Em apresentação do seu Digital Experience Center (Dex) para a imprensa nesta terça-feira (05), a Siemens falou sobre os planos da empresa e anunciou que pretende ofertar redes privativas 5G para pequenas, médias e grandes empresas no Brasil. A informação foi dada por Rafael Alves, responsável pela área de digitalização da companhia, onde ele revelou que já está em conversas com companhias de médio porte.
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“Quando falamos de redes privativas, nós ainda vemos um custo alto de instalação. Mas como visão queremos ir para outros setores. Inclusive, estamos começando a atuar nas médias indústrias”, disse o executivo.
De acordo com o CEO da Siemens no Brasil, Pablo Fava, há uma questão de “capilaridade”, uma vez que “não dão conta” de atender demandas de todo o Brasil, embora o plano ideal seja avançar em pequenos e médios clientes. Para atender essa demanda, a empresa precisa de parceiros tecnológicos, e assim ofertar as redes privativas e outras soluções voltadas à indústria 4.0 por meio de um marketplace que está sendo construído.
O executivo contou que, em redes privativas, a empresa pode atuar em três formatos: com operadoras, proprietário (com seu próprio core) e híbrido. Desses três modelos, o executivo enxerga um avanço do modelo híbrido no país, em especial na relação que a companhia tem com a Embratel.
No mercado brasileiro, a Siemens trabalha com quatro ofertas end-to-end para a neoindustrialização: gêmeo digital; software de virtualização; equipamentos físicos (computador lógico, sensores de IoT, core de rede); e insights e serviços para tratamento de dados.
Sem revelar o número de clientes que a empresa possui com redes privativas no país, Alves afirma que a Siemens tem licenças de 3,7 GHZ para duas unidades: a fábrica em Jundiaí, cidade próxima de Campinas; e no Dex, que fica na sede administrativa em São Paulo. Nas duas unidades, o core de rede é próprio da companhia.
O CEO conta que a maioria das empresas procuram 5G pela “largura de banda”. Com isso, a Siemens vê entre potenciais clientes não apenas aqueles mais ligados ao ecossistema da fornecedora de equipamentos, como indústrias e hospitais, mas também empresas de transporte, logística, cidades inteligentes e agronegócio.
“Nós tivemos conversas com dois projetos de smart cities. Mas esse é o caso que faz mais sentido atuar junto com uma operadora, por exemplo. Não faz sentido montar uma rede privativa para uma cidade inteligente, mas, uma operadora fornece a rede e nós fornecemos os equipamentos”, afirma.