02/05/2024

MCom planeja uma nova infraestrutura de internet para o Brasil

Ministério busca mudar o cenário de que 99% do tráfego de dados nacionais são dos cabos submarinos instalados no Oceano Atlântico.

A conectividade no Brasil é fornecida pelos cabos submarinos de fibra óptica submarinos instalados no Oceano Atlântico, que são responsáveis por 99% do tráfego de dados nacionais. Isto quer dizer que qualquer problema nessa estrutura, pode afetar significativamente o país. Entretanto, o Ministério das Comunicações (MCom) está planejando mudar esse cenário.

A pasta está desenvolvendo um plano para que a infraestrutura de internet no país não seja dependente apenas desses cabos no Oceano Atlântico. A ideia é fazer com que a rede nacional tenha conexão com cabos submarinos instalados do outro lado do continente que também é feita por meio do Oceano Pacífico.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, explica que “Isso permitirá que a infraestrutura da internet brasileira tenha mais possibilidades de se conectar com o restante do mundo, tenha ainda mais redundância, no termo técnico. Se uma conexão está sobrecarregada ou teve algum problema, o tráfego de dados é feito por uma alternativa”.

O primeiro movimento para o plano do MCom já foi dado na semana passada, quando o ministro assinou um acordo com o ministro de Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia, Mauricio Lizcano, durante a missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Bogotá.

O acordo prevê a expansão da infraestrutura de internet por fibra óptica do Brasil até Leticia, cidade colombiana que faz divisa com Tabatinga, no extremo oeste do Amazonas, na região da tríplice fronteira entre Colômbia, Brasil e Peru. Ali será o ponto inicial dessa continuidade da rede brasileira.

Do lado do Brasil, a infraestrutura será feita por meio de uma ‘estrada digital’, chamada de Infovia 02, de 1.100 km, que ligará 13 municípios do Norte do Brasil, entre eles Tabatinga (AM), que faz fronteira com o país vizinho. A plataforma fluvial vai lançar esses cabos para ficarem submersos nos rios amazônicos, já a Colômbia fará o mesmo a partir de Leticia.

O Ministério das Comunicações criou um grupo de trabalho para discutir o tema, que também contará com a contribuição da Secretaria de Telecomunicações, e o Ministério de Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia.

ViaMCom
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