26/04/2024

Operadoras europeias querem que empresas de tecnologia paguem pela rede de telecom

Em declaração conjunta, as operadoras também defenderam o compartilhamento de rede e outras maneiras de cooperação; saiba detalhes.

Nesta segunda-feira (29), treze das maiores operadoras da Europa pediram medidas para que as empresas de tecnologia e serviço, como YouTube e Netflix, Google, e Facebook, passem a ser responsáveis por parte dos custos da infraestrutura de rede.

A carta solicitando o ‘reequilíbrio’ no segmento é apoiado por Telefónica (controladora da Vivo), Deutsche Telekom, Vodafone, BT, Orange, Swisscom, Telia, Altice, KPN, Telenor, Proximus, Vivacom e Telekom Austria.

O pedido das operadoras está sob o nome da Associação de Operadoras de Rede de Telecomunicação da Europa (ETNO). A dona da TIM Brasil, a Telecom Italia ficou de fora da declaração conjunta. De acordo com o documento,

“Parte grande e crescente do tráfego da rede é gerada e monetizada por grandes plataformas de tecnologia, mas requer um investimento de rede intensivo e contínuo e planejamento por parte da setor de telecom. Este modelo – que permite aos cidadãos da União Europeia desfrutar da transformação digital – só pode ser sustentável se essas grandes plataformas de tecnologia também contribuírem de forma justa para os custos de rede”.

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A Associação de Operadoras de Rede de Telecomunicação da Europa solicitou aos reguladores da União Européia diversas medidas para “alinhar intimamente as ambições digitais da Europa com uma política e ecossistema regulatório de suporte”.

Na declaração conjunta, as operadoras também pediram uma nova estratégia industrial para que haja uma melhor competição em negócios globais de dados. A ETNO defende a implantação de escala em telecomunicações, como compartilhamento de rede e outras maneiras de colaboração.

As operações também pediram alterações na regulação para permitir a aceleração de investimento por segmento, que estima uma exigência de 300 milhões de euros para os próximos anos. As teles europeias defendem que

“A regulamentação deve refletir totalmente as realidades do mercado, agora e no futuro. Ou seja, que as operadoras de telecomunicações competem frente a frente com os serviços das gigantes de tecnologia, no contexto de mercados vibrantes. Preços de alto espectro e leilões que forçam artificialmente entrantes insustentáveis no mercado têm de acabar”.

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