
O mercado global de FAST (TV por streaming gratuita com suporte publicitário) está em franca expansão e deve quase dobrar de tamanho até o final da década, quando as receitas devem atingir US$ 11 bilhões até 2030, segundo dados divulgados pela consultoria Omdia. O crescimento acelerado reflete o investimento massivo de grandes empresas de tecnologia e o aumento da demanda dos consumidores por opções de entretenimento acessíveis e sem necessidade de assinatura.
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Investimento das gigantes de tecnologia
Com receitas previstas de US$ 6 bilhões para 2025, o setor FAST demonstra força e potencial de expansão rápida nos próximos anos. Gigantes como Roku Channels, Samsung TV Plus, LG Channels, Pluto TV e Fire TV Channels estão investindo pesadamente nesse modelo de negócio, apostando na combinação de conteúdo gratuito e facilidade de acesso para atrair milhões de usuários ao redor do mundo.

A análise da Omdia revela que a adoção de serviços FAST está se acelerando tanto em mercados desenvolvidos quanto emergentes. Estados Unidos, México, Brasil e Espanha aparecem como as regiões mais dinâmicas em termos de crescimento, liderando a transformação global do consumo de conteúdo audiovisual por streaming sem custos de assinatura para os espectadores.
Estados Unidos lidera penetração global
Nos Estados Unidos, o mercado FAST já atingiu um nível impressionante de penetração: 65% dos adultos conectados à internet assistem a esse tipo de serviço regularmente. Esse percentual coloca os norte-americanos na liderança mundial, muito à frente de outros mercados desenvolvidos e emergentes que ainda estão em fase de expansão e conquista de audiência.

Espanha domina mercado europeu
Na Europa, a Espanha se destaca como o principal mercado FAST da região, com 35% dos adultos online assistindo a esses serviços mensalmente. O país ibérico lidera com folga em relação ao Reino Unido, onde 26% dos adultos acompanham plataformas FAST, à Alemanha com 25% e à França com apenas 17% de penetração entre o público adulto conectado.
“Há um apetite claro e crescente por conteúdo linear gratuito, e a Espanha está liderando a Europa nessa tendência”, afirma Maria Rua Aguete, chefe de Mídia e Entretenimento da Omdia. Segundo a executiva, o FAST se tornou uma alternativa atraente para espectadores que buscam entretenimento de qualidade sem o compromisso de uma assinatura paga, e a forte adesão espanhola demonstra o poder desse modelo.
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Assinaturas ainda dominam o mercado
Apesar do crescimento expressivo, é importante contextualizar que o FAST não está substituindo os serviços de streaming por assinatura. Um relatório separado da Omdia, publicado em outubro, mostra que as assinaturas de vídeo online representarão 77% dos US$ 214,6 bilhões em receitas que o mercado global de streaming deve gerar em 2025. A receita publicitária premium, incluindo FAST, contribuirá com US$ 42,1 bilhões.
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“O streaming continua sendo principalmente um negócio de assinaturas, e em 2025 o número total de assinaturas pagas continua a crescer de forma constante“, explica Tony Gunnarsson, analista principal da Omdia. No entanto, ele alerta que o mercado enfrentará taxas de crescimento anual mais baixas até 2030, refletindo que o streaming já atingiu penetração de massa globalmente, o que torna o espaço cada vez mais competitivo.
O crescimento do FAST faz sentido em um cenário onde o mercado de vídeo por assinatura está cada vez mais saturado e os consumidores enfrentam orçamentos domésticos apertados devido ao aumento do custo de vida. A proposta de conteúdo gratuito, mesmo com publicidade, torna-se extremamente atraente para quem busca reduzir gastos mensais sem abrir mão do entretenimento de qualidade disponível nas plataformas digitais.





