23/04/2024

Telecom Itália entra em negociações exclusivas com KKR

A partir de agora o Grupo KKR estar em processo de negociações exclusivas para compras de ativos da Telecom Itália.

A direção do Grupo TIM, anteriormente conhecido como Telecom Italia, anunciou hoje que decidiu continuar com as negociações para vender sua divisão de rede fixa na Itália para o fundo de investimento norte-americano KKR. A empresa estabeleceu um prazo até 30 de setembro para que a KKR apresente uma oferta definitiva pelo ativo.

KKR TIM

Em um comunicado, o conselho de administração destacou que escolheu a oferta da KKR com base na análise de questões de implementação e prazo, além de ser superior à proposta feita pelo consórcio formado pelo banco estatal CDP e pelo grupo financeiro Macquarie. Os valores envolvidos não foram divulgados.

Além disso, o conselho instruiu o CEO Pietro Labriola a iniciar negociações exclusivas com a KKR, com o objetivo de melhorar os termos da oferta. A intenção é que a oferta definitiva seja apresentada o mais rápido possível, levando em consideração a complexidade da transação, mas, de qualquer forma, até 30 de setembro, conforme declarado em um comunicado divulgado ao mercado.

A NetCo é uma unidade de rede fixa pertencente ao Grupo TIM, que engloba a FiberCop, uma empresa de infraestrutura de fibra óptica, e a Sparkle, uma divisão da operadora que trabalha com cabos submarinos. A intenção de vender essa unidade é reduzir a dívida da empresa, que ultrapassa os 25,8 bilhões de euros (cerca de R$ 135 bilhões).

Em um comunicado sobre o período de exclusividade concedido ao fundo KKR, o Grupo TIM, que controla a TIM Brasil, informou que qualquer transação envolvendo a venda da NetCo está sujeita à obtenção de autorizações legais, incluindo aprovação do órgão antitruste local e permissões relacionadas ao processo de Golden Power, um mecanismo de veto do governo italiano sobre investimentos estrangeiros.

Antes de decidir aceitar a proposta da KKR, a empresa já havia rejeitado ofertas anteriores dos dois proponentes, alegando que as propostas de aquisição apresentadas não eram compatíveis com o valor real do ativo de telecomunicações.

Segundo a TIM, as negociações foram conduzidas pelos grupos financeiros Goldman Sachs e Mediobanca.

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