
Um estudo recente da consultoria Opensignal destacou as operadoras que entregam o melhor desempenho em banda larga fixa no Brasil.
Com base em bilhões de medições realizadas entre o fim de maio e o final de agosto de 2025, o levantamento avaliou aspectos como rapidez, confiabilidade e qualidade de serviço, medindo a experiência real dos usuários em todo o território nacional.
Vivo assume a dianteira em velocidade

Entre as empresas avaliadas, a Vivo liderou em dois pontos cruciais: velocidade de download e de upload.
Os dados apontam uma média de 114,8 megabits por segundo (Mbps) para download e 67,2 Mbps para upload, desempenho que coloca a operadora no topo do ranking nacional nesses critérios.
O desempenho se repetiu em grandes centros urbanos. Nas dez maiores capitais do país, a “roxinha” ficou com os melhores índices de velocidade de download, seja de forma isolada ou empatada com concorrentes em determinados mercados. O resultado reforça a posição da empresa como referência nacional em rapidez.
Nio se destaca na confiabilidade da conexão

Já no quesito confiabilidade, a melhor performance ficou com a Nio, marca que substituiu a antiga Oi Fibra.
A operadora recebeu 547 pontos em uma escala de zero a mil, ultrapassando, ainda que por uma margem pequena, a Vivo (541) e a Claro (535).
Essa métrica, recém-adotada pela Opensignal, avalia se a rede consegue sustentar o uso simultâneo de múltiplos dispositivos em tarefas como videoconferências, transmissões ao vivo ou jogos online. Em outras palavras, trata-se da capacidade da rede de entregar uma conexão estável e previsível no dia a dia.
Qualidade consistente: TIM e Nio empatam

Outra frente avaliada foi a qualidade consistente, ou seja, com que frequência a conexão se mantém dentro de padrões aceitáveis para uso contínuo.
Nessa categoria, TIM e Nio dividiram a liderança, ambas com índice de 74,1% de sessões satisfatórias, à frente de Claro (73,2%) e Vivo (72,9%).
O dado também aparece reforçado na análise regional. Em seis das dez cidades avaliadas, a TIM obteve os melhores resultados em qualidade consistente, o que indica que, apesar de não liderar em velocidade geral, a operadora consegue manter uma entrega estável em diferentes contextos de uso.
Panorama de mercado e expansão da fibra
O relatório também trouxe uma leitura mais ampla sobre o setor. Até dezembro de 2024, o Brasil contava com 52,5 milhões de acessos fixos ativos, segundo dados da Anatel. Embora o número represente crescimento, o país ainda apresenta índices de penetração abaixo da média latino-americana, especialmente fora dos grandes centros.
O avanço da fibra óptica tem sido um dos motores desse crescimento: já representa 78% dos acessos. Além disso, provedores regionais, conhecidos como PPPs (Prestadoras de Pequeno Porte), respondem por 57% do mercado, impulsionados por incentivos regulatórios e pela atuação em áreas pouco atendidas pelas grandes marcas.
Contudo, mudanças previstas na legislação tributária e regulatória devem tornar o cenário mais desafiador para os pequenos players nos próximos anos.
* Com informações da Opensignal



