20/04/2024

Governo italiano pode assumir o controle da rede de telefonia fixa da TIM

Empresa seleciona conselheiros para avaliar e analisar a proposta do fundo americano KKR para a compra da Telecom Itália; saiba detalhes.

As negociações da venda da Telecom Italia para o fundo norte-americado KKR podem estar chegando ao fim. De acordo com o site de notícias Reuters, a francesa Vivendi, principal acionista da controladora da TIM Brasil, está quase cedendo o seu controle de 24% das ações, pois tem diminuído as resistências contra a proposta da KKR.

Segundo fontes do site, a Vivendi estaria “aberta” a dar ao governo italiano o controle da rede de telefonia fixa da empresa italiana. Dessa forma, o valor económico da proposta da Telecom Itália seria de 33 bilhões de euros, comando com a grande dívida da operadora.

Com o objetivo de acelerar a implantação nacional da rede de banda larga, a União Europeia deu 6,7 bilhões de euros de fundo de recuperação para a Itália. O governo não vê a hora de atualizar a rede da TIM por fibra, uma vez que é a principal infraestrutura de telecomunicações do país.

Ainda de acordo com a Reuters, há informações de fontes que afirmaram que o fundo KKR está disposto a dividir a rede e dar ao investidor estatal CDP, que é o segundo maior acionista da TIM com participação de 10%, um cargo de liderança na supervisão do ativo e distribuição de rede, algo que fez com que a Vivendi ficasse mais disposta com a proposta.

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Nesta segunda-feira, 06, a Telecom Italia anunciou a seleção de conselheiros que deverão analisar a proposta de aquisição da KKR, sendo que os consultores financeiros foram nomeados Goldman Sachs e LionTree. Enquanto que os consultores jurídicos nomeados foram Gatti, Pavesi, Bianchi e Ludovici.

O papel dos conselheiros é apoiar o colegiado na análise e avaliação da sustentabilidade financeira, a sua lógica industrial e quaisquer inconsistência, incertezas ou risco de implementação, assim como apoiar a análise dos impactos em relação aos aspectos de propriedade, ocupação e gestão e estrutura de governança na transação.

Além disso, os conselheiros também deverão apoiar o colegiado na “análise de possíveis alternativas estratégicas que possam maximizar a valorização e/ou desenvolvimento do grupo e de seus ativos no interesse da companhia”.

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