07/05/2024

Claro e TIM brigam com Binance por vazamento de dados

Para Claro e TIM, em caso de vazamentos de dados, é a instituição financeira, como a Binance, quem deve se responsabilizar.

TIM e Claro acusam a empresa Binance de não fazer a proteção correta de seus clientes em transações de bitcoins. Já a Binance diz que as operadoras devem se responsabilizar pelos furtos de dados. E entre as empresas estão os clientes que foram à justiça para reaver celulares clonados e Bitcoins roubados

Biticoins

Há casos de roubo de R$ 3.158 em criptomoedas. Nesse em especial, a linha de telefone era TIM e foi invadida por cibercriminosos. O caso foi apurado pelo Metrópoles.

Caso TIM x Binance

Nesse processo a TIM defendeu que tanto a Binance, como qualquer outra instituição financeira deve arcar com a segurança das suas operações. Por isso a fintech teria de arcar sozinha com as perdas dos clientes. 

“Quanto maior o nível de segurança exigido para o uso, menor o número de transações e, assim, menor o lucro dos bancos e dessas instituições online que cresce a cada dia. Ora, se os bancos e tais instituições têm meios de aumentar os critérios de segurança das transações, mas assim não fazem ou fazem de forma insuficiente, fica claro que privilegiam o volume de negócios, o lucro, em detrimento da segurança do usuário, pois sabem que, no saldo final, ganharão mais do que perderão”, disse a defesa da TIM. 

Já para a B. Fintech Serviços de Tecnologia, a Binance no Brasil, como o celular da vítima foi clonado, a falha na segurança em questão foi responsabilidade da operadora. 

E no meio das defesas, a Juíza Marcela Filus Coelho, do Tribunal de São Paulo, entendeu que ambas empresas devem ser responsabilizadas pelo dano ao consumidor. Ela ainda acrescentou que a instituição financeira deve restituir as criptomoedas furtadas. 

Caso da Claro X Binance

Com a Claro a situação ocorreu da seguinte maneira: a vítima caiu no golpe do SIM Swap. Com isso está pedindo R$ 206 mil em danos materiais e morais. 

Nesse tipo de golpe o ladrão se passa pelo proprietário da linha, faz portabilidade e tendo acesso direto ao número roubado consegue entrar em todas as contas que estiverem vinculadas àquele número. Ou seja, é possível acessar contas de e-mail, redes sociais e até bancárias. Nesse caso os criminosos levaram U$ 7.224,71. Isso é o mesmo que R$ 36,6 mil em moedas digitais. 

Para a Claro, a Binance deveria responder pelo golpe. Segundo ela, a operadora tem um sistema de segurança frágil, pois teriam de ter segurança em duas etapas, para atrapalhar a ação de golpistas. 

Para a juíza Clarissa Rodrigues Alves, da Quarta Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, não há motivos para adicionar a Binance no processo. Para ela não cabem esses procedimentos em processos de defesa do consumidor. 

O que as empresas comentaram

O Metrópoles procurou as três: a Binance disse que não comenta processos em andamento, mas afirmou que segurança é a prioridade deles. A TIM disse que já prestou todos os esclarecimentos judicialmente e a Claro respondeu que não comenta sobre processos que estão sendo tramitados.

A equipe do Minha Operadora entrou em contato com ambas operadoras para saber se eles já haviam emitido algum comunicado sobre o assunto e Claro respondeu que não comenta sobre processos em andamento e a TIM não deu nenhum retorno (em caso de resposta a matéria será atualizada).

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