19/03/2024

4G no Brasil precisa melhorar nas áreas rurais, aponta OpenSignal

Conexão nas regiões rurais é duas vezes pior do que nas áreas urbanas. Confira os resultados do estudo.

Imagem: Pixabay

A nova pesquisa da OpenSignal trouxe uma outra perspectiva para o cenário da conexão 4G no Brasil. Com dados registrados em mais de um milhão de celulares, a empresa comparou a qualidade e disponibilização da tecnologia em áreas urbanas e rurais no Brasil.

Em um contexto geral, o Brasil se recupera do atraso no 4G em comparação aos outros países da América Latina. Nas últimas análises, por exemplo, a TIM se destacou como a operadora que atinge mais cidades brasileiras com sua conexão.

Entretanto, há ainda uma lacuna na experiência de rede móvel medida no Brasil.

Para a análise, foram utilizados os critérios do IBGE, que classificam os territórios nacionais como urbanos, intermediários e rurais. Em relação a disponibilização de 3G/4G, a corrida entre TIM, Claro e Vivo é acirrada.

Imagem: OpenSignal

As três pontuam acima de 90% nos municípios urbanos. A Vivo leva a melhor nas áreas rurais, com disponibilidade acima de 80%. Nas mesmas regiões, a Oi registrou menos que a metade dos números da Claro e Vivo.

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Entretanto, se formos considerar o 4G isolado, de acordo com o gráfico, a TIM disponibiliza sua conexão móvel de alta velocidade para 52.9% dos moradores enquanto a Vivo fica com a porcentagem de 41.5%.

Imagem: OpenSignal

Na média geral, as regiões rurais ficam com apenas 41% de sinal 4G contra 75% das áreas urbanas. É um índice que aponta a necessidade de expansão nas cidades mais afastadas das metrópoles.

Isso significa que a disponibilidade da conexão nas cidades é quase duas vezes maior no comparativo com as zonas rurais. Os municípios intermediários ficaram com 79% de disponibilidade do sinal.

Imagem: OpenSignal

Nas grandes cidades, a OpenSignal classifica que o espectro de 700 MHz, que tem maior proveito graças ao desligamento do sinal analógico de TV, tem impactos muito positivos no 4G.

No Rio de Janeiro, por exemplo, a disponibilidade do sinal saltou de menos de 70% para quase 78% no final de março.

A mais prejudicada é a Oi, que não tem acesso ao espectro. Os baixos resultados da operadora, inclusive, estão atrelados a isso. Mas a empresa ainda pode reverter o cenário se conseguir a licença da banda no leilão agendado para 2020.

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