18/04/2024

TIM tem queda no lucro no 2T22, efeito da compra da Oi Móvel

De acordo com a operadora, houve aumento da dívida líquida por causa do financiamento para a compra da Oi Móvel e as licenças do 5G.

Nesta segunda-feira (01), a TIM divulgou o seu resultado financeiro referente ao segundo trimestre deste ano, onde registrou um lucro líquido normalizado de R$ 313 milhões, uma redução de 54,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. A aquisição de ativos da unidade móvel da Oi trouxe pontos negativos e positivos.

Segundo a operadora, houve um aumento expressivo no faturamento para a TIM graças a incorporação dos clientes da Oi Móvel, assim como pelo reajuste dos planos de telefonia e ganhos de usuários. Mas também houve um aumento de custo operacionais, aumento do endividamento tomado para financiar compra de fatia da Oi Móvel, despesas com pagamentos de juros e impostos, além do juros de contratos de aluguel de torres que são partes dos ativos da Oi.

A dívida líquida do grupo aumentou de R$ 5,88 bilhões em março para R$ 15,88 bilhões no fim de junho, pesado pelo financiamento para a compra dos ativos móveis da Oi, as licenças do espectro do 5G e a despesa com os contratos de gestão de clientes da Oi.

Ainda de acordo com a operadora, outro fator que foi considerado relevante para a piora no resultado financeiro está relacionado à parceria com o C6 Bank. No acordo, a TIM tem o direito de subscrição de ações da fintech conforme atraia usuários. No terceiro trimestre do ano, a empresa atingiu 3,5 vezes menos clientes em comparação à mesma época de 2021.

A margem Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizada atingiu R$ 2,486 bilhões, crescimento de 18,3% na mesa de base comparação, tendo uma queda de 1,4 ponto percentual (p.p) frente a margem do segundo trimestre de 2021.

A receita líquida totalizou R$ 5,36 bilhões, um crescimento de 21,8%. No entanto, desconsiderando os efeitos da aquisição dos ativos móveis da Oi, a receita líquida teria sido R$ 4,96, o equivalente a uma expansão de 12,6%.

O Capex da companhia aumentou 15,9% para R$ 1,05 bilhão. “Um crescimento esperado comparado ao ano anterior em função da implantação do 5G e com a integração dos ativos móveis da Oi”, diz a TIM no relatório.

Receita de serviços

A receita de serviço da TIM totalizou R$ 5,20 bilhões, aumento de 21,9% na comparação anual, cujo expansão foi reflexo de um conjunto de fatores: um deles a incorporação de 16 milhões de clientes da Oi Móvel.

A receita móvel somou R$ 4,89 bilhões, apresentando um crescimento de 23%, impulsionada pela performance orgânica e pela incorporação de clientes da Oi Móvel. A receita do pós-pago avançou 12,2% ano a ano e a receita do pré-pago teve aumento de 6,9% a.a. Já o serviço fixo cresceu 7,1% em receitas, registrando R$ 303 milhões, crescimento foi puxado pela banda larga TIM Live. Este serviço apresentou uma base de 699 mil conexões, crescimento de 4,9%.

Em termos operacionais, a TIM teve um crescimento de 33,8% na sua base total de cliente, para 68,69 milhões de assinantes móveis, sendo que pré-pago reportou uma alta de 33,3%, para 38,9 milhões (acréscimo de 7 milhões de acessos migrados da Oi Móvel), enquanto que no pós-pago houve expansão de 34,5%, tendo agora 29,79 milhões de usuários (incluindo 5,7 milhões vindos da Oi Móvel). A banda larga fixa da companhia agora tem 6999 mil contratos ativos, cresceu 4,9%.

Alteração nos cargos executivos

Também nesta segunda-feira, a TIM anunciou a nomeação de Fabio Mello de Avellar para o cargo de Chief Revenue Officer (“CRO”) da Companhia de forma efetiva e imediata, que está substituindo Alberto Mario Griselli.

Com isso, Griselli ocupava o cargo de CRO desde 31 de janeiro de 2022, e agora continua apenas com seu mandato como Diretor Presidente e membro do Conselho de Administração da Companhia.

Fábio Avellar é Mestre em Administração de Empresas pelo COPPEAD – UFRJ, Engenheiro de Produção pela UFRJ e com cursos de extensão em Madri e Barcelona, e liderava desde 2018 a Vice-Presidência de Experiência do Cliente da Vivo, empresa onde atuou por 19 anos. Formado também em coaching, ele é coach executivo associado à International Coaching Federation e mentor de carreira.

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