18/12/2025
Início Site Página 13

Vivo deve repassar R$ 380 milhões em proventos para acionistas na próxima terça-feira (2)

Imagem: DALL-E/Reprodução

A Vivo programou para a próxima terça-feira (2) o repasse de R$ 380 milhões em juros sobre capital próprio (JSCP) a seus acionistas. Esse tipo de repasse é feito pela Telefônica Brasil, empresa que controla a operadora.

O valor corresponde a duas declarações ocorridas ainda no primeiro trimestre deste ano e será creditado com base nas posições acionárias de fevereiro e março. A distribuição antecipa parte dos dividendos referentes ao desempenho financeiro de 2025. 

Segundo informações divulgadas pela empresa, os montantes foram aprovados em reuniões da diretoria estatutária e serão incorporados ao cálculo final de remuneração dos investidores no encerramento do exercício, que será oficializado em assembleia ordinária prevista para 2026.

Como será feito o pagamento

Do total a ser pago, R$ 180 milhões foram declarados em fevereiro e R$ 200 milhões em março. Ambos os valores serão transferidos em parcela única, respeitando a participação proporcional de cada acionista. Considerando os descontos previstos em lei, o valor líquido por ação será de aproximadamente R$ 0,1992.

Os repasses seguem o modelo tradicional de remuneração adotado pela controladora Telefônica Brasil, que há anos mantém uma política de retorno contínuo ao investidor, mesmo em contextos econômicos adversos.

Política de distribuição da Vivo e desempenho recente

A empresa já soma R$ 5,7 bilhões distribuídos em 2025, incluindo JSCP, recompras de ações e redução de capital. 

Os dividendos e proventos foram mantidos acima do lucro líquido registrado, com um índice de payout de 105,3%, indicador que reforça a consistência da estratégia de valorização dos papéis no mercado.

Além do repasse de dezembro, há previsão de novos pagamentos até o fim de abril de 2026. Entre eles, estão valores mais robustos, como os R$ 500 milhões declarados em maio e outros R$ 400 milhões em setembro, todos já programados com base em comunicados oficiais divulgados pela empresa.

Efeito na bolsa de valores

O compromisso da Vivo com a distribuição frequente de proventos tem sido bem recebido no mercado financeiro. As ações da companhia (VIVT3), listadas na B3, tendem a se valorizar entre investidores que buscam estabilidade e retorno constante. 

A previsibilidade dos pagamentos é vista como um ponto positivo em tempos de incerteza econômica e juros elevados. Até o fechamento dessa matéria, uma ação da Vivo estava valendo aproximadamente R$ 35,50.

Com pagamentos regulares e um fluxo consistente de capital devolvido ao investidor, a Vivo consolida sua posição entre as empresas mais atrativas do setor de telecomunicações na bolsa de valores brasileira.

* Com informações de InfoMoney e Money Times

Austrália é o primeiro país a adotar cobertura móvel universal para todo o território

0

A Austrália se tornou o primeiro país do mundo a aprovar uma lei que garante cobertura móvel universal em todo o território nacional. O parlamento australiano aprovou na quinta-feira (27) a Lei de Obrigações Móveis Universais ao Ar Livre (UOMO), que exige que as operadoras Telstra, Optus e TPG forneçam acesso a SMS e voz em praticamente qualquer local com visão do céu, combinando torres terrestres tradicionais com tecnologia de satélites de órbita baixa. A medida entra em vigor em 1º de dezembro de 2027 e visa melhorar a segurança pública e o acesso a serviços emergenciais em áreas remotas.

Leia mais:

Marco histórico nas telecomunicações

A nova legislação representa um marco histórico nas telecomunicações globais. Pela primeira vez, um governo nacional estabelece por lei a obrigatoriedade de cobertura móvel completa, incluindo as vastas áreas desabitadas do país. A Austrália possui aproximadamente 7,7 milhões de quilômetros quadrados de extensão territorial, mas apenas um terço dessa área conta atualmente com cobertura móvel terrestre tradicional.

Com a implementação da UOMO, espera-se adicionar até 5 milhões de quilômetros quadrados de cobertura básica para SMS e voz em todo o país. Isso significa que comunidades regionais e remotas, que historicamente enfrentaram dificuldades de conexão, terão acesso aos mesmos serviços de comunicação disponíveis nas áreas urbanas. A medida beneficiará diretamente agricultores, moradores de regiões isoladas e viajantes que atravessam o interior australiano.

Sydney Australia
Caleb/Unsplash

Tecnologia de satélites viabiliza cobertura universal

A tecnologia que viabiliza essa cobertura universal é chamada de direct-to-device (D2D), fornecida por satélites de órbita terrestre baixa (LEO). Diferentemente das torres de celular convencionais, que exigem infraestrutura física cara em áreas pouco povoadas, os satélites LEO permitem que sinais móveis se conectem diretamente aos aparelhos celulares comuns, sem necessidade de equipamentos especiais. Essa solução torna economicamente viável oferecer serviços em regiões onde nunca foi comercialmente interessante instalar torres.

O governo australiano deixou claro em memorando explicativo que acompanhou a aprovação da lei que espera que as operadoras combinem sua cobertura terrestre existente com a tecnologia D2D para alcançar a universalização. Embora as três principais operadoras do país já tenham anunciado planos de implementar serviços D2D comercialmente em parceria com provedores de satélites LEO, o governo reconhece que isso pode não ser suficiente para cobrir todas as áreas da Austrália sem a obrigação legal.

Governo e setor celebram aprovação

A ministra das Comunicações, Anika Wells, afirmou que a lei garantirá conectividade e segurança para todos os australianos. “A Obrigação Móvel Universal ao Ar Livre garantirá que os australianos recebam sinal móvel em quase qualquer lugar onde possam ver o céu”, declarou. Hamish McIntyre, presidente da Federação Nacional de Agricultores, destacou que “a cobertura móvel externa aprimorada ajudará a colocar os australianos regionais em condições mais equitativas com seus colegas da cidade”.

Quer acompanhar tudo em primeira mão sobre o mundo das telecomunicações? Siga o Minha Operadora no Canal no WhatsAppInstagramFacebookX e YouTube e não perca nenhuma atualização, alerta, promoção ou polêmica do setor!

Serviços básicos com possibilidade de expansão

A legislação estabelece inicialmente serviços considerados essenciais, mas foi desenhada com visão de futuro. A UOMO contempla:

  • Voz e SMS: Serviços básicos obrigatórios desde o início da implementação
  • Dados móveis: Podem ser adicionados posteriormente pelo ministro das Comunicações
  • Cobertura terrestre: Mantida nas áreas povoadas com alta capacidade para 99% da população
  • Novos serviços: Possibilidade de inclusão conforme desenvolvimentos tecnológicos

A ministra do Desenvolvimento Regional, Kristy McBain, ressaltou a importância para regiões afastadas. “Do interior ao litoral e às montanhas, os pontos sem cobertura móvel podem ser frustrantes e tornar tarefas básicas difíceis. A conectividade aprimorada não apenas mantém as pessoas conectadas, mas também significa estradas mais seguras, negócios mais fortes e melhor acesso a serviços”, explicou.

Crise se agrava e TJRJ ordena que Anatel libere R$ 450 milhões para a Oi pagar salários

0
Oi orelhão
José Cruz/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, na última quinta-feira (27), que a Anatel libere R$ 450 milhões em garantias retidas da Oi para que a operadora pague despesas correntes, especialmente os salários de 17 mil empregados da subsidiária Serede. A decisão foi tomada pela desembargadora Monica Costa após solicitação da 7ª Vara Empresarial do TJRJ.

A magistrada confirmou o despacho da juíza Simone Gastesi Chevrand, emitido na quarta-feira (26), que autorizou a liberação dos recursos. A medida atende a um pedido da administração judicial da companhia, que alegou haver “excesso de garantias” retidas pela agência reguladora como parte do acordo de autocomposição firmado para permitir o fim da concessão de telefonia fixa.

A desembargadora Monica Costa afirmou que a liberação dos recursos é “imprescindível à preservação das atividades das sociedades recuperandas, em momento extremamente sensível”. Segundo ela, a decisão resguarda o acordo formalizado no Termo de Autocomposição entre Oi, Anatel, V.tal e Tribunal de Contas da União, que possibilitou a migração do modelo de concessão para autorização.

Leia mais:

Crise na Serede

A situação é considerada crítica porque a Serede não possui fluxo de caixa suficiente para pagar o 13º salário de seus funcionários, com vencimento previsto para esta sexta-feira (28). A subsidiária concentra a maior parte da mão de obra do grupo, com cerca de 17 mil empregados diretos, enquanto a Oi tem atualmente menos de 2 mil funcionários diretos.

Oi aposta alto em cloud

Excesso de garantias

A juíza Simone Chevrand argumentou que “já foi levado à conta da Anatel elevada quantia, mais do que suficiente para, em caso de interrupção dos serviços prestados pela Oi, contratar empresa diversa“. Segundo a magistrada, já foram depositados R$ 450 milhões em garantias, equivalentes a 50% do montante inicialmente destinado, estimado em R$ 900 milhões.

Quer acompanhar tudo em primeira mão sobre o mundo das telecomunicações? Siga o Minha Operadora no Canal no WhatsAppInstagramFacebookX e YouTube e não perca nenhuma atualização, alerta, promoção ou polêmica do setor!

Anatel vai recorrer

A Anatel, no entanto, já sinalizou que pretende recorrer da decisão. O presidente da agência, Carlos Baigorri, afirmou que a conta garantia existe para proteger a continuidade dos serviços públicos delegados e não deve ser usada para aliviar pressões de caixa da companhia. Segundo a agência, os recursos retidos poderiam ser utilizados na contratação emergencial de outra prestadora caso a Oi não honre as obrigações assumidas com o fim da concessão.

Fachada com símbolo da Anatel.
Foto: Sinclair Maia/Anatel /reprodução

Entre essas obrigações estão a manutenção de telefonia fixa em áreas sem outra opção de prestadora e a continuidade dos serviços tridígito. A preocupação da Anatel é que a liberação das garantias possa comprometer a capacidade de resposta rápida em caso de interrupção dos serviços essenciais prestados pela operadora.

Tramitação na segunda instância

A decisão da segunda instância foi necessária porque o caso da Oi tramita no Tribunal de Justiça desde que bancos credores Bradesco e Itaú conseguiram reverter a sentença que decretava a falência da operadora. O acordo entre Oi, Anatel, V.tal e TCU também está sob análise da segunda instância, o que exigiu o aval da desembargadora relatora para qualquer movimentação das garantias vinculadas.

Samsung e SK Telecom fecham parceria para impulsionar redes 6G com inteligência artificial

Imagem: DALL-E/Reprodução

A Samsung e a SK Telecom estão unindo forças para trabalhar no desenvolvimento de redes móveis de sexta geração, o chamado 6G. 

A proposta, anunciada em um acordo recente, é usar inteligência artificial (IA) em diferentes camadas da rede, especialmente no que se chama de AI-RAN, uma arquitetura que busca tornar o sistema mais inteligente e responsivo.

A meta é simples no papel, mas complexa na prática: melhorar a estabilidade, reduzir atrasos e aumentar a eficiência na troca de dados. 

Em áreas urbanas, onde o sinal encontra mais barreiras físicas, o uso de IA promete ajudar as antenas a “prever” e contornar essas interferências.

Solução para um futuro hiperconectado

Além da IA, outro elemento que entra na equação é o chamado MIMO distribuído. De forma resumida, essa tecnologia permite que várias antenas trabalhem juntas em vez de depender de uma só. Isso aumenta a cobertura e evita congestionamentos em horários de pico ou locais com muita demanda.

Segundo o combinado, a Samsung será responsável por desenvolver os modelos baseados em inteligência artificial. Já a SK Telecom vai abrir sua rede para testes e fornecer dados reais de uso. Juntas, elas esperam validar as tecnologias em campo e entender como esses sistemas se comportam fora do laboratório.

Executivos da Samsung e da SK Telecom no ato de celebração do acordo – Imagem: Samsung News/Reprodução

Parceria tem alcance internacional

As empresas também participam de uma iniciativa global chamada AI-RAN Alliance, que reúne companhias e pesquisadores interessados no uso de IA em redes móveis. 

Em um encontro recente, a Samsung e a SK Telecom também apresentaram uma proposta conjunta que acabou sendo aceita como base técnica para estudos futuros.

Os representantes das duas companhias acreditam que o 6G não será apenas mais rápido que o 5G. A grande virada estará na inteligência das redes e na forma como elas vão se adaptar ao comportamento dos usuários e ao ambiente ao redor.

Corrida já começou

Embora o 5G ainda esteja em expansão em muitos países, o setor já olha para frente. A Samsung, por exemplo, investe em pesquisa sobre 6G desde 2019, com publicações técnicas e presença em eventos internacionais. 

Com a parceria, as duas empresas reforçam a intenção de garantir um papel de liderança nessa nova fase da conectividade móvel.

* Com informações do Samsung News

PF investe em ferramenta para acessar dados criptografados em aparelhos da Apple

0
Imagem: Shutterstock/reprodução

A Polícia Federal (PF) deu um novo passo na modernização de suas investigações ao adquirir uma ferramenta capaz de contornar os mecanismos de criptografia aplicados pela Apple em seus dispositivos. 

A solução, voltada especificamente para computadores com o chip T2, deverá facilitar o acesso a informações armazenadas em máquinas apreendidas durante operações criminais.

A compra, conduzida pela Diretoria Técnico-Científica (Ditec), inclui duas licenças de uso para softwares especializados, com validade de cinco anos. 

O investimento, superior a R$ 160 mil, pretende solucionar falhas operacionais detectadas em exames periciais envolvendo equipamentos da Apple lançados entre 2018 e 2020.

Segurança dos aparelhos vinha dificultando investigações

Modelos como MacBook Pro, Mac Mini e iMac contam com um co-processador de segurança que impede, por padrão, a quebra de senha e o acesso a dados criptografados.

Esse componente, conhecido como chip T2, é responsável por proteger informações sensíveis, gerenciar a inicialização segura do sistema e controlar recursos biométricos como o Touch ID.

Embora projetado para preservar a privacidade do usuário, o recurso tornou-se um entrave para os profissionais da perícia. Sem ferramentas atualizadas, a PF estava limitada em sua capacidade de análise forense, o que levou à necessidade urgente de atualizar os laboratórios que tratam de criptoanálise.

Licenças reforçam atuação em crimes cibernéticos e financeiros

O novo pacote tecnológico será implantado em duas unidades principais da corporação: o laboratório central da Ditec e a divisão especializada no Paraná. Ambos os setores operavam com sistemas cujas licenças perderam a validade neste ano.

Com o reforço, a PF espera melhorar o tempo de resposta em investigações que envolvam aparelhos da Apple, além de aumentar a taxa de sucesso na recuperação de provas digitais. 

A medida é estratégica em casos que envolvem crimes financeiros, lavagem de dinheiro e redes organizadas que utilizam recursos tecnológicos para dificultar a atuação policial.

Modernização acompanha avanço dos crimes digitais

A adoção da ferramenta é vista internamente como uma resposta necessária às mudanças no cenário do crime digital. À medida que criminosos adotam tecnologias mais seguras, as autoridades precisam acompanhar o ritmo para garantir o cumprimento da lei.

No entendimento da PF, o uso crescente de criptografia em dispositivos do dia a dia exige do Estado não apenas preparo técnico, mas também recursos à altura dos desafios impostos por investigações complexas.

Concorrentes abandonam celulares ultrafinos depois do aparente fracasso do iPhone Air nas vendas

Imagem: Manuel Orbegozo via Reuters/reprodução

O desempenho comercial abaixo do esperado do iPhone Air acendeu um alerta no setor de telefonia móvel. Lançado com a promessa de um design ultrafino e inovador, o aparelho da Apple não obteve a resposta esperada do público, levando não apenas a uma reavaliação interna da empresa, mas também ao recuo de fabricantes concorrentes que apostavam em propostas semelhantes.

Segundo informações apuradas por portais internacionais como DigiTimes, 9to5Mac, além dos brasileiros Olhar Digital e TudoCelular, marcas como Xiaomi, Oppo e Vivo cancelaram ou suspenderam o desenvolvimento de modelos inspirados na mesma proposta ultrafina do dispositivo da Apple. 

A decisão foi motivada pela constatação de que a demanda pelo iPhone Air não justificaria investimentos em um nicho que, até o momento, não mostrou tração no mercado.

Apple teria reduzido ou até paralisado produção do iPhone Air

Fontes da cadeia de suprimentos revelaram que a Apple reduziu significativamente os pedidos de fabricação do iPhone Air. Em alguns momentos, a produção teria sido completamente interrompida. 

O aparelho, lançado como parte da linha iPhone 17, continua disponível para entrega imediata em várias regiões (incluindo o Brasil), um indicativo claro de estoques encalhados, em contraste com modelos como o iPhone 17 Pro, que enfrentaram longas filas de espera.

Embora a empresa não divulgue números detalhados por modelo, analistas e especialistas do setor apontam justamente para um desempenho comercial modesto do iPhone Air desde o seu lançamento. 

A Apple, até agora, não se pronunciou oficialmente sobre a possível descontinuação ou readequação estratégica da linha.

Reação no mercado: fabricantes chinesas recuam

De olho nos desdobramentos, grandes fabricantes chinesas optaram por abandonar projetos semelhantes. 

De acordo com o DigiTimes, a Xiaomi, uma das marcas chinesas mais populares, teria cancelado um modelo quase idêntico ao iPhone Air que já estava em desenvolvimento.

Oppo e Vivo, que também apostavam em designs ultrafinos, suspenderam iniciativas do tipo, redirecionando recursos, como soluções de eSIM, para aparelhos com maior apelo comercial.

A tendência sugere um movimento de cautela no setor. Com margens cada vez mais apertadas e consumidores exigindo mais autonomia de bateria e desempenho, o visual ultrafino parece ter perdido prioridade diante de funcionalidades mais práticas e valorizadas no uso cotidiano.

Tendência de mercado: foco volta ao desempenho

A rejeição silenciosa ao iPhone Air e seus semelhantes reforça uma leitura do mercado já em curso: design não é mais o diferencial decisivo em tempos de smartphones maduros e funcionais. 

Consumidores têm dado preferência a dispositivos com melhor duração de bateria, mais recursos integrados e maior robustez. Nesse cenário, aparelhos extremamente finos tendem a perder espaço.

Há ainda rumores de que a Samsung teria enfrentado desafios parecidos com o modelo Galaxy S25 Edge, e que a versão prevista para 2026 estaria sendo reconsiderada, embora a empresa sul-coreana não tenha confirmado qualquer mudança oficialmente.

Cenário para os próximos lançamentos

Com a retração na categoria de celulares ultrafinos, fabricantes devem reforçar linhas tradicionais, focadas em recursos técnicos e integração com serviços. 

A aposta em modelos dobráveis, soluções de IA embarcada e baterias de longa duração aparece como tendência mais sólida.

A Apple, por sua vez, segue testando outros formatos e tecnologias, incluindo um possível modelo dobrável para os próximos anos. 

Resta saber se, após o desempenho morno do iPhone Air, a empresa adotará uma postura mais conservadora em relação a experimentos de design.

* Com informações de DigiTimes e 9to5Mac

Apple deve ultrapassar Samsung e retomar liderança global do mercado de smartphones em 2025

0
Apple Samsung
Reprodução/ChatGPT

A Apple deve reassumir a liderança global no mercado de smartphones em 2025, ultrapassando a Samsung pela primeira vez desde 2011, impulsionada pelo desempenho excepcional da linha iPhone 17 e pelo início de um novo ciclo de substituição de aparelhos, segundo projeções da consultoria Counterpoint Research divulgadas recentemente.

As projeções indicam que as vendas de iPhone devem crescer 10% até o final deste ano, enquanto a Samsung registrará avanço de apenas 4,6%. Com esse desempenho, a fabricante americana deve alcançar 19,4% de participação no mercado global, que tende a expandir 3,3% no período. No total, a companhia deve comercializar cerca de 243 milhões de unidades em 2025.

Leia mais:

Sucesso do iPhone 17 nos mercados estratégicos

A linha iPhone 17, lançada em setembro, registrou resultados superiores às expectativas nos Estados Unidos e na China, dois mercados estratégicos para a companhia. Nos Estados Unidos, as vendas das primeiras quatro semanas após o lançamento ficaram 12% acima das registradas pela geração anterior. Na China, o salto foi ainda mais expressivo, com alta de 18% no mesmo período.

Apple iPhone 17 Pro
Divulgação/Apple

Segundo analistas da Counterpoint, o principal fator por trás desse crescimento está no ciclo de substituição de aparelhos que atingiu seu ponto de inflexão. Consumidores que adquiriram smartphones durante a pandemia de COVID-19 estão agora entrando na fase de atualização de seus dispositivos, gerando uma demanda significativa por novos modelos no mercado.

Cenário favorável e desafios da Samsung

A Apple também se beneficia de um cenário internacional mais favorável, com a redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e a desvalorização do dólar. Esses fatores ajudaram a impulsionar as compras em mercados emergentes, ampliando o alcance da marca em regiões estratégicas para o crescimento futuro da empresa.

Enquanto isso, a Samsung enfrenta pressão crescente de fabricantes chineses nos segmentos de entrada e intermediário. A concorrência acirrada, segundo o estudo da Counterpoint, pode dificultar a retomada da liderança pela empresa sul-coreana ao longo dos próximos trimestres, consolidando a posição da Apple no topo do mercado.

Quer acompanhar tudo em primeira mão sobre o mundo das telecomunicações? Siga o Minha Operadora no Canal no WhatsAppInstagramFacebookX e YouTube e não perca nenhuma atualização, alerta, promoção ou polêmica do setor!

Projeções para o futuro

O cenário futuro também é considerado promissor para a fabricante americana. A Apple deve lançar em 2026 seu primeiro iPhone dobrável e uma versão mais acessível do iPhone 17e, ampliando ainda mais o alcance da marca em diferentes segmentos de mercado. Analistas também esperam uma grande reformulação no design do iPhone em 2027.

Além disso, dados da Counterpoint revelam que 358 milhões de iPhones usados foram vendidos entre 2023 e o segundo trimestre de 2025. Esses usuários também provavelmente atualizarão para novos modelos nos próximos anos, garantindo uma base sólida de consumidores potenciais para a empresa.

Considerando todas essas tendências favoráveis, a Counterpoint projeta que a Apple permanecerá como líder global no mercado de smartphones até pelo menos 2029. A companhia informou no mês passado que suas vendas vêm crescendo acima das expectativas e que o trimestre de fim de ano deve alcançar receita recorde de US$ 140 bilhões.

Ucrânia lança tecnologia que mantém o celular funcionando mesmo em áreas atingidas pela guerra

0
Ucrania sinal celular satélite
Reprodução/ChatGPT

A Ucrânia se tornou o primeiro país da Europa a disponibilizar tecnologia que permite usar celular via satélite mesmo sem sinal ou antena tradicional durante a guerra, conectando milhões de pessoas em meio a apagões e infraestrutura danificada. A operadora Kyivstar lançou na última segunda-feira (24) o serviço em parceria com a Starlink, de Elon Musk, permitindo envio de mensagens SMS gratuitamente para qualquer smartphone 4G.

Leia mais:

Como funciona a tecnologia

O novo sistema, chamado Direct to Cell, representa uma mudança significativa na forma como os celulares se conectam. Entenda os principais aspectos dessa tecnologia:

Conexão direta com satélites: O serviço funciona conectando celulares comuns diretamente aos satélites da Starlink em órbita, que retransmitem os sinais de volta à Terra, eliminando a necessidade de torres de telefonia convencionais.

Abrangência territorial: A tecnologia oferece cobertura em praticamente todo território ucraniano, exceto áreas ocupadas, zonas de combate ativo e regiões fronteiriças.

Números da adesão: Com cerca de 22,5 milhões de clientes móveis, a Kyivstar registrou mais de 400 mil usuários únicos nas primeiras horas após o lançamento. Até a manhã de terça-feira, já haviam sido enviadas e recebidas 87 mil mensagens SMS através da tecnologia satelital.

Gratuidade e compatibilidade: O serviço está disponível sem custo adicional para todos os assinantes que possuem aparelhos compatíveis com 4G.

Conexão em meio aos ataques

Na Ucrânia, permanecer conectado significa permanecer seguro“, declarou Oleksandr Komarov, CEO da Kyivstar. A operadora já vinha adotando medidas para manter a rede funcionando, incluindo instalação de baterias e geradores capazes de fornecer mais de dez horas de cobertura contínua quando há falta de energia elétrica na rede devido aos longos apagões provocados por ataques russos.

Ucrania-recebera-novos-terminais-do-servico-de-internet-da-Starlink

A iniciativa ganha relevância especial considerando que a Rússia tem atacado frequentemente o setor elétrico ucraniano com centenas de drones e mísseis durante os quase quatro anos de conflito. Esses ataques danificaram capacidades de distribuição e geração de eletricidade, forçando apagões prolongados que afetam diretamente o funcionamento das redes de telefonia móvel tradicionais.

O ministro da Transformação Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, destacou a importância do feito. “A Ucrânia ocupa o primeiro lugar entre os países europeus no lançamento da tecnologia Direct to Cell. Este é um passo importante no desenvolvimento de infraestrutura que garantirá conectividade mesmo em áreas sem redes tradicionais“, afirmou o ministro.

Expansão de funcionalidades

Atualmente limitado ao envio de mensagens de texto, o serviço Direct to Cell deve expandir suas funcionalidades em breve. A previsão é que determinados serviços de dados, incluindo aplicativos bancários, sejam disponibilizados já no próximo ano. Chamadas de voz por internet devem chegar em 2026, ampliando ainda mais as possibilidades de comunicação via satélite para a população ucraniana.

A tecnologia satelital é especialmente crucial para áreas próximas à linha de frente, territórios recentemente desocupados onde a rede terrestre foi danificada ou está em restauração, e para apoiar missões de resgate e humanitárias. A cobertura da rede terrestre da Kyivstar atinge atualmente cerca de 80% do território ucraniano, e o serviço satelital deve expandir essa abrangência geográfica.

Quer acompanhar tudo em primeira mão sobre o mundo das telecomunicações? Siga o Minha Operadora no Canal no WhatsAppInstagramFacebookX e YouTube e não perca nenhuma atualização, alerta, promoção ou polêmica do setor!

Uso militar e planos futuros

As forças armadas ucranianas já dependem fortemente dos terminais Starlink para comunicações no campo de batalha e algumas operações com drones. Atualmente, mais de 50 mil terminais estão em operação na Ucrânia, segundo autoridades oficiais. O Starlink fornece serviços de internet através de uma constelação de satélites em órbita baixa da Terra e é amplamente utilizado em áreas remotas e zonas de conflito.

Para 2027, a Kyivstar já planeja uma expansão ainda maior, incluindo serviços corporativos e Internet das Coisas sobre a rede Starlink. Os casos de uso podem abranger agricultura, medição inteligente e rastreamento de veículos para empresas de transporte. No entanto, o serviço satelital é destinado a complementar a rede terrestre, não substituí-la completamente.

Governo intensifica combate à pirataria digital e tira do ar 535 sites ilegais

Imagem: DALL-E/Reprodução

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou, nesta quinta-feira (27), mais uma etapa da Operação 404, voltada ao enfrentamento da pirataria digital. 

Nesta oitava fase, foram retirados do ar 535 sites que disponibilizavam conteúdo de forma ilegal, além de um aplicativo de streaming. As ações ocorreram em diferentes estados e contaram com a cooperação de autoridades internacionais.

Além do bloqueio dos serviços, sete pessoas foram presas durante a execução de 44 mandados de busca e apreensão. Segundo os investigadores, a operação foi além da remoção dos canais ilegais: o foco desta fase incluiu também a identificação de como esses serviços são financiados.

O alvo agora são as fontes de lucro

De acordo com os responsáveis pela operação, as plataformas piratas não apenas distribuem conteúdos sem autorização, mas também movimentam dinheiro. 

Receitas vindas de publicidade, assinaturas não oficiais e até venda de dados estão entre as fontes de renda desses sites.

Diante disso, a estratégia do governo tem sido atingir não apenas os sites em si, mas toda a estrutura por trás deles. Isso inclui hospedagens, intermediários financeiros e perfis em redes sociais usados para divulgação.

Participação internacional e articulação técnica

A ofensiva envolveu órgãos de países como Argentina, Equador, Peru, Paraguai e Reino Unido. Já Estados Unidos e México acompanharam os trabalhos na condição de observadores. 

No Brasil, a operação foi coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, em parceria com a Coordenação-Geral de Crimes Cibernéticos.

A Anatel e a Ancine também atuaram na identificação e no bloqueio dos domínios que infringiam leis de propriedade intelectual. Operadoras e provedores foram notificados para limitar o acesso aos endereços removidos.

Leia também: Anatel reforça fiscalização e redefine procedimento de importação de produtos de telecom

Consequências jurídicas

A legislação brasileira prevê pena de até quatro anos de prisão, além de multa, para quem viola direitos autorais. Nos casos apurados, os detidos também podem ser responsabilizados por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

As autoridades destacam que, além dos danos à indústria do entretenimento, o consumo de conteúdo pirata representa riscos aos próprios usuários, como exposição de dados pessoais e ataques cibernéticos.

Histórico da Operação 404

Desde que foi iniciada, em 2019, a Operação 404 já passou por diferentes fases, sempre com o objetivo de desmantelar serviços ilegais de distribuição digital. 

Ao longo dos anos, milhares de sites e aplicativos foram retirados do ar, com o apoio de diversas instituições brasileiras e estrangeiras.

O Ministério da Justiça afirmou que novas ações estão em planejamento e que o combate à pirataria continua sendo uma prioridade, principalmente diante do avanço de plataformas ilegais que tentam se profissionalizar.

Mesmo em expansão, Starlink tem desempenho inferior à média global no Brasil

0
Imagem: Starlink/reprodução

A Starlink, operadora de internet via satélite da SpaceX, empresa aeroespacial do bilionário Elon Musk, vem ganhando espaço no Brasil. No entanto, quando se olha para os números, a velocidade de conexão ainda não acompanha o ritmo de crescimento da base de usuários. 

Um relatório divulgado pela empresa Ookla, responsável pela plataforma Speedtest, aponta que o serviço segue abaixo da média global em território brasileiro.

Para se ter uma ideia, no terceiro trimestre de 2025, a velocidade mediana de download no Brasil ficou em 109,98 Mbps. É uma melhora em relação ao ano passado, mas o número ainda contrasta com os 220 Mbps registrados no cenário internacional. 

Mesmo dentro do Brasil, o desempenho da Starlink está atrás da média nacional entre todas as operadoras, que atualmente é de 210,81 Mbps.

Crescimento em áreas remotas e liderança entre satélites

Apesar da defasagem, o serviço tem papel importante, especialmente em regiões onde outras opções de conexão são limitadas. 

A empresa afirma ter superado 600 mil clientes no Brasil e já fornece internet a mais de 7 mil escolas públicas. Grande parte desse avanço se concentra na região Norte, onde o acesso tradicional costuma ser mais difícil.

A posição da Starlink no mercado latino-americano também chama atenção. Ela lidera com folga entre os serviços de internet via satélite. 

Em comparação, a Viasat apresentou média de 32,73 Mbps no mesmo período, enquanto a HughesNet ficou em 15,93 Mbps. Os testes de velocidade feitos na região mostram que a Starlink respondeu por 98,2% das medições com redes satelitais.

Olho no futuro e na concorrência

Hoje, o plano residencial da Starlink é vendido por R$ 236 ao mês, além do equipamento, que custa R$ 2.400. A expectativa da empresa é melhorar esses números com uma nova geração de satélites, prevista para 2026. A promessa é ousada: alcançar velocidades de até 1 Gbps.

Ao mesmo tempo, o setor deve ganhar novos protagonistas. A Amazon pretende lançar sua própria constelação de satélites, o Project Kuiper, até o fim do ano. 

Além disso, outros concorrentes também planejam atualizações em suas redes. Com isso, qualquer esforço da Starlink para melhoria do serviço entregue é válido comercialmente falando.