23/04/2024

Justiça do Reino Unido nega pedido de extradição de Julian Assange

Hacker ficou conhecido por revelar que o governo dos EUA espionou redes de telecomunicações de vários países, inclusive do Brasil.

Crédito da imagem: Espen Moe

Nesta segunda-feira, 4, uma juíza britânica negou o pedido de extradição para os Estados Unidos do ciberativista australiano e fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Assange é acusado de 18 crimes pelos EUA de invadir computadores governamentais e revelar na internet documentos militares secretos, além de mensagens diplomáticas.

Os Estados Unidos afirmam que ele colocou em risco a segurança de soldados norte-americanos, abalou a confiança de países aliados, além de ameaçar a segurança nacional.

Por sua vez, os advogados de defesa alegam que o pedido de extradição tem motivação política.

Já a juíza Vanessa Baraitser entendeu que a extradição poderia colocar em risco a vida de Julian.

“Aceito que a opressão como um obstáculo à extradição exige um alto limite… No entanto, estou convencida de que, nessas condições adversas, a saúde mental do Sr. Assange se deterioraria, levando-o a cometer suicídio”, afirmou a magistrada.

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Julian defende que os EUA têm espionado governos de todo o mundo, inclusive no Brasil, para fins políticos e econômicos.

O site WikiLeaks revelou, em parceria com Edward Snowden, por exemplo, que pelo menos 29 telefones do governo da ex-presidente Dilma Roussef foram grampeados pela agência de inteligência dos Estados Unidos.

Na lista estariam números de ministros, diplomatas, assessores e, até mesmo, da presidente da República.

O vazamento vai além e apresenta documentos diplomáticos que indicam que o ex-presidente Michel Temer agiu como um informante para a embaixada EUA no Brasil quando ele era deputado e presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Temer teria repassado informações classificadas como confidenciais pelo governo brasileiro e compartilhado análises sobre futuras alianças eleitorais.

Julian Assange está refugiado em Londres desde agosto de 2012.

Com informações de CNN, G1 e Vanguardia.

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