da vitória da Vivo, diversas campanhas se destacaram nas categorias nacionais da premiação. Confira os principais vencedores da 47ª edição do PPA:

  • Filme 30″: “O Brinde”, da Heineken, criado pela agência LePub
  • Campanha: “Fácil Assim”, da Samsung Brasil, desenvolvido pela Suno United Creators
  • Integrada: “Nu Explica no JN”, do Nubank, pela Wieden+Kennedy SP
  • Valor Social: “Trabalho Invisível”, do Instituto Nós Por Elas, criado pela Calia
  • Ações em conteúdo: “Chefs Placement”, da Ambev, pela Droga5 São Paulo

Uma novidade anunciada durante o PPA 2025 foi a criação de uma premiação voltada exclusivamente para estudantes de publicidade e propaganda de todo o Brasil. A iniciativa será realizada em parceria com o LED (Luz na Educação), programa da Globo que reconhece projetos educacionais em território nacional, ampliando o alcance da premiação e incentivando novos talentos do setor.

Para encerrar a celebração, o público presente foi brindado com um show da banda Os Paralamas do Sucesso, que trouxe energia e animação ao final da noite de festa. A 47ª edição do Prêmio Profissionais do Ano consolida mais uma vez a excelência da publicidade brasileira e seu reconhecimento no cenário internacional, celebrando a criatividade que transforma marcas e conecta pessoas.

GSMA aponta que regras fragmentadas de cibersegurança pressionam operadoras e ampliam ameaças

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cybersegurança móvel
Reprodução/ChatGPT

A GSMA, organização global que congrega operadoras e o ecossistema móvel, divulgou na última quarta-feira (26) um estudo alertando que a fragmentação das regulamentações de cibersegurança está aumentando custos e riscos para operadoras móveis em todo o mundo, desviando recursos de melhorias reais de segurança para atividades de conformidade.

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Investimentos bilionários em segurança

O relatório independente “O Impacto da Regulamentação de Cibersegurança nas Operadoras Móveis” revela que as empresas do setor gastam entre US$ 15 bilhões e US$ 19 bilhões anualmente em atividades centrais de segurança cibernética. A projeção indica que esse investimento deve mais que dobrar, alcançando entre US$ 40 bilhões e US$ 42 bilhões até 2030.

Apesar dos investimentos significativos, as operadoras de redes móveis enfrentam um cenário desafiador. Regulações mal projetadas, desalinhadas ou excessivamente prescritivas resultam em custos desnecessários, impedindo que recursos sejam direcionados para a mitigação real de riscos. Em alguns casos, essas regras até aumentam a exposição a ameaças cibernéticas.

As redes móveis carregam o coração digital do mundo. À medida que as ameaças cibernéticas aumentam, os operadores investem pesado para manter as sociedades seguras, mas a regulamentação deve ajudar, não dificultar esses esforços“, afirmou Michaela Angonius, chefe de Política e Regulamentação da GSMA, destacando que frameworks funcionam melhor quando harmonizados e baseados em riscos.

GSMA
Divulgação/GSMA

Desafios em escala global

Desenvolvido em parceria com a Frontier Economics, o estudo se baseia em análises econômicas e entrevistas com operadores representando África, Ásia-Pacífico, Europa, América Latina, Oriente Médio e América do Norte. A pesquisa destaca como a natureza em rápida mudança das ameaças cibernéticas está aumentando custos e complexidade para operadoras globais.

O relatório identifica desafios generalizados em diversos mercados, incluindo regulamentação fragmentada e inconsistente que força operadores a cumprir requisitos sobrepostos ou contraditórios de múltiplas agências, proliferação de obrigações de reporte exigindo que o mesmo incidente seja reportado várias vezes em formatos diferentes, e regras prescritivas que exigem ferramentas específicas em vez de focar em resultados de segurança reais.

Um operador relatou que até 80% do tempo de sua equipe de operações de cibersegurança é dedicado a auditorias e tarefas de conformidade, em vez de detecção de ameaças ou resposta a incidentes. Apesar dessas pressões, as operadoras enfatizaram que garantir redes móveis seguras e protegidas é uma prioridade para seus clientes e para a sociedade em um mundo digitalmente conectado.

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Seis princípios para regulação eficaz

Para enfrentar esses desafios, o relatório apresenta um plano para que governos e formuladores de políticas construam estruturas mais seguras e eficientes. O estudo elabora seis princípios fundamentais para a regulação de cibersegurança:

  • Harmonização: Alinhar a política de cibersegurança com os padrões internacionais sempre que possível, para reduzir a fragmentação e inconsistência regulatória.
  • Consistência: Garantir que novas políticas e estruturas estejam alinhadas com as políticas existentes para evitar duplicação ou conflito.
  • Baseado em risco e resultado: Adotar abordagens baseadas em risco e resultados no design e implementação da regulamentação de cibersegurança, dando aos operadores flexibilidade para inovar.
  • Colaboração: Promover uma cultura regulatória colaborativa com a indústria, apoiada pelo compartilhamento seguro de inteligência sobre ameaças.
  • Segurança por design: Incentivar uma abordagem proativa e baseada em segurança desde o design para mitigar riscos cibernéticos.
  • Desenvolvimento de capacidades: Fortalecer a capacidade institucional das autoridades de cibersegurança para garantir uma abordagem governamental integral e a aplicação eficaz de políticas e regulamentações.

O estudo alerta que abordagens unilaterais e fragmentadas aumentam as vulnerabilidades e criam ineficiências para operadores globais. “A cibersegurança é uma responsabilidade compartilhada. Para proteger cidadãos e serviços sociais essenciais, reguladores e operadores devem trabalhar juntos, guiados por um conjunto comum de princípios”, reforçou Angonius.

Chamado por ação coordenada

A indústria móvel, apoiada pela GSMA, está pedindo que governos e reguladores minimizem os encargos desnecessários sobre as operadoras. A recomendação é que colaborem na construção de estruturas e mecanismos confiáveis que promovam a inovação, permitindo que as redes móveis permaneçam seguras, resilientes e capazes de suportar os serviços digitais dos quais as sociedades dependem.

A questão ganha relevância especial considerando que as operadoras de redes móveis formam a espinha dorsal das economias digitais em todo o mundo. Com a expansão dos serviços digitais e o aumento das ameaças cibernéticas, a necessidade de frameworks regulatórios eficientes e coordenados se torna cada vez mais urgente.

Dona da Vivo planeja 6 mil demissões

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Telefonica Vivo
Divulgação/Telefonica

A Telefónica, empresa espanhola dona da operadora Vivo, prepara um plano de demissões que pode ultrapassar 6 mil postos de trabalho na Espanha, segundo informações divulgadas pelos sindicatos locais CCOO e UGT. O anúncio ocorre neste mês como parte da estratégia de redução de custos apresentada pelo CEO Marc Murtra, que busca economizar mais de 1,5 bilhão de euros anuais até 2028.

Inicialmente, os sindicatos espanhóis haviam reportado negociações envolvendo 5.040 demissões através de um plano de redundância ERE. No entanto, novos dados revelaram que os cortes serão ainda mais abrangentes, atingindo diversas unidades da companhia além das operações principais de telecomunicações.

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A Telefónica e a Vivo no Brasil

A Telefónica é uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo e controla a Vivo, líder do mercado brasileiro de telefonia móvel. O grupo espanhol detém participação majoritária na operadora brasileira através da Telefónica Brasil, que opera sob a marca Vivo desde 2012. A companhia atua em diversos países da Europa e América Latina, sendo a Espanha seu mercado doméstico e o Brasil uma de suas principais operações internacionais.

Vivo deve repassar R$ 380 milhões em proventos para acionistas na próxima terça-feira (2)

Embora os cortes de empregos anunciados estejam concentrados na Espanha, decisões estratégicas da matriz podem impactar todas as subsidiárias do grupo no longo prazo. A meta de redução de custos operacionais faz parte de um plano global que visa tornar a empresa mais competitiva diante dos desafios enfrentados pelo setor de telecomunicações em todo o mundo.

Telefônica Vivo

Unidades afetadas pelo corte

As demissões afetarão principalmente a Telefónica de España, com 3.649 postos, seguida pela operação móvel da empresa, que terá 1.124 funcionários impactados, e a Telefónica Soluciones, com 267 vagas cortadas. Esses números representam cerca de 41%, 31% e 24% dos funcionários de cada unidade, respectivamente.

Além das operações de telecomunicações tradicionais, outras áreas da Telefónica também serão atingidas. A operação central da empresa enfrentará o corte de 378 posições, enquanto a Telefónica Digital Innovations perderá 233 vagas e a divisão global terá 140 funcionários desligados. A plataforma de TV por assinatura Movistar+ também está no radar, com 297 posições ameaçadas.

telefonica

Com todos esses cortes somados, o número total de demissões chega a 6.088 postos de trabalho, representando aproximadamente 20% dos 25 mil funcionários que a Telefónica mantém na Espanha. Este é o maior plano de reestruturação da empresa desde janeiro de 2024, quando a companhia conseguiu eliminar 3.421 vagas.

Reação dos sindicatos

Os sindicatos CCOO e UGT manifestaram forte oposição ao plano proposto pela Telefónica. Em comunicado oficial, as entidades afirmaram não compartilhar ou considerar justificada a necessidade de recorrer a demissões coletivas como meio de ajuste organizacional. As organizações defendem que existem alternativas viáveis tanto em termos de emprego quanto de organização da força de trabalho.

As exigências sindicais incluem que qualquer esquema de demissão seja voluntário, universalmente disponível, vinculado à aposentadoria antecipada e associado a um plano de criação de empregos. Os sindicatos rejeitaram a proposta inicial da Telefónica e apresentaram suas próprias demandas nas negociações que estão em andamento desde o início desta semana.

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Tendência do setor de telecomunicações

A estratégia de cortes da Telefónica se insere em uma tendência mais ampla no setor de telecomunicações europeu. As operadoras enfrentam anos de estagnação nos negócios e pressão crescente dos investidores para reduzir custos e promover consolidação no mercado. A automação e a substituição das antigas redes de cobre por fibra óptica permitem que as empresas operem com menos funcionários.

O CEO Marc Murtra apresentou o novo plano estratégico da empresa no início deste mês, estabelecendo metas de crescimento focadas em convergência de serviços, mercado corporativo B2B e melhorias no índice de satisfação do cliente (NPS). A meta de economia anual de custos operacionais supera 1,5 bilhão de euros até 2028, podendo chegar a mais de 2 bilhões de euros até 2030.

Em nova fase, Telebras aposta em autonomia, parcerias públicas e identidade visual renovada

Nova logomarca da Telebras – Imagem: Ministério das Comunicações

Depois de um período em que operou com limitações orçamentárias e dificuldades na gestão, a Telebras passou a operar com mais autonomia e planejamento. 

O cenário começou a mudar com a formalização de um Contrato de Gestão com o Governo Federal, que ampliou a capacidade de atuação da estatal.

Esse acordo permitiu desenvolver investimentos represados e deu fôlego à administração, que passou a conduzir projetos com maior agilidade. 

Os efeitos já são visíveis: no acumulado de 2025, a companhia mostrou crescimento de receitas e estabilidade no caixa, sinalizando uma recuperação sólida e consistente.

Atuação expandida junto a órgãos públicos

Com o avanço financeiro, a Telebras ampliou sua rede de parcerias com instituições do setor público. A estatal firmou contratos com órgãos como DNIT, INMET e EBC, oferecendo desde infraestrutura digital até soluções de conectividade segura. Também passou a atender o IPHAN e o INMETRO, fornecendo suporte tecnológico e integração de dados.

A presença da empresa em projetos com impacto social também ganhou força. Um exemplo é a colaboração com o DATASUS, que apoia a digitalização de hospitais e unidades de saúde pública. 

Outra frente é o programa Aprender Conectado, realizado com a EACE, que leva internet de qualidade a escolas públicas em diferentes regiões do país.

Nova marca sinaliza reposicionamento institucional

A fase atual da Telebras não se resume aos números. A estatal decidiu renovar sua identidade visual como forma de simbolizar o momento de mudança. 

A nova marca, lançada neste segundo semestre, vem acompanhada da campanha “Nova marca, mesmo propósito: Conectar pessoas”. O objetivo, segundo a empresa, é alinhar a imagem institucional à transformação em curso.

Também de acordo com a direção da Telebras, a atualização visual foi pensada para representar uma organização mais moderna focada em achar soluções para a transformação digital do país.

Caminho para independência orçamentária

Paralelamente à expansão dos serviços e à modernização institucional, a Telebras trabalha para reduzir sua dependência do orçamento federal. 

Com um plano de sustentabilidade aprovado, a companhia projeta operar com mais autonomia financeira, apoiada em sua capacidade de geração de receita e em contratos estratégicos.

* Com informações do Ministério das Comunicações

Vivo deve repassar R$ 380 milhões em proventos para acionistas na próxima terça-feira (2)

Imagem: DALL-E/Reprodução

A Vivo programou para a próxima terça-feira (2) o repasse de R$ 380 milhões em juros sobre capital próprio (JSCP) a seus acionistas. Esse tipo de repasse é feito pela Telefônica Brasil, empresa que controla a operadora.

O valor corresponde a duas declarações ocorridas ainda no primeiro trimestre deste ano e será creditado com base nas posições acionárias de fevereiro e março. A distribuição antecipa parte dos dividendos referentes ao desempenho financeiro de 2025. 

Segundo informações divulgadas pela empresa, os montantes foram aprovados em reuniões da diretoria estatutária e serão incorporados ao cálculo final de remuneração dos investidores no encerramento do exercício, que será oficializado em assembleia ordinária prevista para 2026.

Como será feito o pagamento

Do total a ser pago, R$ 180 milhões foram declarados em fevereiro e R$ 200 milhões em março. Ambos os valores serão transferidos em parcela única, respeitando a participação proporcional de cada acionista. Considerando os descontos previstos em lei, o valor líquido por ação será de aproximadamente R$ 0,1992.

Os repasses seguem o modelo tradicional de remuneração adotado pela controladora Telefônica Brasil, que há anos mantém uma política de retorno contínuo ao investidor, mesmo em contextos econômicos adversos.

Política de distribuição da Vivo e desempenho recente

A empresa já soma R$ 5,7 bilhões distribuídos em 2025, incluindo JSCP, recompras de ações e redução de capital. 

Os dividendos e proventos foram mantidos acima do lucro líquido registrado, com um índice de payout de 105,3%, indicador que reforça a consistência da estratégia de valorização dos papéis no mercado.

Além do repasse de dezembro, há previsão de novos pagamentos até o fim de abril de 2026. Entre eles, estão valores mais robustos, como os R$ 500 milhões declarados em maio e outros R$ 400 milhões em setembro, todos já programados com base em comunicados oficiais divulgados pela empresa.

Efeito na bolsa de valores

O compromisso da Vivo com a distribuição frequente de proventos tem sido bem recebido no mercado financeiro. As ações da companhia (VIVT3), listadas na B3, tendem a se valorizar entre investidores que buscam estabilidade e retorno constante. 

A previsibilidade dos pagamentos é vista como um ponto positivo em tempos de incerteza econômica e juros elevados. Até o fechamento dessa matéria, uma ação da Vivo estava valendo aproximadamente R$ 35,50.

Com pagamentos regulares e um fluxo consistente de capital devolvido ao investidor, a Vivo consolida sua posição entre as empresas mais atrativas do setor de telecomunicações na bolsa de valores brasileira.

* Com informações de InfoMoney e Money Times

Austrália é o primeiro país a adotar cobertura móvel universal para todo o território

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A Austrália se tornou o primeiro país do mundo a aprovar uma lei que garante cobertura móvel universal em todo o território nacional. O parlamento australiano aprovou na quinta-feira (27) a Lei de Obrigações Móveis Universais ao Ar Livre (UOMO), que exige que as operadoras Telstra, Optus e TPG forneçam acesso a SMS e voz em praticamente qualquer local com visão do céu, combinando torres terrestres tradicionais com tecnologia de satélites de órbita baixa. A medida entra em vigor em 1º de dezembro de 2027 e visa melhorar a segurança pública e o acesso a serviços emergenciais em áreas remotas.

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Marco histórico nas telecomunicações

A nova legislação representa um marco histórico nas telecomunicações globais. Pela primeira vez, um governo nacional estabelece por lei a obrigatoriedade de cobertura móvel completa, incluindo as vastas áreas desabitadas do país. A Austrália possui aproximadamente 7,7 milhões de quilômetros quadrados de extensão territorial, mas apenas um terço dessa área conta atualmente com cobertura móvel terrestre tradicional.

Com a implementação da UOMO, espera-se adicionar até 5 milhões de quilômetros quadrados de cobertura básica para SMS e voz em todo o país. Isso significa que comunidades regionais e remotas, que historicamente enfrentaram dificuldades de conexão, terão acesso aos mesmos serviços de comunicação disponíveis nas áreas urbanas. A medida beneficiará diretamente agricultores, moradores de regiões isoladas e viajantes que atravessam o interior australiano.

Sydney Australia
Caleb/Unsplash

Tecnologia de satélites viabiliza cobertura universal

A tecnologia que viabiliza essa cobertura universal é chamada de direct-to-device (D2D), fornecida por satélites de órbita terrestre baixa (LEO). Diferentemente das torres de celular convencionais, que exigem infraestrutura física cara em áreas pouco povoadas, os satélites LEO permitem que sinais móveis se conectem diretamente aos aparelhos celulares comuns, sem necessidade de equipamentos especiais. Essa solução torna economicamente viável oferecer serviços em regiões onde nunca foi comercialmente interessante instalar torres.

O governo australiano deixou claro em memorando explicativo que acompanhou a aprovação da lei que espera que as operadoras combinem sua cobertura terrestre existente com a tecnologia D2D para alcançar a universalização. Embora as três principais operadoras do país já tenham anunciado planos de implementar serviços D2D comercialmente em parceria com provedores de satélites LEO, o governo reconhece que isso pode não ser suficiente para cobrir todas as áreas da Austrália sem a obrigação legal.

Governo e setor celebram aprovação

A ministra das Comunicações, Anika Wells, afirmou que a lei garantirá conectividade e segurança para todos os australianos. “A Obrigação Móvel Universal ao Ar Livre garantirá que os australianos recebam sinal móvel em quase qualquer lugar onde possam ver o céu”, declarou. Hamish McIntyre, presidente da Federação Nacional de Agricultores, destacou que “a cobertura móvel externa aprimorada ajudará a colocar os australianos regionais em condições mais equitativas com seus colegas da cidade”.

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Serviços básicos com possibilidade de expansão

A legislação estabelece inicialmente serviços considerados essenciais, mas foi desenhada com visão de futuro. A UOMO contempla:

  • Voz e SMS: Serviços básicos obrigatórios desde o início da implementação
  • Dados móveis: Podem ser adicionados posteriormente pelo ministro das Comunicações
  • Cobertura terrestre: Mantida nas áreas povoadas com alta capacidade para 99% da população
  • Novos serviços: Possibilidade de inclusão conforme desenvolvimentos tecnológicos

A ministra do Desenvolvimento Regional, Kristy McBain, ressaltou a importância para regiões afastadas. “Do interior ao litoral e às montanhas, os pontos sem cobertura móvel podem ser frustrantes e tornar tarefas básicas difíceis. A conectividade aprimorada não apenas mantém as pessoas conectadas, mas também significa estradas mais seguras, negócios mais fortes e melhor acesso a serviços”, explicou.

Crise se agrava e TJRJ ordena que Anatel libere R$ 450 milhões para a Oi pagar salários

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Oi orelhão
José Cruz/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, na última quinta-feira (27), que a Anatel libere R$ 450 milhões em garantias retidas da Oi para que a operadora pague despesas correntes, especialmente os salários de 17 mil empregados da subsidiária Serede. A decisão foi tomada pela desembargadora Monica Costa após solicitação da 7ª Vara Empresarial do TJRJ.

A magistrada confirmou o despacho da juíza Simone Gastesi Chevrand, emitido na quarta-feira (26), que autorizou a liberação dos recursos. A medida atende a um pedido da administração judicial da companhia, que alegou haver “excesso de garantias” retidas pela agência reguladora como parte do acordo de autocomposição firmado para permitir o fim da concessão de telefonia fixa.

A desembargadora Monica Costa afirmou que a liberação dos recursos é “imprescindível à preservação das atividades das sociedades recuperandas, em momento extremamente sensível”. Segundo ela, a decisão resguarda o acordo formalizado no Termo de Autocomposição entre Oi, Anatel, V.tal e Tribunal de Contas da União, que possibilitou a migração do modelo de concessão para autorização.

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Crise na Serede

A situação é considerada crítica porque a Serede não possui fluxo de caixa suficiente para pagar o 13º salário de seus funcionários, com vencimento previsto para esta sexta-feira (28). A subsidiária concentra a maior parte da mão de obra do grupo, com cerca de 17 mil empregados diretos, enquanto a Oi tem atualmente menos de 2 mil funcionários diretos.

Oi aposta alto em cloud

Excesso de garantias

A juíza Simone Chevrand argumentou que “já foi levado à conta da Anatel elevada quantia, mais do que suficiente para, em caso de interrupção dos serviços prestados pela Oi, contratar empresa diversa“. Segundo a magistrada, já foram depositados R$ 450 milhões em garantias, equivalentes a 50% do montante inicialmente destinado, estimado em R$ 900 milhões.

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Anatel vai recorrer

A Anatel, no entanto, já sinalizou que pretende recorrer da decisão. O presidente da agência, Carlos Baigorri, afirmou que a conta garantia existe para proteger a continuidade dos serviços públicos delegados e não deve ser usada para aliviar pressões de caixa da companhia. Segundo a agência, os recursos retidos poderiam ser utilizados na contratação emergencial de outra prestadora caso a Oi não honre as obrigações assumidas com o fim da concessão.

Fachada com símbolo da Anatel.
Foto: Sinclair Maia/Anatel /reprodução

Entre essas obrigações estão a manutenção de telefonia fixa em áreas sem outra opção de prestadora e a continuidade dos serviços tridígito. A preocupação da Anatel é que a liberação das garantias possa comprometer a capacidade de resposta rápida em caso de interrupção dos serviços essenciais prestados pela operadora.

Tramitação na segunda instância

A decisão da segunda instância foi necessária porque o caso da Oi tramita no Tribunal de Justiça desde que bancos credores Bradesco e Itaú conseguiram reverter a sentença que decretava a falência da operadora. O acordo entre Oi, Anatel, V.tal e TCU também está sob análise da segunda instância, o que exigiu o aval da desembargadora relatora para qualquer movimentação das garantias vinculadas.

Samsung e SK Telecom fecham parceria para impulsionar redes 6G com inteligência artificial

Imagem: DALL-E/Reprodução

A Samsung e a SK Telecom estão unindo forças para trabalhar no desenvolvimento de redes móveis de sexta geração, o chamado 6G. 

A proposta, anunciada em um acordo recente, é usar inteligência artificial (IA) em diferentes camadas da rede, especialmente no que se chama de AI-RAN, uma arquitetura que busca tornar o sistema mais inteligente e responsivo.

A meta é simples no papel, mas complexa na prática: melhorar a estabilidade, reduzir atrasos e aumentar a eficiência na troca de dados. 

Em áreas urbanas, onde o sinal encontra mais barreiras físicas, o uso de IA promete ajudar as antenas a “prever” e contornar essas interferências.

Solução para um futuro hiperconectado

Além da IA, outro elemento que entra na equação é o chamado MIMO distribuído. De forma resumida, essa tecnologia permite que várias antenas trabalhem juntas em vez de depender de uma só. Isso aumenta a cobertura e evita congestionamentos em horários de pico ou locais com muita demanda.

Segundo o combinado, a Samsung será responsável por desenvolver os modelos baseados em inteligência artificial. Já a SK Telecom vai abrir sua rede para testes e fornecer dados reais de uso. Juntas, elas esperam validar as tecnologias em campo e entender como esses sistemas se comportam fora do laboratório.

Executivos da Samsung e da SK Telecom no ato de celebração do acordo – Imagem: Samsung News/Reprodução

Parceria tem alcance internacional

As empresas também participam de uma iniciativa global chamada AI-RAN Alliance, que reúne companhias e pesquisadores interessados no uso de IA em redes móveis. 

Em um encontro recente, a Samsung e a SK Telecom também apresentaram uma proposta conjunta que acabou sendo aceita como base técnica para estudos futuros.

Os representantes das duas companhias acreditam que o 6G não será apenas mais rápido que o 5G. A grande virada estará na inteligência das redes e na forma como elas vão se adaptar ao comportamento dos usuários e ao ambiente ao redor.

Corrida já começou

Embora o 5G ainda esteja em expansão em muitos países, o setor já olha para frente. A Samsung, por exemplo, investe em pesquisa sobre 6G desde 2019, com publicações técnicas e presença em eventos internacionais. 

Com a parceria, as duas empresas reforçam a intenção de garantir um papel de liderança nessa nova fase da conectividade móvel.

* Com informações do Samsung News