09/04/2024

Quase 5 milhões de cabos foram roubados ou furtados no Brasil este ano

Prática criminosa afeta milhões de brasileiros que ficam sem acesso à internet, além de afetar o caixa das empresas de telecomunicações.

Em 2020, cerca de 7 milhões de pessoas tiveram sua conexão interrompida por causa de roubo ou furto de cabos de rede de internet, de acordo com um levantamento da Conexis (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal). Este ano, já foram furtados ou roubados 4,7 milhões de metros de cabeamento, um crescimento de 16% em comparação ao ano anterior.

O levantamento aponta que só no primeiro semestre, foram subtraídos 2,3 milhões de metros de cabeamento, onde deixou milhões de brasileiros sem acesso à internet. Para ter uma ideia, essa quantidade de cabos equivale à distância do Rio de Janeiro até a capital argentina Buenos Aires.

Pensando nessas ações criminosas, representantes das empresas de telecomunicações apresentaram semana passada uma carta aberta alertando para os problemas causados por essa prática.

As companhias defendem que as autoridades, por meio de uma ação coordenada de segurança pública, se unam para criar uma estratégia para combater esse tipo de ação. Dentre as medidas exigidas pelas empresas é que seja aprovado os projetos de lei que aumentam as penas para crimes como esse, como o PL 5.845 de 2016.

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De acordo com Wilson Diniz Wellisch, superintendente de Fiscalização da Anatel, “É preciso traçar uma estratégia nacional de ataque a esse problema de furto, sequestro e especialmente reutilização de equipamentos furtados por operadores irregulares”, assim como

“É a partir dessa integração de órgãos de segurança com apoio da Anatel que vamos conseguir atacar esse problema. Deve haver uma estratégia nacional para entender essa cadeia, como essas operações criminosas funcionam, para podermos atacar de uma vez o sistema”.

A carta foi assinada pela Abrint, Associação NEO, Brasscom, Conexis Brasil Digital, Febratel, Telebrasil e Telcomp, onde ressalta que a prática prejudica a oferta de serviços de telecomunicações no Brasil, assim como a arrecadação de impostos e o caixa das empresas de telecom.

“Além da perda de arrecadação de impostos, a criminalidade impactam o caixa das empresas, que acumulam milhões em prejuízos com a substituição de equipamentos, perda de clientes e penalização regulatória”, afirmam as entidades.

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