22/03/2025

Dono da Claro rompe todos os acordos com a Starlink após ‘ofensa’ de Elon Musk

Após controvérsia em rede social, Starlink perde contratos estratégicos com América Móvil, levando a reviravoltas nas telecomunicações.

Foto Montagem: Minha Operadora

O mundo corporativo foi abalado por uma disputa incomum entre dois titãs: Elon Musk, 53 anos, CEO da Starlink e outras empresas de ponta; e Carlos Slim, 85 anos, o magnata das telecomunicações à frente da América Móvil, controladora da marca Claro na América Latina.

O estopim? Um post no X (antigo Twitter) feito por Musk, insinuando que Slim estaria envolvido com cartéis de drogas no México. A reação veio rápida: Slim ordenou que sua empresa rompesse todos os contratos com a Starlink, levando a um prejuízo bilionário e impactos significativos no mercado de telecomunicação da América Latina.

No dia 23 de janeiro, Elon Musk compartilhou em sua conta no X uma postagem controversa que associava Slim, cujo patrimônio já chegou a ultrapassar os US$ 100 bilhões, a atividades ilícitas. Embora sem qualquer prova, a publicação gerou grande repercussão e foi criticada pela ausência de fundamentos.

O bilionário mexicano tornou-se um dos maiores acionistas do The New York Times, e interpretou a postagem como uma retaliação à sua recente aquisição de 16,8% do jornal, um movimento anunciado poucos dias antes do ataque de Musk. Slim, conhecido por sua discrição, considerou a acusação um ataque direto à sua reputação e agiu prontamente.

Fontes apontam que, ainda em fevereiro, a América Móvil encerrou contratos que mantinha com a Starlink, incluindo colaborações voltadas para internet via satélite e backhaul em diversos países da região. A decisão impacta operações na Colômbia, México e outros mercados estratégicos. Empresas como Hughes e Intelsat foram mencionadas como potenciais substitutas para parcerias tecnológicas na área.

A ruptura é avaliada como um prejuízo significativo para a Starlink, estimado em cerca de US$ 7 bilhões. Para Slim, por outro lado, a decisão segue sua tradição de priorizar investimentos próprios. A América Móvil anunciou recentemente um plano de expansão de US$ 22 bilhões até 2027, com foco em infraestrutura independente e novas tecnologias.

Entre as áreas de impacto estão pequenas e médias empresas, setores agrícolas, mineração e instituições governamentais que dependiam da conectividade da Starlink em áreas remotas. A medida reforça a postura de Slim em defender sua reputação e soberania empresarial.

A Presidente do México, Claudia Sheinbaum, saiu em defesa de Carlos Slim em seu discurso. Veja abaixo:

Para Elon Musk, a perda da América Móvil significa um revés estratégico em um mercado prioritário. Sem o suporte da gigante mexicana, a expansão dos serviços de internet via satélite na região enfrentará novos desafios. É provável que a Starlink precise buscar parcerias alternativas ou revisar sua estratégia para não perder competitividade.

Enquanto Musk enfrenta as consequências de seu post polêmico, Slim reforça sua posição como um empresário focado em independência e segurança de seus negócios. O episódio, no entanto, serve como lembrete sobre os riscos de se misturar redes sociais e negócios bilionários.

Essa queda de braço entre dois dos maiores nomes do mundo corporativo ainda promete gerar desdobramentos. Afinal, quando egos e bilhões entram em jogo, o impacto é sentido bem além das plataformas digitais.

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