23/04/2024

Argentina suspende novas regras do WhatsApp por seis meses

No Brasil, Facebook concordou em não bloquear usuários nos próximos 90 dias.

Argentina suspende novas regras do WhatsApp por seis meses

Nesta segunda-feira, 17 de maio, o Argentina ordenou a suspensão da atualização da política de privacidade do WhatsApp pelo prazo de 180 dias.

A medida poderá ser suspensa antes disso, caso o inquérito que investiga as novas condições impostas aos usuários do aplicativo seja concluído.

A ideia é apurar uma possível “conduta anticompetitiva de abuso de posição dominante”.

Isso reforçaria a presença da rede social em outros mercados, como o da publicidade online, além de aumentar a barreira de entrada para outros concorrentes, monopolizando assim o mercado.

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A Comissão Nacional de Defesa da Concorrência (CNDC) também pretende investigar o uso excessivo pelo Facebook dos dados coletados de usuários do WhatsApp, com o pressuposto que eles são utilizados para fins comerciais.

Na Argentina, segundo o Ministério do Comércio Interno, o WhatsApp é utilizado em 76% dos celulares, um número inferior ao do que é visto no Brasil (98%).

Anunciado em janeiro deste ano, as novas regras incluíam o pedido de permissão dos usuários para que o Facebook começasse a coletar dados extras de usuários do famoso aplicativo de mensagens.

Aquele que não aceitar a nova política será inicialmente bloqueado no WhatsApp, e, após algumas semanas, o aplicativo deixará de funcionar, incluindo a perda de todos os dados armazenados.

Na época, diante da repercussão negativa, o Facebook decidiu adiar no Brasil a atualização das regras até o último sábado, dia 15 de maio.

Entretanto, na véspera da data, a empresa de Mark Zuckerberg decidiu adiar mais uma vez a entrada em vigor da nova política de privacidade, por mais 90 dias.

A decisão é um atendimento a solicitações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal (MPF), da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

Nesse meio tempo haverá uma investigação pelas autoridades brasileiras.

Com informações de Mobile Time e Tudo Celular.

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