15/10/2024

EUA já discutem com empresas nacionais oferta de crédito para o 5G

Investimento visa barrar a entrada de produtos da Huawei na infraestrutura de rede do Brasil.

Pensando na “segurança nacional” dos EUA, Todd Chapman, embaixador dos Estados Unidos no Brasil, afirmou que seu país já está discutindo com o governo brasileiro e empresas nacionais a oferta de crédito para a compra de equipamentos da sueca Ericsson e da finlandesa Nokia para a futura infraestrutura da rede 5G no país.

A intenção do governo americano é evitar que operadoras brasileiras comprem produtos de empresas chinesas, como a Huawei, com o objetivo de “proteger os dados e a propriedade intelectual” dos EUA e de seus países aliados.

O embaixador até mesmo salienta que a entrada de produtos chineses na estrutura de 5G do Brasil poderia inibir futuros investimentos de outras empresas estrangeiras.

O financiamento para a compra de equipamentos seria feito por meio do International Development Finance Corporation, instituição criada pelo presidente Donald Trump para oferecer crédito para obras de infraestrutura em outros países, uma concorrente das iniciativas Cinturão e Rota da China e ao crédito oferecido pelo Banco de Desenvolvimento da China.

Desde maio do ano passado, os Estados Unidos argumentam que existe uma lei chinesa que determina que empresas do país são obrigadas a entregar informações ao governo de Pequim. Tal medida, é vista como um risco às informações sensíveis das nações.

Os americanos afirmam que a China tem o hábito de roubar propriedade intelectual.

“Por isso estamos compartilhando essas informações com o Brasil e mostrando nossa preocupação, como um bom aliado” diz o diplomata.

Já as empresas e o governo chinês negam as acusações.

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Além dos EUA, Austrália, Dinamarca, Canadá e, mais recentemente, o Reino Unido já anunciaram que não pretendem utilizar produtos chineses em suas infraestruturas de telecomunicações.

No Brasil, ainda não há nenhuma declaração oficial de que se pretende barrar a entrada de equipamentos da Huawei ou de qualquer outro fornecedor em suas redes 5G.

Com informações de Folha de São Paulo.

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