13/12/2025
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Novos totens da Uber permitirão pedir carro sem usar o app

Imagem: Shutterstock/Reprodução

A Uber iniciou a implementação de totens físicos que permitem solicitar corridas sem o uso do aplicativo. A novidade, pensada para atender principalmente turistas e usuários sem conexão à internet, começa a operar nos Estados Unidos e poderá ser expandida para outros locais com grande fluxo de viajantes.

O primeiro equipamento foi instalado no terminal C do aeroporto LaGuardia, em Nova York. Os totens funcionam como uma espécie de autoatendimento: o passageiro digita o destino, escolhe a categoria da corrida, realiza o pagamento com cartão diretamente no dispositivo e recebe um comprovante impresso. 

Informações sobre a viagem também podem ser acompanhadas via navegador do celular ou por mensagens SMS.

Foco em turistas e grandes eventos

Em comunicado oficial, a Uber explicou que o projeto mira visitantes internacionais que, ao desembarcarem, ainda não possuem chip local para conexão de dados móveis. 

A ideia é oferecer uma solução prática e acessível em pontos de chegada movimentados, como aeroportos, hotéis e portos.

Um porta-voz da companhia afirmou à agência Bloomberg que a estratégia é vista como uma oportunidade relevante, especialmente com a aproximação de grandes eventos nos EUA, como a Copa do Mundo. A expectativa é de que o modelo reduza barreiras de acesso e amplie a base de usuários.

Totens são mantidos pela Uber, mas modelo pode evoluir

Inicialmente, a infraestrutura e manutenção dos totens serão responsabilidade da própria Uber. No entanto, a empresa já considera adaptações futuras no modelo operacional, como parcerias comerciais que envolvam cobrança de taxas ou aluguel dos dispositivos por parte dos estabelecimentos onde forem instalados.

Ainda não há um cronograma detalhado de expansão nem a lista completa de locais que receberão o equipamento nos próximos meses.

Expansão acompanha outras iniciativas de acessibilidade

A criação dos totens é parte de um movimento mais amplo da Uber para tornar seus serviços acessíveis a diferentes perfis de usuários. 

Em ações anteriores, a empresa já havia lançado uma versão do app com interface simplificada voltada a idosos e, mais recentemente, passou a permitir a solicitação de corridas dentro do aplicativo do iFood.

Iniciativas como essa são um vislumbre dos possíveis avanços e melhorias que serviços populares de mobilidade urbana podem ter no futuro.

TCU cobra Anatel por regras mais rígidas no pré-pago e no SMS para proteger idosos de golpes

Imagem: Getty Images/Reprodução

O Tribunal de Contas da União (TCU) quer mudanças urgentes nas regras que envolvem o uso de linhas móveis e mensagens de texto no Brasil. 

O alvo principal é a Anatel, que recebeu do órgão uma série de recomendações após a conclusão de uma auditoria focada no aumento de golpes digitais, muitos deles praticados contra idosos.

Um dos pontos centrais da cobrança diz respeito ao cadastro de linhas pré-pagas. Segundo o TCU, o modelo atual facilita a ativação de chips com dados falsos ou em nome de terceiros. Isso abre caminho para que golpistas se escondam atrás de números de celular sem qualquer rastreabilidade real. 

Linhas assim são, muitas vezes, a porta de entrada para golpes por SMS, uma prática que afeta de forma direta pessoas com menor familiaridade com tecnologia.

Cadastro pré-pago deve passar por mudanças

O Tribunal deu prazo de seis meses para que a Anatel apresente ajustes concretos nesse modelo. A ideia é tornar o processo mais seguro, exigindo validações de identidade mais eficazes. 

Além disso, as operadoras deverão adotar mecanismos que dificultem o uso indevido das linhas, o que também poderá colaborar com investigações, caso algum crime digital ocorra a partir desses números.

A vulnerabilidade no sistema atual, segundo o relatório, é justamente o que tem permitido a proliferação de golpes, especialmente contra o público idoso, visto como mais suscetível a armadilhas por telefone ou mensagens.

SMS sem regras é caminho livre para fraudes

Outro ponto que entrou no radar foi o uso de mensagens de texto. O SMS, ainda hoje bastante utilizado, principalmente por serviços bancários e empresas, não conta com uma regulação específica. 

O TCU vê nisso um fator de risco. A ausência de regras claras abre espaço para mensagens falsas, com links maliciosos ou promessas enganosas, como aquelas que simulam prêmios, cobranças ou atualizações de cadastro.

Por isso, o órgão de controle recomendou que a Anatel desenvolva uma norma voltada exclusivamente para o serviço de mensagens. Essa regulamentação deverá deixar claro o que é permitido e quais práticas devem ser coibidas, principalmente quando o alvo são pessoas idosas, muitas vezes menos familiarizadas com os sinais de um golpe digital.

Banco Central também foi acionado

Além da Anatel, o TCU direcionou cobranças ao Banco Central. A Corte quer que instituições financeiras criem estratégias mais firmes de proteção ao cliente idoso. 

Isso inclui canais de atendimento adaptados, sistemas de autenticação mais robustos e campanhas de orientação com linguagem acessível.

Outra medida recomendada é a ampla divulgação do chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix. Apesar de estar em vigor, o recurso ainda é pouco conhecido e pode ser decisivo para reverter prejuízos em casos de golpe. 

O Banco Central deverá, ainda, acompanhar se as normas já estabelecidas sobre segurança digital estão sendo cumpridas.

Sistema precisa conversar melhor

O acórdão com todas essas determinações será enviado também à Febraban. A ideia é mobilizar o setor bancário para que adote medidas mais uniformes no combate a fraudes. 

O recado do TCU é direto: o cenário atual mostra uma combinação preocupante entre a sofisticação de criminosos, a falta de coordenação entre os órgãos públicos e a baixa alfabetização digital de parte da população, especialmente entre os mais velhos.

O entendimento é que, para barrar os golpes, será preciso mais do que ações isoladas. A comunicação entre setores, telecomunicações, bancos e poder público, precisa ser mais integrada, com foco claro na proteção do consumidor, principalmente aquele mais vulnerável.

Acesso à internet cresce nas classes mais baixas, mas desigualdades estruturais ainda limitam inclusão digital

Imagem: Getty Images/Reprodução

O número de brasileiros com acesso à internet aumentou. É fato. Mas basta sair um pouco do centro para perceber que a inclusão digital, na prática, continua capenga. 

Segundo a nova edição da pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta semana, mais casas passaram a ter internet, especialmente entre os mais pobres. Mas isso não quer dizer que todos estão realmente incluídos no mundo digital.

Nas classes D e E, 73% dos domicílios estão conectados. Há dez anos, essa proporção era de míseros 16%. A diferença para a classe A, que já atingiu 100%, caiu bastante. Porém, uma conexão ruim, lenta ou limitada pode ser quase tão excludente quanto a ausência total de sinal.

Celular virou regra, mas com limites

A internet, para boa parte da população, ainda depende de plano pré-pago no celular. E aí mora o problema. 

Quando o pacote acaba, e isso acontece com frequência, muita gente fica sem acesso ao básico. A pesquisa aponta que 64 milhões de brasileiros passaram por isso nos últimos três meses.

Em alguns casos, só dá pra usar aplicativos patrocinados. É o tal do zero rating, que permite acesso gratuito a determinados apps mesmo sem dados. 

Para quem vive nas classes D e E, isso virou rotina: 41% seguem usando apenas apps liberados quando o plano expira. Já 39% ficam completamente sem acesso.

Leia também: 5G já responde por mais de 55 milhões de linhas no Brasil, mas cobertura e custo ainda travam avanço

Sem computador, sem chance

Outro abismo aparece no tipo de equipamento disponível. Se a casa tem computador, as chances de uso mais amplo da internet crescem. Mas só 10% dos domicílios das classes mais baixas contam com computador

Na classe A, esse número beira os 100%. A diferença no aproveitamento é gritante: com computador, 69% das pessoas o usam. Sem ele, só 8% conseguem utilizar algum, seja na escola, no trabalho ou em lan houses.

A conectividade, portanto, não se resume ao wi-fi ligado. Envolve também o tipo de aparelho, velocidade da conexão, locais de uso e até o custo da mensalidade.

Quando estar conectado não é o bastante

A TIC Domicílios traz um termo que ajuda a entender esse cenário: conectividade significativa. Estar online é um passo, mas estar bem conectado é outra história. 

Apenas 20% da população está no nível mais alto de qualidade de conexão. A maioria navega com restrições, seja de velocidade, de dados ou de dispositivos.

E esse dado preocupa: a parte da população que está melhor conectada não cresce. Estagnou. A parte com acesso mais frágil, por outro lado, diminuiu um pouco. O cenário melhora num ponto e emperra no outro.

Regiões e perfis ainda fazem diferença

Em áreas rurais e na Região Norte, o cenário é mais crítico. Um em cada quatro usuários dessas localidades ficou completamente sem acesso a aplicativos quando os dados acabaram. 

Em contraste, nas regiões mais ricas, isso é muito menos comum. Há ainda diferenças entre brancos e pretos, entre quem estudou mais e quem estudou menos.

O acesso existe, sim. Mas a maneira como ele se dá muda radicalmente conforme a renda e o endereço. A internet está em mais lares, 86% no total, mas boa parte da população ainda navega com freios puxados.

A internet chegou, mas a inclusão ficou pelo caminho

O avanço no número de lares conectados é real, mas está longe de ser suficiente. Sem planos mais acessíveis, dispositivos em casa e velocidade decente, o uso pleno da internet continua restrito a uma parcela do país.

O Brasil precisa ir além do sinal. É hora de olhar para o que as pessoas conseguem fazer com a internet, não só se ela está disponível. Conexão por si só não resolve. É preciso garantir que ela funcione, alcance e transforme.

Telebras abre concurso com 930 vagas; salário inicial passa de R$ 11 mil

Imagem: Getty Images/reprodução

A Telebras, estatal ligada ao Ministério das Comunicações, lançou um novo concurso público para o cargo de especialista em gestão de telecomunicações. Há algumas semanas, noticiamos a escolha da Cebraspe como banca do certame.

Ao todo, são 930 vagas, sendo 15 para contratação imediata. O restante compõe um cadastro de reserva que poderá ser utilizado ao longo da validade da seleção.

As inscrições começam no dia 11 de dezembro e se encerram em 2 de janeiro de 2026. O salário inicial é de R$ 11.680,78.

Vagas e especialidades

As vagas exigem formação superior e abrangem áreas diversas, como Direito, Psicologia, Engenharia, Estatística, Contabilidade, entre outras. 

A maioria dos postos terá lotação em Brasília (DF), mas algumas funções também contam com unidades no Rio de Janeiro.

O edital prevê reserva de vagas para candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e quilombolas.

Etapas do concurso

As provas estão agendadas para o dia 8 de fevereiro. A seleção será composta por avaliações objetivas, discursivas e análise de títulos. As provas escritas terão caráter eliminatório e classificatório.

Serão 120 questões ao todo: 50 de conhecimentos básicos e 70 de conteúdos específicos. As respostas deverão ser julgadas como certas ou erradas, de acordo com o modelo tradicional do Cebraspe.

A prova discursiva será uma redação de até 30 linhas, sobre temas relacionados à especialidade escolhida.

Títulos e critérios de avaliação

Na fase final, serão analisados os títulos dos candidatos aprovados. Entre os documentos válidos estão diplomas de especialização, mestrado, doutorado e comprovação de experiência profissional na área.

A pontuação dos títulos é adicional e pode influenciar na classificação final.

Aplicação e locais de prova

As avaliações ocorrerão em Brasília e no Rio de Janeiro, conforme o cargo pretendido.

Algumas especialidades contarão com aplicação em ambas as cidades. No entanto, a maioria dos testes será realizada apenas na capital federal.

O edital prevê ajustes no local das provas caso não haja estrutura suficiente nas cidades inicialmente previstas.

Perfil da estatal

A Telebras atua como fornecedora de infraestrutura de rede para órgãos públicos e projetos de inclusão digital. 

A empresa opera uma malha de fibra óptica com mais de 28 mil quilômetros e utiliza o satélite geoestacionário SGDC para ampliar o acesso à internet em regiões remotas.

O novo concurso marca uma movimentação importante da companhia, que não abria seleção há um bom tempo.

Como se inscrever?

Os interessados devem se inscrever por meio do site do Cebraspe, responsável pela aplicação das provas. 

A taxa de participação é de R$ 130, com pagamento até 6 de janeiro. Haverá possibilidade de isenção para inscritos no CadÚnico ou doadores regulares de medula óssea.

Para conferir o edital completo, clique aqui.

Google prepara nova geração de óculos com IA para 2026

Imagem: Xreal/Google/divulgação

O Google está prestes a dar um novo passo em direção à retomada de sua presença no mercado de dispositivos vestíveis. 

A empresa confirmou o desenvolvimento de duas linhas de óculos inteligentes equipados com a inteligência artificial Gemini, marcando uma estratégia diferente daquela adotada com o controverso Google Glass. A previsão é que os primeiros modelos sejam lançados em 2026.

Os novos dispositivos fazem parte de uma iniciativa mais ampla do Google para consolidar sua atuação no ecossistema de realidade aumentada e inteligência artificial. 

A proposta envolve a oferta de dois tipos de óculos: um com displays integrados e outro focado exclusivamente em comandos de voz e áudio, permitindo que os usuários escolham entre imersão visual ou leveza no uso cotidiano.

Projetos em parceria e foco na experiência do usuário

Para o desenvolvimento dos óculos, o Google tem contado com a colaboração de fabricantes como Samsung, Warby Parker, Gentle Monster e Xreal. 

A maioria dos modelos apresentados até agora mantém um visual semelhante ao de óculos convencionais, já que o processamento das funções será feito por meio de conexão com o smartphone, o que ajuda a reduzir o peso dos dispositivos.

A ideia da companhia é oferecer uma experiência fluida, em que o usuário possa, por exemplo, pedir músicas no YouTube Music, utilizar o Google Maps com sobreposição em realidade aumentada ou até obter traduções em tempo real com legendas exibidas diretamente nas lentes. Em modelos sem tela, as respostas seriam entregues por meio de áudio.

Durante uma apresentação a portas fechadas, jornalistas puderam testar protótipos com diferentes configurações, incluindo versões com display monocular e binocular. 

Os testes demonstraram que a tecnologia já está madura o suficiente para oferecer integração entre comandos de voz, reconhecimento de ambiente e IA generativa. Mesmo assim, a empresa segue ajustando aspectos como design, autonomia de bateria e privacidade de dados.

Posicionamento frente à concorrência

A movimentação do Google se dá em um cenário de forte competitividade. A Meta já conquistou espaço no segmento com os Ray-Ban Meta, enquanto empresas como Snap e Apple também preparam lançamentos para os próximos meses. 

O Google, que amargou críticas e baixa adesão com o Google Glass no passado, agora aposta em uma abordagem mais conservadora, ao menos no visual, mas tecnologicamente mais robusta.

Nova tentativa, novos critérios

A escolha por não repetir os passos do Google Glass, lançado em 2013 e descontinuado anos depois, indica um aprendizado estratégico por parte da empresa. 

Na época, questões relacionadas à privacidade, aparência pouco discreta e utilidade prática acabaram comprometendo a adoção do produto.

Agora, ao combinar inteligência artificial avançada, design discreto e integração com dispositivos móveis, o Google espera alcançar uma nova base de usuários,  mais conectados, exigentes e preocupados com a usabilidade. 

A expectativa é que os modelos impulsionados pelo Gemini cheguem ao mercado em um momento em que o conceito de óculos inteligentes já encontra maior aceitação.

Enquanto os testes seguem restritos a ambientes controlados, a aposta da empresa deixa claro que a disputa pelo futuro da computação vestível está longe de terminar e o Google quer voltar a ser um nome de peso nessa corrida.

Vivo avança no setor B2B com aquisição estratégica em cibersegurança

Imagem: Shutterstock/reprodução

A Vivo acaba de fechar uma aquisição que promete dar fôlego extra à sua atuação no segmento empresarial. 

A operadora anunciou nesta terça (9) a compra da área de cibersegurança da Telefónica Tech no Brasil, numa transação que pode alcançar até R$ 232 milhões. 

A operação, conduzida por meio da Telefônica Infraestrutura e Segurança (TIS), aprofunda o movimento da empresa rumo à consolidação de sua presença no mercado de serviços digitais para empresas.

Com a incorporação, a Vivo passa a oferecer um leque mais amplo de soluções ligadas à proteção de dados, gestão de vulnerabilidades e segurança em ambientes de nuvem, todos setores cada vez mais estratégicos em meio ao avanço da digitalização no mundo corporativo.

Mais que expansão, uma integração

A iniciativa também dialoga com a forma como a Vivo vem reconfigurando sua atuação no B2B. Em vez de apenas expandir, a companhia tem buscado integrar competências, acelerar o lançamento de produtos e simplificar os canais de atendimento para empresas. 

A TIS, que liderou a negociação, já havia adquirido a Vita IT anos atrás, hoje rebatizada como Vivo Vita, e agora reforça esse histórico de crescimento com foco em tecnologia de ponta.

Nos bastidores, a movimentação é vista como parte de uma estratégia maior: oferecer às empresas soluções completas em tecnologia, não apenas conectividade.

Faturamento expressivo e olhar para o futuro

Os números ajudam a dimensionar o peso do mercado corporativo no atual modelo de negócios da Vivo. De outubro de 2024 a setembro de 2025, a receita obtida com serviços digitais para empresas chegou a R$ 5,1 bilhões. 

Isso representa um crescimento de mais de 34% no período, consolidando a vertical B2B como uma das mais dinâmicas da companhia. Hoje, essa área já responde por cerca de 8,6% do faturamento total.

A aposta em cibersegurança surge, portanto, como uma resposta direta à demanda crescente por soluções robustas e confiáveis em um cenário de aumento nos ataques digitais.

Competência técnica e visão estratégica

Outro diferencial que acompanha a aquisição é a expertise técnica envolvida. Além dos ativos adquiridos, a Vivo herda uma equipe altamente especializada, com conhecimento aprofundado em arquitetura de segurança digital e implementação de projetos personalizados para o setor empresarial.

A operadora tem reforçado o discurso de que quer ser mais do que uma fornecedora de serviços, buscando atuar como parceira estratégica na transformação digital de seus clientes.

Pesquisa mostra que 60% pagariam extra por serviços de satélite no celular

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Celular via satélite
Reprodução/Gemini

Mais de 60% dos consumidores globalmente estão preparados para pagar valores extras por serviços de conectividade via satélite em seus smartphones, segundo revela pesquisa conduzida pela GSMA Intelligence que ouviu mais de 12 mil usuários de telefones celulares em 12 mercados diferentes. O levantamento foi divulgado pela Viasat e investigou as percepções dos consumidores sobre serviços satelitais que complementam redes móveis terrestres.

O estudo aponta que mais de um terço dos consumidores relatou perder acesso a serviços celulares básicos pelo menos duas vezes por mês. Essa frustração com áreas sem cobertura pode explicar a disposição de pagar mais por alternativas que garantam conexão constante, mesmo em locais remotos ou de difícil acesso para as operadoras tradicionais.

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Diferenças regionais na disposição para pagar

A empolgação com conectividade satelital varia geograficamente. Regiões de alto crescimento como Índia (89%) e Indonésia (82%) demonstram maior disposição para pagar por esses serviços do que economias mais desenvolvidas, como Estados Unidos (56%) e França (48%). Essa diferença reflete as necessidades distintas de cada mercado e as lacunas de cobertura existentes.

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Potencial de receita para operadoras

O entusiasmo dos consumidores se traduz em potencial de receita para as operadoras de telecomunicações. Em média, consumidores dispostos a pagar mais estariam satisfeitos em gastar entre 5% e 7% a mais em suas contas telefônicas mensais atuais. Na Índia, os entrevistados mostraram-se dispostos a pagar 9% além do gasto mensal atual, representando oportunidade significativa.

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Apesar da Índia apresentar receita média por usuário (ARPU) de apenas US$ 2,35, contrastando com os US$ 45,57 dos Estados Unidos, o mercado indiano permanece crucial. Segundo o relatório, quando se considera o tamanho populacional maior e a maior disposição para pagar, mercados com ARPU mais baixo representam oportunidades substanciais de crescimento se estratégias comerciais forem adaptadas efetivamente.

Risco de perda de clientes

Operadoras que optarem por não oferecer serviços satelitais podem enfrentar risco de erosão de participação de mercado. Quase metade dos entrevistados (47%) afirmou que trocaria para uma operadora diferente se serviços externos em áreas fora de cobertura fossem incluídos na assinatura. Essa disposição para migrar demonstra o valor que consumidores atribuem à cobertura confiável.

Indústria em ponto de inflexão

Andy Kessler, Vice-Presidente da Viasat Enterprise, destacou que os dados evidenciam a frustração com pontos cegos móveis e mostram que consumidores estão dispostos a pagar ou até trocar de provedores por cobertura confiável. “Isso significa que a indústria está atingindo um ponto de inflexão. As operadoras de rede móvel precisam agir rapidamente para aproveitar o entusiasmo em torno dos serviços satelitais para garantir fidelidade e gerar receita“, afirmou Kessler.

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O executivo enfatizou ainda que essa transformação vai além de uma simples atualização de recursos. “Isso é mais do que fornecer uma atualização de recursos. Pode ser uma ferramenta essencial para inclusão digital, segurança e crescimento econômico. Estamos empolgados em forjar parcerias dentro do ecossistema para ajudar a tornar isso realidade para milhões de usuários a mais“, declarou.

Tim Hatt, Chefe de Pesquisa e Consultoria da GSMA Intelligence, reforçou o potencial do mercado. “Seis em cada dez dizem que estão dispostos a pagar extra por serviços D2D, e quase metade trocaria de provedor para obtê-los. Esse é um sinal decisivo de demanda e uma clara oportunidade de receita para operadoras“, destacou Hatt.

O especialista também apontou o momento crucial para o setor. “Com serviços satelitais alinhados aos padrões 3GPP e migrando de testes para realidade comercial, a corrida começou para entregar D2D em escala. Primeiro mensagens e voz, depois dados, para que as operadoras possam se diferenciar em alcance, resiliência e confiança do cliente“, completou.

Streaming gratuito com anúncios cresce rápido e mira US$ 11 bilhões até 2030

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Canais FAST
Reprodução/Gemini

O mercado global de FAST (TV por streaming gratuita com suporte publicitário) está em franca expansão e deve quase dobrar de tamanho até o final da década, quando as receitas devem atingir US$ 11 bilhões até 2030, segundo dados divulgados pela consultoria Omdia. O crescimento acelerado reflete o investimento massivo de grandes empresas de tecnologia e o aumento da demanda dos consumidores por opções de entretenimento acessíveis e sem necessidade de assinatura.

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Com receitas previstas de US$ 6 bilhões para 2025, o setor FAST demonstra força e potencial de expansão rápida nos próximos anos. Gigantes como Roku Channels, Samsung TV Plus, LG Channels, Pluto TV e Fire TV Channels estão investindo pesadamente nesse modelo de negócio, apostando na combinação de conteúdo gratuito e facilidade de acesso para atrair milhões de usuários ao redor do mundo.

Aplicativos de TV FAST
Reprodução/Gemini

A análise da Omdia revela que a adoção de serviços FAST está se acelerando tanto em mercados desenvolvidos quanto emergentes. Estados Unidos, México, Brasil e Espanha aparecem como as regiões mais dinâmicas em termos de crescimento, liderando a transformação global do consumo de conteúdo audiovisual por streaming sem custos de assinatura para os espectadores.

Estados Unidos lidera penetração global

Nos Estados Unidos, o mercado FAST já atingiu um nível impressionante de penetração: 65% dos adultos conectados à internet assistem a esse tipo de serviço regularmente. Esse percentual coloca os norte-americanos na liderança mundial, muito à frente de outros mercados desenvolvidos e emergentes que ainda estão em fase de expansão e conquista de audiência.

Canais FAST no mundo
Divulgação/Omdia

Espanha domina mercado europeu

Na Europa, a Espanha se destaca como o principal mercado FAST da região, com 35% dos adultos online assistindo a esses serviços mensalmente. O país ibérico lidera com folga em relação ao Reino Unido, onde 26% dos adultos acompanham plataformas FAST, à Alemanha com 25% e à França com apenas 17% de penetração entre o público adulto conectado.

“Há um apetite claro e crescente por conteúdo linear gratuito, e a Espanha está liderando a Europa nessa tendência”, afirma Maria Rua Aguete, chefe de Mídia e Entretenimento da Omdia. Segundo a executiva, o FAST se tornou uma alternativa atraente para espectadores que buscam entretenimento de qualidade sem o compromisso de uma assinatura paga, e a forte adesão espanhola demonstra o poder desse modelo.

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Assinaturas ainda dominam o mercado

Apesar do crescimento expressivo, é importante contextualizar que o FAST não está substituindo os serviços de streaming por assinatura. Um relatório separado da Omdia, publicado em outubro, mostra que as assinaturas de vídeo online representarão 77% dos US$ 214,6 bilhões em receitas que o mercado global de streaming deve gerar em 2025. A receita publicitária premium, incluindo FAST, contribuirá com US$ 42,1 bilhões.

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O streaming continua sendo principalmente um negócio de assinaturas, e em 2025 o número total de assinaturas pagas continua a crescer de forma constante“, explica Tony Gunnarsson, analista principal da Omdia. No entanto, ele alerta que o mercado enfrentará taxas de crescimento anual mais baixas até 2030, refletindo que o streaming já atingiu penetração de massa globalmente, o que torna o espaço cada vez mais competitivo.

O crescimento do FAST faz sentido em um cenário onde o mercado de vídeo por assinatura está cada vez mais saturado e os consumidores enfrentam orçamentos domésticos apertados devido ao aumento do custo de vida. A proposta de conteúdo gratuito, mesmo com publicidade, torna-se extremamente atraente para quem busca reduzir gastos mensais sem abrir mão do entretenimento de qualidade disponível nas plataformas digitais.

Anatel intensifica combate a produtos piratas em Amazon e Shopee

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Operação Sem Fio Anatel produtos piratas
Divulgação/Anatel

A Anatel apreendeu produtos piratas nos centros de distribuição da Shopee e Amazon na semana seguinte à Black Friday, em operações que miraram a comercialização de equipamentos não homologados nos principais marketplaces do Brasil. As ações ocorreram em Pernambuco e no Distrito Federal, totalizando 1.587 itens irregulares retirados de circulação.

A Superintendência de Fiscalização (SFI) da Anatel realizou inspeções no dia 2 de dezembro no centro da Shopee em Jaboatão dos Guararapes (PE) e, no dia seguinte, no Centro de Distribuição 2 da Amazon em Santa Maria, Brasília (DF). As fiscalizações dão continuidade à “Operação Produto Legal”, iniciada durante a semana da Black Friday em diferentes unidades federativas.

Shopee tem 864 produtos apreendidos em Pernambuco

Na operação em Pernambuco, equipes da Anatel de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais se juntaram aos fiscais locais. Do total de 1.824 produtos inspecionados no centro de distribuição da Shopee, 864 foram apreendidos por irregularidades. O valor das mercadorias lacradas chegou a R$ 112,7 mil, incluindo câmeras Wi-Fi, smartwatches, amplificadores de guitarra elétrica, fechaduras eletrônicas e conversores para microfone sem fio.

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Amazon armazenava 753 itens irregulares em Brasília

No Distrito Federal, agentes da Anatel-DF contaram com apoio da Anatel-GO para fiscalizar o segundo centro de distribuição da Amazon na capital federal. A mega-estrutura de 67 mil metros quadrados, inaugurada há menos de dois meses, armazenava equipamentos que seriam distribuídos para a região. Dos 1.131 produtos inspecionados, 753 foram apreendidos por não possuírem homologação obrigatória.

Entre os itens irregulares encontrados no centro da Amazon estavam carregadores, cabos de rede, fones de ouvido e outros equipamentos de radiação restrita. A Anatel não divulgou o valor total das mercadorias apreendidas em Brasília, mas destacou que a variedade de produtos demonstra a amplitude do problema da pirataria nos canais de venda online.

Divulgação/Anatel

Prejuízos ao Estado e concorrência desleal

O conselheiro da Anatel Edson Holanda, responsável pelo tema Combate à Pirataria na agência, alertou para os prejuízos causados ao Estado brasileiro. “A origem duvidosa dos produtos não homologados ainda resulta em prejuízos ao Estado brasileiro em razão da sonegação”, afirmou. Segundo ele, vendedores de produtos irregulares não podem receber o mesmo tratamento que a indústria regular.

Holanda ressaltou o trabalho sistemático da Anatel nos marketplaces brasileiros. “Somente neste segundo semestre ocorreram fiscalizações conjuntas na Magalu, Mercado Livre, Amazon e Shopee”, destacou. As ações visam coibir a concorrência desleal e proteger consumidores de riscos relacionados à segurança elétrica, interferências em telecomunicações e vulnerabilidades na proteção de dados pessoais.

Operação “Sem Fio” apreende R$ 4 milhões em produtos

Paralelamente às operações nos centros de distribuição, a Anatel divulgou o balanço da Operação “Sem Fio”, realizada em parceria com a Receita Federal e a Polícia Civil de Pernambuco. A ação resultou na apreensão de aproximadamente oito toneladas de produtos de telecomunicações não homologados, avaliados em cerca de R$ 4 milhões. A operação mobilizou 32 fiscais de nove estados após três meses de planejamento.

Google e Apple desenvolvem recurso para facilitar migração entre Android e iOS

Imagem: Shutterstock/reprodução

A troca de informações entre dispositivos com sistemas operacionais diferentes, como Android e iOS, está prestes a se tornar menos complicada. 

Uma iniciativa conjunta entre Google e Apple pretende eliminar a dependência de aplicativos externos no processo de migração de dados entre os dois sistemas. 

A novidade está em fase de testes e apareceu em uma versão experimental do Android, conhecida como Android Canary.

Atualmente, usuários que decidem migrar de um sistema para outro precisam recorrer a soluções como “Mudar para Android” ou “Migrar para iOS”. 

Embora funcionais, essas ferramentas enfrentam críticas por falhas recorrentes, como perda de dados ou lentidão durante o processo. A proposta em desenvolvimento busca resolver essas limitações com uma abordagem mais direta e integrada.

Nova ferramenta dispensa aplicativos e usa autenticação dupla

O novo sistema se apoia em uma conexão sem fio direta entre os dois dispositivos, eliminando a necessidade de instalar apps auxiliares. 

A funcionalidade surge como uma opção no menu de configurações do Android, onde o usuário encontra um comando específico para emparelhar com iPhones ou iPads.

Para garantir a segurança das informações, o processo envolve autenticação dupla. Antes de iniciar a transferência, o sistema solicita um código de verificação exclusivo, protegendo os dados durante a migração. 

O método foi descrito por desenvolvedores que testam a compilação experimental Android Canary 2512, já distribuída para aparelhos da linha Pixel.

Limitações iniciais e papel do iOS 26

Apesar do avanço, o novo recurso não é totalmente universal, pelo menos por enquanto. Uma das exigências é que o dispositivo da Apple envolvido na transferência esteja atualizado com o iOS 26, lançado recentemente. Sem essa versão instalada, o processo de cópia não é concluído, o que pode limitar o uso imediato da novidade por parte de usuários com aparelhos mais antigos.

A presença do recurso no sistema Android ainda está restrita a versões de testes, o que indica que a implementação oficial pode levar algum tempo até atingir o público geral. Google e Apple, por ora, mantêm silêncio sobre prazos e detalhes adicionais.

E quanto aos outros fabricantes?

A adoção da nova funcionalidade por outras marcas que utilizam o sistema Android ainda é incerta. A Samsung, por exemplo, tem seu próprio sistema de migração, o Smart Switch, amplamente utilizado por usuários da marca. 

Ainda não está claro se esse novo método será adotado de forma ampla, se substituirá soluções proprietárias ou se ficará restrito a dispositivos com Android mais próximo da versão pura.

Especialistas avaliam que a integração direta entre Android e iOS representa um passo importante para simplificar a experiência do usuário. 

Mesmo com limitações iniciais, a colaboração entre as duas empresas pode indicar uma mudança de postura em relação à interoperabilidade entre sistemas concorrentes.