TV por assinatura viveu sua maior derrocada em 2019
De quem é a culpa e quais serão as estratégias a partir de agora?

Os números não mentem e o último relatório da Anatel mostrou um cenário alarmante para a TV por assinatura. O segmento viveu a sua pior derrocada no ano de 2019.
Ao todo, foram quase 2 milhões de assinantes em evasão, um total de 1,7 milhão. O ano passado representa uma das maiores queridas já registradas para a TV paga.
A fins comparativos, o setor terminou 2018 com 17,3 milhões de assinantes. Já em 2019 foram 15,7 milhões. Uma retração estimada em 9,5%.
Mas, de quem é a culpa? Quais serão as estratégias a partir de agora? Os números não são mais novidades quem acompanha a repercussão da alarmante queda.
Modelo de negócio ultrapassado
A concorrência não foi nada generosa com a TV por assinatura. Com a universalização da internet e a ágil expansão da fibra óptica, os serviços de streaming ficaram cada vez mais acessíveis.
E quando mencionamos a questão, destacamos o preço e a qualidade, já que as conexões de alta velocidade carregam vídeos em 4K para entretenimento do cliente.
Com a possibilidade de pagar menos para escolher o que quer assistir, quem em sã consciência vai ficar feliz em pagar por um pacote de canais em que só assiste cinco deles ou menos?
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Os altos preços praticados também desagradam. Um pacote básico de TV paga, com pouquíssimas opções de conteúdo, custa entre R$ 70 e R$ 60.
Na dúvida, o cliente fica com um streaming, especialmente os que já são acessíveis por um botão no controle remoto.
Uma prova de que o modelo de negócio da TV por assinatura já é obsoleto e inflexível para os brasileiros.
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Explosão do streaming
O pacote Amazon Prime é um bom exemplo. Por apenas R$ 9,90, o consumidor adquire o streaming de vídeo Prime Vídeo, frete grátis para compras no site, mais aplicativos de música, games e books.
Mas é claro que a gigante Netflix não pode ser esquecida. Seu plano mais badalado tem custo de R$ 45,90, com todo aquele catálogo de produções originais.
Em anos anteriores, as opções cresceram ainda mais: Globoplay, Starz Play, Telecine Play, HBO Go e vários outros, além do influente Disney+, com chegada anunciada.
Mas, ainda há um diferencial para as TVs por assinatura…
Esportes e TV aberta
Os canais de esporte ainda lideram a audiência da TV paga, um indício de que os assinantes ainda possuem um atrativo para manter uma assinatura ou concretizar a assinatura de um plano.
A TV aberta ainda é um chamariz. Muitos consumidores já aderiram ao serviço apenas para ter canais abertos com imagem em alta definição.
Mas a gratuidade do kit digital facilitou o acesso e jogou um balde de água fria na estratégia que pode ter norteado o acesso aos decodificadores de TV por assinatura nos últimos anos.
De quem é a culpa?
De fato, não há como culpar qualquer um dos fatores citados anteriormente. A realidade é que o setor não sobrevive aos novos tempos e precisa encontrar uma forma de se atualizar, com urgência.
Muitas operadoras diminuem valores de serviços como internet banda larga dentro de um combo, com a TV paga inclusa. Uma estratégia que pode funcionar, mas não é suficiente para sanar a evasão histórica do setor.
