05/12/2025

Ações da Oi afundam para R$ 0,05 e refletem o colapso de uma gigante das telecomunicações

Os papéis caíram de R$ 1,57 para R$ 0,05 em um ano, em um cenário que coloca muitos investidores em desespero.

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Imagem: DALL-E/Minha Operadora

As ações da Oi (OIBR3) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) iniciaram esta terça-feira (25) a apenas R$ 0,05. 

Exatamente um ano atrás, em 25 de novembro de 2024, os mesmos papéis valiam R$ 1,57, valor que, à época, já era considerado um sinal de alerta. A queda supera 96% em doze meses.

Quem apostou alto na recuperação da empresa se deparou com um cenário de frustração. Para se ter uma ideia, um investimento de R$ 100 mil feito há um ano vale hoje pouco mais de R$ 3 mil. É o retrato de uma operadora que, em vez de dar a volta por cima, continua mergulhada em incertezas.

Uma crise que se arrasta

A situação da Oi não é novidade. A empresa carrega uma longa trajetória de instabilidade financeira. 

Desde 2016, quando entrou em recuperação judicial pela primeira vez, a operadora tenta se reestruturar. Em 2023, pediu uma nova proteção judicial contra os credores, movimento que acentuou as dúvidas do mercado sobre sua sobrevivência.

Nos últimos meses, a operadora esteve no centro de disputas jurídicas, atrasos em pagamentos e rumores de que pode não resistir. 

Um exemplo recente é o processo movido pela Globo por uma dívida milionária relacionada à transmissão de canais e conteúdos do Globoplay.

A falta de liquidez, somada à perda de participação de mercado, pressiona ainda mais o valor de suas ações, hoje tratadas como “centavos” por investidores que, em muitos casos, já desistiram de uma possível recuperação.

O contraste com os concorrentes

Enquanto a Oi encolhe, suas principais concorrentes se mantêm firmes. A Tim (TIMS3) é negociada a cerca de R$ 25 na B3. Já a Vivo (VIVT3) aparece com papéis cotados por volta dos R$ 35. São números que deixam claro o abismo que se abriu entre a Oi e as demais operadoras de grande porte.

O contraste vai além dos números: ao passo que Tim e Vivo consolidam posições, a Oi se desfaz de ativos e tenta manter o mínimo necessário para operar. 

A venda da Oi Móvel e parte da rede de fibra óptica, que gerou o surgimento da Nio, são apenas alguns dos capítulos dessa história de desmonte.

O que esperar daqui pra frente?

O futuro da Oi permanece cercado de dúvidas. Analistas de mercado não descartam um possível encerramento das atividades, caso a empresa não consiga reverter o quadro financeiro. Para muitos investidores, já não se trata de uma questão de “se”, mas de “quando” a operadora deixará de vez o mercado.

É um fim amargo para quem já ocupou o posto de maior companhia de telecomunicações do país. A mesma Oi que, em tempos de ouro, era presença constante em milhões de lares brasileiros, agora luta para não desaparecer.

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