18/12/2025
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TIM registra maior número de adições em telefonia móvel no mês

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A TIM registrou novamente o maior número de adições líquidas de assinantes de telefonia móvel em abril, assim como ocorreu no mês anterior, elevando o número total de usuários de sua base em 808 mil, para 68,025 milhões, informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta quinta-feira.

A operadora se manteve em segundo lugar em participação de mercado, com 26,89 por cento, ante 26,80 por cento um mês antes.

A Vivo teve um total de adições de 480 mil, totalizando 75,264 milhões de assinantes. A líder de mercado encerrou abril com participação de 29,75 por cento, uma redução ante os 29,81 por cento de março.

A Claro permanece com o terceiro maior market share, com 24,48 por cento, ante 24,56 por cento em março. A empresa registrou um total de 61,938 milhões de assinantes, um ganho de 343 mil ante um mês antes.

Já a Oi viu sua base de assinantes aumentar em 506 mil, totalizando 46,976 milhões. A participação de mercado subiu de 18,53 para 18,57 por cento.

Segundo a Anatel, o Brasil fechou abril com quase 253 milhões de linhas ativas na telefonia móvel e teledensidade de 129 acessos por 100 habitantes. O número absoluto de novas habilitações, de 2,2 milhões, é o maior registrado em um mês de abril nos últimos 13 anos e representa um crescimento de 0,86 por cento em relação a março de 2012. Os terminais 3G (banda larga móvel) totalizaram 54,3 milhões de acessos, completou a Anatel.

Tá mais perto do que nunca: Banda larga da TIM chega com velocidade de até 100 Mbps

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O anúncio do serviço de ultra banda larga da TIM, realizado em dezembro do ano passado, gerou muitas expectativas para os moradores de São Paulo e Rio de Janeiro. Com um modelo de serviço diferente dos já existentes nas operadoras brasilerias, a TIM pretende investir em conexões de altíssima velocidade para clientes residenciais, apostando em uma casa conectada.

A operadora finalmente abriu uma página de cadastro para os clientes interessados em assinar o produto, que será chamado de Live TIM. De acordo com o anúncio realizado no ano passado, duas velocidades serão comercializadas: 50 Mbps e 100 Mbps.

Uma das apostas da TIM é oferecer a maior garantia de banda possível. Isso será possível por causa da topologia da rede: em uma mistura de fibras ópticas com cabos de cobre, a operadora afirma conseguir levar a fibra o mais perto possível da casa do cliente, aumentando a confiabilidade da rede e trazendo latências baixíssimas.


Em testes de campo e de laboratório, a operadora afirmou ter conseguido 100 Mbps de download e 40 Mbps de upload. De acordo com alguns testes no ano passado foram obtidas taxas de 45 Mbps de download e 30 Mbps de upload. É um resultado excelente, principalmente quando lembramos que a média da velocidade de internet é inferior a 2 Mbps.

É importante lembrar que algumas operadoras, como GVT e Vivo, oferecem serviços de ultra banda larga, mas com preços bem altos: a “operadora feliz” cobra R$ 299 por 50 Mbps e R$ 499 por 100 Mbps, enquanto o Vivo Speedy Fibra de 100 Mbps curta R$ 229 por mês.

O serviço estará disponível nas capitais do Rio e São Paulo, bem como algumas cidades vizinhas. Para variar, nada se sabe sobre os preços que a operadora irá cobrar pela banda larga de alta velocidade, mas provavelmente não será um produto barato. O cadastro já está disponível no site do Live TIM.

Muitos brasileiros ainda desconhecem a internet

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Muitos brasileiros ainda desconhecem a internet
Um número bastante preocupante relativo ao uso da internet no Brasil. Mais de 64% dos brasileiros consideram que o uso da ferramenta não é necessário ou mesmo não sabem como usá-la, relatou o estudo feito em parceria pela Fundação Getúlio Vargas e a operadora de telefonia Vivo através da Fundação Telefônica.
“É bom estudar o Brasil porque somos uma fotografia da exclusão e inclusão social do mundo. Temos um país diversificado e desigual. E nossa taxa de acesso à internet é idêntica à do planeta”, diz o professor Marcelo Cortes Neri, professor do Centro de Políticas Sociais da FGV e coordenador do projeto.
33,14% das pessoas disseram que não possuem interesse em usar a internet. Para se ter um noção do tamanho da exclusão digital do povo brasileiro, em Florianópolis (que é considerada umas das capitais com maior inclusão digital do país), 62,10% da população disse que não acha necessário fazer uso da internet.
Uma das regiões menos favorecidas do Brasil, o Nordeste, grande parte das pessoas disseram que não usam a internet por não conhecer o seu funcionamento. Em João Pessoa (PB), por exemplo, 46,75% das pessoas que foram entrevistam, alegaram a falta de uso por não saber utilizar a rede mundial.
No Norte, a situação é ainda mais alarmante, não é a falta de interesse ou não saber trabalhar com a ferramenta o maior problema, mas sim, a falta de computadores. O Amapá foi considerado o Estado com o pior índice de acesso a internet no país.
No entanto, se considerarmos que há seis anos atrás apenas 8% dos brasileiros tinha internet em suas residências, segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios, houve um crescimento de 154%. “Se a gente quiser entender o boom da internet no país, temos que entender que foram 33 milhões de pessoas que migraram para a classe C (renda familiar de R$ 1800 até R$ 7450) desde 2006”, afirma Cortes Neri. “As pessoas estão migrando de classe e está aumentando a taxa de uso do serviço dentro das classes.” Enquanto na classe AB o acesso é de 75,82%, na classe C é de 33,9% e nas classes inferiores cai para níveis inferiores a 10%.
Os estados do Brasil com melhor acesso domiciliar são Distrito Federal (58,69%), São Paulo (48,22%), Rio de Janeiro (43,91%), Santa Catarina (41,66%) e Paraná (38,71%). Já os de pior taxa são Maranhão (10,98%), Piauí (12,87%), Pará (13,75%), Ceará (16,25%) e Tocantins(17,21%).

Galaxy SIII deve custar 1.999 reais na Vivo

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Fontes internas revelaram que o aguardado Samsung Galaxy SIII deve chegar ao Brasil pelo preço de 2.029 reais sem vínculos, e por 1.999 reais na operadora Vivo A TIM já havia confirmado a chegada do aparelho para o começo de junho, mas seu preço ainda era um mistério. No entanto, não há confirmações da Samsung ou mesmo das operadoras.

O aparelho possui tela HD Super AMOLED de 4,8 polegadas com resolução de 1.280 por 720 pixels, além de processador Samsung Exynos quad-core de 1,4GHz e 1GB de memória RAM Com 133 gramas e espessura de 8,6 milímetros, o novo aparelho traz uma carcaça mais arredondada, mas que mantém o conceito simplista da linha. Pela apresentação da fabricante, o principal destaque do novo Galaxy será a interação mais humana com a interface TouchWiz.

Enquanto ele não chega, assista com o primeiro comercial para TV feito pela Samsung e fique só na vontade, por enquanto.

Telefônica Brasil amplia integração de serviços na América Latina, veja qual a vantagem para o consumidor

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Com a união societária e a consolidação de produtos sob a marca Vivo, a Telefônica Brasil avança agora no plano de integração internacional com a rede de sua matriz espanhola Telefónica na América Latina, atuando junto à marca Movistar.

A operadora anunciará na sexta-feira um pacote de chamadas internacionais relacionado a seu serviço de comunicação instantânea por voz -o chamado push to talk (PTT)- Vivo Direto, lançado no ano passado.

O novo serviço consiste em chamadas ilimitadas entre assinantes do Vivo Direto e o equivalente da Movistar na região, chamado Movitalk, com preço de 29,90 reais por 30 dias para o pacote internacional, além do preço normal do Vivo Direto.

“O que foi viabilizado com a integração foi o acesso à rede poderosa da Telefónica na América Latina”, disse à Reuters o diretor de interconexão e roaming da Telefônica-Vivo, Gustavo Nóbrega, que não divulgou investimentos ou a base de clientes do Vivo Direto.

A empresa fechou abril com mais de 75 milhões de linhas móveis ativas.

A busca de integração ocorre após a Telefônica Brasil ter consolidado seus serviços sob a marca Vivo, em abril.

Acontece também em um momento no qual operadoras buscam mais serviços competitivos para atrair ou reter clientes frente à forte concorrência no mercado de telefonia nacional. A Vivo tem mantido nos últimos meses participação de mercado perto de 30 por cento.

Primeiramente serão atendidos dois mercados externos considerados chave pela empresa, Argentina e Uruguai.

Mas ainda em 2012 o serviço será expandido para outros países em que a Movistar atua: México, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Venezuela, El Salvador, Nicarágua, Guatemala e Peru. E a empresa ainda vê demanda por mais localidades.

“Não queremos ficar parados só nesses países… Temos outras formas de também viabilizar em outros países e a gente vem estudando isso e, naturalmente, conversando com outras operadoras parceiras”, afirmou Nóbrega.

“Estamos estudando tecnicamente, sabe que é possível e a gente já está em negociação com diversas operadoras, que tem como alvo o interesse de tráfego dos nossos clientes”, complementou o executivo.

A Telefônica Brasil vê num primeiro momento um mercado principalmente corporativo, segundo Nóbrega, interessado no caráter “ilimitado” do pacote, mas que também deve ter boa adesão do consumidor pessoa física.

A operadora ainda tem interesse no segmento de dados móvel fora do Brasil. “Em banda larga móvel enxergamos isso… a Internet está no nosso foco”, afirmou Nóbrega, sem dar mais detalhes.

Apesar do preço de 29,90 reais para um serviço internacional, considerado agressivo pelo executivo, a empresa não vê que o pacote tenha margens apertadas e que será rentável para a empresa.

Presidente da Telecom Italia diz que quer defender a reputação da empresa

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A saída do executivo italiano Luca Luciani da presidência da Tim Brasil, anunciada pela empresa há duas semanas, pegou o mercado de surpresa. Desde que Luciani assumira o cargo, em 2009, a Tim havia conquistado 28 milhões de clientes, sextuplicado seu lucro e tomado da Claro o segundo lugar no mercado de telefonia móvel no país. Os resultados da empresa, portanto, não ajudavam a explicar a saída de Luciani. A Telecom Italia, controladora da Tim, também não. Na única nota divulgada pela companhia sobre o caso, constava apenas a informação de que Luciani apresentara sua renúncia a todos os cargos exercidos no grupo. E nada mais. 

Desde então, a imprensa italiana passou a especular que a saída de Luciani fora precipitada pela conclusão de um inquérito conduzido pela Promotoria de Milão, no qual as autoridades italianas investigaram supostas fraudes no balanço da Telecom Itália, entre os anos de 2005 e 2007. Segundo a Promotoria, diretores da empresa, entre eles Luca Luciani, autorizaram o registro ilegal de chips de celular no balanço da Telecom Italia, com o objetivo de inflar a participação da empresa no mercado. Os chips estariam, na verdade, inativos ou registrados em nome de clientes inexistentes.

Pouco mais de dez dias após a saída de Luciani, o silêncio da Telecom Italia finalmente chegou ao fim. Em entrevista exclusiva a uma revista, o presidente do grupo, o italiano Franco Bernabé, falou pela primeira vez sobre o caso. Bernabé reconheceu que a saída de Luciani foi uma medida para preservar a reputação da empresa frente às noticías de conclusão das investigações feitas pela Promotoria de Milão. Ele defende, no entanto, que não houve qualquer tipo de fraude na empresa. Do escritório da Tim Brasil no Rio de Janeiro, o executivo concedeu a seguinte entrevista:

– Como o senhor avalia o trabalho de Luca Luciani à frente da Tim Brasil?
Franco Bernabé: Ele fez um ótimo trabalho no Brasil. A empresa está indo muito bem. Foi uma combinação do bom trabalho do Luca com a competência do time brasileiro.

– Então não havia nada de errado com o comportamento de Luciani ou com seu desempenho?
Franco Bernabé: Absolutamente nada. Nós enviamos o relatório anual da Tim Brasil aos órgãos reguladores no dia 14 de maio. Eu o assinei. E, quando o fiz, me sentia perfeitamente confortável sobre tudo o que estava escrito. Com isso, reafirmamos nossa confiança nos sistemas internos de controle da Tim Brasil.

– Por que a Telecom Italia decidiu demitir Luca Luciani? 
Bernabé: Nós não o demitimos. Nós nos separamos de Luca Luciani. E a razão é simples. A investigação conduzida pela Promotoria de Milão sobre eventos que aconteceram na Itália há mais de cinco anos chegou ao fim. Isso criou muito ruído no mercado e poderia afetar a nossa reputação. Não é bom também para a reputação do Luca. Então, decidimos que era melhor para ele e para a empresa que separássemos nossos futuros.

– O que a investigação final da Procuradoria de Milão apontou que a Telecom Italia ainda não soubesse? 
Bernabé: Antes de mais nada, quero deixar claro que houve apenas a conclusão da investigação. Agora, ela será enviada a um juiz, que então decidirá se haverá um julgamento. Não só Luca ainda não foi considerado culpado de nada, como não há sequer a decisão de encaminhar o caso para julgamento. A razão de tudo isso (a saída de Luciani) é o ruído ao redor do caso, que estava criando uma má reputação para a empresa. Houve discussões pelo jornais, pessoas querendo saber. Não é bom para a companhia, para nós, para Luca. Queríamos parar tudo isso. E isso para no momento em que separamos nossas vidas. Isso reafirma de forma muito contudente a nossa reputação. Não o demitimos. Para demiti-lo, ele teria de ser culpado.

– A empresa então não está convencida de que Luciani é culpado?
Bernabé: Não há sequer a decisão de julgamento do caso. Isso ainda não está em jogo. O fato de eu ter de falar com você e com outros jornalistas para explicar o que aconteceu não é bom. A gente não gosta disso. A empresa tem de se concentrar no trabalho, no mercado, em inovação – e não discutir se alguém é culpado ou se fez algo de errado. Essa é a única razão. Queremos defender nossa reputação.

– Não há um julgamento ainda, mas o fato é que a Telecom Italia pediu à consultoria Deloitte, ainda em 2010, uma análise do caso, diante das notícias sobre a investigação conduzida pela Promotoria de Milão. Segundo a própria Telecom Italia, a Deloitte identificou 6,8 milhões de chips “registrados ilegalmente” pela companhia entre os anos de 2005 e 2009.
Bernabé: Não foi ilegalmente. Infelizmente, por conta de problemas de tradução, houve muita coisa entendida de maneira errada. Para esclarecer: trata-se de algo muito simples. Na Itália, há uma legislação antiterrorismo que impõe um controle rígido sobre quem é o dono do chip. Para cada chip em circulação, é preciso haver uma identificação precisa do dono, com a cópia de seu documento de identidade. Então, trata-se de um conjunto de regras complexo. Os sete milhões de chips não foram ilegalmente registrados ou qualquer coisa assim. Houve, na verdade, um registro irregular. Por exemplo, se a empresa não guarda uma cópia do documento de identidade, é um registro irregular. Se você tem mais de um chip em seu nome, também se torna irregular. Eu mesmo tenho mais de cinco chips em meu nome, porque tenho um iPhone, um Blackberry, um tablet… Se você tem mais de cinco chips, é um registro irregular. Há um número enorme de casos que se enquadrariam em irregularidades. Então, falar em sete millhões de chips registrados ilegalmente é completamente fora de questão. Nunca houve esse problema. 

– Mas a própria Telecom Italia usou o termo “ilegalmente” quando apresentou o resultado da auditoria feita pela Deloitte.
Bernabé: Nós falamos registros irregulares. (O documento no qual a empresa usa o termo “ilegalmente” está no site de relações com investidores da Telecom Italia, em inglês. Clique aqui para acessá-lo)

– O caso então seria fruto apenas de uma falta de documentação no momento do registro dos chips de celular?
Bernabé: Sim. Isso e uma série de coisas. Falta de documentos, documentação irregular, há muitas razões diferentes para essas irregularidades no registro dos chips. Mas não houve fraude. Aliás, o Procurador de Milão não chegou à conclusão de fraude. Para ser preciso, a denúncia é referente à “obstrução do trabalho de autoridades reguladoras”, o que é muito diferente de fraude.

– A Deloitte calculou entre 19,9 milhões de euros e 27 milhões de euros o impacto econômico que a ativação illegal de chips trará para a Telecom Italia. A que exatamente esse valor se refere e quando a empresa saberá o montante exato? 
Bernabé: Isso é muito básico. Quero dizer, não há custo óbvio para a companhia nisso. Mas é um caso legal tão complexo que vamos ver no final. É um caso legal muito sofisticado.

– Mas se a empresa não está convencida de que houve fraude na Itália e o senhor afirma que a Procuradoria de Milão não está denunciando a empresa ou nenhum de seus ex-executicos por fraude, por que demitir Luca Luciani agora?
Bernabé: Eu disse no início: nós não demitimos Luciani.

– Desculpe. Por que acordar com Luciani que seria o momento de ele e a empresa seguirem caminhos diferentes?
Bernabé: Você percebe que está me fazendo a mesma pergunta? Você considera isso normal? Nós não. Nós consideramos normal falar sobre projetos, sobre inovação.

– O senhor está me fornecendo novas informações….
Bernabé: É verdade. Mas você vê: fizemos isso (acordamos a saída de Luciani) porque não queremos falar sobre o assunto, não queremos que nossos executivos estejam sob suspeita. Não entramos no mérito se é culpado ou não. Isso o juiz irá decidir. Não queremos que o nome da empresa seja discutido nos jornais em relação a casos assim. Mas isso não é uma indicação de que alguém é culpado ou não. Queremos defender a reputação de nossa empresa. E ela está defendida ao não ter os jornais discutindo assuntos complexos como esse, se é básico de entender, se houve ou não houve, o que essa obstrução do trabalho das autoridades reguladoras significa, se é um problema ou não. Não é algo que queremos nos envolver.

– A Telecom Italia divulgou em seu site, no dia 15 de maio, um documento em que esclarecia questionamentos feitos pela Consob (órgão que regula o mercado de capitais italiano). Nele, a empresa afirmou que “os funcionários envolvidos no caso dos SIM Cards foram prontamente suspensos pela empresa assim que as investigações surgiram”. (Cliqueaqui para ler o documento, em inglês)
Bernabé: Isso é outro caso. Nós suspendemos pessoas que estavam diretamente envolvidas nisso. No caso de Luciani, ele era o executivo sênior e, até onde sabemos, não há indícios de que ele tenha participado ativamente. Digo, a gente demitiu algumas pessoas, mas essas pessoas não estavam seguindo as regras da companhia e foram demitidas por razões disciplinares. Mas isso não tem relação com a investigação criminal ou qualquer coisa nesse sentido.

– Que tipo de regras os funcionários demitidos quebraram? 
Bernabé: Numa empresa enorme como a Telecom Italia, se um gerente não segue as regras… Todos os dias fazemos investigações internas.

– Mas o documento da Telecom Italia dizia que as demissões estavam relacionadas ao caso do chips.
Bernabé: Veja o que aconteceu com o J.P Morgan recentemente. Eles perderam 2 bilhões de dólares porque um funcionário não seguiu as regras. Isso causou um prejuízo enorme à empresa. Não estamos discutindo sobre prejuízos financeiros causados a Telecom Italia. Estamos discutindo prejuizos à imagem da Telecom Italia. Acho que merecemos o crédito por agir prontamente e de forma muito ativa para defender os interesses da companhia e dos acionistas. Não está em questão se algumas pessoas são culpadas ou não. Isso é uma questão de reputação. É sobre pessoas falando algo que não queremos discutir. É uma ótima empresa, com um grupo de executivos competentes, que fizeram um excelente trabalho e que têm muito a fazer no mercado brasileiro.

– A Telecom Italia informou que, em 2007, Luca Luciani recebeu um bônus de 45 000 euros por bater metas referentes ao número de chips registrados na companhia. A empresa esclareceu, no entanto, que Luciani decidiu devolver o dinheiro a Telecom Italia de forma voluntária e que o montante foi “recuperado por meio de deduções de seus salários seguintes”. Quando ele decidiu devolver este valor?
Bernabé: Em 2008. 

– Mas por qual razão?
Bernabé: Porque nós descobrimos que o bônus foi pago, mas não devia ter sido pago. O que quero deixar claro é que queremos ter o padrão mais alto de reputação possível. O que fizemos pouquíssimas empresas fariam. Tomamos uma posição ativa em relação a isso e agora isso se volta contra nós. Divulgamos tudo, fomos claros e merecemos um crédito por isso.

– A Telecom Italia decidiu fazer uma auditoria na Tim Brasil nos últimos dez dias. Por quê?
Bernabé: Estamos certos de que tudo está em ordem no Brasil, porque temos auditores regulares e controles internos eficientes. O que queríamos fazer antes de enviar o relatório anual era ter o carimbo de uma auditoria independente nos sistemas internos de controle. Os auditores e advogados independentes refizeram alguns testes, escolheram o que consideravam importante ser analisado e concluíram que tudo estava em ordem. Mas não fizemos a auditoria porque tínhamos dúvidas. Tínhamos certeza de que não era o caso. Mas queríamos um teste independente para deixar todos confortáveis de que tudo estava certo.

– Mas o fato de não se ter encontrado irregularidades muda a situação de Luciani?
Bernabé: Não, porque sua saída não teve nada a ver com o Brasil. Repito: tem a ver com a reputação da empresa. Não é algo que eu goste de falar. Eu acho que eu não deveria estar falando sobre isso e espero não ter de falar em uma nova ocasião.

– Emails trocados entre Luca Luciani e Rogério Takayanagi, agora no comando da Tim Fiber, mostraram que Luciani não autorizou a limpeza de chips inativos da base de clientes da Tim no Brasil em pelo menos uma ocasião. O senhor sabia que a empresa adotava essa prática no Brasil? 
Bernabé: Segundo o nosso time local, ao manter cartões inativos você paga muito dinheiro em impostos. Por isso, não é razoável manter chips que não estão sendo usados em sua base. Há uma política da Telecom Italia que define os termos e condições para o cancelamento de números de usuários.

– Não ficou claro: a empresa sabia que no Brasil algumas vezes o time local tomava a decisão de não limpar a base de clientes?
Bernabé: A Telecom Italia faz as regras e é responsabilidade dos executivos segui-las. A gente pode apenas inspecionar se as regras estão sendo seguidas. Não sabemos o que está acontecendo. Apenas por meio das inspeções. As verificações que fizemos no Brasil não mostraram qualquer problema específico. Não sou o gerente de nenhuma das empresas, quero apenas que os executivos sigam as regras.

– O que a Telecom Italia está fazendo para garantir que a saída de Luciani não afetará os resultados da Tim Brasil neste ano?
Bernabé: Temos um time no Brasil que se mostrou bastante eficiente. Vem daí nossa confiança de que os resultados se manterão. Enviamos ao Brasil o diretor financeiro da Telecom Italia, Andrea Magoni. Ele é um executivo sênior na companhia e foi presidente de uma grande empresa italiana. Ele comandará a Tim Brasil até encontrarmos o novo executivo para ocupar a presidência.

– O senhor já sabe se será um executivo italiano ou brasileiro?
Bernabé: Será o melhor para o cargo. O passaporte é irrelevante.

– A Tim Brasil se tornou uma operação extremamente importante para a Telecom Italia e representa hoje sua principal fonte de crescimento. Qual sua expectativa em relação ao desempenho da Tim Brasil nos próximos anos?
Bernabé: A expectativa é que siga crescendo, como vem sendo até agora, e preservando sua reputação, como estamos fazendo neste momento.

* Entrevista publicada sob licença da revista EXAME.

Claro aposta em maior visibilidade e grande base de usuários para atrair conteúdos

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Para ampliar sua oferta de serviços de valor adicionado, a Claro deu início a negociações com desenvolvedores de aplicativos para adquirir direitos de comercialização de apps e serviços. Mas diferentemente das lojas de aplicativos como Google Play e Apple App Store, a Claro oferece aos parceiros a oportunidade de vender seus produtos à base de clientes da operadora com um retorno de 40% sobre o valor total da venda.

O gerente de serviços de valor adicionado da Claro, Rafael Lunes, explica que embora a taxa seja mais baixa do que a praticada pelas lojas de aplicativos das fabricantes de sistemas operacionais (que oferecem revenue share de 70% aos desenvolvedores, índice impraticável para as operadoras por conta dos impostos de telecomunicações, que consomem 30% da receita dos serviços), o modelo pode ser atraente aos olhos dos desenvolvedores porque dá a oportunidade de atingir a base de dezenas de milhões de clientes da tele com mais destaque. “Se o conteúdo for bom, vou divulgá-lo. Por outro lado, as lojas de aplicativos têm mais opções e você nem sempre consegue se mostrar. Lá tem muito conteúdo de qualidade que não aparece”.

Lunes reiterou que a Claro não vê como ameaça aos seus serviços de SMS e voz o avanço das aplicações de mensagem e telefonia over-the-top, ou seja, que funcionam em cima da rede de dados. Para a Claro, esse movimento já foi mais ameaçador, mas a realidade é que os serviços de SMS e voz nunca estiveram em um momento melhor, diz Lunes.

Outra estratégia da empresa consiste em deixar de ser apenas provedora de conexão e atuar também provendo conteúdo, aproveitando-se, por exemplo, dos acervos em vídeo de empresas do grupo, como a DLA, adquirida pela América Móvel no final do ano passado.

E, para que o serviço seja interessante para o consumidor, a empresa adotou a estratégia de cobrar um valor fixo mensal ou por acesso pelo conteúdo, abrindo mão da tarifação do tráfego de dados quando a Internet móvel for usada para consumir os serviços OTT oferecidos pela operadora. “Poderíamos cobrar os dois, mas para o cliente não valeria a pena e ele iria assistir em outro canal. Afinal, o consumo de dados é como um taxímetro ligado que ele só sabe quanto pagará no final”, afirma.

O executivo afirmou ainda que esta é uma maneira das operadoras competirem com empresas como Netflix e outras de vídeo online. Hoje a Claro oferece serviços de vídeo, músicas, jogos e aplicações virtuais. Segundo Lunes, um exemplo de que esta formula pode dar certo é o Ideias TV, serviço de vídeo via streaming da Claro. “Nos últimos seis meses conseguimos mais de 500 mil acessos”, diz.

Oi Cartão Ilimitado chega ao fim

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O pacote Oi Cartão Ilimitado foi suspenso na PB. O motivo principal da atitude tomada pela operadora foi porque o Procon de João Pessoa está investigando se houve propaganda enganosa por parte da empresa de telefonia móvel ‘Oi Paraíba’ na campanha promocional denominada ‘Fale Ilimitado’. Após os constantes congestionamentos nas ligações, que coincidem com o período da promoção, consumidores procuraram o órgão informando que tiveram o plano cancelado por suposto uso indevido. Se for constatada a irregularidade, a empresa será autuada com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que prevê multas de até R$ 6 milhões.

De acordo com o coordenador geral do Procon-JP, Emerson de Almeida Fernandes, a empresa propagou em sua campanha que os clientes poderiam aderir um pacote promocional por R$ 14,90 referente ao Dia das Mães, e depois por R$ 29,90, que seria ilimitado. O órgão de defesa do consumidor também verificou, no site da empresa, que a publicidade afirma ‘Faça quantas ligações quiser’ e com menos de R$ 1 por dia.

Promoção – O Procon-JP também constatou que no próprio regulamento, a promoção “dá direito a realização de chamadas locais realizadas a partir do terminal móvel Oi destinadas a qualquer terminal móvel Oi ou Oi fixo, sendo tais chamadas ilimitadas durante 30 dias corridos a partir da data de contratação da promoção”. No entanto, segundo Emerson Fernandes, apesar de tanta publicidade de que o plano seria ilimitado, existe uma cláusula contratual no regulamento que aponta um limite de 800 minutos por dia ou 10 mil minutos por mês. “Além disso, é considerada cláusula abusiva toda aquela que minimize os direitos do consumidor e que deixe ao fornecedor a opção de rescindir o contrato unilateralmente”, destacou.

Clientes receberam mensagens no celular informando da promoção e quando foram aderir ao plano não tiveram acesso às informações de que haveria limite. Com isso, o coordenador do Procon-JP questiona a cláusula presente no regulamento que afirma que “a critério da Oi, essa utilização excessiva poderá acarretar a rescisão definitiva da oferta por descumprimento contratual e/ou no pagamento dos minutos excedentes, de acordo com o plano de serviço contratado”.

Entramos em contato com a Oi e a resposta que tivemos foi de que a Oi já tomou providências em relação ao congestionamento retirando a oferta do estado e que irá implantar melhorias em seu rede nos próximos meses. Em relação ao limite de 800 minutos por mês a Oi foi direta: ao afirmar que todas as outras operadoras tem seus limites e que o limite de 800 minutos por dia é simbólico visto que o limite permite que o cliente efetue quase 14 horas em ligação, valor raramente alcançado por algum cliente, segundo a operadora. Questionada se os outros estados do Nordeste também seriam afetados com a decisão, a operadora informou que no momento somente a PB teve a oferta descontinuada. Para os estados AC, AM, AP, DF, ES, GO, MS, MT, PA, PR, RJ (CN 21 e 22), RO, RR, RS, SC, SP, TO o pacote fica pelo preço de R$14,90.

Para os estados em que a operadora tem a rede mais problemática, a saber AL, PE, PB, RN, CE, PI, MA, BA, SE e MG o pacote sai por R$29,90. Sendo que nestes estados não haverá mais divulgação pública do pacote até que a rede seja melhorada, segundo a prestadora.

É, parece mesmo que a Oi não quer seguir o exemplo da TIM, de ter sua venda de chips suspensa em alguns estados. A operadora está agindo rápido!

Oi vai pagar R$2 milhões

Além de todos esses problemas a empresa de telefonia Oi também deverá pagar uma multa de R$ 2 milhões e terá que reabrir 14 postos de atendimento em toda Paraíba obedecendo uma ordem judicial da 5ª Vara da Fazenda. A ordem atendeu à solicitação de uma Ação Civil Pública (ACP) feita pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) em 2002, após o fechamento dos pontos de atendimento ao cliente. A empresa de telefonia ainda recorreu duas vezes da decisão antes de ser condenada em terceira instância, conforme o Ministério Público. De acordo com o promotor do Consumidor, Glauberto Bezerra, ainda cabia recurso, mas a empresa decidiu acatar a decisão judicial e assinar um Termo de Ajustamento de Conduta.

Referente a esse assunto a Oi não quis comentar sobre ele.

Subsídio de celular está ameaçado

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Operadoras de telefonia celular de vários países estão ensaiando os primeiros passos para mudar condições de ofertas de smartphones que até aqui beneficiaram fabricantes de celulares como a Apple Inc.

Nos Estados Unidos, operadoras vêm aumentando mensalidades e cobrando mais quando o cliente troca de celular. Operadoras europeias, em crise, estão tomando medidas mais drásticas: as duas maiores empresas de telefonia celular da Espanha estão se recusando a subsidiar aparelhos para novos clientes.

No mercado mundial de celulares, no qual fabricantes de aparelhos como Apple e Samsung Electronics Co., e empresas de software como a Google Inc., continuam a exercer considerável influência, as operadoras ainda costumam pagar o preço cheio pelos celulares e, em seguida, vendê-los com generosos descontos para clientes que contratam planos de dois anos. Esse é o caso do Brasil, em que as operadoras de celular estão tentando aumentar a base de clientes de smartphones num mercado em que os baratos — e menos lucrativos — pré-pagos ainda reinam.

O interesse em aumentar a base de clientes no mercado mais rentável de smartphones com planos de dados levou a Oi, por exemplo, a voltar a oferecer subsídios depois de quase seis anos afastada do mercado de aparelhos. Roberto Guenzburger, diretor de Produtos e Mobilidade da operadora, diz que os clientes do pré-pago representam 80% de sua base, mas que entre os 20% que pagam assinatura a penetração de smartphones tem crescido, o que levou a operadora a relançar um pacote subsidiando esse tipo de aparelho. “Estes clientes que gostam da última tecnologia e estão dispostos a pagar assinatura mensal são de alto valor”, disse Guenzburger.

Mas, nas grandes praças em que as operadoras estão se rebelando, a revolução está sendo aplaudida por investidores e analistas. Segundo eles, as operadoras ganhariam mais com a febre do smartphone se conseguissem cobrar mais por planos de serviços e reduzir o ritmo com que clientes adquirem novos aparelhos.

“Há um otimismo maior, no sentido de que estamos testemunhando o despontar de um futuro mais disciplinado, mais rentável”, disse Craig Moffett, analista de telecomunicações da firma americana de pesquisas de mercado Bernstein Research, em uma nota de pesquisa recente. A dúvida agora, escreveu, é saber em quanto o lucro de operadoras pode subir graças “à maior disciplina e ao maior poder de impor preços”.

Nos EUA, a Apple andou perdendo força nas bolsas — ao contrário das operadoras de celular, que têm se valorizado —, em parte devido ao temor de que operadoras estejam querendo retirar os grandes subsídios que permitiram que tanta gente tivesse um iPhone.

Tim Cook, o diretor-presidente da empresa, minimizou o temor de que mudanças em políticas de subsídios possam afetar as vendas do iPhone. Mês passado, Cook disse a analistas que as operadoras continuariam subsidiando o iPhone, pois isso renderia clientes satisfeitos. E sustentou que o mercado espanhol, abalado pela crise econômica europeia, “não devia ser visto como representativo do mundo”. Para cada iPhone vendido, calculam analistas, operadoras de celular desembolsam US$ 400.

Em meio à febre dos smartphones, grande parte do lucro está passando longe de operadoras de celular. Em vez disso, vai para criadores de aplicativos e empresas de internet como Google e de hardware como a Apple, que vendeu 35 milhões de iPhones no primeiro trimestre deste ano.

Daí empresas americanas estarem seguindo de perto o teste na Espanha. Lá, desde março a Telefónica SA deixou de subsidiar aparelhos para novos clientes. A segunda maior do mercado, a Vodafone, logo seguiu o exemplo. A terceira, a Orange Group (da France Télécom SA), decidiu não engrossar o coro.

O resultado é que clientes novos da Vodafone e da Telefónica já não recebem um iPhone com desconto com um contrato de dois anos. Precisam pagar quase US$ 800 para comprar o celular ou contratar um plano em parcelas que, na Telefónica, acrescenta à conta 18 mensalidades de cerca de US$ 45.

A Telefónica e a Vodafone, que tomaram a decisão de desviar recursos destinados a adquirir clientes para reter clientes, afirmam que vão continuar a subsidiar aparelhos novos para seus clientes atuais que troquem de celular. Ainda assim, a mudança nas regras vai derrubar em 25% os gastos da Telefónica com o subsídio de aparelhos, disse um porta-voz.

O braço espanhol da Orange não quis se pronunciar.