19/04/2024

Operadoras mudam seus sistemas para o fim do horário de verão

Após estudo do Ministério de Minas e Energia, Bolsonaro extinguiu horário de verão; empresas correm contra o tempo para reprogramar plataformas.

Foto: Markus Spiske/Pixabay

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de acabar com o horário de verão em todo o Brasil, tem feito com que as operadoras tenham que ajustar seus sistemas para que o horário dos smartphones de seus clientes não seja alterado incorretamente. O horário de verão iniciaria no terceiro domingo de outubro.

No ano passado, devido ao segundo turno da eleição presidencial e a aplicação da prova do Enem, a data do início do horário de verão foi alterada três vezes. As mudanças repentinas pegaram as operadoras de telefonia de surpresa. Como seus sistemas estavam programados previamente, muitos usuários tiveram seus smartphones adiantados automaticamente de maneira incorreta, provocando confusões.

Em nota enviada ao R7, o Sindicato Nacional das Operadoras de Telecomunicações (SindiTelebrasil) afirmou que as empreas “estão desprogramando a alteração do horário de verão em suas plataformas de acordo com o novo decreto presidencial”.

O sindicato afirma que a Oi, TIM e Vivo já adequaram seus sistemas. A Claro ainda faz as alterações necessárias.

O horário de verão foi adotado no Brasil a partir de 1931. A ideia era gerar economia em horários considerados de pico. Desde 2008, ele iniciava no terceiro domingo de outubro e terminava no terceiro domingo de fevereiro, exceto quando o domingo não coincidir com o carnaval.

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Antigamente, o grande vilão era a lâmpada incandescente (em extinção atualmente). Hoje, o ar condicionado é a preocupação. O pico do uso do aparelho é entre 14h e 15, o que reduziria a efetividade do horário de verão, segundo estudo do Ministério de Minas e Energia (MME).

Em 5 de abril, por decreto presidencial, Bolsonaro decidiu por extinguir o horário de verão em 2019. No entanto, não está definido se ele continuará extinto nos próximos anos.

“Vamos continuar fazendo avaliações anuais e nada impede que, no futuro, caso venha a ser conveniente na ótica do setor elétrico, vamos sugerir novamente a introdução do horário de verão. Por hora, ele não faz mais sentido.” declarou Ricardo Cyrino, secretário de energia elétrica do MME.

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