18/12/2025
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Smartphones devem ficar mais caros em 2026 com avanço da inteligência artificial

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Imagem: Shutterstock/reprodução

A indústria de tecnologia se prepara para um novo ciclo de aumento nos preços dos smartphones a partir de 2026. A previsão vem de analistas, consultorias e fabricantes, e encontra respaldo em uma mudança estrutural no mercado global de chips.

A corrida pela inteligência artificial (IA), que mobiliza as principais big techs do mundo, já está afetando o fornecimento de componentes essenciais e promete impactar diretamente o consumidor final.

A pressão começa com a reorientação das linhas de produção. Empresas como Nvidia, Google, Microsoft e Amazon vêm adquirindo grandes volumes de memória e chips de alta performance para alimentar seus data centers de IA.

Esses clientes têm maior poder de compra e operam com margens mais agressivas, o que tem levado os principais fabricantes de memória, como Samsung, SK Hynix e Micron — a priorizar contratos com o setor de infraestrutura, deixando smartphones, PCs e consoles em segundo plano.

Memória mais cara e produção comprometida

Nos bastidores da indústria, o alerta já está dado. Segundo consultorias internacionais, os chips de memória DRAM e NAND, fundamentais para celulares, tiveram aumentos que chegam a 170% em algumas categorias em 2025. A tendência, segundo especialistas, é de que os valores continuem subindo nos próximos trimestres.

Parte desse desequilíbrio vem da demanda explosiva por HBM, um tipo de memória usada por aceleradores de IA, que consome muito mais wafer de silício do que os chips tradicionais.

Além disso, acordos bilionários entre fabricantes e gigantes da tecnologia comprometeram boa parte da produção global, reduzindo a oferta para outras aplicações.

Smartphones exigem mais, mas recebem menos

Outro fator que agrava o cenário é a própria evolução dos aparelhos. Os smartphones mais modernos exigem mais memória para rodar sistemas com recursos de IA embarcados, como assistentes inteligentes e editores de imagem automatizados.

Com promessas de atualizações por até sete anos, os modelos premium precisam de mais RAM e processadores mais robustos, dois componentes que estão entre os mais caros na atual composição de custos.

A Qualcomm, por exemplo, elevou em cerca de 20% o preço do seu novo Snapdragon 8 Gen 5, destinado a celulares topo de linha. A consequência direta desses reajustes é o repasse ao consumidor.

Mercado brasileiro e impacto nas operadoras

No Brasil, onde a carga tributária sobre eletrônicos já é elevada, a tendência de alta nos preços dos smartphones deve ser ainda mais sentida.

Marcas como Xiaomi e Samsung, que vinham segurando reajustes nos últimos anos, já indicaram que o cenário não é mais sustentável.

Para as operadoras, que frequentemente atrelam planos a aparelhos subsidiados, a situação representa um desafio adicional. A elevação dos custos pode reduzir a atratividade de pacotes com aparelhos inclusos, pressionando a estratégia comercial e exigindo novas soluções para manter a base de clientes.

Menos inovação visível, mais pressão no bolso

Além do preço, especialistas alertam para um possível freio no ritmo de inovação. Com os custos em alta, fabricantes podem optar por manter configurações semelhantes entre gerações consecutivas, como já apontam rumores sobre as linhas Galaxy e Pixel.

Isso significa menos novidades visíveis para o usuário e um mercado cada vez mais pressionado por dentro e por fora.

A expectativa é que esse ciclo de encarecimento perdure enquanto a demanda por chips de IA seguir em alta e não houver aumento significativo na capacidade produtiva. Até lá, o consumidor deverá conviver com modelos mais caros e, possivelmente, menos inovadores do que antes.

Nubank lança ferramenta para rastrear e organizar assinaturas recorrentes

Imagem: Shutterstock/Reprodução

Clientes do Nubank agora contam com uma nova ferramenta que centraliza informações sobre suas assinaturas mensais. 

A funcionalidade, chamada de Gerenciador de Assinaturas, foi anunciada recentemente pela instituição e está sendo liberada aos poucos no aplicativo. 

A proposta é tornar mais clara a relação do consumidor com os gastos recorrentes, como os de plataformas de streaming, operadoras e academias.

A função aparece dentro da área de cartão de crédito no app. Ao acessá-la, o cliente consegue visualizar quais serviços estão sendo cobrados com frequência, quanto custam e quando as próximas cobranças devem ocorrer. Há também o histórico recente de pagamentos, o que ajuda a acompanhar os valores mês a mês.

Uso recorrente e pouco visível

Segundo dados divulgados pela empresa, cerca de 21 milhões de usuários mantêm alguma assinatura ativa, com um valor médio mensal de R$ 92 por pessoa

A maioria desses pagamentos está ligada a serviços como Netflix, Spotify e Vivo. No último ano, esse tipo de despesa movimentou cerca de R$ 24 bilhões, considerando transações feitas com cartões e Pix.

Um ponto importante: apesar do nome, o gerenciador não permite o cancelamento direto das assinaturas. A ferramenta atua mais como um painel informativo, que, para muitos, pode substituir planilhas ou aplicativos usados para esse tipo de controle. 

Ainda assim, é possível visualizar qual cartão está vinculado a cada cobrança, o que facilita eventuais trocas ou bloqueios.

A ferramenta ainda está em expansão

A funcionalidade está chegando gradualmente para os usuários, e ainda pode não estar disponível para todos. A promessa do banco é ampliar o acesso nas próximas semanas. 

A empresa também abriu espaço para que os clientes enviem sugestões e avaliem a precisão das informações exibidas, o que pode resultar em ajustes futuros.

A diretora-geral do Nubank no Brasil, Emilia Lopes, destacou que a proposta da ferramenta é trazer mais clareza para um campo financeiro que muitos consumidores não monitoram com atenção. 

Segundo ela, a ferramenta atende a uma demanda comum: saber, de forma simples, onde o dinheiro está sendo gasto mês a mês.

Relevância no cenário atual

Com o aumento da digitalização dos serviços, assinaturas mensais passaram a ocupar uma fatia considerável do orçamento doméstico. 

Nem sempre o usuário tem noção exata de quantas estão ativas e é justamente esse “ponto cego” que o Nubank busca eliminar. 

Ao trazer essas informações para dentro do aplicativo bancário, a instituição amplia sua atuação na vida financeira do cliente, indo além da oferta de crédito e pagamentos.

Operadora libera Wi-Fi 7 grátis em todos os planos

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A operadora britânica EE surpreendeu o mercado ao anunciar que todos os seus planos de internet com fibra óptica agora incluem tecnologia Wi-Fi 7 sem custo adicional, tornando-se a primeira grande provedora do Reino Unido a oferecer o padrão mais avançado de conexão sem fio como equipamento padrão. A mudança acontece em janeiro de 2026 e beneficia clientes de todos os níveis de serviço, desde os pacotes mais básicos até os premium, diferenciando-se da concorrência que reserva a tecnologia apenas para planos mais caros.

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Democratização da tecnologia de ponta

A decisão da EE marca uma guinada estratégica significativa no setor de telecomunicações. Enquanto concorrentes como Sky e Vodafone disponibilizam roteadores Wi-Fi 7 exclusivamente em seus pacotes mais caros, a operadora britânica democratizou o acesso à nova tecnologia. Até mesmo a própria EE havia adotado essa abordagem restritiva quando lançou o Wi-Fi 7 no verão passado, reservando-o apenas para clientes premium.

roteador wifi
Reprodução/ChatGPT

Velocidades até 30% mais rápidas

O novo equipamento, batizado de EE Smart Hub 7 Plus, traz avanços significativos em desempenho e capacidade. Conheça os principais benefícios do roteador:

  • Velocidade sem fio de até 1Gbps: Representa um aumento de 30% na capacidade em comparação com o modelo anterior, permitindo downloads mais rápidos e navegação mais fluida.
  • Melhor gerenciamento de dispositivos: O ganho de performance facilita a conexão simultânea de múltiplos aparelhos sem perda de qualidade. Segundo dados da própria operadora, as residências britânicas hoje conectam em média mais de 25 aparelhos à mesma rede Wi-Fi, um salto considerável em relação aos sete dispositivos de cinco anos atrás.

O crescimento exponencial de gadgets domésticos inteligentes – campainhas com vídeo, termostatos conectados, alto-falantes sem fio e Smart TVs – tem sobrecarregado redes Wi-Fi mais antigas. A largura de banda adicional proporcionada pelo Wi-Fi 7 alivia essa pressão, permitindo que todos os dispositivos funcionem sem interferências ou quedas de conexão. A tecnologia também oferece melhor cobertura interna, aspecto identificado como prioridade por 44% dos consumidores britânicos em pesquisa recente.

Recursos inteligentes incluídos sem custo extra

Além do hardware avançado, a EE incorporou recursos que antes eram opcionais e pagos. O Wi-Fi Intelligence usa análise de rede em tempo real para otimizar automaticamente a conexão, ajustando frequências e canais sem intervenção do usuário. Se o roteador for movido de lugar, por exemplo, a rede se adapta automaticamente à nova localização. Já o EE Wi-Fi Controls permite gerenciar o acesso à internet através do aplicativo My EE, útil para controles parentais.

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Impacto no mercado de telecomunicações

O movimento da EE pode pressionar outras operadoras a seguirem o mesmo caminho, democratizando o acesso à tecnologia Wi-Fi 7. As marcas de banda larga pertencentes ao grupo BT representam cerca de um terço do mercado total no Reino Unido, com a EE posicionada como centro de inovação do grupo. Por enquanto, não há informações sobre a disponibilidade de equipamentos Wi-Fi 7 em outras operadoras sob o guarda-chuva BT, como a Plusnet.

A tecnologia Wi-Fi 7 representa um salto qualitativo na conectividade residencial em todo o mundo. Entre os principais benefícios estão a redução significativa da latência para jogos online e videochamadas, maior estabilidade em ambientes com muitos dispositivos conectados e melhor penetração de sinal através de paredes e obstáculos. A nova geração também promete consumo energético mais eficiente, contribuindo para a sustentabilidade dos lares conectados do futuro.

Justiça decide que Apple não é obrigada a vender iPhone com carregador

Imagem: Getty Images/Reprodução

Uma sentença recente do 2º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo de São Luís (MA) isentou a Apple da obrigação de fornecer carregador junto com o iPhone adquirido por um consumidor. 

A decisão, tomada com base na análise das condições de compra e do que foi informado ao cliente no momento da aquisição, rejeitou o argumento de que a ausência do acessório configuraria prática abusiva.

O caso envolveu a compra de um iPhone 15 em uma plataforma online. O consumidor alegou que o aparelho foi entregue apenas com o cabo USB-C, o que o impediu de usar o dispositivo após a primeira carga, já que não possuía outro carregador compatível. 

Por isso, buscava o reembolso do valor pago por um adaptador original e ainda pleiteava indenização por danos morais.

Venda casada? Justiça diz que não houve imposição

A Apple contestou a ação, afirmando que a venda foi realizada com informações claras sobre o conteúdo da embalagem, o que afasta qualquer acusação de venda casada. 

A Justiça concordou. Para o juiz responsável, o consumidor tinha liberdade de escolha e não foi coagido a adquirir acessórios adicionais com a própria fabricante.

A decisão destacou que o carregamento do celular pode ser feito com diferentes adaptadores disponíveis no mercado, inclusive de outras marcas. Assim, segundo a análise do juízo, não houve obrigatoriedade ou vínculo comercial exclusivo que configurasse prática abusiva.

Consumidor foi considerado ciente das condições

Outro ponto relevante mencionado na sentença é que o comprador estava ciente, no momento da compra, de que o iPhone viria apenas com o cabo e sem o carregador de tomada. 

A decisão também ressaltou que adaptadores compatíveis são amplamente acessíveis no mercado, o que enfraquece o argumento de que o aparelho teria se tornado inutilizável.

Com isso, a Justiça julgou improcedentes os pedidos de reembolso e indenização. A sentença reforça um entendimento que vem se consolidando no Judiciário brasileiro desde que fabricantes de smartphones, como a Apple, passaram a adotar a política de não incluir carregadores nas embalagens.

Entendimento pode influenciar outros casos

A repercussão da decisão pode impactar casos semelhantes ainda em andamento, especialmente em um momento em que consumidores seguem questionando a prática de venda sem carregador. 

Apesar das críticas, o Judiciário tem considerado válida a justificativa de que a mudança está alinhada com políticas ambientais e com o uso cada vez mais comum de acessórios reutilizáveis.

* Com informações do Portal do Poder Judiciário do Estado do Maranhão

Proposta da Aneel para regulamentação de postes é atacada por entidades de telecom

Imagem: Agência Senado/Reprodução

Recentemente, o impasse entre Anatel e Aneel em torno da regulação do uso de postes expôs o nível de tensão entre as agências. A disputa, inclusive, acabou atrasando a definição das novas regras. Entenda o conflito.

Agora, novas críticas surgem após a Aneel aprovar, no início de dezembro, uma minuta de regulamento que reacendeu o descontentamento de entidades do setor de telecomunicações. 

O documento, que ainda precisa do aval da Anatel para entrar em vigor, foi classificado como “desequilibrado” e “prejudicial à expansão da conectividade no país”.

Custo elevado e ônus unilateral

O ponto central da insatisfação gira em torno da forma como os custos de reorganização dos postes foram distribuídos. 

Segundo o texto aprovado pela Aneel, caberá exclusivamente às operadoras de telecom arcar com as despesas de reordenamento das redes, medida que, na visão do setor, ignora a responsabilidade das distribuidoras de energia e outras empresas que também utilizam essa infraestrutura.

Representantes da cadeia de conectividade lembram que as teles já desembolsam, anualmente, mais de R$ 3 bilhões pelo uso dos postes, valor considerado elevado e, muitas vezes, desproporcional ao serviço prestado. 

O entendimento das associações é de que a proposta mantém uma lógica de cobrança baseada em poder monopolista, sem respaldo em metodologias de custo.

Propostas ignoradas e risco regulatório

Abramulti, Abrint, Apronet, Associação Neo, Conexis Brasil Digital, InternetSul, Redetelesul e TelComp, entidades que assinam a manifestação, também criticam a falta de acolhimento às sugestões técnicas feitas ao longo do processo regulatório. 

Durante os debates, o setor chegou a apresentar uma proposta de transição com preço-teto e mecanismos para estimular o reordenamento das redes de maneira mais justa.

Outro ponto que gera controvérsia é a possibilidade de repasse às operadoras dos custos com retirada de equipamentos não identificados nos postes. 

Para as entidades, essa medida pune empresas que sempre atuaram conforme os contratos vigentes, obrigando-as a pagar por irregularidades de terceiros ou falhas de fiscalização.

Setor não descarta judicialização

Embora mantenham o compromisso com o diálogo institucional, as associações não descartam recorrer à Justiça, caso o regulamento seja mantido nos moldes atuais. 

O argumento é que há ameaça à segurança jurídica, ao equilíbrio entre os setores regulados e à sustentabilidade dos investimentos em conectividade.

A expectativa agora recai sobre a atuação da Anatel, que retomou a análise do texto aprovado pela Aneel. Só com a chancela das duas agências o novo regulamento poderá ser oficialmente implementado.

Impasse antigo, solução pendente

O debate sobre o compartilhamento de postes é um dos mais antigos e complexos da infraestrutura de telecomunicações no Brasil. 

Com diferentes interesses em jogo, o tema exige articulação regulatória sensível e decisões que equilibrem responsabilidades e custos entre os setores envolvidos.

Enquanto isso, segue o alerta do setor: sem ajustes no texto, o novo regulamento pode significar mais obstáculos do que soluções para a expansão das redes no país.

Instabilidade no app do Bradesco afeta clientes em todo o país

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Imagem: Shutterstock/reprodução

Os noticiários dessa sexta-feira (12) foram tomadas pela informação de que o aplicativo do Bradesco estava fora do ar, gerando transtorno a milhões de clientes espalhados pelo Brasil.

As primeiras mensagens começaram ainda de madrugada. Gente que tentou pagar uma conta, fazer um Pix ou simplesmente olhar o saldo no aplicativo do Bradesco e não conseguiu. 

Com o passar das horas, os relatos se multiplicaram. Até o fim da manhã, o número de reclamações disparou em plataformas como o Downdetector, onde já são dezenas de milhares de notificações registradas nesta sexta.

A falha afeta tanto os clientes pessoa física quanto jurídica. Em muitos casos, o app sequer abre. Quando abre, não carrega os serviços mais básicos. 

A maior frustração tem sido com o Pix, meio de pagamento que, para muitos, virou rotina diária. 

“Ganham absurdos e não têm a competência para resolver o problema. Até agora nada. Absurdo! O pior é que não existe punição, não soltam um comunicado, nada”, disparou um usuário do Downdetector.

Banco confirma problema, mas dá poucas explicações

Procurado, o Bradesco confirmou que a instabilidade está relacionada a uma falha interna de infraestrutura. Não detalhou qual o tipo de pane, nem o que exatamente saiu do controle. 

A instituição se limitou a dizer que equipes técnicas estão trabalhando para normalizar os serviços, sem indicar prazo para isso acontecer.

O problema vem em péssima hora. Com a proximidade do Natal, aumento no consumo e pagamento do 13º salário, o volume de movimentações financeiras cresce e muita gente depende do app para fazer tudo isso funcionar. 

O Bradesco, um dos maiores bancos do país, tem hoje cerca de 79 milhões de clientes, segundo dados do próprio banco.

Frustração amplia repercussão online

Nas redes sociais, o tom dominante é de impaciência. Há quem poste capturas de tela do erro, quem peça explicações diretas ao banco e também quem diga ter enfrentado a mesma falha semanas atrás, o que levanta questionamentos sobre a estabilidade da plataforma.

Para além da frustração do dia a dia, pequenas empresas também relatam impacto. Um comerciante em São Paulo disse que teve de interromper as vendas por não conseguir acessar a conta PJ. “Minha maquininha é integrada ao app. Sem ele, trava tudo”, contou.

Sem previsão e sem solução, pelo menos por enquanto

A ausência de um prazo estimado para a normalização preocupa. O banco garante que está atuando para resolver o problema o mais rápido possível, mas sem detalhes técnicos ou comunicados mais claros, clientes seguem sem saber se o sistema volta em minutos, horas ou apenas nos próximos dias.

Até o momento desta publicação, a falha persistia. A recomendação dada pelo suporte nas redes sociais é para “tentar novamente mais tarde”. Mas para quem tem compromissos financeiros inadiáveis, essa sugestão tem pouco efeito.

* Com informações do G1 e do Downdetector

Anatel prepara leilão de 450 MHz para 2026 e adia 6 GHz para 2028

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anatel leilão / torre celular
Vyacheslav Shatskiy/Unsplash

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou uma resolução que define um novo leilão de espectro na faixa de 450 MHz para 2026, ao mesmo tempo em que adia para 2028 a licitação da faixa de 6 GHz. A decisão foi formalizada pelo Conselho Diretor da agência e publicada no Diário Oficial da União em 11 de dezembro, estabelecendo um cronograma atualizado de licitações de radiofrequências para o Serviço Móvel Pessoal (SMP).

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Leilões condicionados à maturidade tecnológica

A realização dos leilões, no entanto, está condicionada à maturidade do ecossistema tecnológico compatível com cada faixa. A Anatel determinou que sua área técnica deverá elaborar um panorama detalhado sobre a disponibilidade de equipamentos antes da confirmação definitiva das licitações. Essa cautela visa garantir que o mercado esteja preparado para absorver as novas frequências.

O planejamento aprovado, sob relatoria do conselheiro Edson Holanda, contempla três ciclos de licitações com previsão até 2036. Além do 450 MHz em 2026, a agência pretende licitar até 2028 as faixas de 850 MHz, 2,3 GHz, 2,5 GHz (FDD) e 3,5 GHz. Um leilão de sobras do 26 GHz, inicialmente previsto para este ano, foi postergado para até 2032.

Foco em cobertura rural e Internet das Coisas

A faixa de 450 MHz é considerada estratégica para ampliar a cobertura em áreas de baixa densidade populacional, como zonas rurais e rodovias. “Com o objetivo de assegurar uma cobertura adequada nessas regiões, entendo ser oportuna a inclusão da faixa de 450 MHz como forma de ampliar a oferta de recursos de espectro”, afirmou Edson Holanda. O espectro também é relevante para soluções de Internet das Coisas (IoT) em setores como energia, saneamento e agricultura.

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Adiamento do 6 GHz por falta de equipamentos

Já a postergação do leilão de 6 GHz reflete preocupações com a disponibilidade limitada de equipamentos. “Verifica-se consenso de que a oferta de equipamentos que operam nessa frequência ainda é incipiente, com exceção de um único fabricante“, destacou Holanda. O conselheiro enfatizou que a maturação do ecossistema ainda constitui um fator limitante que demanda um cronograma realista, alinhado às expectativas de mercado.

Durante a consulta pública, as operadoras nacionais indicaram não ter urgência com a licitação da faixa de 6 GHz. Essa frequência é considerada estratégica tanto para telefonia móvel quanto para banda larga fixa, segmentos que disputam há muito tempo o uso do espectro. Em 2025, a Anatel já destinou 700 MHz da capacidade na faixa para redes móveis, incluindo aplicações futuras de 6G.

Planejamento de longo prazo até 2036

O leilão da faixa de 700 MHz não foi incluído no novo planejamento por estar em fase mais avançada. O edital já foi aprovado pela Anatel e encontra-se em análise no Tribunal de Contas da União (TCU), com previsão de realização também em 2026. Vale lembrar que o 450 MHz já foi licitado no Brasil em 2012, mas acabou retomado das empresas devido ao baixo uso verificado posteriormente.

Para o período até 2032, o segundo bloco de licitações prevê faixas como 900 MHz, 1,8 GHz, 4,9 GHz e 26 GHz. Entre 2032 e 2036, a Anatel planeja licitar as faixas de 1,9–2,1 GHz (FDD), 2,5 GHz (TDD) e 10,5 GHz, esta última voltada para aplicações de alta capacidade. A decisão foi aprovada em 4 de dezembro na reunião do Conselho Diretor, com complementação de voto formalizada remotamente.

Datas dos leilões previstos pela Anatel

Período da licitaçãoFaixas de radiofrequências previstas
Até 2026450 MHz
Até 2028850 MHz, 2,3 GHz*, 2,5 GHz (FDD), 3,5 GHz, 6 GHz
Até 2032900 MHz, 1,5 GHz, 1,8 GHz, 1,9 GHz (TDD), 4,9 GHz, 26 GHz*
Entre 2032 e 20361,9–2,1 GHz (FDD), 2,5 GHz (TDD), 10,5 GHz

* Faixas que são sobras de leilões anteriores.

Vivo amplia alcance do FWA 5G com novos planos residenciais e corporativos

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Imagem: Midjourney/Reprodução

A Vivo decidiu ajustar o leme em sua estratégia de banda larga fixa sem fio. A operadora reformulou seus planos baseados em FWA 5G (Fixed Wireless Access, ou “banda larga fixa sem fio”, em português), mirando dois públicos distintos: consumidores residenciais e pequenas empresas

A promessa é simples: mais dados, menos burocracia e conectividade onde a fibra ainda não chegou.

As mudanças passam a valer neste mês e envolvem novos nomes comerciais, ajustes de preços e melhorias técnicas. 

A ideia da empresa é atender desde casas que precisam de uma conexão rápida até negócios que buscam mobilidade e facilidade na hora de instalar a internet.

No residencial, mais internet pelo mesmo valor

Quem já ouviu falar no antigo “Vivo Box” agora vai conhecer o Vivo Casa 5G. A nova versão traz uma franquia mensal de 350 GB (antes eram 150 GB) sem alteração no preço: R$ 150 por mês. A instalação é rápida, dispensando técnicos e obras. Basta ligar o roteador e começar a usar.

O equipamento, que traz suporte ao Wi-Fi 6, pode ser adquirido por R$ 999, com opção de parcelamento em até 12 vezes. Quem preferir, pode usar um roteador próprio, desde que compatível com a rede 5G.

Além do pacote de dados, a oferta inclui acesso gratuito a aplicativos como NBA, Skeelo, Super Comics e Go Read, além de créditos mensais de R$ 100 no CRMBonus e um ano do Perplexity Pro, uma plataforma de buscas com inteligência artificial.

E por falar em roteador próprio, também noticiamos os rumores de que a Vivo estaria investindo em seu próprio kit FTTR, prestes a ser comercializado. Esse equipamento é uma boa solução para quem já tem acesso à fibra óptica e quer melhorar a sua conexão residencial.

Empresas ganham soluções mais flexíveis

Para o público empresarial, a nova oferta se chama Vivo Empresa 5G e chega com duas opções: 300 GB por R$ 149,90 ou 500 GB por R$ 249,90. A instalação, assim como no plano residencial, é feita pelo próprio usuário.

O roteador 5G, o mesmo modelo com Wi-Fi 6, pode ser comprado em 10 parcelas de R$ 98 ou 24 de R$ 48, com uso liberado em qualquer local que tenha cobertura da operadora.

Esse modelo é voltado para pequenos negócios, como escritórios e lojas, e também para operações temporárias, como canteiros de obra e eventos. 

A ativação imediata e a possibilidade de mover o serviço entre diferentes endereços são os pontos mais destacados pela Vivo.

Quem assina o plano ainda recebe descontos em empresas como Amazon, Magalu, Domino’s e VR Benefícios, como parte do pacote de vantagens empresariais da operadora.

Conexão onde a fibra não alcança

A Vivo reconhece que ainda há muitas regiões do Brasil onde a fibra óptica não chegou ou onde a instalação demora mais do que deveria. 

Para esses cenários, o FWA 5G surge como uma alternativa prática e viável, tanto para quem quer montar um escritório em casa quanto para negócios que precisam começar a operar imediatamente.

A oferta também tem uma restrição quanto à cobertura do próprio 5G, já que esse tipo de conexão ainda não está em todo o território nacional.

De qualquer forma, com uma base crescente de cobertura 5G, hoje presente em mais de 700 municípios, a empresa aposta nessa tecnologia como um caminho para levar a internet a locais antes desassistidos, sem abrir mão de velocidade e estabilidade.

Anatel está com dificuldades para tirar sites de aposta ilegais do ar

Imagem: Getty Images/Reprodução

A atuação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no bloqueio de sites de apostas não autorizados esbarra em limitações que vão além da vontade institucional. 

Durante uma audiência realizada na Câmara dos Deputados, membros da agência detalharam os principais entraves enfrentados no ambiente digital. 

A complexidade técnica do processo, somada à velocidade com que os operadores ilegais se reorganizam, tem tornado a tarefa desafiadora.

O atual modelo de notificação, que envolve o envio de ordens para milhares de empresas de telecomunicações no país, mostrou-se ineficaz em muitos casos. 

Segundo a própria agência, a fragmentação do setor e o uso crescente de ferramentas como VPNs acabam por neutralizar parte dos esforços. 

Sites clandestinos continuam ativos, muitas vezes reaparecendo em novos domínios poucas horas após uma tentativa de bloqueio.

Pressão por estratégias mais eficazes

A partir desses desafios, ganha força dentro da Anatel a ideia de modificar o foco da atuação. Em vez de perseguir cada provedor individualmente, o debate gira em torno de ações mais amplas, que envolvam diretamente os provedores de infraestrutura digital. 

Isso permitiria uma atuação mais concentrada e com potencial de impacto real, sem depender da fiscalização descentralizada.

Embora essa proposta ainda dependa de ajustes legais, há um entendimento crescente de que apenas medidas pontuais não bastam. O ambiente digital se move rápido demais para respostas burocráticas lentas.

Colaboração com empresas de tecnologia

Enquanto a Anatel busca alternativas, outros órgãos federais têm reforçado o cerco por diferentes frentes. A Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada ao Ministério da Fazenda, tem adotado uma postura mais agressiva. 

Desde o final de 2024, passou a compartilhar dados com grandes empresas de tecnologia, com o intuito de remover publicidades ilegais e fechar canais de movimentação financeira.

Os números impressionam: milhares de domínios foram identificados como irregulares, e centenas de contas bancárias ligadas a esses operadores foram encerradas. 

A aposta, agora, está em ampliar a integração entre plataformas digitais e órgãos de controle, com protocolos diretos de comunicação e resposta.

Esporte e o risco à integridade das competições

A proliferação de apostas clandestinas tem afetado também o universo esportivo. O Ministério do Esporte, em articulação com outras pastas, alertou para os riscos de manipulação de resultados, muitas vezes favorecida justamente pela atuação de sites ilegais.

Uma das estratégias em curso é o desenvolvimento de um sistema de monitoramento baseado em inteligência artificial, capaz de rastrear padrões irregulares nas apostas. 

Ao observar variações incomuns nas chamadas “odds”, será possível mapear indícios de fraude, mesmo em plataformas não regulamentadas.

Uma corrida tecnológica

A situação atual expõe uma corrida assimétrica: de um lado, criminosos digitais que operam com agilidade e anonimato; de outro, o Estado tentando encontrar mecanismos legais e técnicos para freá-los. 

A Anatel, dentro de sua competência, tenta avançar, mas o ambiente exige soluções mais coordenadas e modernas.

Para muitos especialistas, a chave está em redesenhar o modelo de regulação digital. Isso envolve não apenas bloquear sites, mas atacar a cadeia de serviços que permite que eles funcionem, do provedor de hospedagem ao sistema de pagamento. É um esforço que passa por múltiplas esferas, e que precisa ser contínuo para surtir efeito.

Presidente do SBT lamenta perda da Copa Sul-Americana

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Copa sulamericana 2025 lanus
Reprodução/YouTube/SBT Sports

A presidente do SBT, Daniela Abravanel Beyruti, manifestou frustração com a perda dos direitos de transmissão da Copa Sul-Americana pela emissora a partir de 2027, declarando estar “bem chateada” com a decisão anunciada pela Conmebol. A edição de 2026 será a última exibida pelo canal na TV aberta, encerrando um ciclo que começou em 2023 quando a emissora perdeu a Libertadores para a Globo.

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TNT Sports assume no YouTube

Com a saída do SBT, a Copa Sul-Americana não terá transmissão na TV aberta tradicional no próximo ciclo. A TNT Sports garantiu os direitos para plataformas gratuitas e exibirá as partidas através de seu canal oficial no YouTube, adotando uma estratégia digital para alcançar o público brasileiro. Na TV fechada, a ESPN manteve os direitos e mostrará os jogos também no streaming Disney+.

A mudança representa uma transformação significativa na distribuição do segundo principal torneio de clubes da Conmebol. Enquanto o SBT utilizava a TV aberta convencional para alcançar milhões de telespectadores, a TNT Sports aposta no alcance das plataformas digitais para atrair especialmente o público mais jovem e conectado à internet.

SBT fica apenas com Champions

A partir de 2027, o SBT concentrará sua cobertura de futebol internacional exclusivamente na Liga dos Campeões da Europa. A perda da Copa Sul-Americana reduz significativamente o portfólio de competições de clubes da emissora, que havia apostado no torneio continental como alternativa após perder a Libertadores há dois anos.

A Copa Sul-Americana chegou ao SBT em 2023 justamente como compensação pela saída da Libertadores, que retornou à Globo após anos. O torneio permitiu à emissora manter presença no futebol sul-americano e acompanhar clubes brasileiros em competição internacional, mas agora essa janela será fechada.

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Última edição pode ter grandes audiências

Embora 2026 seja o último ano do SBT com a Sul-Americana, a temporada promete audiências expressivas. A definição dos participantes brasileiros ainda não está completa, mas a competição pode contar com clubes de grande torcida que garantiriam números relevantes para a emissora.

O Corinthians, maior torcida de São Paulo, jogará a Sul-Americana caso não vença a Copa do Brasil, torneio que está na semifinal com Cruzeiro, Fluminense e Vasco da Gama. O São Paulo também disputará o torneio continental se o Vasco se sagrar campeão da competição nacional. Além deles, já estão garantidos na edição de 2026 equipes como Grêmio, Bragantino, Atlético-MG e Santos.

A presença de times com grande apelo popular pode proporcionar ao SBT bons índices de audiência em sua despedida da Copa Sul-Americana. A emissora terá a oportunidade de encerrar o ciclo com transmissões de partidas envolvendo clubes tradicionais do futebol brasileiro, o que pode amenizar o sentimento de frustração manifestado por Daniela Beyruti.