21/04/2024

Telecom Italia busca soluções para diminuir dívida da empresa

Desde que assumiu o comando da empresa, há cerca de um ano, Pietro Labriola tem trabalhado para tentar resolver a situação da companhia.

A Telecom Italia, após desistir de uma possível venda da operação brasileira, intensificou as negociações com o governo italiano sobre a venda de sua rede fixa, onde busca diminuir suas dívidas de 20 bilhões de euros, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que preferiram não se identificar.

Segundo essas fontes, o CEO do Grupo TIM, Pietro Labriola, vai se reunir com autoridades do governo italiano para discutir o esboço de um acordo preliminar, assim como analisar um possível impacto de incentivos públicos e alívio fiscal que Roma avalia para o setor de telecomunicações.

Deverão participar da reunião, executivos do grupo Vivendi e do banco estatal italiano Cassa Depositi e Prestiti, que são os dois dos maiores acionistas da Telecom Italia. Representantes da Telecom Itália, Vivendi e Cassa Depositi não quiseram comentar. Um porta-voz do governo italiano também disse que não comenta.

Ainda de acordo com as fontes, a possibilidade de venda da TIM Brasil, que é o segundo ativo mais importante da empresa, foi discutida no mês passado por executivos da Telecom Italia e do governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, mas a ideia foi logo descartada.

Considerando essa possibilidade, para que fosse possível diminuir a dívida da Telecom Itália, a operação no Brasil, que contribui com cerca de 30% do lucro do grupo, teria que ser vendida por um preço quase o dobro do valor atual da ação, que é de cerca de R$ 11 reais.

No entanto, a venda da TIM Brasil não reduziria a dívida da empresa, não sendo assim justificável perder essa fonte de lucros. O atual valor de mercado da TIM é de cerca de R$ 27,8 bilhões, ou € 4,9 bilhões. A controladora italiana detém 67% do capital da unidade brasileira.

Há cerca de ano que Labriola assumiu a liderança da empresa e tem trabalho para mudar a situação e diminuir a dívida em meio ao aumento dos custos de financiamento e uma queda na participação de mercado.

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