28/04/2024

Alberto Griselli celebra bons resultados financeiros da TIM

Executivo CEO da TIM, Alberto Griselli, comentou sobre alguns resultados da operadora e perspectivas de futuro.

O CEO da TIM disse que os últimos acontecimentos têm sido positivos para a operadora. Tanto o crescimento do 5G quanto a aquisição de parte da Oi Móvel são forças para ajudar a dobrar a geração de caixa da empresa até 2025, segundo o executivo. 

Alberto Griselli
Alberto Griselli.

Alberto Griselli, CEO da TIM, falou sobre a empresa em entrevista ao site InfoMoney. O executivo abordou diversos assuntos relacionados ao futuro de investimentos da operadora. 

2022 foi um ano de muito crescimento para a TIM, celebra Griselli

Em 2022, segundo um executivo do setor de telecomunicações, ocorreram dois eventos pouco comuns na indústria: o lançamento de uma nova tecnologia, o 5G, e uma grande operação de consolidação do setor, com a venda da Oi Móvel para TIM, Vivo e Claro. Isso resultou em um novo momento de expansão dos resultados financeiros, com um crescimento de dois dígitos na receita e margem Ebitda ao longo do ano.

“Abrimos um novo momento do setor que será caracterizado pela grande expansão de geração de caixa nos próximos anos. Nós estamos planejando crescer acima da inflação nos próximos anos e essencialmente quase dobrar a nossa possibilidade de cash flow generation [geração de caixa] entre 2023 e 2025″, afirmou.

O CEO mencionou que o resultado financeiro da empresa de telecomunicações no quarto trimestre foi afetado negativamente em R$ 350 milhões, uma piora de 94,3% em comparação com o ano anterior, devido ao aumento da Selic e aos gastos de caixa relacionados aos pagamentos da Oi Móvel e à compra das frequências de 5G em 2022. 

As despesas financeiras também aumentaram 20% na mesma base de comparação, totalizando R$ 672 milhões, pelos mesmos motivos, de acordo com Griselli. O executivo afirmou que o crescimento esperado da margem Ebitda da empresa permitirá um aumento na remuneração ao acionista este ano, com um mínimo de R$ 2,3 bilhões em 2023, em comparação com R$ 1 bilhão em 2021 e R$ 2 bilhões em 2022. 

Ele também citou que a empresa já pagou o que precisava em relação ao 5G e à Oi Móvel, e está recompondo seu caixa, esperando que a Selic permaneça estável ou, na pior das hipóteses, caia apenas no final do ano.

Alberto Griselli também falou sobre a compra da Oi

O executivo afirmou que a única questão pendente em relação à compra da Oi é o desmonte das torres de transmissão de sinal que estão sobrepostas às da TIM, aproximadamente 4.500 torres, e que esse processo já está em andamento, com previsão de conclusão no final de 2024. 

Além disso, informou que todos os clientes da Oi Móvel já foram migrados para a TIM com as mesmas condições comerciais.

Quanto à expansão da tecnologia 5G, o executivo destacou que é um processo que demanda tempo. Atualmente, o 5G já está presente nas 27 capitais, com cobertura completa nas maiores cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. 

A ideia é aproveitar parte da estrutura já instalada para o 4G e oferecer o 5G em determinadas regiões. Ele ressaltou que o 4G existe há 10 anos, mas nenhuma operadora conseguiu alcançar 100% do território nacional, e que a TIM será a primeira a realizar esse feito.

Em relação ao repasse do corte do ICMS sobre as contas dos consumidores, o executivo mencionou as compensações em oferta de dados extras para os usuários de pré-pagos. Ele também abordou os reajustes de planos devido à inflação no país, a queda do lucro e como esse indicador não é o mais relevante considerando o momento atual da companhia. 

Além disso, ele falou sobre a baixa participação da TIM no mercado de fibra, destacando que a empresa detém apenas 2% de market share de fibra no Brasil.

“Somos uma operadora pure mobile [focada em telefonia móvel]. Somos um desafio para o mercado de banda larga no país porque justamente por sermos menores temos maior potencial de crescer”.

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