24/03/2024

Oi está impedida de entrar em comunidades no Rio de Janeiro

Serviços de internet e telefonia da operadora Oi não estão chegando em mais de 100 comunidades do Rio de Janeiro; saiba o motivo.

No Painel Telebrasil 2021, realizado hoje (28), o gerente institucional da Oi, Alexander de Castro, relatou que a operadora de telefonia Oi está impedida de trabalhar nas redes de telecomunicações de comunidades no Rio de Janeiro.

Cerca de 105 comunidades na Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio de Janeiro estão tendo a rede de fibra óptica cortada intencionalmente e premeditadamente (por milícias e traficantes) para impedir a oferta dos serviços da operadora.

“Além de prejudicar milhões de pessoas, essas ações criminosas nos prejudicam na questão do desempenho setorial junto à Anatel e precisamos entender como agir. O roubo de cabos, furtos e equipamentos não são apenas na rede de cabo, mas também nas móveis”, pontuou o gerente.

O cenário é de preocupação para as empresas do setor de telecomunicações. No último ano, 12 ocorrências da Oi foram notificadas à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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Segundo Gustavo Borges, Superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, a agência está em contato com autoridades estaduais para ter um contra-ataque mais efetivo.

Durante o Painel Telebrasil, o Diretor Técnico da Sercomtel, Tiago Caetano, revelou que há uma preferência para o tipo de cabos roubados pelos criminosos. Geralmente, é roubado o cobre com 200 pares, que são pares de fio embutidos em um cabo.

O diretor também afirmou que a ação criminosa compromete a comunicação de serviços essenciais.

“Temos que fazer um exercício para motivar os profissionais que fazem e refazem esse trabalho diversas vezes por dia. Aqui na nossa região no Paraná, temos hospitais, órgãos públicos que ficam sem comunicação”, lamenta.

Além do combate ao crime, Vivien Suruagy, presidente-executiva da Feninfra (empresa de telecomunicações em São Paulo), que também participou do Painel, reclamou da ação contra operadoras que utilizam equipamentos roubados.

“Há empresas fantasmas e inidôneas atuando no mercado brasileiro e a Anatel sabe disso. As obrigações ficam com as operadoras e as outras prestadoras não têm”, reclamou.

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