03/05/2024

Internet via satélite pode tirar países mais pobres do ‘abismo digital’

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), somente 1/3 dos habitantes dos países mais pobres possuem acesso à internet.

A internet deixou de ser um serviço supérfluo e passou a ser essencial na vida das pessoas, uma vez que a maior parte das atividades realizadas atualmente no meio tecnológico requer conectividade. Inclusive, é um forte aliado em situações de emergência, principalmente no trabalho de busca e no apoio a sobreviventes, Entretanto, ainda é algo restrito para uma certa parte da população. A internet via satélite pode ser uma alternativa.

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), somente 1/3 dos habitantes dos países mais pobres possuem acesso à internet. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) também traz um dado importante, que entre os 1,25 bilhão de habitantes que compõem os Países Menos Avançados (PMA), somente 36% têm acesso a um computador com internet. Já na Europa, mais de 90% da população conta com essa possibilidade.

As falas foram ditas durante a Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Desenvolvidos (LDC5) em Doha.

O problema da falta de acesso à conectividade afeta principalmente alguns países africanos, incluindo a República Democrática do Congo, onde apenas um quarto da população de quase 100 milhões pode se conectar.

Segundo a UIT houve um aumento do “abismo digital”, na última década. Entretanto, as empresas de tecnologia estão pensando em mecanismos para oferecer internet via satélite para regiões mais desfavorecidas remotas ao redor do mundo. Gigantes como a Microsoft e a Starlink têm pensado formas de acabar com a falta de conexão.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, durante reunião em Doha, no Catar, disse que países mais pobres são esquecidos pela revolução digital e acabam sendo privados do suporte tecnológico que necessitam. As questões em torno dessa discussão são majoritariamente pensadas na representação do acesso ao conhecimento, mercado e oportunidades.

Durante a reunião, houve promessas dos participantes para melhorar essas questões: A Microsoft declarou que irá fornecer acesso à internet para 100 milhões de pessoas na África até 2025. Na primeira fase do teste, 5 milhões de pessoas serão conectadas por satélites de órbita baixa do grupo Viasat.

Em seguida, outros 20 milhões de pessoas contarão com o sinal fornecido pela empresa local Liquid Intelligent Technologies, que possui cerca de 100 mil km de fibra terrestre no continente e uma rede de satélites. “Em áreas de difícil acesso”, disse Nic Rudnick, seu vice-presidente executivo, “o satélite costuma ser a única tecnologia ou a tecnologia mais confiável para banda larga rápida que sempre funciona.”

FonteVoa New
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