11/04/2024

Redes das operadoras operam 60% com equipamentos Huawei

Banimento da marca no Brasil implicaria em uma substituição massiva e conflituosa por parte das operadoras.

Ilustração - Torre
Imagem: Pixabay

O imbróglio que envolve o banimento da Huawei no país fica cada vez mais complexo. Apesar da pressão dos Estados Unidos, o Governo Federal precisa amarrar várias pontas antes de tomar qualquer decisão.

Um agravante é que a marca chinesa já tem uma participação expressiva no fornecimento de equipamentos para o país.

As operadoras, por exemplo, operam 60% com dispositivos da marca (servidores, roteadores, switchers). Se o governo banir, todas terão que fazer uma troca massiva que pode afetar até mesmo a operação 3G e 4G.

Mas, há ainda uma outra dificuldade. Equipamentos antigos da Huawei não conversam com a tecnologia 5G de outras marcas.

Essa é a ligação que permitiria, por exemplo, um dispositivo saltar automaticamente da conexão 4G para a 5G, se chegar em uma região com disponibilidade.

Portanto, o custo será alto para as operadoras, que além de terem que trocar todos os seus equipamentos antigos, terão que arcar com a compra de novas frequências para operar o 5G.

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Na quinta geração, ainda não há sequer um padrão de que todos os equipamentos devem “conversar entre si”. Muitos acreditam que só surja no fim de 2021.

Tudo indica que a estratégia das teles será discutir uma espécie de “indenização” pelos investimentos já realizados, em caso de banimento da Huawei. O que pode mudar a posição do Governo Federal.

Trata-se de uma jogada que pode até mesmo modificar a precificação no leilão 5G.

Com informações de Folha de S.Paulo

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