14/12/2025
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Setor de telecom fecha 2025 em alta e mira nova expansão com leilões e IoT em 2026

Imagem: Getty Images/Reprodução

O setor de telecomunicações deve encerrar 2025 com crescimento acima das expectativas, impulsionado por decisões regulatórias recentes, mudanças no perfil de consumo e avanços na infraestrutura. 

Agora, com a perspectiva de novos leilões de espectro e incentivos à Internet das Coisas (IoT), a indústria se prepara para mais um ciclo de expansão em 2026.

De acordo com dados divulgados pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), o faturamento do setor alcançou R$ 63,7 bilhões no último ano, representando um crescimento real de 7% em relação a 2024. 

O desempenho foi puxado principalmente pelo segmento de celulares, que registrou alta de 9% no faturamento, apesar da leve retração nas unidades produzidas. A combinação de consumidores buscando modelos mais tecnológicos e um tíquete médio mais elevado colaborou para esse avanço.

Infraestrutura e espectro ganham protagonismo

No campo da infraestrutura, o setor de telecom cresceu 4%, amparado por investimentos que refletem a integração crescente com áreas como energia e automação industrial. 

Um dos marcos regulatórios mais citados por representantes da indústria foi a publicação do novo plano de uso do espectro pela Anatel. O documento, que estabelece diretrizes para os próximos dez anos, foi recebido como um sinal de previsibilidade para fabricantes e operadoras.

A expectativa agora recai sobre o edital de 700 MHz, previsto para o início de 2026. A proposta inclui a liberação de 310 MHz adicionais e impõe obrigações de cobertura em cerca de 40 mil quilômetros de rodovias federais, com foco em soluções de conectividade voltadas à IoT.

Leia também: Novos Selos de Qualidade 2025 e app são aposta da Anatel para aproximar consumidor

IoT ganha força com incentivos e novas aplicações

Outro ponto que deve contribuir para o crescimento do setor no ano que vem é a prorrogação dos incentivos fiscais à Internet das Coisas até 2030. 

A medida, já aprovada pelo Congresso e à espera de sanção presidencial, pode dobrar a base instalada de dispositivos IoT no país de 30 para 60 milhões, segundo estimativas da Abinee. A expansão promete beneficiar diretamente setores como agronegócio, logística e indústria de base.

Combate à informalidade e cautela econômica

Apesar dos avanços, os desafios ao setor de telecom permanecem. Um deles é o mercado de celulares irregulares, que ainda representa 12% das vendas, embora tenha recuado sete pontos percentuais em relação a 2024.

Outro fator que pesa sobre o ritmo dos investimentos é o cenário macroeconômico. Com a taxa Selic mantida em 15% durante boa parte de 2025, empresas do setor demonstraram cautela. 

Ainda assim, uma sondagem da Abinee revelou que 72% das empresas pretendem investir em 2026, com foco na modernização de processos e aumento da produtividade.

Perspectiva: crescimento moderado e sustentado

Para este ano, a projeção da Abinee é de um crescimento nominal de 4% no setor de telecom, acompanhando a inflação esperada. 

Segmentos como infraestrutura devem manter ritmo positivo, com expectativa de alta de 5%, enquanto o mercado de celulares deve crescer 3%. 

O setor também prevê um leve aumento no número de empregos diretos, mantendo a trajetória de recuperação iniciada nos últimos dois anos.

O desempenho de 2025 mostrou que, mesmo diante de incertezas, decisões estratégicas e políticas públicas bem orientadas podem sustentar o avanço da telecomunicações no Brasil.

Em 2026, o desafio será transformar as oportunidades, como o novo leilão de espectro e a ampliação da IoT, em resultados concretos para um setor cada vez mais essencial na economia digital.

* Com informações da Abinee

Novos Selos de Qualidade 2025 e app são aposta da Anatel para aproximar consumidor

Imagem: Anatel/divulgação

A partir de agora, os consumidores de telecomunicações têm uma nova ferramenta para avaliar a qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras. 

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) lançou os Selos de Qualidade 2025, acompanhados de um novo aplicativo gratuito, chamado “Anatel Qualidade”, e de páginas reformuladas no portal da agência.

Ambas iniciativas fazem parte da campanha “Qualidade na palma da mão!”, com foco na transparência e no empoderamento do usuário.

Os Selos, publicados anualmente, são classificados de A (melhor) a E (pior), e traduzem, de forma visual e acessível, o desempenho das prestadoras em três frentes: telefonia móvel, fixa e banda larga. 

A principal novidade deste ano é que os dados de referência contemplam apenas o primeiro semestre de 2025, já que esta é a primeira publicação desde a criação do novo modelo regulatório, o RQUAL.

Comparação entre operadoras e estímulo à melhoria

Com os Selos, a Anatel espera facilitar a tomada de decisão do consumidor na hora de contratar um serviço. Além disso, os resultados podem servir como termômetro da percepção de qualidade em cada município, estado e no país como um todo. 

A depender da abrangência, entram na conta não só indicadores técnicos de rede, como também índices de satisfação e número de reclamações registradas.

A avaliação municipal se baseia em dados operacionais e de atendimento. Já os Selos estaduais e o nacional incorporam aspectos da experiência do cliente, promovendo um retrato mais amplo e comparativo do setor.

Aplicativo foca em usabilidade e acesso facilitado

O Anatel Qualidade está disponível para Android e iOS e foi projetado com foco em simplicidade. Nele, é possível consultar o selo de cada operadora, testar a velocidade da internet e até verificar a cobertura de tecnologias como 4G e 5G nos municípios. 

A interface é direta e foi desenvolvida a partir de testes com usuários reais, o que garantiu maior acessibilidade e compreensão para o público geral.

TV por assinatura fica de fora da edição

Um ponto fora da curva este ano é a ausência dos dados relacionados à TV por assinatura.

A exclusão temporária se deve a uma decisão do Conselho Diretor da Anatel, que suspendeu algumas obrigações do SeAC até a conclusão de estudos técnicos em andamento.

Dados abertos e consulta online

Além do aplicativo, o site da Anatel agora reúne painéis interativos e mapas com dados sobre a qualidade dos serviços. 

É possível acessar informações detalhadas por prestadora, período e localidade, o que amplia a transparência e permite análises personalizadas.

Com essa estratégia, a agência busca reforçar o papel do consumidor como agente ativo do setor e promove, por meio da informação, um ambiente mais competitivo e orientado à melhoria contínua.

* Com informações da Anatel

Netflix anuncia compra histórica da Warner e HBO Max por US$ 83 bilhões

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Netflix Warner Bros HBO Max
Reprodução/ChatGPT

A Netflix anunciou nesta sexta-feira (5) um acordo definitivo para a aquisição da Warner Bros. Discovery e da HBO Max por cerca de US$ 83 bilhões, visando redefinir o futuro do entretenimento global através da integração de estúdios de cinema e franquias icônicas ao seu ecossistema de streaming.

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A transação histórica avalia a Warner Bros. Discovery (WBD) em US$ 27,75 por ação, totalizando um valor empresarial de aproximadamente US$ 82,7 bilhões e um valor de mercado para os acionistas de US$ 72 bilhões. Segundo os termos divulgados, o pagamento será realizado de forma mista, combinando dinheiro e ações: os acionistas da WBD receberão US$ 23,25 em espécie somados a US$ 4,50 em papéis da Netflix. O acordo prevê ainda um mecanismo financeiro conhecido como “collar”, desenhado para ajustar a proporção de ações distribuídas conforme a oscilação do preço de mercado da Netflix antes do fechamento final do contrato.

Entretanto, a concretização do negócio possui uma condição complexa e fundamental que altera a estrutura da empresa vendida. Para que a compra seja efetivada, o seguinte cronograma de reestruturação precisará ser cumprido:

  • Separação de ativos: A divisão “Global Networks” da WBD, que engloba canais lineares de peso como CNN, TNT e Discovery, deverá ser desmembrada do pacote principal;
  • Nova empresa: Estes ativos de TV a cabo serão transformados em uma nova companhia independente de capital aberto, batizada de Discovery Global;
  • Prazo da cisão: A previsão é que essa separação complexa seja concluída apenas no terceiro trimestre de 2026;
  • Finalização da compra: Somente após o término desse processo de cisão a Netflix assumirá, de fato, o controle dos estúdios de cinema e do streaming HBO Max.

Mudança de estratégia e catálogo

Esta movimentação estratégica representa uma mudança drástica no modelo de negócios da Netflix, que até então priorizava o crescimento orgânico e produções originais. Ao adquirir a Warner, a empresa incorpora um catálogo centenário, a DC Studios e a plataforma HBO Max, prometendo manter uma estrutura híbrida de lançamentos.

A gigante do streaming se comprometeu a honrar os contratos existentes e continuar com as exibições teatrais dos filmes do estúdio, apaziguando temores sobre o fim das janelas de cinema tradicionais para grandes blockbusters.

Bastidores e concorrência

O caminho para a assinatura do acordo foi marcado por uma disputa acirrada nos bastidores de Hollywood, envolvendo outros gigantes da mídia. A Paramount Skydance, que era vista como favorita e ofereceu propostas totalmente em dinheiro, chegou a acusar a WBD de favorecimento à Netflix durante as negociações. Executivos da Paramount enviaram cartas alertando sobre os riscos regulatórios da união entre as duas maiores potências do streaming, argumentando que tal fusão poderia enfrentar barreiras intransponíveis junto aos órgãos antitruste dos Estados Unidos.

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Obstáculos regulatórios e reação do mercado

A reação política e regulatória já começou a se desenhar de forma contundente em Washington logo após os rumores se confirmarem. O representante republicano Darrell Issa enviou documentos para a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, e para líderes da FTC e do Departamento de Justiça, solicitando um escrutínio rigoroso da operação. O argumento central é o risco de concentração excessiva de mercado, o que poderia prejudicar a concorrência, a distribuição de conteúdo e as relações trabalhistas em toda a indústria audiovisual americana.

Apesar das declarações passadas de Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, afirmando que a empresa não tinha interesse em redes de mídia tradicionais, a oportunidade de adquirir apenas a “joia da coroa” — os estúdios e o streaming — sem o peso da TV a cabo parece ter sido decisiva. O mercado financeiro reagiu de forma mista ao anúncio desta sexta-feira, com as ações da Warner Bros. Discovery subindo quase 3% na pré-abertura, enquanto os papéis da Netflix e da rival Paramount registraram quedas superiores a 2% diante das incertezas regulatórias.

Para a Warner Bros. Discovery, a venda é o desfecho de um processo iniciado publicamente em outubro, quando a empresa admitiu buscar alternativas estratégicas para maximizar valor aos acionistas. O CEO David Zaslav defendeu a operação como um passo ousado para posicionar os estúdios na liderança do setor. Agora, ambas as empresas se preparam para uma longa batalha regulatória que deve se estender por todo o ano de 2026, enquanto tentam convencer o mundo de que juntas irão, de fato, definir o próximo século do entretenimento.

Governo cria sistema de autoexclusão para apostadores e impõe novas regras às bets

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bet aposta celular
Reprodução/ChatGPT

O Governo Federal anunciou nesta quarta-feira (3) uma plataforma centralizada que permitirá aos apostadores com problemas de vício solicitar bloqueio em todas as bets licenciadas no Brasil. A medida integra um acordo de cooperação técnica entre os ministérios da Saúde e da Fazenda para enfrentar a crescente dependência em jogos de apostas online, que causa impactos econômicos e sociais estimados em 38,8 bilhões de reais anuais ao país.

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Como funciona a plataforma

A partir de 10 de dezembro, a ferramenta estará disponível no portal Gov.br. O sistema permitirá que usuários solicitem exclusão por períodos entre um e 12 meses, ou por tempo indeterminado. Durante esse intervalo, o apostador ficará impedido de acessar qualquer plataforma de jogos regularizada e não receberá publicidade ou ações de marketing das casas de apostas. Veja o passo a passo para utilizar o serviço:

  1. Acesse o portal Gov.br com perfil prata ou ouro
  2. Informe seus dados pessoais: CPF, nome completo e data de nascimento
  3. Escolha o período de exclusão: um mês, três meses, seis meses, nove meses, 12 meses ou tempo indeterminado
  4. Especifique o motivo da autoexclusão
  5. Aguarde a confirmação do bloqueio em todas as bets licenciadas no país

Segundo o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, a plataforma estará plenamente funcional na data prevista.

Dimensão do problema

Até agora, cerca de 950 mil apostadores já haviam solicitado autoexclusão diretamente nas bets regularizadas, segundo dados da Secretaria de Prêmios e Apostas. O número evidencia a dimensão do problema relacionado ao vício em jogos. Entretanto, apenas 1.951 pessoas foram atendidas no Sistema Único de Saúde por transtornos relacionados a apostas no primeiro semestre de 2025, o que demonstra que o atendimento está aquém da necessidade real.

O acordo entre as duas pastas prevê a criação do Observatório Brasil Saúde e Apostas Eletrônicas, que funcionará como canal permanente de troca de dados. Com as informações fornecidas pelos apostadores na plataforma, o Ministério da Saúde poderá identificar situações de vulnerabilidade e os principais fatores associados ao vício, subsidiando políticas públicas de prevenção e enfrentamento da ludopatia.

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Atendimento no SUS

A ludopatia é uma condição médica caracterizada pelo desejo incontrolável de continuar jogando e foi reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde. Para atender essa demanda, o Ministério da Saúde vai criar uma nova linha de cuidado específica para o tratamento do transtorno. Todos os Centros de Atenção Psicossocial passarão a ofertar cuidados específicos para pessoas com vício em apostas.

A partir de fevereiro de 2026, a rede pública oferecerá teleatendimentos em saúde mental com foco em jogos e apostas, por meio de parceria com o Hospital Sírio-Libanês. Inicialmente serão disponibilizados 450 atendimentos online mensais, mas o número poderá ser ampliado conforme a demanda. Os pacientes serão conduzidos ao atendimento presencial sempre que necessário.

Perfil dos apostadores em situação de risco

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o observatório permitirá identificar padrões de compulsão e direcionar equipes para entrar em contato com pessoas em situação de risco. Dados já disponíveis mostram que o perfil predominante é de homens entre 18 e 35 anos, negros, em situações de vulnerabilidade como desemprego ou separação, e com rede de apoio frágil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a falta de regulamentação das apostas online entre 2019 e 2022, período em que pouco foi feito apesar da autorização das bets em 2018. Ele afirmou que o monitoramento de dados também auxiliará no combate ao crime organizado, que tem utilizado plataformas para lavagem de dinheiro.

Investimentos e ações complementares

Serão investidos 12 milhões de reais em pesquisas sobre saúde mental e jogos de apostas. As medidas incluem ainda a disponibilização de orientações sobre como buscar ajuda na rede pública, com informações sobre pontos de atendimento do SUS por meio do aplicativo Meu SUS Digital e da Ouvidoria do SUS. A plataforma oferecerá testes para identificar uso problemático e apresentará orientações de assistência à saúde.

Os números do SUS demonstram o agravamento do problema: em 2023 foram realizados 2.262 atendimentos de pessoas com transtornos associados ao jogo, número que subiu para 3.490 em 2024. Com as novas ferramentas, o governo espera ampliar o acesso ao tratamento e reduzir os impactos sociais e econômicos causados pelo vício em apostas online.

PMERJ conhece infraestrutura tecnológica em visita ao Centro da Claro

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Claro padrão
Reprodução/ParkShopping

O Centro de Referência Tecnológica da Claro recebeu alunos da primeira turma do curso de especialização em tecnologia da informação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) para uma visita técnica que apresentou os bastidores das operações de telecomunicações, sistemas de teste e soluções que garantem qualidade, performance e segurança das conexões em escala nacional.

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Tecnologias de ponta em apresentação

Durante a experiência, os profissionais da corporação tiveram acesso a apresentações conduzidas pelos times de Engenharia, Evolução Tecnológica e Cibersegurança da operadora. Os temas abordados incluíram tecnologias estratégicas como redes móveis 5G pessoais e veiculares, Fixed Wireless Access (FWA), Mochilink, Wi-Fi 6 e 7, além da plataforma Open Gateway.

O portfólio de soluções de cibersegurança voltadas à proteção de redes e infraestruturas críticas também foi destaque nas apresentações. Essas tecnologias desempenham papel fundamental na defesa contra ameaças digitais e na manutenção da integridade de sistemas essenciais para operações de segurança pública.

Parceria entre setor público e privado

Para Maria Teresa Lima, diretora-executiva da Claro empresas para Governo, a iniciativa reforça o compromisso da companhia em promover diálogo contínuo entre setor privado e público. “Essa interação gera sinergias importantes, amplia o repertório tecnológico e contribui para o fortalecimento do ecossistema de segurança digital no país. Ficamos muito satisfeitos em compartilhar nossa visão e know-how com uma instituição que desempenha um papel tão essencial para a sociedade“, afirmou a executiva.

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Tour pelos ambientes do CRT

Na etapa final da visita, os participantes conheceram os diversos ambientes do Centro de Referência Tecnológica. O grupo percorreu espaços como Telco Datacenter, redes de referência IP e ópticas, redes móveis, sala blindada, acesso GPON e FWA, além de soluções SD-WAN. A experiência prática permitiu compreender o processo de homologação de novas tecnologias.

Andre Sarcinelli, diretor de Engenharia da Claro, destacou a importância da capacitação tecnológica para ampliar eficiência operacional e fomentar inovação. “A visita foi muito proveitosa e os alunos ficaram bastante interessados em aprofundar conhecimento sobre as soluções de redes e cibersegurança da Claro, assim como testes no CRT integrando com as aplicações de segurança pública”, ressaltou o diretor.

Propostas do Brasil ganham destaque em conferência global da UIT sobre telecomunicações

Imagem: UIT/Reprodução

Entre os dias 17 e 28 de novembro de 2025, o Brasil consolidou sua influência no cenário global das telecomunicações ao ter suas principais propostas aprovadas na Conferência Mundial de Desenvolvimento das Telecomunicações (CMDT-25), realizada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) em Baku, capital do Azerbaijão.

O evento, que ocorre a cada quatro anos, é promovido pelo setor de desenvolvimento da UIT (UIT-D) e tem como objetivo debater estratégias para ampliar o acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), além de promover a inclusão digital em escala global.

Atuação brasileira é reconhecida pela UIT

Com articulação coordenada pela Comissão Brasileira de Comunicações (CBC4), o Brasil apresentou oito propostas próprias com amplo apoio regional, o que garantiu que já chegassem à conferência com o status de documentos interamericanos.

Entre os temas defendidos pelo país estavam:

  • Superação da lacuna digital;
  • Proteção de crianças no ambiente online;
  • Segurança cibernética;
  • Defesa do consumidor digital;
  • Colaboração intersetorial;
  • Organização dos trabalhos internos da UIT-D.

Além disso, o Brasil apoiou propostas de outras nações americanas, incluindo temas como acessibilidade, gênero, povos indígenas, resposta a desastres e telecomunicações em áreas rurais.

Avanços em IA, cibersegurança e inclusão digital

A CMDT-25 resultou em deliberações importantes para o futuro das telecomunicações.

Um dos destaques foi a aprovação da primeira resolução setorial sobre Inteligência Artificial, que orienta ações de capacitação e troca de experiências entre países, com atenção especial às necessidades de nações em desenvolvimento.

Na área de cibersegurança, foram incluídas diretrizes que reconhecem os riscos da computação quântica e da IA, propondo medidas de proteção para grupos vulneráveis, como crianças, idosos e mulheres. Também houve incentivo à inclusão feminina em carreiras de segurança digital.

Outro avanço significativo foi a redefinição das ações para combater a lacuna digital, com a introdução de conceitos sobre brechas de uso e cobertura, além da adoção da IA como ferramenta para ampliar o acesso às TICs.

Propostas brasileiras influenciam proteção digital infantil

As diretrizes aprovadas sobre a proteção de crianças online partiram diretamente de propostas do Brasil. Elas reconhecem a importância do desenvolvimento de habilidades digitais entre crianças e adolescentes e sugerem medidas como a limitação do uso de dispositivos em ambientes escolares, sempre com foco em segurança e bem-estar.

Brasil reforça presença na UIT e fecha acordos bilaterais

Durante a CMDT-25, dois servidores da Anatel foram eleitos para cargos estratégicos no Setor de Desenvolvimento da UIT: Roberto Hirayama assumirá a presidência de um dos grupos de estudo, e Andrea Grippa foi indicada para a vice-presidência de um comitê assessor.

A delegação brasileira também manteve uma agenda paralela com outros países, que resultou na assinatura de memorandos de entendimento com reguladores da Malásia e da Tailândia, visando aprofundar a cooperação internacional no setor.

Declaração e plano para 2026–2029

A conferência foi encerrada com a aprovação da Declaração de Baku e do Plano de Ação de Baku, que definem metas para os próximos quatro anos. 

Os documentos reforçam o compromisso dos países membros da UIT com a conectividade universal, significativa e acessível, especialmente em regiões carentes de infraestrutura. Leia a matéria que fizemos sobre o fim da CMDT-25.

Brasil amplia protagonismo no debate global

A atuação do Brasil na CMDT-25 reforça o papel do país como formulador de políticas no âmbito internacional, especialmente em temas emergentes como inteligência artificial, telecomunicações via satélite e direitos digitais.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, avaliou os resultados como uma “atualização positiva do regime de desenvolvimento da UIT”, ao reconhecer que as tecnologias emergentes foram integradas às diretrizes que guiarão os próximos ciclos de trabalho.

Com participação ativa e estratégica, o Brasil reafirma seu compromisso com o avanço das telecomunicações como vetor de inclusão e desenvolvimento.

* Com informações da Anatel

Recursos de acessibilidade são cada vez mais comuns em celulares; conheça alguns

Imagem: Freepik/reprodução

Alguns recursos presentes hoje nos celulares mais modernos nasceram com um propósito específico: tornar o uso da tecnologia mais fácil para pessoas com deficiência. Mas na prática, muitos desses recursos acabaram ganhando relevância muito além do público-alvo inicial.

É o caso de funções como o Live Caption, que legenda automaticamente qualquer áudio reproduzido no aparelho. Pode ser um vídeo, um podcast, uma mensagem de voz, não importa. 

Se tem som, o celular transforma em texto na hora. Isso ajuda muito quem tem deficiência auditiva, mas também é útil em lugares barulhentos ou quando você esqueceu o fone de ouvido.

Esse e outros recursos demonstram que, de fato, fabricantes de smartphones como Apple, Google e Samsung, têm investido com seriedade em recursos de acessibilidade.

Mais conforto visual e interações simplificadas

Outro exemplo: o chamado “Extra Dim”. A função permite reduzir o brilho da tela além do que normalmente é permitido. Parece detalhe, mas faz diferença para quem sente desconforto com telas claras, especialmente à noite.

Tem ainda o Menu Assistente, uma espécie de botão flutuante que facilita o acesso a funções como volume, print da tela e configurações. Ele foi pensado para usuários com dificuldade de usar os botões físicos, mas na prática é uma mão na roda para quem quer agilidade.

E não para por aí. O sistema também pode alertar sobre sons importantes, como um alarme tocando ou um bebê chorando, por meio de notificações visuais. Um recurso valioso para quem tem perda auditiva, mas que também pode ser útil em outras situações do dia a dia.

Operadoras começam a se mexer

As operadoras de telefonia também têm feito alguns movimentos no sentido de tornar seus serviços mais acessíveis. 

Algumas já oferecem atendimento em Libras por videochamada, e há esforços para melhorar a interface dos aplicativos, com letras maiores, contraste ajustável e comandos por voz.

Em paralelo, também existem planos voltados ao público idoso, com aparelhos simplificados e suporte mais próximo, algo essencial para quem está dando os primeiros passos no mundo digital.

Mais do que inclusão, uma escolha inteligente

No fundo, o que está acontecendo é uma mudança de mentalidade. Acessibilidade deixou de ser vista apenas como uma obrigação ou como um recurso de nicho. 

Virou parte da experiência. E quando bem aplicada, beneficia todos, não apenas quem tem uma condição específica.

A questão agora é fazer com que mais pessoas saibam que esses recursos existem. Porque não basta estar disponível no aparelho. Afinal, se ninguém sabe ativar ou usar, é como se não estivesse lá.

Aplicativo pouco conhecido da Samsung pode reforçar a segurança em celulares Galaxy

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Imagem: Shutterstock/reprodução

Entre os recursos menos explorados pelos usuários da Samsung, há um que pode fazer diferença significativa na proteção de informações sensíveis no celular. 

Chamado de Secure Folder (Pasta Segura, em português), o aplicativo está presente em diversos modelos Galaxy e permite criar um ambiente separado, criptografado e invisível ao uso comum do aparelho.

Embora seja nativo do sistema, o recurso ainda passa despercebido por grande parte dos usuários. Quando ativado, ele funciona como uma espécie de cofre digital, em que fotos, documentos e até aplicativos podem ser mantidos longe de olhares curiosos.

Uma camada a mais de privacidade

O funcionamento é simples: ao configurar a Pasta Segura, o sistema cria um espaço isolado dentro do próprio dispositivo, que só pode ser acessado por meio de senha, biometria ou outro método de autenticação. 

Nada do que está ali aparece na galeria tradicional, nem é exibido entre os aplicativos normais do telefone.

Além da proteção, o aplicativo também permite que o usuário oculte completamente o ícone da pasta ou personalize seu nome e aparência, dificultando a identificação por quem não deve ter acesso.

Utilidade prática no cotidiano

Quem busca separar conteúdos pessoais de itens profissionais encontra no recurso uma solução eficaz. É possível transferir imagens, armazenar arquivos e até instalar versões duplicadas de aplicativos como WhatsApp e Instagram, permitindo o uso de múltiplas contas no mesmo dispositivo.

A transferência de dados pode ser feita diretamente pela galeria, explorador de arquivos ou pelo menu interno da própria Pasta Segura. Todo o conteúdo fica restrito ao espaço protegido, sem interferência no restante do sistema.

Ainda melhor que a opção do Android

O Google incorporou recentemente um recurso semelhante no Android 15, chamado Private Space, mas a proposta ainda tem limitações. 

Um exemplo é a impossibilidade de migrar dados protegidos entre dispositivos, algo que o aplicativo da Samsung permite por meio de backups locais.

No caso da Pasta Segura, o conteúdo continua criptografado, mesmo fora do celular, e só pode ser acessado mediante autenticação. A ferramenta, porém, é exclusiva da Samsung e não está disponível em aparelhos de outras marcas.

Um recurso útil que muitos ainda ignoram

Mesmo sendo um recurso consolidado no ecossistema da Samsung, o aplicativo segue como uma solução subutilizada pelos usuários de smartphones Galaxy.

Sem exigir conhecimentos técnicos, sua ativação pode representar um avanço importante na forma como o usuário lida com seus próprios dados.

Num cenário de aumento constante das ameaças digitais, recursos como o Secure Folder ganham relevância, principalmente por estarem disponíveis sem custo adicional e com integração nativa ao sistema da fabricante.

* Com informações de Make Use Of

TV Box pirata: veja dicas para identificar modelos irregulares

Imagem: Shutterstock/reprodução

Com o aumento do uso de dispositivos que oferecem acesso a canais de TV por assinatura e serviços de streaming, muitos consumidores passaram a recorrer às chamadas TV Boxes

No entanto, como bem sabemos, nem todos os aparelhos disponíveis no mercado são regulares. Alguns operam fora das normas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), configurando pirataria, e estão sujeitos a bloqueios remotos ou apreensão.

Inclusive, recentemente noticiamos algumas medidas de contenção da Anatel e operações que visam justamente minar a expansão de serviços de TV por assinatura pirateados.

Para evitar prejuízos, é fundamental saber como identificar uma TV Box pirata antes de comprar ou continuar utilizando o aparelho. 

A seguir, listamos os principais sinais de alerta recomendados por especialistas e pela própria Anatel.

1. Verifique o selo de homologação da Anatel

Todo equipamento de telecomunicações legalizado no Brasil deve apresentar um selo de homologação da Anatel. Ele geralmente está fixado na parte externa do dispositivo ou em sua embalagem, contendo um número de registro único.

Se o aparelho não tiver esse selo, há grandes chances de ser considerado irregular. Mesmo quando o adesivo está presente, é essencial conferir se o número é autêntico e válido.

2. Consulte o número no portal da Anatel

Não basta apenas checar se a TV Box tem o selo da Anatel: é necessário conferir se o número presente no selo é real. Afinal, criminosos também podem falsificar o selo.

Felizmente, a Anatel disponibiliza um sistema de busca pública onde qualquer pessoa pode consultar se determinado número de homologação é real. 

Basta acessar a página “Certificação de Produtos” no site da agência, digitar o código presente no selo na área “Consultar Produtos Homologados” e verificar se o aparelho realmente consta como autorizado.

A ausência de informações no sistema pode indicar falsificação ou uso indevido de um registro pertencente a outro modelo.

3. Desconfie de promessas de acesso gratuito a canais pagos

Aparelhos que prometem acesso ilimitado e gratuito a canais fechados, serviços de streaming e conteúdos sob demanda devem ser vistos com desconfiança. 

A pirataria de sinal, conhecida popularmente como gatonet, é ilegal e representa um dos principais alvos de operações conduzidas por autoridades brasileiras.

Como o Minha Operadora já noticiou anteriormente, recentemente, ações coordenadas entre Anatel, Polícia Federal e Ministério da Justiça resultaram na derrubada de serviços e plataformas piratas.

4. Prefira marcas conhecidas e com histórico de mercado

Aparelhos fabricados por empresas reconhecidas no setor de tecnologia e telecomunicações têm maior chance de estarem dentro da legalidade. 

Modelos como Amazon Fire TV Stick, Apple TV, Google Chromecast e Intelbras IZY Play constam na lista de produtos homologados pela Anatel.

Já marcas genéricas ou pouco conhecidas, especialmente aquelas vendidas sem manual em português ou sem suporte técnico no país, tendem a ser mais arriscadas.

5. Preço muito abaixo da média pode ser um indicativo

Se o valor do produto for muito inferior ao praticado por lojas confiáveis ou plataformas oficiais, é prudente investigar. 

Embora nem todo preço baixo indique ilegalidade, é comum que dispositivos piratas sejam vendidos com valores atrativos para atrair consumidores desavisados.

Por que isso importa?

Além do risco de perder o aparelho por bloqueio remoto da Anatel, quem utiliza TV Boxes piratas está mais exposto a falhas de segurança, vazamento de dados e até invasões por malware. Isso porque muitos desses dispositivos operam com softwares não certificados e conexões instáveis.

Além disso, a Anatel alerta que usuários de TV Boxes piratas estão “descobertos” pela lei. Ou seja, em caso de problemas, nem adianta procurar o Procon, por exemplo.

Mais do que uma questão técnica, o uso de TV Boxes irregulares representa um problema para todo o ecossistema de telecomunicações: prejudica operadoras, impacta a arrecadação de impostos e financia redes ilegais de distribuição de conteúdo.

A Anatel mantém em seu portal uma lista atualizada de dispositivos de TV Box homologados. Antes de adquirir um aparelho, vale a pena fazer a consulta. O processo é simples, gratuito e pode evitar dores de cabeça no futuro.

OpenAI declara “código vermelho” após Gemini do Google ganhar terreno

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OpenAI vs Google ChatGPT Gemini
Reprodução/Gemini

A OpenAI declarou “código vermelho” nesta semana em resposta ao crescimento acelerado do Gemini do Google, que conquistou 200 milhões de novos usuários em apenas três meses. O CEO Sam Altman enviou um memorando interno na segunda-feira (1º) alertando funcionários sobre a necessidade urgente de aprimorar o ChatGPT, diante da pressão competitiva crescente no mercado de inteligência artificial.

A medida representa uma inversão dramática no cenário da IA. Há três anos, foi o Google quem declarou seu próprio “código vermelho” após o lançamento viral do ChatGPT. Agora, com o lançamento do Gemini 3 em meados de novembro, a gigante de buscas recuperou terreno significativo na disputa tecnológica.

Leia mais:

Projetos adiados para focar no essencial

No memorando reportado pelo Wall Street Journal e The Information, Altman anunciou mudanças drásticas nas prioridades da empresa. Diversas iniciativas planejadas foram colocadas em segundo plano para concentrar esforços na melhoria do ChatGPT. Entre os projetos adiados estão:

  • Publicidade no ChatGPT: A integração de anúncios na plataforma, que seria uma importante fonte de receita, foi suspensa temporariamente.
  • Agentes de IA especializados: Os assistentes virtuais para compras e saúde terão seu desenvolvimento postergado até nova ordem.
  • ChatGPT Pulse: O assistente pessoal que estava em desenvolvimento também foi pausado para liberar recursos.
ChatGPT

O foco agora é melhorar recursos essenciais do chatbot, como maior velocidade e confiabilidade, personalização aprimorada e capacidade de responder a um leque mais amplo de questões. A empresa estabeleceu reuniões diárias com as equipes responsáveis pelo desenvolvimento e incentivou transferências temporárias de funcionários para acelerar o trabalho.

Gemini conquista usuários e reconhecimento

O Gemini cresceu de 450 milhões de usuários ativos mensais em julho para 650 milhões em outubro. Enquanto isso, o ChatGPT mantém mais de 800 milhões de usuários semanais, mas a maioria permanece no plano gratuito. O modelo Nano Banana, gerador de imagens do Google lançado em agosto, tem sido apontado como catalisador desse crescimento.

O Gemini 3 superou concorrentes em diversos benchmarks da indústria e conquistou elogios de executivos influentes. Marc Benioff, CEO da Salesforce, anunciou nas redes sociais que está abandonando o ChatGPT após três anos de uso diário. “Não vou voltar. O salto é insano“, declarou.

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Desafios financeiros aumentam a pressão

A situação é particularmente delicada para a OpenAI porque, diferentemente do Google, a empresa não é lucrativa. A companhia depende de rodadas constantes de captação de recursos para operar e construir novos data centers. Segundo estimativas, precisará atingir receita de US$ 200 bilhões até 2030 para se tornar lucrativa.

A OpenAI, avaliada em cerca de US$ 500 bilhões, assumiu mais de US$ 1 trilhão em obrigações financeiras com provedores de computação em nuvem e fabricantes de chips. Enquanto isso, o Google subsidia seus projetos de IA com receitas publicitárias de seu mecanismo de busca.

Contraofensiva em desenvolvimento

Apesar do alerta, a OpenAI não está parada. O memorando de Altman revela que um novo modelo de raciocínio será lançado na próxima semana, com desempenho superior ao Gemini 3 em avaliações internas. A empresa também planeja melhorias em seus modelos de geração de imagens.

Nick Turley, chefe do ChatGPT na OpenAI, reforçou publicamente o compromisso da empresa em tornar o chatbot “mais capaz, intuitivo e pessoal”, enquanto expande o acesso globalmente. A disputa promete novos capítulos nos próximos meses, com ambas as empresas investindo bilhões no desenvolvimento de IA.