19/12/2025
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Em plena Black Friday, Amazon enfrenta protestos mundo afora

Imagem: AFP via Getty Images: Reprodução

A Amazon tem vivido um momento diferente. Em vez apenas de registrar lucros em mais um período de Black Friday, a empresa está lidando com pressões vindas de 30 países.

Greves e atos públicos têm marcado a edição mais abrangente da campanha Make Amazon Pay, iniciativa que cobra da empresa medidas em três frentes: condições de trabalho, justiça fiscal e meio ambiente.

“As metas não param nem quando alguém desmaia”

Nos bastidores da logística, trabalhadores relatam uma rotina exaustiva. Em armazéns da empresa, especialmente na Ásia, relatos indicam calor insuportável, metas inalcançáveis e punições rigorosas.

Neha Singh, funcionária em Manesar, na Índia, conta que os galpões chegam a parecer “fornalhas”. Segundo ela, desmaios não interrompem as exigências e, se alguém falta por três dias, o risco de demissão é real. Casos como o dela se repetem em outros países.

Crescimento acelerado, responsabilidade em dúvida

Hoje, a atuação da Amazon vai muito além do varejo. Ela fornece serviços de armazenamento em nuvem, inteligência artificial e infraestrutura digital para governos e empresas. Esse crescimento, segundo os manifestantes, não veio acompanhado de transparência ou compromisso social.

Organizações ligadas ao movimento acusam a empresa de ter apoiado governos que, supostamente, fragilizam leis trabalhistas e ambientais. Em troca disso, em caso de eleição a empresa seria beneficiada no assunto.

Impactos ambientais e cortes fiscais

O funcionamento dos data centers da Amazon, muitos de grande porte, exige um volume expressivo de energia e água. Ambientalistas envolvidos nos protestos afirmam que a empresa pouco investe em compensações, mesmo diante do impacto que causa.

Outro ponto central é a tributação. Relatórios recentes apontam que a Amazon teria pago cerca de US$ 1,4 bilhão a menos em impostos em relação ao ano anterior. Um dado que, segundo os ativistas, escancara uma estrutura fiscal desigual.

Mobilizações em todos os continentes

Na Alemanha, houve paralisações lideradas pelo sindicato ver.di. Nos Estados Unidos, manifestantes criticam acordos entre a Amazon e órgãos de imigração. Ações também ocorreram no Brasil, Reino Unido, Espanha, África do Sul, Nepal e outros.

Além dos protestos presenciais, o movimento apostou em projeções visuais e mobilizações online. A ideia é ampliar o alcance das críticas para além das portas dos centros de distribuição.

O que querem os organizadores

A campanha Make Amazon Pay cobra três compromissos básicos:

  • Pagamento justo para os trabalhadores;
  • Cumprimento de obrigações fiscais nos países onde atua;
  • Medidas concretas contra os danos ambientais associados às suas operações.

Grupos ligados ao movimento afirmam que, com a expansão da automação, essas demandas ganham ainda mais urgência. 

Para eles, o avanço tecnológico não pode justificar a redução de empregos nem o abandono da responsabilidade social.

LiveMode assume total controle da CazéTV e torna Casimiro sócio de marca global do grupo

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CazeTV Casimiro LiveMode
Reprodução/CazeTV

A LiveMode oficializou a compra integral da marca CazéTV após adquirir a participação societária do comunicador Casimiro Miguel, que deixa o controle direto do canal para se tornar sócio da holding global do grupo, em uma reestruturação estratégica revelada recentemente para expandir a atuação do empresário no conglomerado.

Anteriormente, a estrutura acionária era dividida, com a empresa detendo 51% da marca e a CMiguel Produções, do streamer, possuindo os outros 49%. Com a nova negociação, a companhia assume o controle de 100% da emissora digital. Em contrapartida, o jornalista deixa de ter ações restritas apenas ao canal de YouTube e passa a integrar o quadro de sócios da LiveMode Cayman. Esse braço internacional da holding é o veículo responsável por controlar todas as operações e negociar direitos de transmissão para diversos meios.

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Uma nova dinâmica societária

Essa mudança na estrutura de capital permite que o comunicador tenha uma participação muito mais ampla e estratégica dentro da empresa. Ao migrar para a holding, ele ganha acesso aos resultados de negócios gerais fechados pela LiveMode Cayman em todo o mundo, eliminando as limitações de ser sócio apenas da CazéTV. Na prática, trata-se de uma troca de fatia em um produto específico por uma participação no conglomerado inteiro, cuja receita é significativamente superior à operação individual do canal de streaming.

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A conclusão definitiva dessa reorganização societária ainda depende da análise e do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A operação foi descrita como uma troca de participação acionária e busca ajustar a composição do grupo. Recentemente, a marca continuou demonstrando força no mercado ao fechar acordos importantes, incluindo parcerias de exibição em TV aberta com a Record e negociações envolvendo as propriedades da Liga Forte União.

Investidores globais e valuation

A estrutura da LiveMode Cayman conta com investimentos de peso do mercado financeiro global. Marcas como a General Atlantic, empresa norte-americana com atuação mundial, e a XP Investimentos aportaram capital na companhia. Estimativas de mercado indicam que o investimento conjunto dessas empresas tenha ficado próximo de R$ 440 milhões em troca de pouco mais de 20% de participação. Embora os valores da transação com o streamer não tenham sido revelados, ele se junta agora a esse grupo de investidores.

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O histórico dos fundadores

Fundada em 2017 por Sergio Lopes e Edgar Diniz, a empresa nasceu após os empresários venderem o canal Esporte Interativo para o grupo Turner (atual Warner Bros. Discovery) por valores estimados entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões. Inicialmente, a companhia especializou-se na intermediação e negociação de direitos de transmissão, conectando competições, emissoras e investidores, ganhando espaço relevante no setor de distribuição digital e direitos esportivos no Brasil e no exterior.

A ascensão da CazéTV e portfólio

A CazéTV surgiu em 2022 como um projeto dentro do guarda-chuva da holding, consolidando a parceria entre a empresa e o jornalista. O canal obteve sucesso imediato ao transmitir metade dos jogos da Copa do Mundo do Catar. Desde então, a plataforma expandiu seu portfólio de forma agressiva, adquirindo direitos de transmissão de eventos de grande porte, como os Jogos Olímpicos, Pan-Americanos, Copa do Mundo Feminina, além de torneios nacionais como o Brasileirão e o Campeonato Paulista.

TIM compra empresa de tecnologia por R$ 140 mi e mira renovação da estrutura interna

Imagem: DALL-E/Reprodução

A TIM anunciou nesta quinta-feira (27) a compra da empresa V8.Tech, especializada em serviços de computação em nuvem e soluções digitais. 

A operação, que ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), faz parte do plano da companhia para ampliar sua atuação junto ao setor empresarial.

O valor inicial do negócio foi fixado em R$ 140 milhões, com possibilidade de pagamentos extras ao longo dos próximos seis anos, condicionados ao cumprimento de metas. 

A V8.Tech tem presença sólida no mercado de tecnologia e atende empresas de diversos segmentos. Segundo dados divulgados, a receita líquida da companhia girou em torno de R$ 235 milhões no acumulado de doze meses até setembro de 2025.

Movimento reforça estratégia da TIM no setor corporativo

Com essa aquisição, anunciada diretamente ao seu conjunto de acionistas, a TIM quer fortalecer sua atuação no mercado B2B. 

O objetivo é integrar as soluções da V8.Tech ao portfólio da operadora, ampliando a capacidade de entregar projetos completos para empresas em transformação digital.

Além da compra, a TIM também anunciou a criação de uma nova vice-presidência focada nesse público. Fabio Costa, que já passou por empresas como Salesforce, Microsoft e Oracle, assume o comando da nova área. Ele também tem experiência no setor de telecom, tendo atuado na Telemar.

Operação ainda não foi concluída

A conclusão da compra ainda depende do crivo do CADE. A aprovação definitiva é uma etapa comum nesse tipo de movimentação e pode levar alguns meses.

O negócio está alinhado ao plano estratégico da TIM para o triênio 2025–2027. A companhia pretende ampliar suas frentes de atuação e diversificar as fontes de receita, especialmente em segmentos que demandam soluções digitais e infraestrutura de TI.

Anatel mostra projetos e diretrizes para uso seguro e auditável de IA

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regulamentação IA Anatel
Reprodução/ChatGPT

A Anatel apresentou suas principais iniciativas relacionadas ao uso e à regulação de IA durante reunião do Grupo Responsável pelo Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, realizada na última terça-feira (25), em Brasília. A exposição foi conduzida pelo conselheiro Alexandre Freire, representante do Ministério das Comunicações no PBIA e patrocinador do tema na Agência, além de presidente do Centro de Altos Estudos em Comunicações Digitais e Inovações Tecnológicas (Ceadi).

Durante sua apresentação, Freire destacou que a Inteligência Artificial já integra de forma decisiva o ecossistema digital brasileiro, com impactos diretos sobre serviços públicos, setores econômicos e a vida dos cidadãos. “Vivemos um momento em que a Inteligência Artificial deixou de ser uma promessa distante para se tornar uma realidade concreta e irreversível”, afirmou o conselheiro.

Divulgação/Anatel

No setor de telecomunicações, Freire observou que a conectividade constitui a base sobre a qual se estruturam aplicações e soluções digitais. O conselheiro reforçou a importância da infraestrutura de telecomunicações para o país, ressaltando o papel estratégico da Agência no desenvolvimento tecnológico nacional e na garantia de acesso universal aos serviços.

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Quatro eixos estratégicos

A estratégia institucional da Anatel para o tema está organizada em quatro eixos principais, cada um contemplando iniciativas específicas voltadas ao uso ético e seguro de sistemas automatizados:

  • Regulação: A Agência avança na elaboração da Política de Governança de IA, que estabelecerá diretrizes para o uso ético, seguro e auditável de sistemas automatizados, com foco na proteção de direitos fundamentais e transparência.
  • Inovação institucional: Desenvolvimento de projetos pelo IA.Lab, laboratório voltado a experimentações regulatórias e aplicações internas para modernização dos processos da Agência.
  • Parcerias: Cooperações estratégicas com organizações internacionais e iniciativas globais voltadas ao desenvolvimento responsável de tecnologias emergentes.
  • Pesquisa acadêmica: Estudos conduzidos em parceria com instituições de ensino superior para aplicação da IA em áreas estratégicas do setor de telecomunicações.

O conselheiro ressaltou que o objetivo é garantir “o uso ético, seguro e robusto de técnicas de IA no âmbito da Agência”, destacando a importância da transparência e da proteção de direitos fundamentais em todas as aplicações.

Laboratório de inovação

Quanto à inovação institucional, Freire detalhou projetos conduzidos pelo IA.Lab, laboratório voltado a experimentações regulatórias e ao desenvolvimento de aplicações internas. Entre os projetos, destacam-se o Avalia.IA, o SEI-IA, o protótipo de assistente ANA e o Regulatron, ferramenta destinada à identificação de produtos irregulares em plataformas de comércio eletrônico.

O conselheiro observou que a Agência busca assegurar que “cada aplicação de IA na Anatel e no setor de telecomunicações seja auditável, explicável e alinhada aos valores democráticos”. Essa postura reforça o compromisso institucional com a responsabilidade e a segurança no desenvolvimento e implementação de tecnologias emergentes no setor regulado.

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Cooperação internacional e acadêmica

A Anatel mantém parcerias estratégicas em diferentes frentes para fortalecer o desenvolvimento de inteligência artificial no setor de telecomunicações. No âmbito internacional, a Agência estabeleceu as seguintes cooperações:

  • União Internacional de Telecomunicações: Cooperação técnica para compartilhamento de boas práticas regulatórias e padrões internacionais de governança em IA.
  • Unesco: Parceria voltada ao desenvolvimento ético e responsável de tecnologias digitais, alinhada aos princípios de direitos humanos e inclusão digital.
  • AI Climate Institute: Participação na iniciativa global lançada durante a COP30, dedicada a ações climáticas apoiadas por tecnologias digitais e sistemas de inteligência artificial aplicados à sustentabilidade ambiental.

No campo acadêmico, a Anatel desenvolve pesquisas em parceria com instituições de referência nacional:

  • Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA): Estudos voltados à aplicação da IA em cibersegurança e proteção de infraestruturas críticas de telecomunicações.
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): Pesquisas focadas em gestão inteligente de espectro radioelétrico e otimização de recursos.
  • Universidade Federal de Campina Grande (UFCG): Desenvolvimento de soluções para aperfeiçoamento de processos sancionadores por meio de técnicas de inteligência artificial.

Essas parcerias contribuem para o avanço científico nacional e para a formação de profissionais especializados em tecnologias emergentes aplicadas ao setor regulado.

Articulação interinstitucional

A reunião contou com representantes da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério das Comunicações (MCom).

Durante o encontro, os órgãos apresentaram ações em andamento e diretrizes para a agenda nacional de Inteligência Artificial. O evento reforçou a importância da articulação interinstitucional para o desenvolvimento de políticas públicas coordenadas, que garantam o avanço tecnológico com responsabilidade social e respeito aos direitos dos cidadãos brasileiros.

Com sensores integrados, torres 6G poderão detectar pessoas mesmo sem celular

Imagem: DALL-E/Reprodução

A tecnologia 6G, ainda em fase de desenvolvimento, deverá expandir significativamente o papel das torres de telecomunicações. 

Em vez de apenas servir como ponto de transmissão de dados, como são agora, essas estruturas poderão atuar também como sensores ambientais, capazes de detectar pessoas e objetos mesmo quando não há um celular ou dispositivo conectado por perto.

O conceito tem ganhado força em países como a Coreia do Sul, onde operadoras vêm testando soluções que unem comunicação e sensoriamento. 

A proposta, conhecida pelo nome técnico ISAC, aproveita as ondas de rádio usadas na transmissão para interpretar o que acontece no entorno das antenas, de movimentos de pedestres a vibrações mecânicas em fábricas.

A rede como parte do ambiente

Na prática, as torres deixariam de ser apenas passagens de sinal e se tornariam elementos ativos na gestão do espaço urbano. 

Em uma cidade inteligente, por exemplo, a tecnologia poderia ajudar a controlar o fluxo de trânsito, identificar áreas com aglomeração de pessoas ou até enviar alertas em situações emergenciais, tudo isso sem depender de câmeras ou sensores externos.

A aplicação também pode beneficiar veículos autônomos, que precisam de dados precisos sobre o ambiente ao redor. 

Com o 6G, esses sistemas teriam acesso a informações fornecidas diretamente pela infraestrutura da rede, aumentando a segurança nas ruas.

Indústria de olho na detecção remota

O setor industrial também deverá se beneficiar. Em vez de instalar sensores em cada máquina, as fábricas poderiam usar a rede para captar sinais indiretos, como alterações na vibração de equipamentos, e antecipar falhas. 

A mesma lógica pode ser aplicada a sistemas logísticos ou agrícolas, onde o monitoramento em tempo real pode gerar ganhos operacionais.

Empresas como Huawei, Qualcomm e Samsung já trabalham em protótipos e simulações que envolvem essas possibilidades. 

Uma das apostas é a criação dos chamados gêmeos digitais: réplicas virtuais de locais reais, alimentadas por dados captados em tempo real, que permitem testes e ajustes sem interferir no ambiente físico.

O que se sabe sobre a implantação

A expectativa é que os padrões técnicos do 6G comecem a ser definidos até o final da década. Redes comerciais, segundo projeções, podem estrear por volta de 2030 em países mais avançados tecnologicamente. 

No Brasil, o tema ainda é embrionário, mas a discussão já está posta, especialmente entre operadoras e entidades ligadas ao setor.

Apesar de ainda distante da realidade do consumidor, o 6G vai muito além da promessa de uma internet mais rápida. Ao transformar as antenas em sensores, ele poderá reconfigurar a relação entre redes móveis e o ambiente físico.

* Com informações do Android Police

Crise da Oi se agrava e leva governo a exigir medidas para proteger empregos e serviços

Imagem: Bloomberg/Reprodução

Não é replay: a instabilidade que ronda a Oi ganhou mesmo mais um capítulo. Dessa vez, o Ministério das Comunicações (MCom) decidiu intensificar o acompanhamento do processo de recuperação judicial da empresa, diante da deterioração financeira e da preocupação com os cerca de 20 mil trabalhadores ainda ligados direta ou indiretamente à companhia.

Durante uma cerimônia oficial em Brasília, o ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho, deixou claro que o governo não pretende assistir passivamente ao avanço da crise.

Segundo ele, é preciso preservar tanto os serviços prestados pela operadora quanto os direitos dos profissionais que seguem atuando em um ambiente cada vez mais incerto.

Sindicatos elevam tom e cobram providências

O cenário mobilizou também representantes dos trabalhadores, que levaram suas preocupações ao ministério. 

Em pauta, pedidos diretos: pagamento de salários, garantia do 13º e, acima de tudo, uma sinalização de que os empregos não estão ameaçados no curto prazo.

As conversas não se limitaram ao Executivo. Os sindicatos também se reuniram com o interventor judicial da Oi, Bruno Rezende, designado para conduzir esta nova fase da recuperação. 

Do encontro, surgiu um protocolo de diálogo contínuo, com foco na proteção dos direitos trabalhistas e na estabilidade das operações.

Ações da Oi caem e mercado sinaliza desconfiança

Fora das negociações institucionais, a realidade da Oi nos mercados financeiros é um retrato do momento delicado que atravessa. 

As ações da empresa, listadas na B3, vêm registrando queda acumulada de 96% no último ano e refletem uma perda de confiança dos investidores.

Essa desvalorização traz efeitos práticos: dificulta a captação de recursos e coloca em xeque a viabilidade de eventuais planos de reestruturação. Em outras palavras, o que se vê no pregão ecoa as dúvidas sobre o futuro da empresa.

Como exemplo disso, a PIMCO, empresa que detinha quase um quinto das ações da Oi na B3, anunciou nesta terça-feira a venda de 100% das posições. Esse é mais um duro golpe na empresa.

Interesse público sustenta debate sobre papel estratégico

Apesar da crise, a Oi ainda mantém presença relevante no setor de telecomunicações, sobretudo em regiões onde sua atuação é praticamente exclusiva. 

Para o governo, essa capilaridade torna a operadora um ativo de interesse público e justifica a necessidade de preservar parte de sua infraestrutura.

Siqueira foi direto ao afirmar que a população não pode ser prejudicada por falhas administrativas. A fala, embora protocolar, reforça a intenção de evitar apagões nos serviços essenciais.

Sem garantias, incertezas persistem

Embora haja sinalização de diálogo e disposição política, não há definições concretas no horizonte imediato. 

Enquanto isso, o processo de recuperação judicial da Oi segue sob tutela da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, e dependerá da articulação entre interventor, Justiça, sindicatos e governo.

A empresa, que já atravessou uma longa recuperação judicial há poucos anos, volta ao centro das atenções, desta vez, com menos margem para erro e mais pressão por respostas.

Chega de ficar sem conexão no estádio: IA e 5G prometem internet estável para todos

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Image of the project ARANA technology during trials at the MK Dons stadium
Imagem da tecnologia do projeto ARANA durante testes no estádio MK Dons. (Divulgação/Weaver Labs.)

A conexão turbinada por 5G nos estádios está revolucionando a experiência dos torcedores no Reino Unido, onde milhares de pessoas tentam acessar a internet simultaneamente durante eventos esportivos.

O Projeto ARANA, desenvolvido pela Universidade de Bristol em parceria com empresas de tecnologia como Madevo, Nokia e Weaver Labs, testou com sucesso um sistema que integra inteligência artificial e redes 5G privadas em arenas esportivas, começando pelo estádio do MK Dons, em Milton Keynes, com capacidade para 30.400 pessoas.

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Testes bem-sucedidos em Milton Keynes

Durante os testes realizados recentemente, os torcedores conseguiram transmitir quatro feeds de vídeo ao vivo em alta qualidade diretamente em seus dispositivos móveis. A tecnologia utiliza a plataforma Cell Stack da Weaver Labs, que integra a infraestrutura existente do estádio com uma rede de telecomunicações privada baseada em nuvem e tecnologia OpenRAN. Esta solução promete acabar com um dos maiores problemas enfrentados por fãs: a dificuldade de obter sinal durante jogos com grande público.

Inteligência artificial a serviço do esporte

A inteligência artificial desenvolvida pela Madevo permite que os estádios hospedem sua própria rede privada de IA, oferecendo análises em tempo real sobre o desempenho das equipes. Em colaboração com a Nokia, o sistema utiliza análises de vídeo para rastrear coordenadas dos jogadores, fornecendo informações valiosas sobre formações táticas e outros aspectos críticos do jogo. Isso beneficia não apenas os torcedores, mas também equipes técnicas e emissoras de televisão.

The ARANA technology in action
A tecnologia ARANA em ação. (Divulgação/Weaver Labs.)

Os recursos disponibilizados durante os testes incluem streaming de vídeo ao vivo de múltiplos ângulos de câmera, incluindo bastidores exclusivos, estatísticas dos jogadores em tempo real, chatbots interativos para tirar dúvidas, mapeamento 3D do estádio, navegação em tempo real para evitar filas, pedidos de comida e bebida direto do assento e recursos aprimorados de segurança. Tudo isso rodando simultaneamente na mesma rede sem perda de qualidade.

O melhor dos dois mundos para os torcedores

“Muitos torcedores agora escolhem o conforto de casa para assistir partidas, aproveitando streams de alta qualidade, replays instantâneos, múltiplas telas e sem filas”, explicou Alex Mavromatis, cofundador e CEO da Madevo. Segundo ele, a empresa reconheceu que a experiência no estádio estava ficando para trás em comparação com o que os fãs desfrutam em casa. A tecnologia desenvolvida preenche essa lacuna, transformando a experiência ao vivo em algo mais profundo e conectado.

A professora Dimitra Simeonidou, diretora do Smart Internet Lab da Universidade de Bristol, destacou que graças às capacidades de transmissão 5G, o aplicativo oferece uma alternativa econômica às soluções celulares tradicionais. Isso é particularmente importante para grandes arenas esportivas, onde a conectividade móvel costuma ser pouco confiável durante picos de uso. A tecnologia pode remodelar drasticamente a forma como experimentamos eventos ao vivo.

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Expansão para outros estádios

Novos testes estão programados para o início do próximo ano no Stadium MK, prometendo ainda mais aplicações e maior engajamento dos torcedores. A iniciativa faz parte de uma tendência mais ampla no Reino Unido, onde outras empresas como Boldyn Networks e Virgin Media O2 também implementaram conectividade 5G aprimorada em estádios, como o Stadium of Light em Sunderland, que tem capacidade para 49.000 pessoas.

O projeto marca um marco importante para o Smart Internet Lab de Bristol, que celebra seu 10º aniversário. Faz parte também de uma missão mais ampla de definir o futuro da conectividade por meio do desenvolvimento de redes 5G, 6G e plataformas em larga escala como o JOINER, um campo de testes em todo o Reino Unido para pesquisa e inovação em redes futuras. A expectativa é que essa tecnologia se expanda para outros estádios e arenas no país.

Nova holding argentina assume o controle da Sky Brasil e promete expansão em internet e TV

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Sky Brasil
Divulgação/Sky

O Grupo Werthein oficializou o lançamento da Waiken ILW, uma nova holding regional que assume a gestão de ativos de tecnologia e mídia, incluindo a operadora Sky Brasil e diversas operações de TV por assinatura na América Latina.

A nova estrutura, anunciada recentemente pelos acionistas, tem como objetivo consolidar a presença do grupo em onze países e executar um plano de investimentos de US$ 450 milhões entre 2026 e 2031, visando integrar serviços de conectividade, entretenimento e inovações digitais em um ecossistema unificado.

Estrutura de ‘Tecnomídia’

A Waiken ILW posiciona-se no mercado como uma empresa de “tecnomídia”, desenhada para separar os negócios de telecomunicações das outras atividades tradicionais da família Werthein, que incluem setores como agricultura, seguros e imobiliário. A nova companhia adota uma arquitetura corporativa que permite às suas subsidiárias operar com autonomia gerencial, mas fomenta a criação de sinergias para compartilhamento de recursos e infraestrutura, buscando maior eficiência financeira e operacional em um mercado cada vez mais convergente.

“Esta estrutura ágil nos permite aproveitar forças complementares, compartilhar recursos e conhecimentos, e criar valor conjunto sem comprometer a identidade nem a gestão individual de cada empresa”, explicou Darío Werthein, presidente da Waiken ILW, ao detalhar como a independência das marcas conviverá com a estratégia unificada do grupo.

Darío, Adrián e Daniel Werthein, os três acionistas do Grupo Werthein. Também está Lucas Werthein, filho de Adrián e executivo-chave da companhia. (Divulgação/DirecTV)
Darío, Adrián e Daniel Werthein, os três acionistas do Grupo Werthein. Também está Lucas Werthein, filho de Adrián e executivo-chave da companhia. (Divulgação/DirecTV)

Telefonia móvel e conectividade no Brasil

Um dos pontos mais relevantes para o mercado brasileiro é a confirmação da entrada do grupo no setor de telefonia móvel. Darío Werthein revelou planos concretos para lançar uma Operadora Móvel Virtual (MVNO) no Brasil já no primeiro trimestre de 2026. Essa estratégia visa complementar a oferta de serviços, permitindo à empresa explorar o conceito de “triple play” (TV, internet fixa e móvel), além de expandir a conectividade através de parcerias estratégicas, como a distribuição de internet via satélite da Amazon LEO.

Diversificação do portfólio

O portfólio sob o guarda-chuva da Waiken ILW é extenso e diversificado, reunindo mais de 20 marcas consolidadas. Além das operações de TV via satélite da DirecTV Latin America e da Sky Brasil, a holding controla plataformas de streaming como DGO e Sky+, a empresa de fibra óptica Zaaz e a fintech SKX. No campo da tecnologia corporativa, destacam-se a Overlabs, focada em desenvolvimento de software customizado, e a Illumia, especializada em soluções de atendimento ao cliente baseadas em inteligência artificial humanizada.

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Expansão internacional e parcerias

A estratégia de crescimento da holding não se limita apenas ao fortalecimento das operações atuais, mas também prevê uma expansão geográfica agressiva nos próximos anos. O plano de negócios contempla a entrada em novos mercados, incluindo Estados Unidos, Panamá, Paraguai e diversos países da América Central, o que ampliaria o alcance potencial dos serviços para mais de 400 milhões de pessoas. A longo prazo, a diretoria não descarta a possibilidade de uma oferta pública inicial de ações (IPO) na bolsa norte-americana.

Para sustentar essa inovação tecnológica, a Waiken ILW firmou alianças com gigantes globais como Google, Oracle, IBM e Lenovo. Essas parcerias são fundamentais para modernizar a infraestrutura e oferecer produtos alinhados com as tendências de digitalização e IA generativa. No setor de conteúdo, a holding mantém força com a produtora Torneos e os canais DSports e DNews, garantindo que a oferta de entretenimento continue sendo um pilar central para atrair e reter assinantes em toda a região.

Claro e TIM oferecem 8 pontos Livelo por real gasto na contratação de planos; veja!

Imagem: DALL-E/Reprodução

Consumidores que contratarem serviços da Claro ou da TIM podem agora acumular pontos no programa de fidelidade Livelo, uma das maiores plataformas de recompensas do país. 

A bonificação, no entanto, só é válida para novos clientes que efetuarem a contratação por meio de sites exclusivos das operadoras, seguindo regras definidas nas campanhas. A ação busca estimular a adesão aos planos móveis, ao mesmo tempo em que fortalece a fidelização por meio da Livelo.

Pela mecânica, os participantes acumulam pontos a partir do valor pago na primeira mensalidade do plano contratado. No caso da Claro, a pontuação pode chegar a até 8 pontos por real, dependendo do perfil do cliente. Já na TIM, o valor padrão é de 6 pontos por real gasto, com possibilidade de variações em campanhas promocionais.

Como funciona o acúmulo de pontos?

Para participar, o consumidor deve atender a alguns critérios: ser maior de idade, realizar a contratação por CPF e acessar exclusivamente os links disponibilizados pelas operadoras. Confira:

É importante também que o plano adquirido esteja dentro das condições previstas nas respectivas campanhas. Outros canais de venda ou contratações feitas com cupons, vale-compras ou via CNPJ não são elegíveis.

Além disso, o crédito dos pontos não é imediato. Na Claro, a previsão é de até 90 dias corridos após a ativação do serviço; na TIM, esse prazo é de até 60 dias. Os pontos acumulados têm validade de dois anos a partir do lançamento na conta Livelo do cliente.

Livelo: fidelidade com vantagens reais

Criada para oferecer benefícios reais ao consumidor, a Livelo permite o acúmulo de pontos em compras do dia a dia, cartões de crédito, clubes de assinatura e, agora, também em serviços de telefonia móvel. 

Esses pontos podem ser trocados por uma ampla variedade de produtos, passagens aéreas, experiências, vale-presentes e até mesmo descontos em faturas.

Clientes que aderem ao Clube Livelo também têm acesso a condições especiais, como acúmulo ampliado em campanhas promocionais. Em determinadas ofertas, ser assinante do clube é condição obrigatória para receber a pontuação total oferecida.

Atenção aos detalhes

Embora atrativa, a promoção exige atenção a pontos específicos. O uso correto do site, a permanência da assinatura (no caso do Clube Livelo) e a observância às regras de cada campanha são essenciais para garantir a bonificação. 

Operadoras e Livelo alertam que inconsistências, como dados incorretos ou tentativas de fraude, podem resultar no cancelamento dos pontos.

De qualquer forma, a parceria representa uma nova alternativa para quem deseja potencializar benefícios ao contratar serviços de telefonia, transformando gastos fixos em recompensas úteis no cotidiano.

De mal a pior na Bolsa, Oi sofre grande mudança no seu quadro de acionistas

Imagem: Getty Images/reprodução

A crise da Oi ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (25). A operadora, que já enfrenta uma fase delicada na Bolsa, perdeu um de seus principais investidores: a gestora americana PIMCO informou que vendeu todas as ações que ainda detinha na companhia, o equivalente a 19,7% do capital total com direito a voto.

A saída representa um golpe importante, já que a gestora era uma das maiores detentoras individuais de ações da Oi. Agora, os fundos administrados pela PIMCO não mantêm qualquer participação na empresa nem vínculos por meio de derivativos ou acordos de recompra.

O anúncio foi feito por meio de comunicado enviado ao mercado também na terça e engrossa o clima negativo em torno da companhia. 

Ainda nesta terça, o Minha Operadora já havia comentado em matéria exclusiva o fraco desempenho dos papéis da operadora na B3, que estão sendo negociados a R$ 0,05 e acumulam queda de mais de 96% em um ano, o que preocupa investidores e afasta novos aportes.

Um investidor a menos no pior momento

Segundo o documento, a decisão não está ligada a nenhum plano de interferência na estrutura da empresa. Ainda assim, o recado implícito é claro: um dos principais players estrangeiros perdeu a confiança na Oi.

A operadora está em recuperação judicial, luta para reorganizar suas finanças e, nos últimos anos, se desfez de ativos importantes para tentar manter sua operação de pé. 

O cenário, no entanto, continua desafiador. A venda da fatia da PIMCO acontece num momento em que o mercado parece ter esgotado a paciência com a falta de resultados concretos.

O reflexo no mercado

Não foram divulgados os valores envolvidos na transação, mas é natural que esse tipo de movimentação cause ruídos no mercado. 

A retirada de um acionista de peso tende a impactar diretamente a percepção de risco, e pode empurrar ainda mais para baixo o valor das ações da Oi, que já acumulam forte desvalorização no ano.

O movimento da PIMCO pode abrir espaço para mudanças na base de acionistas e servir de alerta para outros investidores institucionais. A dúvida que fica é: quem ainda está disposto a apostar no futuro da operadora?