18/04/2024

Anatel analisará prazo adicional de 60 dias para rodar 5G nas capitais

Gaispi, Grupo de Acompanhamento das Obrigações da Faixa de 3,5 GHz, recomendou no início do mês o adiamento por causa da limpeza de faixa.

De acordo com o edital do leilão do 5G, as empresas vencedoras deveriam ativar a nova rede nas capitais brasileiras e no Distrito Federal até o final de julho deste ano, mas no início do mês, o Gaispi, Grupo de Acompanhamento das Obrigações da Faixa de 3,5 GHz, recomendou que o Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações adiassem dois meses os prazo.

A possibilidade de extensão de prazo está prevista no edital, mas a Anatel prevê analisar na próxima quinta-feira (2 de junho), o possível prazo adicional de 60 dias para as empresas ativarem a tecnologia 5G nas capitais.

“Este prazo adicional de 60 dias estava no edital justamente para acomodar esse tipo de situação. Com esse prazo adicional, tanto o setor de telecomunicações, como as empresas usuárias de satélite (inclusive radiodifusores), terão mais segurança”, diz o conselheiro Moisés Moreira, coordenador do Gaispi.

Caso o órgão regulador acate a sugestão do Gaispi, as empresas passam a ter um novo prazo para implementarem ao 5G nas capitais do Brasil e no Distrito Federal. Ou seja, o novo prazo passaria a ser até 29 de setembro. Lembrando que nas demais cidades, o cronograma não seria afetado, sendo mantido a implementação gradual até 2029, conforme edital.

Segundo a proposta do Gaispi, o problema central está no fornecimento de equipamentos para que sejam realizadas a “limpeza da faixa” de 3,5 GHz, para que não ocorra interferência no sinal do 5G. Ou seja, eles acreditam que nem todos os aparelhos necessários chegariam até o fim de junho.

“A motivação técnica para adoção de prazo adicional foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria, para a realização da mitigação de interferências nas estações satelitais, no prazo original. A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) explicou que o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto”, diz a Anatel em nota.

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