18/12/2025
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Telebras foi o 6º maior mico do ano na bolsa

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O ano de 2012 foi bastante movimentado para aqueles que detinham ações de algumas empresas que acabaram se tornando “micos”. Dentre elas, estiveram papéis de empresas que decretaram falência ou foram liquidadas até grandes companhias que sofreram com alto endividamento ou com uma produção bem abaixo da esperado pelo mercado.

A consultoria Info Money analisou os piores desempenhos na bolsa de valores do ano aqui no Brasil e a Telebras aparece na 6ª posição.
Apesar do rali observado nos pregões em outubro (em que os seus papéis ordinários chegaram a subir 100% em cerca de dois dias devido ao anúncio de parceria com a TIM) e em dezembro após o acionamento da fibra ótica, as ações preferenciais da Telebras acumulam queda de 54,06%, aos R$ 8,04, enquanto as ordinárias(TELB3) caem 66,61%, valendo R$ 12,69.

Mesmo com esses movimentos altamente violentos, a ação da estatal(única empresa do governo federal na BM&FBovespa a ver seu valor de mercado avançar no governo Dilma Rousseff) fecha com baixa bastante forte na bolsa neste ano. “Este é um papel sem liquidez nenhuma, e por isso é tão especulativo assim”, afirmou o analista da SLW Corretora, Pedro Galdi, em entrevista ao InfoMoney no início de dezembro. 

Ele destacou ainda o passado da Telebras, empresa que foi esvaziada no governo Fernando Henrique Cardoso, e fez com que a ação, que não parou de ser negociada, refletisse uma empresa “oca”, um papel que refletia apenas a especulação de que um dia a empresa fosse reativada.

E isso ocorreu, mas o cenário de incertezas sobre ela faz com que as negociações reflitam mais expectativas do que fatos reais. “O governo foi achando coisa para a empresa fazer, mas hoje o papel ainda está assim”, diz Galdi. Entretanto, há opiniões divergentes, como a do agente autonômo da Corval Corretora, Guilherme Canaan, ressaltando que há muitos investidores que acreditam na companhia no longo prazo. “Ela já é uma empresa, deixou der ser um esqueleto, e parte do mercado já a trata assim, embora outra parte não”, avalia o analista – acreditando que o papel deverá mostrar valorização conforme a situação da empresa ganhe melhor visibilidade.

Não perca a Retrospectiva #Minha Operadora

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Amanhã, a partir das 9:00hs da manhã (horário brasileiro de verão) vai ao ar um post com um resumo dos acontecimentos que marcaram o ano de 2012 aos olhos do setor de Telecom. Não perca, todo mundo vai acessar o nosso site nesse horário e claro que você não pode perder. Lembre-se que você poderá ler nossa Retrospectiva de qualquer equipamento com acesso a internet. Então, quer esteja no seu computador, notebook, tablet, smartphone ou celular wap, fique ligado. O post será apagado após um certo tempo depois de ir ao ar. Então, quem entrar no site verá e quem não acessar vai perder… Até lá!
Confira abaixo a chamada da Retrospectiva:

  

GVT lança nova conexão com velocidade de 25 Mbps

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A GVT está à venda, mas isso não impediu que a operadora fizesse uma pequena reestruturação nos seus planos de conexão banda larga. Ela se prepara para oferecer a partir de janeiro a nova velocidade de 25 Mbps, que deve preencher o limbo existente entre a velocidade de 15 Mbps e 35 Mbps. A velocidade aparece no portal para os clientes da operadora e já tem seu preço: R$ 94,90.

É um preço que não faz muito sentido, já que a velocidade de 35 Mbps custa apenas cinco reais a mais.* O ruim é que esse preço é apenas para clientes que assinarem também o serviço de telefonia fixa, que é bem caro: o plano menos custoso sai por R$ 49 e tem apenas 100 minutos em ligações locais para outros telefones fixos. No combo de triple play (TV, telefone e banda larga) o valor fica bem mais interessante: o preço da banda larga cai para R$ 69,90.
O valor cobrado pela GVT fica interessante quando comparado com outras operadoras. 20 Mbps saem por R$ 179,90 no Net Virtua, este valor cai quando contratado no combo. Ainda assim, a GVT oferece o combo mais simples de televisão por assinatura combinada com telefone e conexão de 25 Mbps por R$ 169,90 mensais.

Para entregar tal conexão eles usam tecnologia VDSL2, evolução do padrão mais fácil de ser encontrado ADSL. É necessário pagar taxa de instalação de R$ 99,90 mesmo para quem já é cliente da operadora. O técnico vai até o armário do bairro e à residência para trocar o modem que possibilita o acesso.

O modem Power Box suporta ADSL e VDSL, tem transmissão por Wi-Fi embutida e também serve para entregar o sinal da televisão por assinatura. São muitos atributos, mas este continua sendo o pior modem que já usei: o consumidor deve recorrer a métodos de desbloqueio caso queira usá-lo em modo bridge. Ele também não suporta muitas conexões simultâneas mesmo quando o computador fica conectado por Ethernet. Ou seja, a presença de roteador é praticamente indispensável.

Vale lembrar que a operadora deve iniciar sua operação comercial em São Paulo para clientes residenciais em 2013. Confira a visita do nosso editor Rafael Silva à sede da GVT em Curitiba.

*A velocidade de 25 Mbps pode ser uma solução para quem quer velocidades maiores do que 15 Mbps mas não possui viabilidade técnica para 35 Mbps. Atualmente, a GVT não instala a conexão de 35 Mbps para quem mora em uma distância superior a 800 metros. Como uma velocidade menor pode chegar a uma distância maior, é possível que essa velocidade beneficie alguns clientes.

Três pessoas são presas por furtarem fios de energia

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Policiais militares prenderam três pessoas suspeitas de furtarem cerca de 80 metros de fios elétricos de um poste no Loteamento Joaquim Curvo, na região do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.

Os suspeitos são funcionários da empresa Enecol Engenharia, que presta seviço para a Rede Cemat e para a GVT. Eles estavam num  carro Gol com duas escadas de alumínio utilizada para subir nos postes.

A prisão ocorreu após os policiais receberem uma denúncia sobre três homens que estavam em atitude suspeita retirando fios de um padrão de uma residência do bairro.

Os PMs entraram em contato com a empresa Rede Cemat, que confirmou o furto. Cada metro de fio está avaliado em cerca de R$ 15, o que causaria um prejuízo de mais de R$ 1 mil.

De lá, os três foram levados para a Central de Flagrantes de Várzea Grande e autuados por furto qualificado.

Por meio de nota, a GVT informou que tomará todas as medidas possíveis, no sentido de contribuir para o esclarecimento do caso, e que repudia o ocorrido. 

A nota informa ainda que, conforme a apuração do caso, as providências administrativas e legais necessárias serão tomadas, e que a empresa se reserva ao direito de manter sigilo sobre o assunto para não prejudicar as investigações da polícia.

Volume dos IPOs em 2013 deve ser ao menos 5 vezes maior

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Após um ano fraco em relação aos IPOs (oferta inicial de ações, em inglês), a projeção dos analistas é que 2013 seja bem melhor para a bolsa. Entre as companhias que devem abrir seu capital no próximo ano na BM&FBovespa estão a Telefónica Latinoamérica e GVT, caso essa última não seja vendida.

Neste ano que está terminando, o total movimentado pelas ofertas iniciais de ações somou apenas R$ 4,3 bilhões, o pior resultado desde 2005. Porém, caso os IPOs citados acima ocorram, o valor movimentado pode chegar a R$ 20 bilhões.

Ao contrário deste ano, que ficou marcado por incertezas tanto no Brasil quanto no mundo e por forte volatilidade na bolsa, 2013 deve começar com uma economia mais tranquila no Brasil e volatilidade reduzida, com isso, a expectativa é que investidores se arrisquem mais em novas oportunidades.

Com esse cenário mais conturbado, em 2012 apenas três ofertas iniciais de ações ocorreram: BTG Pactual, Locamérica e Unicasa. Além disso, algumas empresas que planejavam a emissão de ações tiveram que esperar, caso da Vix, da PagueMenos e da AutoBrasil.

Campanha da Vivo contra trabalho infantil impacta mais de 25 milhões de pessoas

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A campanha colaborativa “É da Nossa Conta! Trabalho Infantil e Adolescente”, criada pela Fundação Telefônica|Vivo em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência(Unicef) e a Organização Internacional do Trabalho(OIT), encerra o ano com importantes conquistas na luta pela erradicação do trabalho de crianças e jovens em todo o país. Durante quatro meses, a campanha impactou mais de 25 milhões de pessoas em todo o Brasil e em outros países, como EUA, Argentina, Portugal e Angola.

A internet foi o principal meio de divulgação da campanha, com o compartilhamento de vídeos e informações, o estímulo ao debate sobre o tema e a realização de fóruns nas redes sociais. Mais de 700 mil pessoas foram mobilizadas em 18 fóruns promovidos nas fanpages, enquanto 170 mil internautas curtiram a página da Rede Promenino (portal de notícias e rede social da Fundação Vivo que discute o tema do trabalho infantil e adolescente) no Facebook. “É da Nossa Conta!” realizou ainda intervenções urbanas em sete capitais brasileiras, sensibilizando mais de 350 mil pessoas em ações que consistiam em caminhadas, distribuição de materiais de campanhas e orientação de comerciantes nos grandes centros.

A embaixadora do Unicef, Daniela Mercury, e o fundador e coordenador geral da ONG Doutores da Alegria, Wellington Nogueira, se engajaram na campanha e gravaram vídeos que estão sendo veiculados nas mídias sociais. Uma edição especial do gibi Turma da Mônica sobre a temática foi criada para alertar a sociedade sobre as formas de trabalho infantil e os direitos da criança. Com uma linguagem simples e utilizando personagens conhecidos do público, a história apresenta as formas mais comuns de exploração do trabalho infantil e ensina os jovens a lidar com essa situação. No total, foram distribuídos 400 mil gibis acompanhados de kits da campanha em escolas, ONGs, bibliotecas públicas e encartada junto à edição de novembro da revista da Magali.

Para marcar o encerramento da campanha, a Fundação Vivo participou de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, liderada pelo deputado estadual Carlos Bezerra Jr., vice-presidente da Comissão Estadual dos Direitos Humanos e líder de seu partido no Legislativo paulista.

Segundo dados da PNAD/IBGE, 3,6 milhões de crianças e adolescentes ainda são vítimas do trabalho infantil no Brasil. A situação é mais grave nas regiões Norte e Nordeste, que concentram dois milhões dessas crianças.

Vivo investe em novatas de olho no setor de aplicativos

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O grupo Telefónica|Vivo aposta nos “ventos” da inovação aplicada em projetos de tecnologia para fomentar novos negócios no País. Em junho de 2012 a companhia inaugurou uma sede da sua aceleradora global Wayra, na cidade de São Paulo. O projeto já aportou R$ 100 mil em 11 projetos de empresas iniciantes(conhecidas pela palavra inglesa start-up). Além do incentivo financeiro, ela oferece espaço físico e consultoria. No início de 2013, a aceleradora vai investir em cinco novos projetos, que receberão o mesmo investimento e estrutura, durante o período de 10 meses. O lançamento da Wayra no País teve apoio do presidente da Vivo, Antônio Carlos Valente.

Pablo Larrieux, diretor de Inovação da Vivo, disse, em entrevista ao DCI, que, além de trazer benefícios para a marca do grupo e fortalecer o relacionamento com novos empresários, os principais segmentos em que as companhias de telecomunicações atuam hoje(dados e voz) não terão grande crescimento no futuro. Assim, a receita tende a crescer nas áreas de serviços e aplicações(programas que têm por objetivo ajudar o seu usuário a desempenhar uma tarefa específica), segmento muito explorado pelas iniciantes.

“Aplicativos voltados para as áreas de vídeo, conexão máquina à máquina [M2M], saúde e segmento financeiro ganharão importância. As empresas iniciantes apostam muito nesse tipo de desenvolvimento, fato que pode nos aproximar de projetos interessantes que, em hipótese, poderiam ser incorporados nos negócios do grupo”, explicou.

A Wayra foi criada para transformar ideias em negócios. O diretor do projeto no Brasil, Carlos Pessoa, frisou algumas ações: “Nosso trabalho não se restringe a aplicar dinheiro nas empresas e oferecer consultoria, também ajudamos nos contatos com investidores do mundo todo, porque o grupo Telefónica|Vivo e a Wayra estão presentes em muitos países”, contou. 

A contrapartida recebida pelo apoio é uma participação que variam entre 5% a 10% para aceleradora nas empresas fomentadas. 

Fazendo um balanço do projeto, ele salientou que todas as empresas já fomentadas estavam na fase das “ideias” e em seis meses desenvolveram protótipos. “A Kranio, por exemplo, conseguiu capital de um investidor estrangeiro. Além dela, apresentamos aaTag em um ‘Demo Day’ realizado em Miami”, reforçou.

Sobre mudanças no projeto, Pessoa ressaltou: “Alguns empreendedores estavam ansiosos em formular projetos de expansão internacional. Vamos evitar isso na segunda turma”.

A justificativa do diretor para a mudança é o potencial enorme dentro do Brasil: “Em 2013 vamos graduar empresas junto aos investidores do mercado local, que é enorme, tem capital e oportunidades”. 

A aceleradora escolheu mais cinco start-ups, que começam a receber incentivo em 2013: Bov Control, Gengibre, OvermediaCast, Proprietário Direto e a ProDeaf.

Para jovens empresários que tiveram seus projetos selecionados a visibilidade e a chance de consolidação no mercado são motivos de comemoração. 

Mario Nogueira, criador da Gengibre, contou que sua aposta em uma rede social que transforma voz em textos para o Twitter e o Facebook, vai se beneficiar muito do apoio do grupo Telefónica|Vivo. 

“Precisamos de integração com uma rede de voz e a ajuda de uma operadora para tocar o projeto adiante. A Vivo tem um canal de distribuição conhecido junto aos usuários e, claro, o aporte também nos ajudará no desenvolvimento do projeto”, argumentou Nogueira. 

O idealizador do site e rede social Proprietário Direto, Edgard Frazão, explicou que a empresa nasceu de uma experiência pessoal. Sobre Wayra, ele frisou: “O site já esta no ar, vamos nos beneficiar da rede de contatos do grupo e do aporte, que usaremos para aprimorar nosso trabalho”.

Já a OvermediaCast desenvolveu um sistema de social análise para vídeos on-line, que monitora os acessos e o nível de engajamento de seus usuários. Segundo o diretor Daniel Uchôa, a empresa decidiu participar do Wayra para acelerar seu processo de internacionalização. Ele contou que a equipe vai passar os três primeiros meses na unidade da aceleradora em Londres.

Além de fomentar iniciativas de jovens empreendedores, a Telefónica|Vivo criou um fundo de investimento chamado Amérigo, com capital de US$ 378 milhões para investimentos em empresas da América Latina, inicialmente para Brasil, Chile e Colômbia. 

No Brasil, os recursos virão de uma parceria da empresa com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).

“O fundo que terá um gestor e um conselho que vai escolher projetos em estágio de desenvolvimento maior que uma start-up. A expectativa para o Brasil é aportar R$ 40 milhões no começo das atividades do fundo em 2013, mas isso vai depender da demanda”, concluiu Larrieux.

JVCO abrirá procedimento arbitral para denunciar práticas da TIM

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A JVCO Participações, do empresário Nelson Tanure, vai instaurar procedimento arbitral exigindo da Telecom Italia e da TIM as obrigações previstas no acordo de acionistas da operadora brasileira de telefonia, depois do anúncio da rescisão do documento.

Segundo informou a TIM no fim da semana passada, a JVCO passou a deter menos de 1,5% do capital da companhia, o que dá “à controladora (Telecom Italia) o direito de, a seu exclusivo critério, rescindir imediatamente o acordo de acionistas”.
O pedido de procedimento arbitral pela JVCO (parte da Docas Investimentos, de Tanure) será feito na International Chamber of Commerce (ICC).
A JVCO também disse que apresentou em junho denúncia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) “solicitando a investigação das normas e critérios utilizados na determinação da provisão para contingências tributárias, constante das demonstrações financeiras da TIM”.

As informações no site da CVM mostram que o processo está “em andamento” e que teria sido encaminhado em novembro para a Gerência de Acompanhamento de Empresas.

A denúncia apresentada pela JVCO tem como base acusações do Ministério Público italiano de prática de atos supostamente fraudulentos pelo ex-presidente da TIM Participações, Luca Luciani.

Também menciona voto do conselheiro fiscal Jorge Michel Lepeltier, em reunião em fevereiro de 2012, que mostra evolução da provisão para contingências tributárias da TIM.
Entre 2009 e 2011, segundo a JVCO, o valor foi reduzido em cerca de R$ 30 milhões, enquanto as contingências tributárias classificadas como de “risco de perda possível” elevaram-se em R$ 4 bilhões no período, segundo o documento enviado à CVM.
A JVCO era a antiga controladora indireta da operadora Intelig, comprada pela TIM em 2009. O pagamento foi feito com ações da TIM, na época o equivalente a cerca de 6% do capital da companhia.
Em outubro, a JVCO anunciou ter acionado a Justiça do Rio de Janeiro pedindo indenização com base em uma postura que alegava ser de abuso de poder por parte da Telecom Italia, que teria causado prejuízos à companhia brasileira e a seus acionistas.
Isso aconteceu uma semana após a JVCO ter acusado a TIM de irregularidades em seu balanço.

Teles vão ao STF por terceirização

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Empresas do setor de telefonia têm fechado acordos com trabalhadores e retirado da pauta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) processos que discutem a terceirização de call center. As companhias TIM, Oi e Embratel e seus fornecedores de serviços encerraram recentemente oito ações. Os acordos fazem parte de uma estratégia para evitar a formação de novos precedentes contra o setor na Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1). O órgão unificador da jurisprudência do TST reconheceu recentemente o vínculo de emprego entre uma funcionária terceirizada da área de telemarketing e a Claro.

O setores de telefonia e de energia (assim como os de água e rodovias) apostam em uma reviravolta sobre a questão no Supremo Tribunal Federal (STF). Já obtiveram pelo menos quatro liminares contra decisões de segunda instância e do TST na Corte Suprema. No fim de novembro, o ministro Marco Aurélio atendeu o pedido formulado pela Companhia Energética do Ceará (Coelce), condenada em ação civil pública do Ministério Público (MPT) contra a terceirização de serviços de construção e manutenção da rede de distribuição elétrica.

A Coelce argumenta em reclamação que o TST não analisou a constitucionalidade do parágrafo 1º do artigo 25 da Lei nº 8.987, de 1995, que trata da concessão de serviços públicos. Apenas afastou sua aplicação, o que seria descumprimento da Súmula Vinculante nº 10 do STF. De acordo com o enunciado, viola a cláusula de reserva de plenário a decisão que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

Por meio de outra reclamação, a Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel) tentou suspender a tramitação de todos os processos nos tribunais trabalhistas que tratassem de terceirização  O pedido, porém, foi negado no início de novembro pelo ministro Gilmar Mendes, que havia anteriormente concedido liminar para a Vivo. “A providência é inviável em sede de reclamação constitucional, ação impugnativa cujo escopo é combater atos que impliquem usurpação de competência do STF ou descumprimento de orientação jurisprudencial com efeito vinculante”, diz o ministro na decisão.

No fim de 2010, o ministro Ricardo Lewandowski também negou pedido da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) para suspender o andamento de todas as ações civis públicas em que se discute a terceirização. A solicitação foi feita em ação declaratória de constitucionalidade (ADC). Por meio do processo, a entidade pretende ver declarada a constitucionalidade do parágrafo 1º do artigo 25 da Lei nº 8.987.

A permissão para contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares está prevista na norma que trata da concessão de serviços públicos e nas leis específicas desses setores. “Ao afastar a aplicação da lei sem declará-la inconstitucional, o TST esvazia todo o comando normativo”, afirma o diretor jurídico do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) e da Febratel, o advogado José Américo Leite Filho.

Ao analisar o caso da Vivo, o ministro Gilmar Mendes havia adiantado que poderia haver “uma possível contradição entre os termos da Súmula 331, III, do TST e o artigo 94, II, da Lei nº 9.472/1997 [Lei Geral de Telecomunicações]”. A súmula trabalhista limita a terceirização à atividade-meio das companhias.

“A lei permite a terceirização de atividades inerentes, essenciais”, diz o advogado José Alberto Couto Maciel, que defende as empresas Vivo, Oi, Claro/Embratel e Contax, que oferece serviço de contact center. “O TST, de uma forma retógrada, não está aceitando a terceirização no país. Por isso, decidimos ir ao Supremo.”

De acordo com o advogado Fábio Lopes Vilela Berbel, do escritório Bichara, Barata & Costa Advogados, que representa a TIM em alguns dos processos sobre terceirização, os acordos foram firmados entre as empresas de call center e os ex-funcionários. “Por meio desses acordos, os trabalhadores recebem valores que corresponderiam aos benefícios que pleiteiam e renunciam à discussão sobre a terceirização”, afirma. “O acordo dá tranquilidade aos ex-funcionários e ao mercado, enquanto o Supremo não julga o mérito da questão.”

Para advogados trabalhistas, o acordo é a melhor estratégia para impedir que decisões de mérito se consolidem contra as empresas no TST. Se a jurisprudência seguir esses caminho, poderia ser editada uma Orientação Jurisprudencial (OJ), o que torna muito mais difícil rediscutir a matéria. Para a instituição de uma OJ é preciso haver dez decisões unânimes ou 20 por maioria dos votos da SDI-1 no mesmo sentido. Na prática, na maioria das vezes, as OJs são seguidas pelos magistrados de todas as instâncias da Justiça do Trabalho.

“Ao contrário do que pode parecer, os acordos firmados não significam que a matéria está pacificada no sentido do reconhecimento do vínculo porque as empresas de telefonia e energia estão longe de se curvar a isso”, afirma o advogado Daniel Domingues Chiode, do escritório Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima Advogados. A razão disso é o fato de ainda haver um debate constitucional a ser travado, segundo ele. “E essa discussão deve favorecer as empresas.”

Fábio Abreu é o novo CEO da Líder Telecom

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A Lider Telecom (uma das maiores integradoras de serviços de telecomunicações do país) acaba de anunciar a contratação de Fábio Abreu como novo Chief Executive Office (CEO) da companhia. Depois de 12 anos na Telefônica|Vivo, Abreu deixa a diretoria executiva de Serviços ao Cliente da empresa, onde era responsável por uma equipe de 1.600 funcionários e 29 mil colaboradores indiretos, distribuídos entre mais de 100 parceiros. 

Desde sua fundação, em 1991, a Lider Telecom operava sob o comando dos sócios Olavo Ribeiro e Pedro Serrano. Segundo Ribeiro, a contratação de Abreu para a presidência é parte do processo de profissionalização da companhia, o que permitirá maior dedicação dos sócios ao conselho e às atividades estratégicas ligadas ao departamento comercial e aos investidores. “Nossa expectativa é encerrar 2012 com um aumento de quase 60% sobre o faturamento do ano passado. Por isso, temos de ampliar a estrutura executiva para manter uma boa taxa de crescimento, sem perder o foco na qualidade de nossos serviços”, diz.

Aos 38 anos, Abreu é graduado em Engenharia de Telecomunicações pelo Inatel, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV-SP. Além de gerir e ampliar os contratos ativos com as diversas operadoras atendidas pela Lider, um dos desafios do novo CEO é dobrar o faturamento da unidade de call center e implantar novos processos que ajudem a aumentar a eficiência da companhia.

Dedicada exclusivamente ao atendimento da demanda de serviços técnicos remotos das operadoras, a unidade de call center foi criada em 2008, como um projeto embrionário. Mas, diante da grande procura por tais serviços, a central já conta com dois sites, um em Araraquara (SP) e outro em Jabaquara, zona sul da cidade de São Paulo. “Vamos inaugurar nossa terceira central de call center, já no primeiro semestre de 2013”, antecipa Abreu.

Diante de tal crescimento, outra recente mudança na atual estrutura da Lider foi transformar o call center técnico em uma nova unidade de negócio da companhia. De acordo com o sócio Pedro Serrano, ao unir as operações de atendimento técnico remoto do call center à unidade de serviços presenciais em uma única estrutura, a Lider passa a ter um diferencial único no mercado, especialmente por se tratar de uma companhia multicliente, com infraestrutura em todo o país, que atende a 10 operadoras.

Para 2013, outra missão do novo presidente é participar dos projetos de ampliação do uso de tecnologias móveis de 3G e 4G das operadoras e, com isso, aumentar a participação do faturamento da Lider nestas áreas, especialmente com relação à construção de infraestrutura para serviços baseados em 4G.

Com 40 filiais espalhadas pelo país, a Lider Telecom está sediada em São Paulo e tem atuação em 26 Estados, além do Distrito Federal, mantendo operações dedicadas às áreas de projetos, instalação de equipamentos, logística, construção e manutenção de redes, voltadas para os mercados corporativo e residencial.

Segundo Abreu, a companhia conta com uma equipe altamente capacitada e manterá os investimentos em programas de treinamento e aperfeiçoamento, no Brasil e no exterior, fator que garante a oferta de soluções com maior valor agregado a partir de serviços de alta qualidade.