26/04/2024

Internet está mais barata, mas países pobres ainda sofrem com altos valores

Segundo a UIT, o acesso à conexão pode estar mais acessível, mas ainda há bilhões de pessoas ao redor do mundo que estão desconectadas.

De acordo com o relatório “Facts and Figures” (Fatos e números, em tradução livre), da União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) para Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), o preço do acesso à internet ficou mais barato em todas as regiões do mundo e para todas as faixas de renda neste ano.

Houve uma queda de 1,9% para 1,5% da Renda Nacional Bruta (RNB) per capita do preço médio global dos serviços de banda larga móvel. Entretanto, apenas da queda, o custo ainda é um problema para o acesso à conectividade, especialmente para economias de baixa renda, segundo a UIT. Além de que, considerando o cenário atual marcado pela alta inflação, elevação das taxas de juros e profunda incerteza, pode ser ainda mais desafiador expandir o alcance do acesso à internet nas regiões com baixa renda.

De acordo com a entidade, no início deste ano, 2,7 bilhões de pessoas (cerca de um terço da população mundial) continuam sem acesso à internet. Embora seja um número significante, o número indica que houve uma melhoria no comparativo com o ano passado.

O secretário-geral da UIT, Houlin Zhao, afirma que “A internet pode estar mais acessível de forma geral, mas, para bilhões de pessoas ao redor do mundo, continua fora de alcance como sempre”.

“Precisamos manter o acesso à internet na direção certa, mesmo à medida que a crise global afete mais profundamente as perspectivas econômicas de muitos países”, complementa.

A UIT ainda explica que para o consumidor médio da maioria dos países de baixa renda, o custo dos serviços de banda larga fixa ou móvel continua significativamente alto, sendo que o preço médio de um plano de banco de dados móveis nessas nações representa 9% da renda média das pessoas. Embora represente uma leve queda, ainda é superior ao custo de serviços similares em nações de renda alta.

De acordo com a instituição, o preço do serviço precisa ser 2% do RNB mensal per capita, para que a internet seja de fato acesso em todas as partes do mundo.

O relatório também aponta questões de acesso à internet por gênero, sendo que 69% dos homens estão conectados, contra 63% das mulheres, em todo o mundo. Em números absolutos, são 259 milhões de mulheres a menos conectadas do que homens.

Na faixa etária, o relatório aponta que quase três quartos da população global com 10 anos ou mais possuem um smartphone, mas destaca-se que os jovens de 15 a 24 anos são a faixa etária mais conectada, com 75% com acesso à internet.

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