23/04/2024

Alemanha pede suspensão da nova política de privacidade do WhatsApp

No Brasil, regras entram em vigor nos próximos dias.

Alemanha pede suspensão da nova política de privacidade do WhatsApp

O governo alemão ordenou que o Facebook pare de coletar dados de usuários por meio do aplicativo WhatsApp.

De acordo com o chefe do órgão de proteção de dados da Alemanha, Johannes Caspar, a tentativa da rede social de obrigar os usuários a concordarem com as novas regras do Facebook são consideradas ilegais.

Caspar emitiu uma proibição de emergência de três meses, para que o Facebook interrompa a coleta de dados.

Ele também pediu que a União Europeia, por meio de um painel de reguladores de dados, tomassem uma decisão que valesse para todos os 27 países do bloco.

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Para a autoridade alemã, os novos termos são “intransparentes, inconsistentes e excessivamente amplos”.

“Precisamos evitar danos e desvantagens vinculados a esse procedimento de caixa preta”, afirmou Johannes.

Ele vai além e disse que o Facebook já pode estar lidando com dados de usuários de maneira errada e se diz preocupado com a possibilidade dessas informações influenciarem as eleições alemãs em setembro.

Já a empresa de Mark Zucherberg afirmou que as alegações são “erradas” e que a ação é “baseada em um mal-entendido”.

Com a proibição, o modelo de negócios do Facebook é atingido em cheio, uma vez que a nova política visa gerar informações de usuários que serão utilizadas pela rede social para personalizar as campanhas de publicidade.

Atualmente, o mercado de anúncios é a principal fonte de receita do Facebook.

Além da autoridade de dados, o escritório antitruste da Alemanha também já havia contestado as novas regras de privacidade.

Repercussão no Brasil

No Brasil, as novas regras do WhatsApp devem entrar em vigor no próximo dia 15 de maio.

Aqueles usuários que não aceitarem a nova política não poderão mais utilizar o aplicativo de mensagens.

Nas últimas semanas, vários órgãos tentam barrar a entrada em vigor das novas regras, como o Procon do Estado de São Paulo, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e, mais recentemente, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DP-SP).

Com informações de Bloomberg.

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