18/12/2025
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PF investe em ferramenta para acessar dados criptografados em aparelhos da Apple

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Imagem: Shutterstock/reprodução

A Polícia Federal (PF) deu um novo passo na modernização de suas investigações ao adquirir uma ferramenta capaz de contornar os mecanismos de criptografia aplicados pela Apple em seus dispositivos. 

A solução, voltada especificamente para computadores com o chip T2, deverá facilitar o acesso a informações armazenadas em máquinas apreendidas durante operações criminais.

A compra, conduzida pela Diretoria Técnico-Científica (Ditec), inclui duas licenças de uso para softwares especializados, com validade de cinco anos. 

O investimento, superior a R$ 160 mil, pretende solucionar falhas operacionais detectadas em exames periciais envolvendo equipamentos da Apple lançados entre 2018 e 2020.

Segurança dos aparelhos vinha dificultando investigações

Modelos como MacBook Pro, Mac Mini e iMac contam com um co-processador de segurança que impede, por padrão, a quebra de senha e o acesso a dados criptografados.

Esse componente, conhecido como chip T2, é responsável por proteger informações sensíveis, gerenciar a inicialização segura do sistema e controlar recursos biométricos como o Touch ID.

Embora projetado para preservar a privacidade do usuário, o recurso tornou-se um entrave para os profissionais da perícia. Sem ferramentas atualizadas, a PF estava limitada em sua capacidade de análise forense, o que levou à necessidade urgente de atualizar os laboratórios que tratam de criptoanálise.

Licenças reforçam atuação em crimes cibernéticos e financeiros

O novo pacote tecnológico será implantado em duas unidades principais da corporação: o laboratório central da Ditec e a divisão especializada no Paraná. Ambos os setores operavam com sistemas cujas licenças perderam a validade neste ano.

Com o reforço, a PF espera melhorar o tempo de resposta em investigações que envolvam aparelhos da Apple, além de aumentar a taxa de sucesso na recuperação de provas digitais. 

A medida é estratégica em casos que envolvem crimes financeiros, lavagem de dinheiro e redes organizadas que utilizam recursos tecnológicos para dificultar a atuação policial.

Modernização acompanha avanço dos crimes digitais

A adoção da ferramenta é vista internamente como uma resposta necessária às mudanças no cenário do crime digital. À medida que criminosos adotam tecnologias mais seguras, as autoridades precisam acompanhar o ritmo para garantir o cumprimento da lei.

No entendimento da PF, o uso crescente de criptografia em dispositivos do dia a dia exige do Estado não apenas preparo técnico, mas também recursos à altura dos desafios impostos por investigações complexas.

Concorrentes abandonam celulares ultrafinos depois do aparente fracasso do iPhone Air nas vendas

Imagem: Manuel Orbegozo via Reuters/reprodução

O desempenho comercial abaixo do esperado do iPhone Air acendeu um alerta no setor de telefonia móvel. Lançado com a promessa de um design ultrafino e inovador, o aparelho da Apple não obteve a resposta esperada do público, levando não apenas a uma reavaliação interna da empresa, mas também ao recuo de fabricantes concorrentes que apostavam em propostas semelhantes.

Segundo informações apuradas por portais internacionais como DigiTimes, 9to5Mac, além dos brasileiros Olhar Digital e TudoCelular, marcas como Xiaomi, Oppo e Vivo cancelaram ou suspenderam o desenvolvimento de modelos inspirados na mesma proposta ultrafina do dispositivo da Apple. 

A decisão foi motivada pela constatação de que a demanda pelo iPhone Air não justificaria investimentos em um nicho que, até o momento, não mostrou tração no mercado.

Apple teria reduzido ou até paralisado produção do iPhone Air

Fontes da cadeia de suprimentos revelaram que a Apple reduziu significativamente os pedidos de fabricação do iPhone Air. Em alguns momentos, a produção teria sido completamente interrompida. 

O aparelho, lançado como parte da linha iPhone 17, continua disponível para entrega imediata em várias regiões (incluindo o Brasil), um indicativo claro de estoques encalhados, em contraste com modelos como o iPhone 17 Pro, que enfrentaram longas filas de espera.

Embora a empresa não divulgue números detalhados por modelo, analistas e especialistas do setor apontam justamente para um desempenho comercial modesto do iPhone Air desde o seu lançamento. 

A Apple, até agora, não se pronunciou oficialmente sobre a possível descontinuação ou readequação estratégica da linha.

Reação no mercado: fabricantes chinesas recuam

De olho nos desdobramentos, grandes fabricantes chinesas optaram por abandonar projetos semelhantes. 

De acordo com o DigiTimes, a Xiaomi, uma das marcas chinesas mais populares, teria cancelado um modelo quase idêntico ao iPhone Air que já estava em desenvolvimento.

Oppo e Vivo, que também apostavam em designs ultrafinos, suspenderam iniciativas do tipo, redirecionando recursos, como soluções de eSIM, para aparelhos com maior apelo comercial.

A tendência sugere um movimento de cautela no setor. Com margens cada vez mais apertadas e consumidores exigindo mais autonomia de bateria e desempenho, o visual ultrafino parece ter perdido prioridade diante de funcionalidades mais práticas e valorizadas no uso cotidiano.

Tendência de mercado: foco volta ao desempenho

A rejeição silenciosa ao iPhone Air e seus semelhantes reforça uma leitura do mercado já em curso: design não é mais o diferencial decisivo em tempos de smartphones maduros e funcionais. 

Consumidores têm dado preferência a dispositivos com melhor duração de bateria, mais recursos integrados e maior robustez. Nesse cenário, aparelhos extremamente finos tendem a perder espaço.

Há ainda rumores de que a Samsung teria enfrentado desafios parecidos com o modelo Galaxy S25 Edge, e que a versão prevista para 2026 estaria sendo reconsiderada, embora a empresa sul-coreana não tenha confirmado qualquer mudança oficialmente.

Cenário para os próximos lançamentos

Com a retração na categoria de celulares ultrafinos, fabricantes devem reforçar linhas tradicionais, focadas em recursos técnicos e integração com serviços. 

A aposta em modelos dobráveis, soluções de IA embarcada e baterias de longa duração aparece como tendência mais sólida.

A Apple, por sua vez, segue testando outros formatos e tecnologias, incluindo um possível modelo dobrável para os próximos anos. 

Resta saber se, após o desempenho morno do iPhone Air, a empresa adotará uma postura mais conservadora em relação a experimentos de design.

* Com informações de DigiTimes e 9to5Mac

Apple deve ultrapassar Samsung e retomar liderança global do mercado de smartphones em 2025

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Apple Samsung
Reprodução/ChatGPT

A Apple deve reassumir a liderança global no mercado de smartphones em 2025, ultrapassando a Samsung pela primeira vez desde 2011, impulsionada pelo desempenho excepcional da linha iPhone 17 e pelo início de um novo ciclo de substituição de aparelhos, segundo projeções da consultoria Counterpoint Research divulgadas recentemente.

As projeções indicam que as vendas de iPhone devem crescer 10% até o final deste ano, enquanto a Samsung registrará avanço de apenas 4,6%. Com esse desempenho, a fabricante americana deve alcançar 19,4% de participação no mercado global, que tende a expandir 3,3% no período. No total, a companhia deve comercializar cerca de 243 milhões de unidades em 2025.

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Sucesso do iPhone 17 nos mercados estratégicos

A linha iPhone 17, lançada em setembro, registrou resultados superiores às expectativas nos Estados Unidos e na China, dois mercados estratégicos para a companhia. Nos Estados Unidos, as vendas das primeiras quatro semanas após o lançamento ficaram 12% acima das registradas pela geração anterior. Na China, o salto foi ainda mais expressivo, com alta de 18% no mesmo período.

Apple iPhone 17 Pro
Divulgação/Apple

Segundo analistas da Counterpoint, o principal fator por trás desse crescimento está no ciclo de substituição de aparelhos que atingiu seu ponto de inflexão. Consumidores que adquiriram smartphones durante a pandemia de COVID-19 estão agora entrando na fase de atualização de seus dispositivos, gerando uma demanda significativa por novos modelos no mercado.

Cenário favorável e desafios da Samsung

A Apple também se beneficia de um cenário internacional mais favorável, com a redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e a desvalorização do dólar. Esses fatores ajudaram a impulsionar as compras em mercados emergentes, ampliando o alcance da marca em regiões estratégicas para o crescimento futuro da empresa.

Enquanto isso, a Samsung enfrenta pressão crescente de fabricantes chineses nos segmentos de entrada e intermediário. A concorrência acirrada, segundo o estudo da Counterpoint, pode dificultar a retomada da liderança pela empresa sul-coreana ao longo dos próximos trimestres, consolidando a posição da Apple no topo do mercado.

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Projeções para o futuro

O cenário futuro também é considerado promissor para a fabricante americana. A Apple deve lançar em 2026 seu primeiro iPhone dobrável e uma versão mais acessível do iPhone 17e, ampliando ainda mais o alcance da marca em diferentes segmentos de mercado. Analistas também esperam uma grande reformulação no design do iPhone em 2027.

Além disso, dados da Counterpoint revelam que 358 milhões de iPhones usados foram vendidos entre 2023 e o segundo trimestre de 2025. Esses usuários também provavelmente atualizarão para novos modelos nos próximos anos, garantindo uma base sólida de consumidores potenciais para a empresa.

Considerando todas essas tendências favoráveis, a Counterpoint projeta que a Apple permanecerá como líder global no mercado de smartphones até pelo menos 2029. A companhia informou no mês passado que suas vendas vêm crescendo acima das expectativas e que o trimestre de fim de ano deve alcançar receita recorde de US$ 140 bilhões.

Ucrânia lança tecnologia que mantém o celular funcionando mesmo em áreas atingidas pela guerra

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Reprodução/ChatGPT

A Ucrânia se tornou o primeiro país da Europa a disponibilizar tecnologia que permite usar celular via satélite mesmo sem sinal ou antena tradicional durante a guerra, conectando milhões de pessoas em meio a apagões e infraestrutura danificada. A operadora Kyivstar lançou na última segunda-feira (24) o serviço em parceria com a Starlink, de Elon Musk, permitindo envio de mensagens SMS gratuitamente para qualquer smartphone 4G.

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Como funciona a tecnologia

O novo sistema, chamado Direct to Cell, representa uma mudança significativa na forma como os celulares se conectam. Entenda os principais aspectos dessa tecnologia:

Conexão direta com satélites: O serviço funciona conectando celulares comuns diretamente aos satélites da Starlink em órbita, que retransmitem os sinais de volta à Terra, eliminando a necessidade de torres de telefonia convencionais.

Abrangência territorial: A tecnologia oferece cobertura em praticamente todo território ucraniano, exceto áreas ocupadas, zonas de combate ativo e regiões fronteiriças.

Números da adesão: Com cerca de 22,5 milhões de clientes móveis, a Kyivstar registrou mais de 400 mil usuários únicos nas primeiras horas após o lançamento. Até a manhã de terça-feira, já haviam sido enviadas e recebidas 87 mil mensagens SMS através da tecnologia satelital.

Gratuidade e compatibilidade: O serviço está disponível sem custo adicional para todos os assinantes que possuem aparelhos compatíveis com 4G.

Conexão em meio aos ataques

Na Ucrânia, permanecer conectado significa permanecer seguro“, declarou Oleksandr Komarov, CEO da Kyivstar. A operadora já vinha adotando medidas para manter a rede funcionando, incluindo instalação de baterias e geradores capazes de fornecer mais de dez horas de cobertura contínua quando há falta de energia elétrica na rede devido aos longos apagões provocados por ataques russos.

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A iniciativa ganha relevância especial considerando que a Rússia tem atacado frequentemente o setor elétrico ucraniano com centenas de drones e mísseis durante os quase quatro anos de conflito. Esses ataques danificaram capacidades de distribuição e geração de eletricidade, forçando apagões prolongados que afetam diretamente o funcionamento das redes de telefonia móvel tradicionais.

O ministro da Transformação Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, destacou a importância do feito. “A Ucrânia ocupa o primeiro lugar entre os países europeus no lançamento da tecnologia Direct to Cell. Este é um passo importante no desenvolvimento de infraestrutura que garantirá conectividade mesmo em áreas sem redes tradicionais“, afirmou o ministro.

Expansão de funcionalidades

Atualmente limitado ao envio de mensagens de texto, o serviço Direct to Cell deve expandir suas funcionalidades em breve. A previsão é que determinados serviços de dados, incluindo aplicativos bancários, sejam disponibilizados já no próximo ano. Chamadas de voz por internet devem chegar em 2026, ampliando ainda mais as possibilidades de comunicação via satélite para a população ucraniana.

A tecnologia satelital é especialmente crucial para áreas próximas à linha de frente, territórios recentemente desocupados onde a rede terrestre foi danificada ou está em restauração, e para apoiar missões de resgate e humanitárias. A cobertura da rede terrestre da Kyivstar atinge atualmente cerca de 80% do território ucraniano, e o serviço satelital deve expandir essa abrangência geográfica.

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Uso militar e planos futuros

As forças armadas ucranianas já dependem fortemente dos terminais Starlink para comunicações no campo de batalha e algumas operações com drones. Atualmente, mais de 50 mil terminais estão em operação na Ucrânia, segundo autoridades oficiais. O Starlink fornece serviços de internet através de uma constelação de satélites em órbita baixa da Terra e é amplamente utilizado em áreas remotas e zonas de conflito.

Para 2027, a Kyivstar já planeja uma expansão ainda maior, incluindo serviços corporativos e Internet das Coisas sobre a rede Starlink. Os casos de uso podem abranger agricultura, medição inteligente e rastreamento de veículos para empresas de transporte. No entanto, o serviço satelital é destinado a complementar a rede terrestre, não substituí-la completamente.

Governo intensifica combate à pirataria digital e tira do ar 535 sites ilegais

Imagem: DALL-E/Reprodução

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou, nesta quinta-feira (27), mais uma etapa da Operação 404, voltada ao enfrentamento da pirataria digital. 

Nesta oitava fase, foram retirados do ar 535 sites que disponibilizavam conteúdo de forma ilegal, além de um aplicativo de streaming. As ações ocorreram em diferentes estados e contaram com a cooperação de autoridades internacionais.

Além do bloqueio dos serviços, sete pessoas foram presas durante a execução de 44 mandados de busca e apreensão. Segundo os investigadores, a operação foi além da remoção dos canais ilegais: o foco desta fase incluiu também a identificação de como esses serviços são financiados.

O alvo agora são as fontes de lucro

De acordo com os responsáveis pela operação, as plataformas piratas não apenas distribuem conteúdos sem autorização, mas também movimentam dinheiro. 

Receitas vindas de publicidade, assinaturas não oficiais e até venda de dados estão entre as fontes de renda desses sites.

Diante disso, a estratégia do governo tem sido atingir não apenas os sites em si, mas toda a estrutura por trás deles. Isso inclui hospedagens, intermediários financeiros e perfis em redes sociais usados para divulgação.

Participação internacional e articulação técnica

A ofensiva envolveu órgãos de países como Argentina, Equador, Peru, Paraguai e Reino Unido. Já Estados Unidos e México acompanharam os trabalhos na condição de observadores. 

No Brasil, a operação foi coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, em parceria com a Coordenação-Geral de Crimes Cibernéticos.

A Anatel e a Ancine também atuaram na identificação e no bloqueio dos domínios que infringiam leis de propriedade intelectual. Operadoras e provedores foram notificados para limitar o acesso aos endereços removidos.

Leia também: Anatel reforça fiscalização e redefine procedimento de importação de produtos de telecom

Consequências jurídicas

A legislação brasileira prevê pena de até quatro anos de prisão, além de multa, para quem viola direitos autorais. Nos casos apurados, os detidos também podem ser responsabilizados por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

As autoridades destacam que, além dos danos à indústria do entretenimento, o consumo de conteúdo pirata representa riscos aos próprios usuários, como exposição de dados pessoais e ataques cibernéticos.

Histórico da Operação 404

Desde que foi iniciada, em 2019, a Operação 404 já passou por diferentes fases, sempre com o objetivo de desmantelar serviços ilegais de distribuição digital. 

Ao longo dos anos, milhares de sites e aplicativos foram retirados do ar, com o apoio de diversas instituições brasileiras e estrangeiras.

O Ministério da Justiça afirmou que novas ações estão em planejamento e que o combate à pirataria continua sendo uma prioridade, principalmente diante do avanço de plataformas ilegais que tentam se profissionalizar.

Mesmo em expansão, Starlink tem desempenho inferior à média global no Brasil

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Imagem: Starlink/reprodução

A Starlink, operadora de internet via satélite da SpaceX, empresa aeroespacial do bilionário Elon Musk, vem ganhando espaço no Brasil. No entanto, quando se olha para os números, a velocidade de conexão ainda não acompanha o ritmo de crescimento da base de usuários. 

Um relatório divulgado pela empresa Ookla, responsável pela plataforma Speedtest, aponta que o serviço segue abaixo da média global em território brasileiro.

Para se ter uma ideia, no terceiro trimestre de 2025, a velocidade mediana de download no Brasil ficou em 109,98 Mbps. É uma melhora em relação ao ano passado, mas o número ainda contrasta com os 220 Mbps registrados no cenário internacional. 

Mesmo dentro do Brasil, o desempenho da Starlink está atrás da média nacional entre todas as operadoras, que atualmente é de 210,81 Mbps.

Crescimento em áreas remotas e liderança entre satélites

Apesar da defasagem, o serviço tem papel importante, especialmente em regiões onde outras opções de conexão são limitadas. 

A empresa afirma ter superado 600 mil clientes no Brasil e já fornece internet a mais de 7 mil escolas públicas. Grande parte desse avanço se concentra na região Norte, onde o acesso tradicional costuma ser mais difícil.

A posição da Starlink no mercado latino-americano também chama atenção. Ela lidera com folga entre os serviços de internet via satélite. 

Em comparação, a Viasat apresentou média de 32,73 Mbps no mesmo período, enquanto a HughesNet ficou em 15,93 Mbps. Os testes de velocidade feitos na região mostram que a Starlink respondeu por 98,2% das medições com redes satelitais.

Olho no futuro e na concorrência

Hoje, o plano residencial da Starlink é vendido por R$ 236 ao mês, além do equipamento, que custa R$ 2.400. A expectativa da empresa é melhorar esses números com uma nova geração de satélites, prevista para 2026. A promessa é ousada: alcançar velocidades de até 1 Gbps.

Ao mesmo tempo, o setor deve ganhar novos protagonistas. A Amazon pretende lançar sua própria constelação de satélites, o Project Kuiper, até o fim do ano. 

Além disso, outros concorrentes também planejam atualizações em suas redes. Com isso, qualquer esforço da Starlink para melhoria do serviço entregue é válido comercialmente falando.

TIM vai ativar rede 5G na Antártida em projeto com Marinha e governo federal

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Imagem: TIM/divulgação

A operadora TIM deve instalar uma rede 5G na Estação Antártica Comandante Ferraz, base científica mantida pelo Brasil no Polo Sul. 

O projeto, que reúne a Marinha, o Ministério das Comunicações e a Anatel, tem lançamento previsto para fevereiro de 2026.

A nova estrutura amplia uma parceria iniciada em 2022, quando a empresa levou sinal 4G ao local. Agora, com a quinta geração da internet móvel, o objetivo é proporcionar acesso rápido e contínuo a dados científicos, especialmente para equipes ligadas ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar).

Nova rede atenderá pesquisadores e operações logísticas

O 5G permitirá a transmissão imediata de informações, como imagens de satélite e registros de estações meteorológicas. 

Isso deve reduzir a dependência de conexões por satélite e eliminar a necessidade de aguardar retorno ao continente para processar parte das coletas.

Além dos cerca de 180 cientistas que passam pela base todos os anos, a conexão também ajudará nas operações de suporte, como deslocamentos externos, rotinas de abastecimento e segurança da tripulação.

Equipamentos adaptados para resistir ao frio extremo

Instalar tecnologia de ponta em um ambiente como a Antártida exige soluções específicas. Segundo a TIM, os equipamentos foram projetados com aquecimento interno e mecanismos para evitar o congelamento das antenas. A área de cobertura estimada da rede será de aproximadamente 10 km ao redor da estação.

Durante a missão de instalação, está prevista também a produção de uma série documental para mostrar o cotidiano dos profissionais que atuam na região e os bastidores do projeto.

Imagem: TIM/divulgação

Governo destaca importância estratégica da iniciativa

O anúncio da parceria foi feito durante cerimônia oficial em Brasília. Presente no evento, o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, afirmou que a chegada do 5G ao continente antártico reforça o papel da conectividade como instrumento de desenvolvimento nacional.

Ele destacou que ações como essa complementam políticas públicas já em andamento, como o programa Norte Conectado, voltado à expansão da internet em comunidades isoladas da Amazônia.

Ainda segundo o ministro, o avanço da conectividade em locais extremos fortalece a soberania do Brasil e amplia a capacidade do país de produzir ciência em escala internacional.

* Com informações do Ministério das Comunicações, via Agência Brasil, e da TIM Brasil

Anatel reforça fiscalização e redefine procedimento de importação de produtos de telecom

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importação telecom anatel
Divulgação/Anatel

A Anatel publicou o Ato nº 18.086 que redefine o procedimento para importação de produtos de telecom, permitindo à agência acesso direto ao SISCOMEX para verificar a homologação de equipamentos importados, reforçando o controle sobre produtos não certificados no Brasil a partir de maio de 2026.

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Integração com SISCOMEX para fiscalização em tempo real

O novo procedimento operacional estabelece sistemática mais rigorosa para a entrada de equipamentos de telecomunicações no país. A medida viabiliza o acompanhamento em tempo real do fluxo de importações, com cruzamento de dados como fabricante, modelo e número de série com o banco de produtos homologados pela agência reguladora.

A iniciativa foi liderada pelo conselheiro Edson Holanda e tem como objetivo principal combater a importação de equipamentos irregulares. Segundo Vinicius Caram, superintendente de outorga e recursos à prestação, a medida busca prevenir riscos à segurança das redes e dos usuários, garantindo que apenas produtos certificados circulem no mercado brasileiro.

Três categorias de operações sob verificação

O ato define três categorias distintas de operações que estarão sujeitas à verificação da agência. As regras abrangem desde fabricantes e operadoras até provedores regionais, integradores e empresas que utilizam terminais e equipamentos ópticos, de rádio ou Internet das Coisas:

  • Importações para uso próprio: equipamentos destinados ao uso direto pelo importador em suas atividades
  • Importações para uso em redes próprias ou operadas: produtos utilizados na infraestrutura e operação de redes de telecomunicações
  • Importações para comercialização: equipamentos destinados à revenda no mercado brasileiro

Com a nova sistemática, a Anatel passará a tratar as operações administrativamente com base nas informações da DUIMP (Declaração Única de Importação). A agência poderá adotar medidas de conformidade, incluindo o confisco de equipamentos, ainda no processo de desembaraço aduaneiro. O procedimento também incorpora análise de risco para direcionar fiscalizações mais efetivas.

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Controle reforçado sobre produtos não homologados

A integração com o SISCOMEX representa avanço significativo na capacidade de atuação da agência. A Anatel passa a contar com dados estratégicos para identificar cargas sem homologação, reforçando a certificação como requisito essencial para garantir segurança, conformidade técnica e proteção das redes de telecomunicações.

O texto tem como base a Lei Geral de Telecomunicações, que proíbe o uso e a conexão de equipamentos sem certificação expedida ou aceita pela Anatel. A homologação é obrigatória para utilização e comercialização de produtos de telecomunicações em território nacional, e a nova norma reforça essa exigência com mecanismos de controle mais eficientes.

A agência revogou o Ato nº 4.521, de 2021, que tratava anteriormente da atuação em processos de importação. A substituição reflete a necessidade de atualizar os procedimentos diante da evolução tecnológica do setor e dos desafios relacionados à entrada de produtos não homologados no mercado brasileiro.

Preparação para implementação

Para operacionalizar o novo sistema, a Anatel iniciará tratativas com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) visando obter acesso aos campos relevantes da DUIMP no SISCOMEX. Também está prevista a publicação de orientações específicas ao setor sobre o preenchimento correto das declarações de importação.

A capacitação dos servidores da Anatel para o uso das informações do sistema é outra etapa prevista no processo de implementação. A integração permitirá fiscalização mais precisa, baseada em evidências e análise de risco, além de aumentar a previsibilidade para importadores e fabricantes que atuam no mercado de telecomunicações.

Prazo para entrada em vigor e impactos no setor

O novo procedimento entrará em vigor em 25 de maio de 2026. O prazo foi estabelecido para permitir a adaptação dos sistemas e o alinhamento entre os órgãos envolvidos. Durante o fórum de certificação realizado em Campinas, Caram anunciou ainda que será aberta tomada de subsídios para alteração das regras de uso do selo da Anatel nos equipamentos homologados.

A medida deve impactar diretamente empresas que trabalham com importação de aparelhos como rádios, antenas, modems, roteadores e equipamentos de rede.

Em plena Black Friday, Amazon enfrenta protestos mundo afora

Imagem: AFP via Getty Images: Reprodução

A Amazon tem vivido um momento diferente. Em vez apenas de registrar lucros em mais um período de Black Friday, a empresa está lidando com pressões vindas de 30 países.

Greves e atos públicos têm marcado a edição mais abrangente da campanha Make Amazon Pay, iniciativa que cobra da empresa medidas em três frentes: condições de trabalho, justiça fiscal e meio ambiente.

“As metas não param nem quando alguém desmaia”

Nos bastidores da logística, trabalhadores relatam uma rotina exaustiva. Em armazéns da empresa, especialmente na Ásia, relatos indicam calor insuportável, metas inalcançáveis e punições rigorosas.

Neha Singh, funcionária em Manesar, na Índia, conta que os galpões chegam a parecer “fornalhas”. Segundo ela, desmaios não interrompem as exigências e, se alguém falta por três dias, o risco de demissão é real. Casos como o dela se repetem em outros países.

Crescimento acelerado, responsabilidade em dúvida

Hoje, a atuação da Amazon vai muito além do varejo. Ela fornece serviços de armazenamento em nuvem, inteligência artificial e infraestrutura digital para governos e empresas. Esse crescimento, segundo os manifestantes, não veio acompanhado de transparência ou compromisso social.

Organizações ligadas ao movimento acusam a empresa de ter apoiado governos que, supostamente, fragilizam leis trabalhistas e ambientais. Em troca disso, em caso de eleição a empresa seria beneficiada no assunto.

Impactos ambientais e cortes fiscais

O funcionamento dos data centers da Amazon, muitos de grande porte, exige um volume expressivo de energia e água. Ambientalistas envolvidos nos protestos afirmam que a empresa pouco investe em compensações, mesmo diante do impacto que causa.

Outro ponto central é a tributação. Relatórios recentes apontam que a Amazon teria pago cerca de US$ 1,4 bilhão a menos em impostos em relação ao ano anterior. Um dado que, segundo os ativistas, escancara uma estrutura fiscal desigual.

Mobilizações em todos os continentes

Na Alemanha, houve paralisações lideradas pelo sindicato ver.di. Nos Estados Unidos, manifestantes criticam acordos entre a Amazon e órgãos de imigração. Ações também ocorreram no Brasil, Reino Unido, Espanha, África do Sul, Nepal e outros.

Além dos protestos presenciais, o movimento apostou em projeções visuais e mobilizações online. A ideia é ampliar o alcance das críticas para além das portas dos centros de distribuição.

O que querem os organizadores

A campanha Make Amazon Pay cobra três compromissos básicos:

  • Pagamento justo para os trabalhadores;
  • Cumprimento de obrigações fiscais nos países onde atua;
  • Medidas concretas contra os danos ambientais associados às suas operações.

Grupos ligados ao movimento afirmam que, com a expansão da automação, essas demandas ganham ainda mais urgência. 

Para eles, o avanço tecnológico não pode justificar a redução de empregos nem o abandono da responsabilidade social.

LiveMode assume total controle da CazéTV e torna Casimiro sócio de marca global do grupo

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CazeTV Casimiro LiveMode
Reprodução/CazeTV

A LiveMode oficializou a compra integral da marca CazéTV após adquirir a participação societária do comunicador Casimiro Miguel, que deixa o controle direto do canal para se tornar sócio da holding global do grupo, em uma reestruturação estratégica revelada recentemente para expandir a atuação do empresário no conglomerado.

Anteriormente, a estrutura acionária era dividida, com a empresa detendo 51% da marca e a CMiguel Produções, do streamer, possuindo os outros 49%. Com a nova negociação, a companhia assume o controle de 100% da emissora digital. Em contrapartida, o jornalista deixa de ter ações restritas apenas ao canal de YouTube e passa a integrar o quadro de sócios da LiveMode Cayman. Esse braço internacional da holding é o veículo responsável por controlar todas as operações e negociar direitos de transmissão para diversos meios.

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Uma nova dinâmica societária

Essa mudança na estrutura de capital permite que o comunicador tenha uma participação muito mais ampla e estratégica dentro da empresa. Ao migrar para a holding, ele ganha acesso aos resultados de negócios gerais fechados pela LiveMode Cayman em todo o mundo, eliminando as limitações de ser sócio apenas da CazéTV. Na prática, trata-se de uma troca de fatia em um produto específico por uma participação no conglomerado inteiro, cuja receita é significativamente superior à operação individual do canal de streaming.

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A conclusão definitiva dessa reorganização societária ainda depende da análise e do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A operação foi descrita como uma troca de participação acionária e busca ajustar a composição do grupo. Recentemente, a marca continuou demonstrando força no mercado ao fechar acordos importantes, incluindo parcerias de exibição em TV aberta com a Record e negociações envolvendo as propriedades da Liga Forte União.

Investidores globais e valuation

A estrutura da LiveMode Cayman conta com investimentos de peso do mercado financeiro global. Marcas como a General Atlantic, empresa norte-americana com atuação mundial, e a XP Investimentos aportaram capital na companhia. Estimativas de mercado indicam que o investimento conjunto dessas empresas tenha ficado próximo de R$ 440 milhões em troca de pouco mais de 20% de participação. Embora os valores da transação com o streamer não tenham sido revelados, ele se junta agora a esse grupo de investidores.

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O histórico dos fundadores

Fundada em 2017 por Sergio Lopes e Edgar Diniz, a empresa nasceu após os empresários venderem o canal Esporte Interativo para o grupo Turner (atual Warner Bros. Discovery) por valores estimados entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões. Inicialmente, a companhia especializou-se na intermediação e negociação de direitos de transmissão, conectando competições, emissoras e investidores, ganhando espaço relevante no setor de distribuição digital e direitos esportivos no Brasil e no exterior.

A ascensão da CazéTV e portfólio

A CazéTV surgiu em 2022 como um projeto dentro do guarda-chuva da holding, consolidando a parceria entre a empresa e o jornalista. O canal obteve sucesso imediato ao transmitir metade dos jogos da Copa do Mundo do Catar. Desde então, a plataforma expandiu seu portfólio de forma agressiva, adquirindo direitos de transmissão de eventos de grande porte, como os Jogos Olímpicos, Pan-Americanos, Copa do Mundo Feminina, além de torneios nacionais como o Brasileirão e o Campeonato Paulista.