17/12/2025
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Pará em transformação: Governo Federal anuncia objetivos do PAC no estado

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Nesta quinta-feira, 16 de novembro, o Governo Federal divulgou informações detalhadas sobre o Novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) destinado ao estado do Pará, apresentando um plano de investimentos que totaliza R$ 38,7 bilhões.

Belém do Pará
Belém, capital do Pará.

O evento ocorreu no Theatro da Paz, localizado em Belém, e contou com a participação de autoridades como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governador do estado, Helder Barbalho, o ministro das Cidades, Jader Filho, o ministro do Turismo, Celso Sabino, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa. A ministra interina do Ministério das Comunicações (MCom), secretária-Executiva Sônia Faustino, esteve presente na solenidade.

Durante o evento, a secretária executiva Sônia Faustino enfatizou o compromisso do Ministério das Comunicações em promover a conectividade em todas as escolas públicas do país, visando a melhoria da aprendizagem e a ampliação da inclusão digital. Além disso, foram anunciados projetos significativos de conectividade, destacando-se a implementação da infovia estadual e a disponibilização de internet banda larga em 9,7 mil escolas.

“O Ministério das Comunicações está comprometido em levar a conectividade a todas as escolas públicas do país para aprimorar a aprendizagem e ampliar a inclusão digital”.

O governo está priorizando diversas iniciativas para promover o desenvolvimento e aprimoramento da infraestrutura no país. Entre as principais prioridades, destacam-se a melhoria das rodovias, como a BR-316, e a conclusão da BR-308. Além disso, estão programadas a construção de uma ponte sobre o Rio Xingu, a derrocagem do Pedral do Lourenço e a expansão do Hospital Universitário da UFPA.

No setor de transporte, 18 projetos estão em andamento para fortalecer a infraestrutura, incluindo a retomada das obras na BR-163 e investimentos significativos no setor ferroviário, como na Estrada de Ferro Carajás e na Ferrogrão. O programa Luz para Todos tem como meta beneficiar 200 mil famílias, enquanto as obras do Minha Casa, Minha Vida totalizam 27.161 unidades habitacionais.

O ministro Rui Costa ressaltou que a implementação do Novo PAC está sendo conduzida em conformidade com a orientação do presidente Lula. O objetivo não é apenas informar a sociedade, mas também mobilizar os gestores públicos e iniciar um processo de cooperação intenso. O PAC é concebido como um planejamento de estado, transcendendo a esfera de um governo específico.

O desenvolvimento de portos, aeroportos e hidrovias também está no foco do governo, com melhorias planejadas em diversas localidades, incluindo aeroportos em Belém, Altamira, Parauapebas, Marabá e Santarém do Pará. Obras estão programadas nos portos de Barcarena, Belém, Santarém e Vila do Conde.

Na área de saúde e educação, várias obras serão retomadas, abrangendo a construção de 88 Unidades Básicas de Saúde em 38 municípios, investimentos no Laboratório Central de Saúde Pública de Belém, a introdução de uma Unidade Móvel de Resposta Rápida e a expansão do Complexo Hospitalar Universitário da UFPA. Adicionalmente, estão previstas 459 obras na educação básica em 117 municípios, bem como a conclusão de 161 projetos em andamento.

Iniciativas como o Projeto Luz para Todos e o Programa Água para Todos têm como objetivo favorecer os habitantes do Pará, expandindo as redes de fornecimento de água e proporcionando acesso à eletricidade a inúmeras famílias. Adicionalmente, o conjunto de empreendimentos engloba ações de saneamento básico, garantia de segurança energética e aportes em preservação do patrimônio histórico, evidenciando o comprometimento com o progresso abrangente do estado.

Lista de substitutos para vaga no Conselho Diretor é aprovada pela Anatel

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O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, em circuito deliberativo, a lista de nomes dos superintendentes indicados para se revezar a fim de ocupar cadeiras vagas no colegiado. Foram oito indicações, sendo que três foram escolhidas pelo presidente da República.

No momento, há um assento sem conselheiro titular, uma vez que o mandato do conselheiro Moisés Moreira se encerrou no dia 04 deste mês. O superintendente Nilo Pasquali a assumiu em 6 de novembro, mas seu nome consta da lista tríplice cuja validade termina em 30 de janeiro.

Os substitutos podem atuar pelo período máximo de 180 dias, sucedendo-se na ordem da lista tríplice. A vigência da atual lista de substitutos expira em 30 de janeiro de 2024 e há necessidade de se encaminhar uma nova lista até o dia 31 de dezembro de 2023 (art. 10, § 3º, da Lei nº 9.986/2000).

Os nomes a serem encaminhados à Presidência da República para futura definição da lista tríplice, conforme decisão tomada em circuito deliberativo pelo Conselho Diretor da Anatel, são:

a) Para a primeira vaga na lista:

  • Raphael Garcia de Souza (superintendente de Gestão Interna da Informação)
  • Gustavo Santana Borges (superintendente de Controle de Obrigações)
  • Cristiana Camarate Silveira Martins Leão Quinalia (superintendente de Relações com Consumidores)

b) Para a segunda vaga na lista:

  • Abraão Balbino e Silva (superintendente executivo)
  • Daniel Martins de Albuquerque (superintendente de Administração e Finanças)
  • Hermano Barros Tercius (superintendente de Fiscalização)

c) Para a terceira vaga na lista:

  • Vinicius Oliveira Caram Guimarães (superintendente de Outorga e Recursos à Prestação)
  • José Borges da Silva Neto (superintendente de Competição)
  • Cristiana Camarate Silveira Martins Leão Quinalia (superintendente de Relações com Consumidores)

Os superintendentes foram escolhidos, inicialmente, por ordem de antiguidade no cargo, tendo sido apresentados dois nomes para última vaga da lista. Neste ponto, entendeu o conselheiro Alexandre Freire que o § 2º do art. 10 da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, teria caráter mandamental, sendo “obrigatório, portanto, que haja a indicação de três nomes para cada vaga, sendo que a lei não traz qualquer vedação caso o Conselho Diretor faça constar para a terceira vaga nome de candidato ou candidata que já integre a primeira ou a segunda lista tríplice”.

“Por ocasião da composição inicial do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, o Exmo. Desembargador Federal Álvaro Ricardo de Souza Cruz, então exercendo o cargo de Procurador Regional da República, concorreu às vagas destinadas a membro do Ministério Público Federal em duas listas tríplices simultâneas, as quais passaram pelo crivo do Pleno do Superior Tribunal de Justiça”, destacou Freire.

Dessa forma, propôs que o nome da superintendente Cristiana Camarate também estivesse presente na última vaga da lista. A proposta foi acompanhada por unanimidade pelos demais conselheiros.

Pesquisa aponta que 42% dos apps pedem permissões desnecessárias

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Sempre que baixamos um aplicativo em nosso aparelho celular, permitimos que esses apps tenham acesso a informações contidas no dispositivo. Mas será que essas permissões são realmente necessárias? Segundo pesquisadores de segurança cibernética e privacidade da NordVPN, no Brasil, 42% de todos os aplicativos solicitam permissões desnecessárias aos usuários.

De acordo com a pesquisa, no mundo, quase 87% dos apps Android e 60% dos iOS solicitam acesso a funções do dispositivo não relacionadas ao seu desempenho. Ainda alerta que 42% do total solicitam permissões relacionadas às atividades dos usuários fora do aplicativo real, o que significa que seu objetivo é coletar dados sobre os usuários em outros apps e sites.

Desse montante, 37% deles solicitam acesso à localização do usuário, 35% à câmera, 22% à galeria de fotos e 16% ao microfone, o que é bastante preocupante.

No Brasil, há em média de quase 22% de permissões, onde 42% são desnecessárias, 4% delas são especiais, perigosas e fazem uso de biometria. Para se ter uma ideia, 7% são dados considerados não funcionais, de publicidade de terceiros ou de desenvolvedores. 6,8% é a média de dados de rastreadores, usados para coletar informações sobre comportamento de navegação.

Dentre os apps que mais pedem permissões desnecessárias, estão o aplicativo de relacionamento Tinder, seguido por Globoplay e Google One. De forma geral, as plataformas de redes sociais, mensagens, navegação e namoro exigem o número mais significativo de permissões em comparação com outras categorias.

Eles também estão na liderança ao solicitar pedidos desnecessários. Em média, os aplicativos de redes sociais solicitam 10 permissões sem necessidade. Já os apps de navegação pedem nove, os de namoro – seis, e os de mensagens – cinco.

Os usuários de Android e de aplicativos de jogos devem ser os menos preocupados com essas permissões, segundo a pesquisa. Em média, foram solicitadas apenas 10 permissões e pedem menos de uma concessão desnecessária. Embora os aplicativos de comida e bebida no iOS solicitem em média menos de três permissões, em termos de transferências desnecessárias, os de produtividade estão na liderança porque quase não coletam dados desnecessários.

Para a country manager da NordVPN, Maria Eduarda Melo, há um número significativo de aplicativos móveis que usamos diariamente solicitando acesso a funções do dispositivo não relacionadas ao seu desempenho. E a maioria dos usuários concede licença para espionar, mesmo sem ler os termos e condições.

“Os usuários devem sempre considerar se o aplicativo precisa de determinados dados para realizar seu trabalho antes de clicar em ‘Aceitar’, porque as informações coletadas podem ser usadas ​​contra nossos interesses. É especialmente importante estar mais atento a algumas categorias de apps que são mais intrusivos, como mídias sociais ou aplicativos de mensagens”.

Starlink vence licitação para oferecer internet gratuita no México

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A Starlink, empresa de internet via satélite da SpaceX do bilionário Elon Musk, consegui vencer uma licitação no México para oferecer internet gratuita até o final de 2026, segundo uma autoridade do governo mexicano nesta quarta-feira (15). O contrato é avaliado em 1,56 bilhão de pesos (90 milhões de dólares).

A empresa venceu a licitação após oferecer os melhores preços de oferta pública de aquisição, disse Carlos Emiliano Calderon, coordenador da estratégia digital do México, em entrevista coletiva matinal regular do governo. Segundo Calderon, o país mexicano assinou contratos de internet gratuita com um total de nove empresas, nas quais se inclui então a Starlink.

Conforme o contrato, a empresa de satélites também deverá fornecer infraestrutura para a empresa estatal de energia do México até dezembro de 2026, de acordo com documentos vistos pela Reuters. É ainda indicado que o contrato para trabalhar com a Comission Federal de Electricidad (CFE) do país está avaliado entre 887,5 milhões de pesos e 1,8 bilhão de pesos mexicanos.

Atualmente, a Starlink possui uma constelação com mais de 5.000 satélites orbitando a Terra e fornecendo conectividade de internet em alta velocidade para clientes em mais de 60 países. Recentemente, a empresa fechou um contrato com a operadora de logística Maersk para levar conexão para os mais de 330 navios cargueiros.

Segundo Brent Porokosh, analista da empresa Euroconsult, a empresa de satélites pode representar 40% da receita da SpaceX até o fim do ano, na faixa de US$ 3 bilhões. O montante equivale a R$ 14,7 bilhões. Parte desse crescimento se deve ao fornecimento do serviço de internet para outras empresas. Atualmente, são 2 milhões de clientes.

O serviço de internet via satélite é uma das melhores opções para levar conectividade para áreas remotas e isoladas, uma vez que os meios de comunicação tradicionais, pelas torres de transmissão são mais difíceis de chegar. Entretanto, na contramão, é mais caro, devido ao elevado custo na operação. A OneWeb e HughesNet são alguns dos principais nomes desse tipo de internet.

Praia Grande (SP) receberá cabos submarinos de fibra óptica do Google

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O município de Praia Grande, no litoral de São Paulo, receberá uma nova instalação de cabos submarinos de fibra óptica do Google. O Cabo Firmina fará a conexão de Myrtle Beach (EUA) à Las Toninas (Argentina) e possuirá dois pontos de aterragem, um no bairro do Maracanã e em Punta Del Este, no Uruguai.

Foto: Amauri Pinilha/Divulgação Prefeitura de Praia Grande

O nome dado ao cabo é uma homenagem à escritora brasileira Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista mulher do país, e terá mais de 14 mil quilômetros de extensão e 12 pares de fibras ópticas. A previsão é que as obras sejam iniciadas na sexta-feira (17) e concluídas no dia 17 de novembro, caso não haja atrasos por diversos fatores, como clima.

A instalação será realizada por seis embarcações, mergulhadores, máquinas e operários na faixa de areia. Na área, será feito um perímetro de isolamento montado na areia para garantir a segurança dos frequentadores da praia da região, enquanto as obras são realizadas. No oceano também será necessário um perímetro de segurança para os mergulhadores, por isso os pescadores também devem se atentar.

As atividades para implantação do Sistema Firmina foram licenciadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e serão realizadas pela empresa Google Infraestrutura Brasil LTDA.

As linhas de fibra óptica submarina interligam nações globalmente, operando a partir de instalações no leito oceânico. Com extensões que abrangem milhares de quilômetros, os cabos têm capacidade para transmitir grandes volumes de dados rapidamente entre diferentes pontos.

O material usado na estrutura são de fibras ópticas revestidas com gel de silicone e envolvidas em diferentes camadas de plástico, fiação de aço, cobre e nylon, que fornecem isolamento e proteção contra danos causados por vida selvagem, âncoras, pesca e eventos naturais.

Em setembro deste ano, o Google recebeu a autorização da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para instalar cabos submarinos na costa de Praia Grande. Na época, a big tech disse ao BNamericas, que a “licença ambiental está relacionada às operações do Power Feeding Equipment (PFE) para nossos cabos submarinos. A licença é necessária para o manuseio responsável do óleo diesel usado nos geradores da unidade”.

Huawei e China afirmam ter construído a rede de internet mais rápida do mundo

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A Huawei e a China Mobile, durante uma conferência de imprensa, anunciaram que construíram a rede de internet mais rápida do mundo, em parceria com a Universidade Tsinghua, de Pequim, e a Cernet. A estrutura possui 3.000 quilômetros (1.860 milhas) de cabos de fibra óptica que liga Pequim ao sul do país asiático, e promete operar muito mais rápido do que as atuais.

Segundo as empresas, a rede pode alcançar uma largura de banda “estável e confiável” de 1,2 terabits por segundo, internet várias vezes mais rápida do que as velocidades típicas ao redor do mundo, e capaz de aguentar transferências de dados de tecnologias como o 5G, além de veículos elétricos. Segundo reportagem da Folha, a Bloomberg não conferiu a autenticidade das afirmações.

Wu Jianping, professor de ciência da computação e tecnologia da Universidade Tsinghua, que supervisiona o projeto de Internet, disse em comunicado à imprensa que o sistema, incluindo software e hardware, foi fabricado na China, produzido e controlado de forma independente. A rede é o primeiro projeto da indústria a ser inteiramente construído com tecnologia local, disse à agência oficial de notícias Xinhua.

O vice-presidente da Huawei Technologies, Wang Lei, no lançamento oficial do novo backbone na segunda-feira (13), disse que a nova rede é “capaz de transferir dados equivalentes a 150 filmes de alta definição em apenas um segundo”.

Embora seja um marco alcançar tamanha velocidade, ela não está disponível tão cedo para os consumidores. Ainda se trata de experimentos, que segundo a Universidade, começaram a ser testadas em julho, e devem ser lançados dois anos antes da previsão dos especialistas.

Ter uma estrutura de internet que pode alcançar tal velocidade de transferência de dados, com uma conexão mais robusta e mais rápida, será ideal para grandes empresas que necessitam de transferências de informação mais rápidas, além de vantagens na negociação de ações e até para a segurança nacional.

Vale lembrar que atingir tal velocidade não é exatamente uma novidade. Em fevereiro deste ano, a Nokia anunciou ter alcançado a velocidade de 1,2 terabits por segundo em distâncias “metropolitanas” de cerca de 118 quilômetros em uma rede óptica na Europa.

Smartphones 5G com o melhor desempenho no Brasil, segundo a Ookla

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Nesta quarta-feira (15), a Ookla, responsável pelo Speedtest, divulgou um relatório onde analisou a performance de smartphones 5G em diversos mercados, incluindo o Brasil. A empresa levou em consideração a velocidade de download, upload e latência dos dispositivos. Entretanto, o foco da análise foi o iPhone 15, para ver a melhoria das técnicas nos modelos da Apple.

As versões mais recentes do aparelhos, incluindo o Pro, Pro Max e Plus e até seu antecessor, o iPhone 14 Pro Max (em alguns casos), ocupam as primeiras posições em em diversos países.

No mercado brasileiro, o estudo mostra que as três primeiras posições são ocupadas pelos modelos iPhone 15, iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max, registrando as seguintes velocidades 533,32 Mbps, 523,88 Mbps e 523,24 Mbps, respectivamente.

Segundo a Ookla, três em cada quatro modelos do iPhone 15 no Brasil apresentaram velocidades médias de download 5G significativamente mais rápidas do que seus equivalentes do iPhone 14 durante o período de 22 de setembro a 20 de outubro de 2023. O iPhone 15 registrou uma velocidade de download melhor que o modelo 14 Pro com 479,26 Mbps.

No ranking montado pela Ookla, somente quatro modelos da Samsung no Brasil aparecem apenas listadas: Galaxy z Fold 5 (472,37 Mbps), Galaxy Z Fold 4 (459,05 Mbps), Galaxy Z Flip 5 (445,36 Mbps) e Galaxy Z Flip 4 (433,69 Mbps).

Durante o relatório, em relação aos outros países, os smartphones 5G no Brasil possuem um desempenho bem superior na velocidade do 5G, tendo a velocidade de download e upload quase o dobro das demais. Entretanto, vale ressaltar que a tecnologia está bem avançada no país, em comparação a estes outros mercados.

Nesse sentido, somente os Emirados Árabes Unidos (entre 836,63 Mbps a 626,63 Mbps) e a Coreia do Sul (entre 549,49 Mbps a 456,52 Mbps) possuem velocidades superiores às do Brasil. Nos U.A.E, o iPhone 15 Pro lidera o ranking, enquanto que o iPhone 14 Pro lidera na Coreia.

O relatório completo, com análises em outros países, pode ser conferido na página da Ookla.

Estratégias da TIM para vender produtos e captar novos clientes

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Buscando ampliar a captar novos clientes para a sua base, a TIM, terceira maior empresa de telefonia móvel do país, anunciou que passará a vender outros em suas lojas, como projetores, TVs, notebooks e até videogames com descontos em troca da fidelização dos compradores. A informação foi divulgada em reportagem da Folha.

A ideia é fazer com que o interessado faça a contratação de um plano móvel da operadora, se não for cliente, para poder usufruir da opção de compra. Segundo a TIM, se trata de uma modalidade de compra comum para troca de smartphones, mas não era empregada pelas concorrentes na venda de acessórios e outros equipamentos.

A operadora também quer aproveitar para impulsionar a venda de smartphones compatíveis com 5G, onde pretende oferecer descontos de até R$ 3 mil em aparelhos da Samsung, que mira os 62 milhões de clientes da operadora para melhorar sua participação nesse mercado. A TIM vai aproveitar a Black Friday como uma espécie de teste para a oferta.

TIM Fun

Após dois anos de seu lançamento, a plataforma de recompensa e entretenimento da tele, TIM Fun, chegou a marca de 1 milhão de usuários. A solução é parte do TIM Ads, plataforma de monetização da operadora, que busca engajar os clientes pré-pagos, pós-pagos (TIM Beta) e controle com marcas por meio de vídeos, jogos online, palpites de jogos, participação em campanhas e pesquisa.

Nesse caso, ao participar de campanhas e pesquisas, os consumidores recebem benefícios, como pacotes de dados, minutos em chamadas e serviços de SMS.

Em uma pesquisa recente, a TIM forneceu aos consumidores um questionário sobre a Black Friday, onde 180 mil pessoas responderam a pesquisa e 73% revelaram que pretendem gastar até R$ 500 em compras online (preferencialmente) na data de promoções do mês de novembro.

Em cima dos resultados dessas pesquisas, a operadora pode trabalhar nas estratégias de marketing e venda de seus produtos, especialmente em períodos promocionais como a Black Friday, que busca movimentar o comércio.

Ao todo, em três anos de TIM Ads, a operadora já realizou 70 pesquisas com mais de 15 milhões de respostas.

Reclamação sobre ‘gun jumping’ na venda da Oi Móvel é arquivada

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A venda da unidade móvel da Oi para as rivais TIM, Vivo e Claro foi alvo de muitas reclamações de empresas de telecomunicações, que alegavam irregularidades na transação, mas algumas ainda perduraram por um bom tempo. No início deste mês, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) arquivou uma reclamação da Algar Telecom, que acusou ter ocorrido ‘gun jumping’ no negócio.

No caso, a Algar Telecom registrou reclamação junto ao Cade, em novembro de 2020, sob o argumento de que a Claro, TIM e Vivo tinham praticado gun jumping, quando o negócio é concluído antes do aval das autoridades. Ou seja, formaram um consórcio para apresentar proposta conjunta de compra no leilão judicial da Oi Móvel, sendo que essa formação deveria ter sido comunicada ao órgão antitruste. O edital do leilão de ativos da Oi tinha sido publicado dois dias antes, e sua realização se daria no dia 14 de dezembro.

Em janeiro de 2021, as operadoras assinaram o contrato de venda da Oi Móvel, onde a Claro assumiu o compromisso de pagar R$ 3,7 bilhões pela sua fatia. A Vivo, R$ 5,5 bilhões. E a TIM, R$ 7,3 bilhões. Na época, foi um total de 16,5 bilhões, cujo valor foi revisto este ano.

Em fevereiro, o Cade notificou o mercado da venda dos ativos móveis da Oi. Entretanto, somente em março que a Superintendência-Geral abriu apuração de ato de concentração com base na reclamação da Algar, inclusive teve apoio do Ministério Público Federal recomendando a anulação da venda da Oi Móvel para Claro, TIM e Vivo.

A TIM e a Claro defenderam o negócio contra a acusação, onde a TIM afirmou não ter ocorrido formação de consórcio, mas uma oferta conjunta para aquisição de ativos com proposta de remédios “fix-it-first”. Ou seja, quando as compradoras já previam problemas regulatórios e concorrenciais que precisariam ser sanados.

A Algar Telecom chegou a pedir a emissão de medida cautelar para impedir a transação, mas foi negado pela SG. A Superintencia afirmaou que “teve conhecimento prévio das tratativas que findaram na aquisição, pela Claro, Telefônica e TIM, de todos os ativos, obrigações e direitos relacionados às atividades de telefonia móvel do Grupo Oi”.

Por fim, em outubro a SG decidiu arquivar a reclamação, passando a correr prazos de recurso. Como não houve manifestação da Algar, houve o arquivamento, dando como “trânsito em julgado” no dia 3 de novembro.

Brisanet planeja levar 5G para 14 milhões de pessoas até o fim de 2024

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Durante a apresentação de resultados financeiros do terceiro trimestre da Brisanet, Roberto Nogueira, CEO da telecom, falou sobre os planos da companhia em relação à sua cobertura móvel 5G no próximo ano. As vendas dos planos de rede começaram em agosto de 2023, e já estão em operação em 24 cidades, que somadas, contam com cerca de 1 milhão de habitantes.

Agora os planos da Brisanet é expandir consideravelmente a sua cobertura 5G no Nordeste, com a perspectiva de ativar o sinal em uma área total de 9 milhões a 10 milhões de habitantes, buscando alcançar até o final de 2024 cobrindo, pelo menos, 14 milhões de pessoas. “Em 2024, essa rede construída vai trazer um resultado bem promissor e, em meados do ano, o mercado não vai ter dúvida do sucesso da Brisanet em 5G”, assegurou o CEO.

Segundo a empresa, até o final deste ano, deverá investir um total de R$ 500 milhões para a criação e expansão de sua rede 5G SA. A operadora já desembolsou R$ 381 milhões, sendo R$ 102 milhões neste ano. A expectativa é de que chegue a 40 municípios até o fim deste ano, incluindo Fortaleza, abrangendo uma área de cobertura de 4 milhões de habitantes.

“Até o fim do ano vamos amadurecer a infraestrutura e iniciar a homologação do faturamento sem nenhuma surpresa. Por enquanto, faremos venda controlada, sem ritmo agressivo de venda”, explicou Nogueira.

Ao todo, a Brisanet investirá R$ 2 bilhões no 5G. Há planos para antecipar a entrega da rede ainda em 2024, adiantando os compromissos. Ao todo há 1.437 cidades no Nordeste com menos de 30 mil habitantes e o leilão de 5G estipulou cobertura para esses municípios entre 2026 e 2029.

Por enquanto, as vendas de chips 5G da Brisanet ocorrem de forma tímida, como uma espécie de teste para os primeiros clientes. As vendas devem ser ampliadas a partir do início de 2024. “No 5G, diminuímos um pouco o investimento no segundo semestre de 2023 em função do processo de homologação, que atrasou um pouco. A venda de forma efetiva vai começar praticamente na transição do ano”, disse o executivo.

A proposta é levar a cobertura 5G para cidades que já contam com sua estrutura de cabos de fibra óptica, mas sem investimento na expansão da rede FTTH. Neste caso, são 158 cidades com rede FTTH, com 61,6 mil quilômetros de extensão, além de 37 mil quilômetros de backbone, 280 data centers e 1,256 milhão de clientes – que são potenciais usuários da rede móvel da empresa.

Por enquanto, a empresa está centrada no Nordeste, mas também tem compromisso de ativar o 5G na região Centro-Oeste. Segundo o edital do leilão, a Brisanet deve conectar 1.437 cidades com menos de 30 mil habitantes entre 2026 e 2029. No entanto, a empresa trabalha com a possibilidade de realizar todas as ativações antes de 2026.

“A Brisanet não está olhando o compromisso como um peso. Estamos pensando no payback [tempo de retorno do investimento]”, indicou Nogueira. “Abaixo de 30 mil habitantes, para a Brisanet é negócio e aponta para um payback menor do que na capital”, complementou.

Entretanto, Nogueira conta que a ativação do 5G no Centro-Oeste deverá ser com um modelo de parcerias locais. “Vamos ter uma estrutura e um modelo de rápida expansão com parceiros regionais que detêm a infraestrutura. Já estamos desenhando [a operação] e mapeando as redes existentes”, afirma.