16/04/2024

Índia encaminha pedido para que WhatsApp desista de nova política de privacidade

Em novo capítulo da polêmica em torno dos novos termos, ministério indiano realizou a solicitação.

O Ministério de Tecnologia da Índia fez o envio de um pedido para que o WhatsApp desista de aplicar a nova política de privacidade no país. Nela, os dados dos usuários passam a ser compartilhados com o Facebook.

A carta traz a data de 18 de maio e, em seu conteúdo, o ministério informa que pode dar entrada em ações legais contra a empresa caso ela se recuse a cumprir os termos da legislação do país asiático.

A pasta deu um prazo de resposta até o dia 25 de maio. Ao ser contatado, o Ministério da Tecnologia da Índia não se pronunciou sobre o tema.

Já o WhatsApp afirmou em comunicado que continua a trabalhar com o governo indiano. “Reafirmamos o que dissemos antes, que esta atualização (na política) não impacta a privacidade das mensagens de ninguém”, informou.

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O mensageiro tem grandes planos para o mercado indiano, onde possui mais de meio bilhão de usuários. O objetivo é ingressar no ramo de pagamentos digitais.

Porém esse novo capítulo na polêmica que o WhatsApp enfrenta não só na Índia mas ao redor do mundo sobre seus novos termos pode dificultar o progresso desses planos.

Controvérsia pelo mundo

No Brasil, após o WhatsApp suspender a aplicação no início do ano, voltou a prorrogar o prazo da entrada em vigor da nova política de privacidade por mais três meses após um acordo com órgãos de defesa do consumidor.

Na Argentina, os novos termos não serão aplicados pelo menos durante os próximos seis meses. A Alemanha foi outro país da lista que proibiu emergencialmente que os novos termos sejam aplicados por 90 dias.

Motivação dos bloqueios

Tudo gira em torno da privacidade dos utilizadores. A nova política de privacidade especifica que os usuários passam a ter os dados compartilhados com as empresas do Facebook e seus parceiros.

No Brasil, o Instituto Sigilo entrou com uma ação para que cada brasileiro afetado receba R$ 5 mil de indenização e que o mensageiro já compartilha os dados desde pelo menos 2016.

Com informações de Folha

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